30 resultados para Literatura brasileira - Romance - Crítica, interpretação, etc.


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O presente estudo centra-se na análise das relações existentes entre intimismo e sociedade na ficção da escritora gaúcha Lya Luft. Seu principal objetivo é proporcionar uma leitura quanto à forma como a escritora entrelaça sua pujante expressão da interioridade ao desvelamento dos conflitos entre os indivíduos e destes com o mundo moderno − vazio de valores, repleto de arbitrariedades. Para isso, localiza a produção literária da autora dentro do diversificado panorama da literatura considerada como de estilo intimista, que já constitui, desde Dostoiévski, um forte legado ficcional. A seguir, centra-se no exame dos romances As parceiras (1980), O Quarto fechado (1984) e O ponto cego (1999), observando como problematizam, através da memória e das digressões dos personagens, os conflitos familiares, as contradições humanas e a fragmentação da sociedade. Sendo assim, considerando a sua importância no painel literário brasileiro, busca-se com este trabalho acrescentar informações relevantes à ainda fragmentada fortuna crítica referente à literatura luftiana.

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Esta dissertação propõe uma leitura textual do romance Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo, a partir de algumas imagens singulares apresentadas nesta produção hugoliana. O objetivo deste percurso de pesquisa consiste em evidenciar a leitura simbólica da obra em questão, captada das relações da literatura com a arquitetura, configurada por algumas imagens nucleares, como Anankè, que assombra as figuras que povoam o romance, como o advento da imprensa, como a lucarna, como a cela do padre, entre outras. Sob este ângulo, acredita-se que o campo psicanalítico permite decifrar os efeitos do enigma e da fascinação produzidos pela obra hugoliana sobre o leitor. Nesse sentido, considera-se que o inconsciente representa o ponto de irradiação das pulsões, território que vai traduzir as relações espaciais da literatura com a arquitetura, enquanto expressões do simbólico. Desta maneira, o caminho de pesquisa se articula em três capítulos. Enquanto o primeiro, intitulado "Notre-Dame de Paris e a representação por imagens", visa a situar este percurso de pesquisa do ponto de vista do corpus teórico, representado, sobretudo, por Barthes e Blanchot, no que se refere à literatura, e por Freud, no que se refere à psicanálise; o segundo, intitulado "Notre-Dame de Paris e a crítica literária", procura apresentar uma leitura crítica baseada em quatro prefácios diferentes, de Notre-Dame de Paris: enfatizam o que seus autores destacam no contexto histórico que aparece escondido sob as imagens impostas pela escritura hugoliana; finalmente, o terceiro, intitulado "Imagens simbólicas de Notre-Dame de Paris", estabelece a leitura textual das imagens simbólicas que se produzem em Notre-Dame de Paris, intermediadas pelo cruzamento da literatura com a arquitetura.

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O presente estudo traz reflexões sobre O primeiro e o segundo homem, Aureliano de Figueiredo Pinto e Assim na Terra de Luiz Sérgio Metz, e a forma pela qual eles se inscrevem na literatura realista. Para tanto, faz-se necessário um olhar mais detido para o processo de criação literária do autor e sua conexão com os acontecimentos históricos passados e contemporâneos. Pretende-se, portanto, apontar de que forma a obra de Metz está inserida em seu tempo modificando-o e apresentando uma nova visão narrativa.

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Ao longo do século XX, o Brasil passa por mutações profundas em sua estrutura social, econômica e cultural. Entre as conseqüências desse processo estão, de um lado, a formação de grandes centros urbanos e, de outro, o fenecimento de pequenas cidades do interior. Este trabalho trata de dois casos de representação da pobreza de cada um desses contextos, Vitrola dos Ausentes (1993), de Paulo Ribeiro, e Cidade de Deus (1997), de Paulo Lins, dois escritores que acompanham de perto essas transformações. O objetivo é investigar em que medida estas propostas de adequação entre forma e conteúdo, escritas em meio ao processo de redemocratização política do país e da popularização crescente da cultura de periferia das grandes cidades, correspondem a um novo momento na representação da pobreza na Literatura Brasileira.

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Ao longo do processo de evolução por que passou a forma literária que conhecemos por Conto, fica evidente que cada vez mais este se distanciou de suas origens: a oralidade, a essência popular, que agrega o maravilhoso. Este estudo discute algumas questões relativas à gênese do Conto, aspectos relacionados à nomenclatura; conceito; origem e suas fronteiras, objetivando caracterizar ou melhor definir essa Forma tão avessa a caracterizações definitivas. O ponto de partida é a relação de oposição entre Forma simples x Forma artística. Tomamos Guimarães Rosa como paradigma, pois o autor resgata, em sua obra, aspectos referentes às formas ancestrais de contar, atualizando-os. Como contista, a partir do aproveitamento dos temas e das formas populares, características das narrativas de tradição oral, que utilizam com freqüência o elemento maravilhoso, o autor tece seu próprio contar. Seu feitio, porém, não se assemelha ao dos compiladores, mercê de um trabalho minucioso e artesanal com a palavra, o qual acaba por atribuir à tessitura do texto uma especificidade que intriga, encanta e convida ao jogo. Estudamos essa atualização do conto popular de tradição oral na obra de Guimarães Rosa à luz da Metalingüística bakhtiniana, utilizando os contos Famigerado e Um moço muito branco, de Primeiras estórias; Como ataca a sucuri, de Tutaméia; e Meu tio o Iauaretê, de Estas Estórias, como exemplos desse fato, pois cremos que sua teoria ajuda a esclarecer os aspectos da obra rosiana que dizem respeito ao discurso. Malgrado a investigação a que se lançou Mikhail Bakhtin ter sido empreendida a partir do romance, acreditamos que sua teoria possa ser aplicada à narrativa curta, já que trata basicamente das relações dialógicas entre narrador e interlocutor. A direção que tomamos em nossa análise, diz respeito, justamente, ao discurso na obra do autor mineiro, sobretudo às formas de citação desse discurso, fator relevante em seu fazer literário.

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Romantic English literature – written at a time when prose fiction was predominantly a medium for sheer entertainment – is rooted in poetry. One or two novelists may exceptionally be granted the adjective “Romantic”, but Mary Shelley is not ranked among them. For centuries, her work has been restricted to that section in handbooks reserved for exotic Gothic literature. This thesis argues that literary criticism has failed to recognize Frankenstein’s obvious relation with the movement. The argument will be fostered by a brief look at such handbooks, and developed through the analysis of the imagery of the novel, so as to trace the Romantic elements there contained. The analysis relies mainly on the frame developed by Northrop Frye concerning the nature and function of imagery in literature. The concept of intertextuality will also be useful as a tool to account for the insertion of images in the novel, and for the novel’s insertion within the Romantic context. The work is divided into three parts. The first contextualizes the main issues set forth by Frankenstein, establishing connections with the life of the author and with the Romantic movement. The second exposes the theoretical basis on which the thesis is grounded. The last presents my reading of the novel’s web of images. In the end, I hope to validate the thesis proposed, that Frankenstein embodies the aesthetic and philosophical assessments of the English Romantic agenda, and therefore deserves to be situated in its due place in the English Literary canon as the legitimate representative of Romanticism in prose form.

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Com um volume considerável de publicações nacionais e internacionais sobre a satisfação de clientes, uma ênfase cada vez maior tem sido dada para o processo de avaliação pós-compra do consumidor. Porém, o processo de satisfação é insuficiente para explicar muitos dos comportamentos que o consumidor manifesta após o consumo. Além de confrontar o recebido com o esperado, gerando julgamentos de satisfação ou insatisfação, o consumidor confronta o recebido com o que teria acontecido se outra opção tivesse sido feita. É justamente nesta confrontação entre o recebido e o que poderia ter sido recebido que surge o arrependimento. O arrependimento é pouco abordado na literatura brasileira de comportamento do consumidor. Além disso, as escalas que o medem são escassas e o fazem de forma incompleta. Posto isso, o principal objetivo dessa dissertação é o de propor uma escala que meça o arrependimento no processo de tomada de decisão do consumidor, considerando aspectos afetivos e cognitivos desse construto. Para tanto, procedeu-se a uma análise de validação de construto para a escala proposta em duas amostras distintas: consumidores de automóveis e de calçados femininos. Os resultados apontam para a existência de validade de conteúdo, unidimensionalidade, confiabilidade e validade convergente para as dimensões hipotetizadas. A validade divergente não foi evidenciada e é um ponto de discussão. As implicações desse estudo e sugestões para estudos futuros são apresentadas.

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O objetivo deste trabalho é analisar e identificar a cristianização da novela de cavalaria portuguesa A Demanda do Santo Graal, na figura de sua personagem principal, Galaaz, em relação a dois outros romances: Perceval, de Chrétien de Troyes e Parsifal, de Wolfran von Eschenbach. Em nossa análise utilizamos os estudos de Mikhail Bakhtin, Walter Benjamin, Tzevetan Todorov, Arnold Hauser, Eric Auerbach e Joseph Campbell. É nosso propósito mostrar de que forma se deu a cristianização da figura do herói do Graal e de que maneira a Igreja estava ligada a esse projeto.

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A aproximação entre Graciliano Ramos e Dostoiévski se dá quase instantaneamente para quem os lê. No caso de Angústia e Crime e castigo, a semelhança se acentua. Por isso, ao longo desta dissertação, apoiados pelo conceito de influência, traçamos um caminho de leitura em que os pontos de contato entre esses dois escritores pudessem ser percebidos sem, no entanto, privilegiar um ou outro. Para tal, recorremos à História, que demonstrou semelhanças no contexto social na época da publicação das obras escolhidas para análise, e à Psicologia, que, através do conceito de angústia, possibilitou a análise dos protagonistas de Angústia e Crime e Castigo. Nesse trajeto, abordamos também, embora de forma resumida, questões como a tradução, a narrativa autobiográfica e a intertextualidade. Todos esses caminhos, no entanto, convergiram para um único ponto: o ser humano. É, essencialmente, o ser humano que une esses dois escritores. Esse fato, bastante óbvio pelo perfil dos escritores em questão, propicia uma análise da sociedade moderna, apesar da distância temporal, pois a questão humana não se alterou. O Homem continua “angustiado” em sua condição social, especialmente se tem consciência de sua nulidade enquanto indivíduo. Sua liberdade é cerceada por mecanismos sociais que independem de sua vontade. Seu “eu” desaparece em meio a uma multidão de objetos de consumo (des)necessários, que o tornam um “eu-social”. Sem esses objetos, sendo o dinheiro o mais almejado, somos desprovidos de valor, somos “nada”. Sendo o Homem a matéria-prima de Dostoiévski e de Graciliano Ramos, é natural que se encontrem pontos de contato entre eles. Do mesmo modo, é igualmente natural que os dois sejam considerados universais e atuais.

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O conceito de lugar é tradicionalmente associado às ações projetuais da Arquitetura e Urbanismo, embora o interesse pelo tema tenha experimentado uma diminuição a partir de meados do século XX. Por outro lado, entre o final do século XX e início do XXI, consolidou-se uma nova prática no campo projetual de lugar: o surgimento de lugares criados sob configurações novas - como parques temáticos, shopping malls, áreas históricas refuncionalizadas - reinstaurando o interesse pelo tópico. A Tese os denomina de “lugares da clonagem”, entendendo que são tentativas de replicar as características dos espaços nos quais se reconhece a manifestação do fenômeno da urbanidade - espaços percebidos como “lugares da urbanidade”. Os lugares da clonagem podem derivar de projetos que buscam identificar os estímulos ambientais responsáveis pela atribuição de urbanidade. A Tese defende que os projetos assim elaborados trazem efeitos favoráveis à qualificação das cidades contemporâneas, apoiando-se na hipótese de que os novos espaços tornar-se-ão percebidos como legítimos lugares para a sociedade contemporânea. Para sua demonstração, o trabalho inicialmente enuncia seus próprios termos de referência em relação a lugar, no capítulo intitulado “Apresentação do lugar”. Para poder avançar num tema que diariamente se renova, o capítulo “Conceituação de lugar” efetua uma revisão das bases conceituais de lugar em diferentes disciplinas, de modo a investigar o que podem acrescentar à modernização do conceito. Concentra seu foco seletivamente nas disciplinas mais relacionadas com as áreas projetuais, e em contribuições ainda em debate, ou menos divulgadas na literatura brasileira. O capítulo seguinte, “Investigação e Projetação de lugar”, imerge em antecedentes empíricos de pesquisas e de exemplares construídos, de modo a elaborar novas conjecturas teóricas e teóricopráticas. As variações que podem decorrer das tentativas de clonar a urbanidade são debatidas em “Variação na percepção de lugar”, que especula sobre as qualificações eventualmente atribuídas pelos lugares da clonagem ao ambiente urbanizado. O trabalho prossegue trazendo uma “Ilustração de lugares em cidades gaúchas”, apresentando em seqüência, a Usina do Gasômetro, em Porto Alegre; lugares da Serra Gaúcha, especialmente nas cidades da Região das Hortênsias e em Serafina Corrêa; e regressa a Porto Alegre, para examinar os projetos do DC-Navegantes e do Aeroporto Salgado Filho. Em “A lição dos lugares da clonagem” são emitidas as conclusões das ponderações, voltadas intencionalmente na direção de levantar uma dúvida razoável quanto à qualidade dos lugares inventados e sua pertinência nos contextos urbanos em que vivemos, para assim tentar encurtar a distância que, com apressado maniqueísmo, separa o lugar acreditado como “autêntico”, do lugar desmerecido como “inventado”.

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Para a realização desta pesquisa foram considerados primordialmente os pressupostos desenvolvidos por Luiz Tatit, em sua obra O cancionista, no que se refere aos aspectos musicais, e por Antonio Candido, em Formação da literatura brasileira, para os aspectos literários. O presente trabalho procurou verificar, através das análises dos elementos literários e musicais, de que maneira se configura o cancioneiro popular urbano como sistema, tendo sido eleitas para o corpus, canções que lancem um olhar diferenciado sobre Porto Alegre e/ou seus símbolos, que atendam à proposta de sistema literário (autor-obra-público) de Antonio Candido, que sejam representativas neste sistema e que atendam ao gosto pessoal da autora.

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Este trabalho tem como objeto de estudo dois romances – O Reino deste Mundo e O Recurso do Método, do escritor cubano Alejo Carpentier, precursor do real maravilhoso, sob uma perspectiva comparatista a partir das teorias e noções que são de interesse da literatura comparada, como o processo de transculturação na América Latina, a intertextualidade, a descolonização cultural, a carnavalização do seu discurso, a desterritorialização, o hibridismo cultural e literário, a busca da identidade cultural e da consciência latino-americana no contexto sócio-político, histórico e cultural no qual essas obras se inserem. Fundamenta-se esse estudo nas contribuições de dois teóricos latino-americanos, o etnólogo cubano Fernando Ortíz, pioneiro do conceito de transculturação, e o crítico literário uruguaio Ángel Rama, teórico da transculturação narrativa na América Latina. Destaca-se, ainda, a relevância que o ato tradutório, em geral, e a tradução literária, em particular, têm como mediadores interculturais, apontando-se algumas questões de tradução cultural nas traduções das obras para o português e o importante papel do tradutor em obras dessa natureza.

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O objetivo deste trabalho é identificar a presença de características e marcas da narrativa oral, sobretudo dos contos populares, nas primeiras narrativas literárias produzidas por escritores brasileiros, no período compreendido entre 1838 e o início do século XX. A caracterização das narrativas orais e dos contos populares é feita baseando-se em Walter Ong, Nelly Novaes Coelho, Jorge B. Rivera, Robert Scholles & Robert Kellogg. As narrativas literárias analisadas, principalmente contos, são as seguintes: ‘Os três desejos’, de Firmino Rodrigues Silva; ‘Minhas aventuras numa viagem de ônibus’, de Martins Pena; ‘A dança dos ossos’, de Bernardo Guimarães; ‘O baile do judeu’, de Inglês de Souza; ‘Idéias de canário’, de Machado de Assis; ‘O testamento do Tio Pedro’, de Garcia Redondo; e ‘O hóspede’, de Lúcio de Mendonça.

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Este ensaio pretende, de um lado, identificar e descrever os traços dominantes da literatura e das demais poéticas contemporâneas, e, de outro, relatar o processo de transposição de um texto literário – o romance O Quieto Animal da Esquina, de João Gilberto Noll – para um texto de cinema, o roteiro cinematográfico homônimo, de minha autoria. Menos uma tese acadêmica do que uma tentativa de se constituir como um objeto artístico em si mesmo – tanto em sua condição de roteiro, quanto na de uma aproximação eminentemente subjetiva, não “científica”, de um modo de expressão – este ensaio é uma proposta de discussão sobre a rarefação de limites, sobre o diálogo e a interdependência das artes.