98 resultados para Obesidade Fatores de risco
Resumo:
Embora as doenas no transmissveis representem um problema grande e crescente no Brasil, pouco de conhece hoje sobre a distribuio de vrios de seus j bem definidos fatores de risco biolgico-comportamentais. Para caracterizar o grau em que as prevalncias desses fatores variam, individualmente e em combinao, em funo do alcance escolar, renda e classe social, foram analisados dados de um estudo transversal, domiciliar, com 1157 adultos, entre 15 e 64 anos de idade, residentes em Porto Alegre (RS), Brasil, em 1986 e 1987. Mesmo diante de um elenco rico e diverso de associaes encontradas, variando em funo do fator de risco e da dimenso social analisada, verificou-se que as categorias scio-econmicas mais baixas geralmente estavam relacionadas com as maiores prevalncias de fatores de risco. Em suma, os menos privilegiados da sociedade tendem a apresentar maiores prevalncias dos fatores de risco biolgico-comportamentais, aqui estudados, para doenas crnicas no transmissveis, particularmente quando a categoria social expressa em termos de alcance escolar.
Resumo:
No prximo ano, completam-se 40 anos desde a primeira tentativa de transplante heptico (TxH) em seres humanos. H quase 20 anos, o transplante (Tx) tornou-se uma opo teraputica real para os pacientes portadores de doena heptica terminal. Atualmente, o TxH o tratamento de escolha para diversas enfermidades hepticas, agudas ou crnicas. Dos transplantes realizados na Europa ou nos EUA, em torno de 12% dos pacientes so crianas e adolescentes. No Brasil, 20,9% dos pacientes transplantados de fgado em 2001 tinham at 18 anos de idade e, destes, 60,7% tinham 5 anos ou menos. O objetivo do TxH a manuteno da vida dos pacientes com doena heptica irreversvel, e a principal forma de avaliao de sucesso a sobrevida aps o Tx. A primeira semana que se segue ao TxH, apesar dos excelentes progressos dos ltimos anos, continua sendo o perodo mais crtico. A maioria dos bitos ou das perdas do enxerto ocorrem nas primeiras semanas, em particular, nos primeiros 7 dias de TxH. Diversos fatores de risco para o resultado do TxH podem ser identificados na literatura, porm h poucos estudos especficos do Tx peditrico. As crianas pequenas apresentam caractersticas particulares que os diferenciam do Tx nos adultos e nas crianas maiores. Com o objetivo de identificar fatores de risco para o bito nos 7 primeiros dias aps os transplantes hepticos eletivos realizados em 45 crianas e adolescentes no Hospital de Clnicas de Porto Alegre entre maro de 1995 e agosto de 2001, foi realizado um estudo de caso-controle. Entre os 6 casos (13,3%) e os 39 controles foram comparadas caractersticas relacionadas ao receptor, ao doador e ao procedimento cirrgico e modelos prognsticos. Das variveis relacionadas ao receptor, o gnero, o escore Z do peso e da estatura para a idade, a atresia de vias biliares, a cirurgia abdominal prvia, a cirurgia de Kasai, a histria de ascite, de peritonite bacteriana espontnea, de hemorragia digestiva e de sndrome hepatopulmonar, a albuminemia, o INR, o tempo de tromboplastina parcial ativada e o fator V no foram associados com o bito na primeira semana. A mortalidade inicial foi maior nas crianas com menor idade (p=0,0035), peso (p=0,0062) e estatura (p<0,0001), bilirrubinemia total (BT) (p=0,0083) e bilirrubinemia no conjugada (BNC) (p=0,0024) elevadas, e colesterolemia reduzida (p=0,0385). Os receptores menores de 3 anos tiveram um risco 25,5 vezes maior de bito que as crianas maiores (IC 95%: 1,3487,7). A chance de bito aps o Tx dos pacientes com BT superior a 20 mg/dL e BNC maior que 6 mg/dL foi 7,8 (IC95%: 1,250,1) e 12,7 (IC95%: 1,3121,7) vezes maior que daqueles com nveis inferiores, respectivamente. Das caractersticas relacionadas ao doador e ao Tx, as variveis gnero, doador de gnero e grupo sangneo ABO no idnticos ao do receptor, razo peso do doador/receptor, causa do bito do doador, enxerto reduzido, tempo em lista de espera e experincia do Programa no foram associados com o bito nos primeiros 7 dias. Transplantes com enxertos de doadores de idade at 3 anos, ou de peso at 12 Kg representaram risco para o bito dos receptores 6,8 (IC95%: 1,143,5) e 19,3 (IC95%: 1,3281,6) vezes maior, respectivamente. O tempo de isquemia total foi em mdia de 2 horas maior nos transplantes dos receptores no sobreviventes (p=0,0316). Os modelos prognsticos Child-Pugh, Rodeck e UNOS no foram preditivos do bito. Os pacientes classificados como alto risco no modelo de Malatack apresentaram razo de chances para o bito 18,0 (IC95%: 1,2262,7) vezes maior que aqueles com baixo risco. A mortalidade na primeira semana foi associada a valores elevados do escore PELD. O risco de bito foi de 11,3 (IC95%: 1,2107,0) nas crianas com valor do PELD maior que 10. As crianas pequenas e com maior disfuno heptica apresentaram maior risco de bito precoce. Doador de pequeno porte e prolongamento do tempo de isquemia tambm foram associados mortalidade. Somente os modelos de Malatack e PELD foram preditivos da sobrevida.
Resumo:
Resumo no disponvel.
Resumo:
A mortalidade dos pacientes diabticos, quando iniciam tratamento hemodialtico, ainda muito elevada, significativamente maior do que a dos pacientes no diabticos. As doenas cardacas so a principal causa de morte nestes pacientes. O diabetes, por si s, est associado a uma alta prevalncia de hipertenso, doena cardiovascular e insuficincia cardaca, resultando em morbi-mortalidade significativas. Tradicionalmente, a mortalidade tem sido associada cardiopatia isqumica. A mortalidade cardiovascular, entretanto, no est relacionada apenas isquemia, mas tambm insuficincia cardaca e morte sbita. O objetivo deste estudo foi analisar o papel da doena cardiovascular como fator prognstico para a morte de pacientes diabticos e no diabticos, que iniciam hemodilise, levando em considerao outros fatores. Este foi um estudo prospectivo de uma coorte de 40 pacientes diabticos e 28 no diabticos, que iniciaram programa de hemodilise, de agosto de 1996 a junho de 1999, em 5 hospitais de Porto Alegre, Brasil. O tempo total de acompanhamento foi de 4,25 anos. A avaliao inicial, realizada entre o 20 e o 30 ms de hemodilise, incluiu: um questionrio com caractersticas demogrficas, histria do diabetes e suas complicaes, histria de hipertenso e acidente vascular cerebral; o exame fsico incluindo avaliao nutricional e exame oftalmolgico; e avaliao laboratorial com medidas de parmetros nutricionais, bioqumicos, hormonais, perfil lipdico, e controle metablico do diabetes, alm da avaliao da adequao da dilise. Para a avaliao cardiovascular foram utilizados: questionrio Rose, ECG em repouso, cintilografia em repouso e sob dipiridamol, e ecocardiograma bi-dimensional e com Doppler. A mortalidade foi analisada ao final dos 51 meses, e as causas de morte, definidas pelos registros mdicos, atestados de bito ou informaes do mdico assistente ou familiar. Na anlise estatstica, foram empregados o teste t de Student, o qui-quadrado (2) ou teste exato de Fisher. Para a anlise da sobrevida, o mtodo de Kaplan-Meier foi utilizado, e, para identificar os principais fatores associados mortalidade, construiu-se um modelo de regresso mltipla de Cox. O nvel de significncia adotado foi de 5%. Ao final do estudo, os pacientes diabticos tiveram um ndice de mortalidade significativamente mais elevado do que os pacientes sem diabetes (47,5% vs. 7,1%; P=0,0013, log rank test). Na anlise de Cox, o padro pseudonormal ou restritivo de disfuno diastlica esteve associado a um risco de 3,2 (IC 95%:1,2-8,8; P=0,02), e a presena de diabetes, a um risco de 4,7 (IC 95%:1,03-21,4; P=0,04) para a morte. Concluiu-se que a disfuno diastlica do ventrculo esquerdo foi o principal preditor de mortalidade nesta coorte de pacientes que esto iniciando tratamento hemodialtico.
Resumo:
Resumo no disponvel.