12 resultados para Poesia portuguesa História e crítica
em Portal do Conhecimento - Ministerio do Ensino Superior Ciencia e Inovacao, Cape Verde
Resumo:
A Escola , por excelncia, a instituio que tem de criar condies para que os alunos realizem e concretizem aprendizagens: aprendam a saber, saber-fazer, saber-ser e saber- estar. A criao destas condies passa necessariamente pela elaborao de programas, por parte do(s) Ministrio(s), e manuais escolares, a serem elaborados por autores que podem, ou no, ser professores, que se adequam ao pblico-alvo em que o ensino se vai desenvolver. Todavia, nem sempre estes pressupostos se verificam de forma articulada e condutora de resultados profcuos, culminando no registo de insuficincias que tangem ao ensino e aprendizagem da lngua, mais especificamente no desenvolvimento das competncias de escrita dos alunos. Assim, com este trabalho de investigao pretende-se: i) verificar de que forma os manuais de Lngua Portuguesa, dos 7 e do 8 anos de escolaridade, enquanto instrumentos que contribuem para auxiliar a prtica pedaggica, propem o desenvolvimento de competncias de escrita, analisando-os com base nos itens indicados no Programa, ii) averiguar a articulao entre os manuais escolares e o Programa de Lngua Portuguesa que se pretende implementar nas escolas de Cabo Verde para o 7 e 8 anos de escolaridade luz da Reviso Curricular, iii) identificar matizes de ensino e aprendizagem da escrita como lngua segunda, tanto nos manuais, como no Programa. Os resultados obtidos apontam para a insuficincia de propostas de escrita, nos manuais escolares, o que certamente ter consequncias nas prtica pedaggica e no desenvolvimento de competncias de escrita dos aprendentes, e mostram que existe desfasamento entre as indicaes programticas e as propostas de escrita constantes nos mencionados manuais, indo estes, por vezes, alm do que consta no Programa. De salientar ainda que, quer os manuais, quer o Programa, no evidenciam marcas de lecionao do Portugus como lngua segunda. Embora, no seja objetivo deste estudo somos ainda, da opinio que o Programa deve reger-se por um estrutura clara, que evidencie adequadamente o que se pretende que os alunos aprendam em cada saber que enforma a Lngua Portuguesa
Resumo:
O realismo apresenta em Cabo Verde particularidades prprias. Se em Portugal e noutros pases foi um movimento literrio e idiolgico-poltico empenhado em solues transformadoras da sociedade pela via da funo social da arte, pela desmistificao da conscincia e pela oposio ao capitalista e ao burgus, em Cabo Verde, por razes naturais, geogrficas e sociais contextualiza-se assumindo outras preocupaes. Manuel Lopes, com o tempo, sem esquecer o plano subjectivo, envereda por uma escrita potica com implicaes objectivistas tematizando os problemas crioulos mais prementes: seca, isolamento, fome, emigrao. A objectividade e a subjectividade so, por isso, duas caractersticas do realismo cabo-verdiano. Os paradigmas, So Vicente-Mar (urbanidade) e Santo Anto-terra (ruralidade) e ainda a dinmica de oposio entre o partir/ficar informam decisivamente a sua poesia.
Resumo:
Livro de homenagem professora Maria Emlia Ricardo Marques
Resumo:
O caso em estudo apresenta como ttulo Candidatura de Patrimnio Imaterial Galego Portugus, o que no significa que o patrimnio imaterial contemplado pela candidatura em questo (que foi traduzido para ingls como Oral Traditions) assente exclusivamente na oralidade. A relevncia dos documentos escritos em cada uma das prticas ditas orais neste contexto est ainda por apurar, pelo que se percebe aps a leitura da candidatura1. Por outro lado, a dinmica que envolve o processo de candidatura revela que esta ltima serviu para criar objectos de cultura (ainda que de essncia denominada de intangvel ou imaterial). Estes objectos so pontos-chave para a constituio de um conceito de identidade cultural que se ver ser mais desejado por Galegos que por Portugueses2. Seria interessante, nesta perspectiva, analisar a criao de objectos de cultura em estudo revisitando os conceitos de evoluo da memria preconizados por Leroi-Gourhan (1993), Jack Goody (1987, 1988) e Jacques Le Goff (1984). Como se ver, foram invocados e recriados intrumentos heterogneos como vestgios arqueolgicos e elementos simblicos da cultura celta e a oralidade como meio de transmisso privilegiado de conhecimentos fundamentais para a identidade social. Numa fase da História em que a memria est em transbordamento (cf. Le Goff, 1984, p. 13), como irei realando ao longo do estudo, estes instrumentos foram escolhidos e trabalhados com objectivos definidos.
Resumo:
Este livro composto por artigos e ensaios. Os artigos, alinhados na primeira parte, aparecem sob o signo de "Pensar com a História", ao passo que os ensaios constam na segunda sob rubrica de "Pensar a História". Por sumria, esta arrumao-classificao requer uma explicao mais desdobrada. De dimenso varivel, os artigos so intervenes cvicas, assumidamente marcadas por preocupao do presente. Preocupaes que no hesitaria em qualificar de militantes, se no pesasse sobre esta palavra um vis de sentido provocado pela vossa vivncia excessivamente partidarizada. Neles dizia a História figura menos como objecto de estudo do que como instrumento com o qual se trata a compreenso das estruturas da sociedade presente. Compreenso esta que potencia impulsos de interveno social de natureza eminentemente crítica. Este ltimo aspecto crucial. Afinal de contas, o que define o papel do intelectual nas sociedades modernas no ser justamente a utilizao do conhecimento e da criao para fins de interveno crítica?
Resumo:
A afluncia de imigrantes a Portugal, nas ltimas trs dcadas transformou radicalmente todo o tecido social portugus, caracterizando-se hoje pela sua heterogeneidade. At ao incio da dcada de 90 do sculo XX, os fluxos migratrios provinham essencialmente dos Pases de Lngua Oficial Portuguesa, com maior incidncia de Cabo Verde, Brasil e Angola. nessa dcada que se registam movimentos bastante significativos de imigrantes provenientes da Europa Central e Oriental, principalmente da Ucrnia, Rssia, Romnia e Moldvia, assim como da sia, destacando-se os naturais da China, ndia, Paquisto e das antigas repblicas soviticas. De acordo com a anlise apresentada pelo Instituto Nacional de Estatstica em Dezembro de 2006, residiam de forma legal em Portugal 329 898 cidados de nacionalidade estrangeira, sendo as maiores comunidades de Cabo Verde (57 349), Brasil (41 728) e Angola (28 854). A sociedade portuguesa do sculo XXI, distancia-se cada vez mais do conceito de monolinguismo, tal como se evidencia no Projecto Gulbenkian Diversidade Lingustica na Escola Portuguesa, que, segundo o estudo feito, onze por cento dos alunos residentes na rea da Grande Lisboa nasceram fora de Portugal e tm como lnguas maternas cinquenta e oito idiomas. urgente uma interveno diferente no que corresponde a esta nova realidade lingustica em Portugal e sobretudo no que concerne integrao do outro, reconhecendo e respeitando as vrias lnguas maternas e culturas, como tambm a sua preservao a fim de possibilitar o desenvolvimento ntegro e harmonioso da identidade. A heterogeneidade da actual sociedade portuguesa impe um olhar atento para com esta nova realidade no pas, sobretudo em muitas das escolas onde a par do uso da lngua portuguesa outras lnguas so tambm usadas como forma de comunicao entre os mesmos pares, situao esta perfeitamente desajustada da realidade escolar madeirense Estudo de caso: O uso da Lngua Portuguesa por jovens oriundos de outros pases nos domnios privado, pblico e educativo. 10 de incios da dcada de 90 do sculo XX, excepo dos alunos provenientes da Venezuela, os denominados luso-descendentes. A escola mudara, tudo se alterara, havia que tentar perceber o que estava a ocorrer, um novo Mundo invadira as turmas, prontas a aprender, a saber, a descobrir. Era preciso preencher o silncio expectante. Aprender uma nova lngua, a portuguesa, decorrente da obrigatoriedade implcita de tratar-se da lngua oficial, obrigava a repensar o ensino, a continuamente desvendar novos caminhos possibilitadores de encontro entre a lngua materna e a segunda, de reencontro com a identidade lingustica e cultural que no se quer perdidas, s tornado possvel na diferena. A par de uma escola que se apresentava de forma diferente, cuja interveno teria de ser oposta de ento, uma vez que a aprendizagem do portugus era feita como lngua segunda (L2), muitas foram e so as inquietaes, um turbilho de interrogaes decorriam deste contacto constante de uma lngua que se diz minha, fonte de partilha com outros jovens. O uso da lngua portuguesa confinar-se- unicamente escola com os professores e colegas ou despoletar curiosidades, vontades, interesses, motivados por objectivos confinados ao percurso e história humana? Muitas so as interrogaes que ocorrem, muitos so tambm os momentos de sabedoria mtua de lnguas e pases a desvendar num contnuo ininterrupto e essa constante procura que determina a busca de respostas. Entre muitas interrogaes uma afigurava-se de forma latente, qui fonte de resposta para outras interrogaes inerentes lngua portuguesa como lngua segunda. A sua utilizao por parte dos alunos de outras nacionalidades nos domnios privado, pblico e educativo engloba domnios diversos capazes de informar acerca do uso dessa mesma lngua. Importa no entanto reforar que estes alunos constituem um grupo heterogneo sob diversos pontos de vista: etrio, lingustico e cultural. Do ponto de vista lingustico a populao que tem o portugus como lngua segunda abrange alunos falantes de diferentes lnguas maternas, umas mais prximas, outras mais afastadas do portugus, propiciando diferentes graus de transferncia de conhecimentos lingusticos e de experincias comunicativas, como tambm em diferentes estdios de aquisio e que fora da escola o usam em maior ou menor nmero de contextos e com um grau de frequncia desigual. Estudo de caso: O uso da Lngua Portuguesa por jovens oriundos de outros pases nos domnios privado, pblico e educativo. 11 Dispem tambm de diferentes capacidades individuais para discriminar, segmentar e produzir sequncias lingusticas. J do ponto de vista cultural apresentam diferentes hbitos de aprendizagem, bem como diferentes representaes e expectativas face escola. Todos estes factores determinaro ritmos de progresso distintos no que respeita aprendizagem do portugus como lngua segunda. As oportunidades de aprendizagem e de uso que cada indivduo tem ao longo da vida, determinantes no processo de aquisio, desenvolvimento e aprendizagem de uma lngua, variam bastante de indivduo para indivduo. Os alunos podem viver num mesmo contexto no entanto razes variadssimas determinaro diferentes oportunidades de aprendizagem e de uso. Viver-se num contexto de imerso no suficiente para que todos tenham o mesmo grau de exposio a material lingustico rico e variado da L2. Essas oportunidades tambm se relacionam com a distncia lingustica entre lngua primeira (L1) e a lngua segunda, quanto mais afastadas so as duas lnguas mais os falantes da L2 se refugiam na sua lngua materna, assim como tambm se associam aos hbitos culturais da comunidade e da famlia.
Resumo:
A afluncia de imigrantes a Portugal, nas ltimas trs dcadas transformou radicalmente todo o tecido social portugus, caracterizando-se hoje pela sua heterogeneidade. At ao incio da dcada de 90 do sculo XX, os fluxos migratrios provinham essencialmente dos Pases de Lngua Oficial Portuguesa, com maior incidncia de Cabo Verde, Brasil e Angola. nessa dcada que se registam movimentos bastante significativos de imigrantes provenientes da Europa Central e Oriental, principalmente da Ucrnia, Rssia, Romnia e Moldvia, assim como da sia, destacando-se os naturais da China, ndia, Paquisto e das antigas repblicas soviticas. De acordo com a anlise apresentada pelo Instituto Nacional de Estatstica em Dezembro de 2006, residiam de forma legal em Portugal 329 898 cidados de nacionalidade estrangeira, sendo as maiores comunidades de Cabo Verde (57 349), Brasil (41 728) e Angola (28 854). A sociedade portuguesa do sculo XXI, distancia-se cada vez mais do conceito de monolinguismo, tal como se evidencia no Projecto Gulbenkian Diversidade Lingustica na Escola Portuguesa, que, segundo o estudo feito, onze por cento dos alunos residentes na rea da Grande Lisboa nasceram fora de Portugal e tm como lnguas maternas cinquenta e oito idiomas. urgente uma interveno diferente no que corresponde a esta nova realidade lingustica em Portugal e sobretudo no que concerne integrao do outro, reconhecendo e respeitando as vrias lnguas maternas e culturas, como tambm a sua preservao a fim de possibilitar o desenvolvimento ntegro e harmonioso da identidade. A heterogeneidade da actual sociedade portuguesa impe um olhar atento para com esta nova realidade no pas, sobretudo em muitas das escolas onde a par do uso da lngua portuguesa outras lnguas so tambm usadas como forma de comunicao entre os mesmos pares, situao esta perfeitamente desajustada da realidade escolar madeirense Estudo de caso: O uso da Lngua Portuguesa por jovens oriundos de outros pases nos domnios privado, pblico e educativo. 10 de incios da dcada de 90 do sculo XX, excepo dos alunos provenientes da Venezuela, os denominados luso-descendentes. A escola mudara, tudo se alterara, havia que tentar perceber o que estava a ocorrer, um novo Mundo invadira as turmas, prontas a aprender, a saber, a descobrir. Era preciso preencher o silncio expectante. Aprender uma nova lngua, a portuguesa, decorrente da obrigatoriedade implcita de tratar-se da lngua oficial, obrigava a repensar o ensino, a continuamente desvendar novos caminhos possibilitadores de encontro entre a lngua materna e a segunda, de reencontro com a identidade lingustica e cultural que no se quer perdidas, s tornado possvel na diferena. A par de uma escola que se apresentava de forma diferente, cuja interveno teria de ser oposta de ento, uma vez que a aprendizagem do portugus era feita como lngua segunda (L2), muitas foram e so as inquietaes, um turbilho de interrogaes decorriam deste contacto constante de uma lngua que se diz minha, fonte de partilha com outros jovens. O uso da lngua portuguesa confinar-se- unicamente escola com os professores e colegas ou despoletar curiosidades, vontades, interesses, motivados por objectivos confinados ao percurso e história humana? Muitas so as interrogaes que ocorrem, muitos so tambm os momentos de sabedoria mtua de lnguas e pases a desvendar num contnuo ininterrupto e essa constante procura que determina a busca de respostas. Entre muitas interrogaes uma afigurava-se de forma latente, qui fonte de resposta para outras interrogaes inerentes lngua portuguesa como lngua segunda. A sua utilizao por parte dos alunos de outras nacionalidades nos domnios privado, pblico e educativo engloba domnios diversos capazes de informar acerca do uso dessa mesma lngua. Importa no entanto reforar que estes alunos constituem um grupo heterogneo sob diversos pontos de vista: etrio, lingustico e cultural. Do ponto de vista lingustico a populao que tem o portugus como lngua segunda abrange alunos falantes de diferentes lnguas maternas, umas mais prximas, outras mais afastadas do portugus, propiciando diferentes graus de transferncia de conhecimentos lingusticos e de experincias comunicativas, como tambm em diferentes estdios de aquisio e que fora da escola o usam em maior ou menor nmero de contextos e com um grau de frequncia desigual. Estudo de caso: O uso da Lngua Portuguesa por jovens oriundos de outros pases nos domnios privado, pblico e educativo. 11 Dispem tambm de diferentes capacidades individuais para discriminar, segmentar e produzir sequncias lingusticas. J do ponto de vista cultural apresentam diferentes hbitos de aprendizagem, bem como diferentes representaes e expectativas face escola. Todos estes factores determinaro ritmos de progresso distintos no que respeita aprendizagem do portugus como lngua segunda. As oportunidades de aprendizagem e de uso que cada indivduo tem ao longo da vida, determinantes no processo de aquisio, desenvolvimento e aprendizagem de uma lngua, variam bastante de indivduo para indivduo. Os alunos podem viver num mesmo contexto no entanto razes variadssimas determinaro diferentes oportunidades de aprendizagem e de uso. Viver-se num contexto de imerso no suficiente para que todos tenham o mesmo grau de exposio a material lingustico rico e variado da L2. Essas oportunidades tambm se relacionam com a distncia lingustica entre lngua primeira (L1) e a lngua segunda, quanto mais afastadas so as duas lnguas mais os falantes da L2 se refugiam na sua lngua materna, assim como tambm se associam aos hbitos culturais da comunidade e da famlia.
Resumo:
Esta dissertao visou compreender o carter temtico e discursivo de algumas crnicas literrias de dois autores cabo-verdianos, Dina Salstio e Daniel Medina, e provar o carcter pedaggico e humanitrio das composies. Fez-se, num primeiro momento, um estudo de contedos tericos sobre a cronstica portuguesa, visando recensear aspetos relacionados com a evoluo do gnero ao longo dos tempos, desde a Idade Mdia at Contemporaneidade, sempre numa perspetiva pragmtica, e discutiram-se as caractersticas enformadoras do gnero, sendo assinalveis a subjetividade, versatilidade, objetividade, estilo entre o oral e o literrio, quotidianidade e dialogismo. De seguida, em termos metodolgicos, optou-se por convocar o ethos de Amossy e Maingueneau para o estudo das composies. Num segundo momento, atravs de dez crnicas literrias cabo-verdianas, sendo cinco de cada autor, procedeu-se anlise crítica das quais se confirmou, a partir da anlise temtica, uma preocupao pedaggica e humanitria uma vez que se notou uma certa inquietao com problemas que envolvem a idiossincrasia do homem cabo-verdiano, como a perda de valores em termos educacionais e instrucionais, quer no seio familiar como escolar, a preocupao com os mais desfavorecidos materialmente, onde se destacam crianas rfs de pais vivos, o descaso com os doentes mentais e as crianas de rua, a gravidez precoce, a prostituio infantil, entre outros. O modo, como os cronistas se posicionam face abordagem dos temas, permitiu-nos projetar o ethos discursivo de duas personalidades sensveis, srias e comprometidas com os valores mais nobres que enformam o ser humano. Do mesmo modo, pde constatar como caractersticas relevantes das composies a subjetividade e pessoalidade discursivas, a brevidade, o dilogo no estilo indirecto livre, a quotidianidade e literariedade aliados a alguns recursos retricos que nos permitiram apurar os tons srio e irnico do sujeito enunciador ao tratar as questes temticas.
Resumo:
Nesta artigo apresentamos os resultados preliminares de uma investigao emprica sobre identidade e representaes da história que decorreu em Cabo Verde. Esta investigao foi realizada no mbito de um projecto internacional que integra vrios pases da Comunidade de Pases de Lngua Portuguesa (CPLP). Este projecto tem como objectivo identificar as representaes da história construdas pelos jovens dos pases 'lusfonos' e o papel da identidade social na ancoragem dessas representaes. Os resultados destes estudos sero usados para ilustrar a conceptualizao das representaes sociais como uma modalidade de conhecimento, socialmente elaborada e compartilhada, cujos processos de formao, manuteno e mudana s podem ser entendidos tendo em conta os processos comunicativos, mediticos e informais, a partir dos quais os indivduos constroem a sua viso do mundo. Iremos examinar as representaes de jovens cabo-verdianos sobre a história da humanidade, em geral, e sobre a história de Cabo Verde, em particular. Investigaremos ainda o papel da identidade social e as emoes associadas s personalidades e aos acontecimentos considerados mais marcantes na história da humanidade e na história da nao cabo-verdiana.
Resumo:
Este estudo analisa as dinmicas da imprensa e do jornalismo nos territrios da frica Portuguesa (Cabo Verde, Angola, Moambique, So Tom e Prncipe e Guin) ao longo do perodo colonial, entre 1842-1974. Os papis desempenhados pelo jornalismo e as caractersticas do sistema de imprensa so observados, discutidos e analisados no contexto sociopoltico do imprio colonial portugus nos sculos XIX e XX. No estudo das relaes entre a imprensa e o imprio adopta-se uma perspectiva multidisciplinar, na qual dialogam a história, a sociologia e a cincia poltica, permitindo uma compreenso aprofundada das interaces e interdependncias entre a imprensa, o imprio colonial e os regimes polticos. O estudo de caso da frica Portuguesa demonstra que a imprensa e o jornalismo nos cinco territrios apresentaram dinmicas e caractersticas similares no perodo colonial. A imprensa foi decisiva na afirmao do colonialismo portugus, mas o jornalismo tambm contestou e ops-se e ao projecto imperial. Foi ao longo do colonialismo que a imprensa emergiu, desenvolveu-se e consolidou-se como uma instituio de perfil poltico e como plataforma dos conflitos sociais.
Resumo:
The main focus of the present investigation is on the transnationalization of the education policies in Cape Verde, Guine-Bissau and San Tome and Prince from 1974 to 2002 and it deals mostly with the role played by the Portuguese co operants in this field, namely teachers, teacher trainers and education technicians. Our investigation is based mostly on the theoretical and empiric analysis of the problematic of the transnatio nalizaton of the education policies, bearing in mind the concepts formulated by several renowned authors like those by Stone(2001, 2004) as well as by Dolowitz and Marsch (2002) concerning the area of knowledge transfer. The concept transnationalization we have used throughout this dissertationshould be interpreted as a carrefour , that is, a crossroad of technical knowledge, resulting from the way the different mediators have shared their expertise and who gradually contributed to the implementation of the new education systems and the consolidation of the education policies of the countries just mentioned before. We have also analyzed specific points of reference connected both with globalization and organization sociology theories since the school is the main scope of action where the participants interact using diversified strategies due to their different interests and aims. Those schools are more and more confronted with education policies resulting from neoliberal assumptions therefore we label them terminals of the education policy journeys. The naturalist paradigm, which includes a qualitative and interpretative approach, answers for the design of this investigation, whose main strategy is the Oral History. The primary sources analyzed and the interviews made have enabled us to build our knowledge based on the grounded theory method (Glasser and Strauss, 1967), supported by the informatic programme Atlas TI. We conclude that despite the weaknesses and fragilities of the Portuguese cooperation, this is the right arena for a more convergent transference of values and education (al) systems; it is a kind of hybrid territory where the knowledge transfer suits the local reality, independently of all the dilemmas resulting from globalization.
Resumo:
A obra composta por trs partes: a primeira parte sobre Ideologias das colonizaes e aco educativa; a segunda parte sobre Processos de independncia e aco educativa e a terceira aborda a temtica A educao e o outro. Antnio Nvoa apresenta a obra, resultante de comunicaes, em portugus e castelhano, seleccionadas no 15 Congresso Internacional de História da Educao (Lisboa, 1993), dedicado ao tema A educao no encontro dos povos e das culturas: a experincia colonial (sculos XVI-XX), que inicia com intervenes proferidas, na sesso inaugural, pelo Profs. Jos V. de Pina Martins e Joaquim Ferreira Gomes.