19 resultados para Perturbações Emocionais

em Portal do Conhecimento - Ministerio do Ensino Superior Ciencia e Inovacao, Cape Verde


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Este trabalho de investigação tem como objectivo o estudo da prevalência das perturbações depressivas nos pacientes da consulta externa do H.A.N. – extensão Trindade, de 2004-2008. A amostra do estudo é constituída por 1499 sujeitos, sendo 317 com perturbações afectivas (34.4 %) do sexo masculino e (65.6%) do sexo feminino). A metodologia utilizada é do tipo prospectivo, em que o objectivo deste estudo é caracterizar um grupo: por sexo, idade, nível de escolaridade, profissão, etc., e neste sentido aproxima-se das pesquisas exploratórias visto que pode se dar uma fundamentação teórica, envolvendo pesquisas bibliográficas, com base nos livros, pesquisas de Internet, artigos científicos. A análise de dados foi efectuada através do programa SPSS (Statistical package for the social science base 15.0 for Windows Evaluation (version, 2008) Verificamos uma prevalência de perturbações afectivas de 21%, mais acentuada no sexo feminino (65.6%), com muitas perturbações comórbidas sobretudo relacionadas com o abuso de substâncias tóxicas. Essas comorbilidades têm maior expressão entre os sujeitos do sexo masculino. Verificamos ainda, uma tendência crescente de diagnóstico dessas perturbações ao longo dos cinco anos estudos. Entre as perturbações depressivas destaca-se o episódio depressivo com uma prevalência de 91.4%

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As sociedades modernas são estruturas duplamente envelhecidas, caracterizadas por uma maior longevidade dos seus membros e por uma menor taxa de natalidade, o que torna necessário a conjugação de esforços multidisciplinares para minorar as consequências desta realidade. Envelhecer com saúde, autonomia, independência, o mais tempo possível, constitui assim, hoje, um desafio à responsabilidade individual e colectiva. Com este estudo pretendeu-se conhecer de que forma é que o desenvolvimento das competências emocionais (perdão, esperança) é promotor da saúde mental do sénior. Teve como apoio uma metodologia empírica, exploratória e transversal, e como suporte análise de conteúdo e pesquisas bibliográficas. A amostra utilizada neste estudo é uma amostra de conveniência e é constituída por indivíduos residentes no Algarve (Portimão) e Alentejo (Vidigueira e Beja), composta de 82 idosos com idades compreendidas entre os 65 a 85 anos, sendo 31 do sexo masculino e 51 do sexo feminino. A recolha de informação foi efectuada através da aplicação de três instrumentos aos respectivos inqueridos: a escala sobre o Perdão (Oliveira, J.H. B., 2002); a escala de Esperança Estado (Snyder et al., 1996; Faria, M.C., 2000) – versão portuguesa; “Inventário Depressivo” (Beck, A. T., 1967), versão portuguesa de (Vaz-Serra, A. & Pio Abreu, J. L., 1973). Os resultados da aplicação dos instrumentos permitiram concluir que não houve influências do género, da idade e das habilitações académicas. Constatou-se que não existem correlações significativas entre os totais dos instrumentos. As análises efectuadas expõem valores significativos que nos permitem concluir que quanto maior é o perdão, maior é a esperança e maior é a depressão, por outro lado, quanto maior é a depressão menor é a esperança. Assim, coloca-se um desafio à Psicologia da Saúde: intervir na educação de idosos e na formação dos cuidadores dos mesmos.

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A actual tendência de crescimento da epidemia da SIDA e os riscos derivados da presença das IST, atingindo amplos sectores populacionais, a um alto custo emocional, social e económico, ressaltam a importância do aconselhamento entre as acções de saúde pública. Esta epidemia evidencia questões fundamentais para o sistema de saúde em geral. Entre estas, aquelas que dizem respeito à qualidade da relação construída entre profissional de saúde e Utente. Esta relação estabelece um encontro íntimo e privilegiado para a acção preventiva, na medida em que as mensagens são individualizadas e ajustadas às necessidades e possibilidades do Utente. A prática do aconselhamento nas Unidades de Saúde é um instrumento importante para romper a cadeia de transmissão das IST e da SIDA. Apesar de ser uma actividade muitas vezes já desenvolvida pelos profissionais de saúde que actuam nessa área, requer atenções especiais por implicar questões subjectivas, como atitudes e valores do aconselhador, e por envolver temáticas com desdobramentos emocionais e socioculturais. Portanto, a formação de aconselhadores em IST e SIDA deve levar em conta essas questões ao propor a padronização das linhas de acção a serem desenvolvidas pelas Unidades de Saúde, utilizando um adequado referencial teórico e metodológico. O presente Manual tem por finalidade sistematizar uma proposta de implantação da prática do aconselhamento nas Unidades de Saúde e subsidiar as actividades de formação de aconselhamento em IST e SIDA, oferecendo aos instrutores recursos conceituais e metodológicos. A descrição do processo de aconselhamento está apresentada em documento específico1 e contempla os conceitos utilizados neste plano de curso, que está constituído por sete unidades, as quais guardam entre si uma sequência lógica. A Unidade I, Construindo o Conceito de Aconselhamento, tem por finalidade refletir sobre a prática profissional e sua relação com a Actividade de aconselhamento. A Unidade II, Conhecimentos Básicos de Epidemiologia das IST e da SIDA, propicia a aquisição de conhecimentos sobre esse tema, associando-o com o aconselhamento.

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Apoiado nas variáveis tempo e espaço, análise documental incide essencialmente na produção literária nacional, onde identificamos sinais de orientação política e ideológica que, conduziu a uma oposição identitária entre Badiu e Sampadjudo. Procuramos também, na história Social e Demográfica da sociedade cabo-verdiana, enquanto processo de construção da identidade nacional, pistas que por um lado nos facultassem a compreensão dos sistemas de valores, os comportamentos e os estados emocionais das populações das duas ilhas em questão e, por outro, a origem do conflito identitário na sociedade santiaguese e sanvicentina. Verificamos que a trajectória histórica e cultural dissemelhantes, bem como os níveis diferenciados de aculturação e assimilação de elementos culturais dos ancestrais Africanos e Europeus tiveram um papel decisivo na emergência e desenvolvimento de um sentimento de pertença do homem mestiço cabo-verdiano, em geral, e do santiaguense e sanvicentino, em particular. Com base nos dados quantitativo colectados a partir dos inquéritos e questionários, pudemos traçar o perfil identitário das referidas comunidades em estudo; ou seja, perceber em que valores essas identidades radicam e averiguar o fundamento da oposição entre santiagueses e sanvicentinos quanto ao ser cabo-verdiano.

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Dado um conjunto de veículos (automóveis), que se encontram a circular numa via de tráfego rodoviário, em formato de fila única, à (aproximadamente) mesma velocidade e cujo as distâncias entre dois veículos consecutivos quaisquer mantém-se iguais, neste trabalho abordamos o problema da modelação matemática das “perturbações nos seus deslocamentos”, quando o condutor do veículo que se encontra à frente, isto é, que lidera o grupo, trava (desacelera) repentinamente por um instante e, de seguida, volta a acelerar até que o veículo atinja novamente a velocidade com que vinha a circular, antes deste ter travado. De facto, a travagem repentina do veículo que segue à frente vai perturbar a normal fluência dos restantes, na medida em que, após este ter desacelerado, para evitar colisão, o condutor do veículo que circula imediatamente a seguir ao seu veículo, assim como os restantes, cada um a seu tempo, também terão que travar.

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Um Ciclo Metabólico de Transferência de Grupo, CMTG, é um conjunto de reacções químicas acopladas, catalisadas por enzimas, que transfere um grupo químico de um dador para um aceitante, via um intermediário recirculado. No caso minimalista - ciclo referência - o ciclo tem duas reacções. Uma reacção, catalisada por uma enzima de carga, onde o dador transfere o grupo químico para o intermediário, que passa de intermediário descarregado a intermediário carregado. Outra reacção catalisada por uma enzima de descarga, onde o intermediário carregado transfere o grupo para o aceitante. Os CMTG’s exibem diversidade a nível do design, sendo muito comum que o intermediário tanto na forma carregada como na descarregada seja sequestrado. Na primeira parte do trabalho, investiga-se os princípios de design dum CMTG e na segunda parte investiga-se as implicações funcionais da sequestração do intermediário carregado e do desacarregado. Quanto aos princípios de design dum CMTG, concluiu-se, utilizando novos métodos, que para um CMTG funcionar eficazmente, o intermediário deve estar predominantemente na forma carregada, a enzima de carga deve estar saturada com o dador enquanto que a enzima de descarga deve estar saturada com o intermediário carregado e insaturada com o aceitante. A comparação entre os diferentes design’s, mostrou que a sequestração do intermediário carregado tem as seguintes vantagens: • aumenta a tamponização do intermediário carregado com respeito à variações nas variáveis externas • diminui a sensibilidade da concentração do intermediário carregado às actividades enzimáticas • aumenta o acoplamento entre a demanda e o fluxo de fornecimento de grupos para o aceitante. No entanto, a sequestração desse intermediário tem a desvantagem de aumentar o tempo de resposta do ciclo à perturbações.

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Um Ciclo Metabólico de Transferência de Grupo, CMTG, é um conjunto de reacções químicas acopladas, catalisadas por enzimas, que transfere um grupo químico de um dador para um aceitante, via um intermediário recirculado. No caso minimalista - ciclo referência - o ciclo tem duas reacções. Uma reacção, catalisada por uma enzima de carga, onde o dador transfere o grupo químico para o intermediário, que passa de intermediário descarregado a intermediário carregado. Outra reacção catalisada por uma enzima de descarga, onde o intermediário carregado transfere o grupo para o aceitante. Os CMTG’s exibem diversidade a nível do design, sendo muito comum que o intermediário tanto na forma carregada como na descarregada seja sequestrado.Na primeira parte do trabalho, investiga-se os princípios de design dum CMTG e na segunda parte investiga-se as implicações funcionais da sequestração do intermediário carregado e do desacarregado. Quanto aos princípios de design dum CMTG, concluiu-se, utilizando novos métodos, que para um CMTG funcionar eficazmente, o intermediário deve estar predominantemente na forma carregada, a enzima de carga deve estar saturada com o dador enquanto que a enzima de descarga deve estar saturada com o intermediário carregado e insaturada com o aceitante. A comparação entre os diferentes design’s, mostrou que a sequestração do intermediário carregado tem as seguintes vantagens: 1)aumenta a tamponização do intermediário carregado com respeito à variações nas variáveis externas 2) diminui a sensibilidade da concentração do intermediário carregado às actividades enzimáticas 3)aumenta o acoplamento entre a demanda e o fluxo de fornecimento de grupos para o aceitante. No entanto, a sequestração desse intermediário tem a desvantagem de aumentar o tempo de resposta do ciclo à perturbações.A sequestração do intermediário descarregado, por seu lado, piora as tamponizações, as sensibilidades e o acoplamento referidos acima. Quanto ao aspecto temporal não se obteve um resultado absoluto do efeito dessa sequestração, mas antes, mostrou-se que o resultado depende do ambiente, pois para certos ambientes melhora o tempo de resposta em relação ao ciclo referência e para outros piora. Concluiu-se que há uma relação de compromisso entre os diferentes aspectos da eficácia funcional. A sequestração do intermediário carregado melhora os aspectos relacionados com propriedades estacionárias, isto é , tamponizações, sensibilidades e outros, enquanto que piora os aspectos temporais. Já a sequestração do intermediário descarregado piora os aspectos relacionados com variações nas propriedades estacionárias.

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Este estudo é realizado no âmbito do Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Enfermagem, na Universidade do Mindelo e trata da sistematização da assistência de enfermagem prestada à gestante com diabetes gestacional durante o pré natal, através de consulta de enfermagem e das acções educativas realizadas às gestantes. Escolhemos trabalhar este tema, primeiramente por motivos pessoais, uma vez que ambas trabalhamos no serviço de Ginecologia-Obstetrícia do Hospital Baptista de Sousa e, em segundo lugar, porque queremos dar resposta sobre a forma como os enfermeiros prestam cuidados às gestantes com diabetes gestacional. Para o desenvolvimento do presente trabalho, utilizámos o método de revisão de literatura, como metodologia base e também realizámos entrevistas semi-estruturadas e observação participante.A gestação é um processo natural que envolve múltiplas mudanças, a vários níveis, tanto fisiológicos, como psico-sociais e emocionais. Dentro das mudanças fisiológicas, pode surgir a diabetes gestacional. Assim, considerando que a intervenção de enfermagem pré-natal e atendimento hospitalar eficiente podem diminuir expressivamente a morbilidade e mortalidade materna e fetal, tendo como causa a diabetes gestacional. Concluímos que o aprimoramento técnico e científico do enfermeiro, muito pode contribuir no acompanhamento destas gestantes dentro de uma equipa multidisciplinar e, consequentemente, alcançar o equilíbrio e o bem-estar, tanto materno como fetal, nos procedimentos, diagnóstico e tratamento da diabetes gestacional.

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Este trabalho enquadra-se no âmbito do curso de Licenciatura em Enfermagem na Universidade do Mindelo tendo como tema "A Enfermagem Perioperatória: Abordagem Pré e Pós-Operatória ao Utente Intervencionado em Cirurgia Ambulatória", suscitando a importância da prestação de cuidados perioperatórios de qualidade baseada na personalização e individualização das intervenções de enfermagem ao utente intervencionado em cirurgia ambulatória, de acordo com as suas necessidades físicas, psicológicas, emocionais e sociais. Com o desenvolvimento e a expansão que se assiste actualmente na cirurgia ambulatória torna-se um desafio e uma oportunidade para a enfermagem perioperatória desenvolver e implementar intervenções de enfermagem de qualidade que satisfaçam e que dê resposta às crescentes necessidades tanto do utente, bem como da pessoa significativa do utente no contexto das cirurgias ambulatórias. Trata-se de um trabalho desenvolvido através do método de Revisão da Literatura Alargada em fontes bibliográficas pertinente relacionadas com o tema em estudo publicadas no limite temporal do ano 2006 a 2014, com o objectivo de identificar as intervenções de enfermagem perioperatória nos períodos pré e pós-operatório na abordagem ao utente intervencionado em cirurgia ambulatória. O trabalho está estruturado em quatro capítulos, e para melhor organizar e compreender as intervenções de enfermagem nos períodos pré e pós-operatório ao utente intervencionado em cirurgia ambulatória, adoptou-se como modelo teórico as Necessidades Humanas Fundamentais de Virginia Henderson. A revisão da literatura alude como o desenvolvimento da cirurgia ambulatória tem vindo a ser impulsionado pelos recentes avanços e descobertas de novos agentes anestésicos e o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, exigindo da enfermagem perioperatória a capacidade de adaptação de forma a dar resposta e implementar intervenções de acordo com as necessidades do utente e da intervenção cirúrgica, garantindo a continuidade dos cuidados após a alta.

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A temperatura média global do planeta à superfície elevou-se de 0,6 a 0,7 ºC nos últimos 100 anos, com acentuada elevação desde a década de 60. A última década apresentou os três anos mais quentes dos últimos 1000 anos da história recente da Terra. Hoje, através das análises sistemáticas do Painel Intergovernamental de Mudança do Clima (IPCC), sintetizando o conhecimento científico existente sobre o sistema climático e como este responde ao aumento das emissões antropogénicas de gases do efeito estufa (GEE) e de aerossóis, há um razoável consenso de que o aquecimento global observado nos últimos 100 anos é causado pelas emissões acumuladas de GEE, principalmente o dióxido de carbono (CO2), oriundo da queima de combustíveis fósseis - carvão mineral, petróleo e gás natural - desde a Revolução Industrial e, em menor escala, do desmatamento da cobertura vegetal do planeta, e o metano (CH4), e não por eventual variabilidade natural do clima. A mudança global do clima já vem se manifestando de diversas formas, destacando-se o aquecimento global, a maior frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, alterações nos regimes de chuvas, perturbações nas correntes marinhas, retracção de geleiras e elevação do nível dos oceanos. A menos que acções globais de mitigação do aumento de emissões de gases de efeito estufa sejam efectivamente implementadas nas próximas décadas (seria necessária uma redução de cerca de 60% das emissões globais de GEE para estabilizar suas concentrações em níveis considerados seguros para o sistema climático global), a demanda futura de energia, principalmente nos países em desenvolvimento, à medida que suas economias se expandem, terá como consequência alterações climáticas significativamente mais graves, como por exemplo, um aumento das temperaturas médias globais entre 1,4 e 5,8 graus Celsius (ºC) até o final do século, acompanhadas por substantivas e perturbadoras modificações no ciclo hidrológico em todo o planeta. A Convenção do Clima surgiu em resposta às ameaças das mudanças climáticas para o desenvolvimento sustentável, a segurança alimentar e os ecossistemas do planeta, como um tratado internacional de carácter essencialmente universal – foi firmada e ratificada por praticamente todos os países. O objectivo da Convenção é o de estabilizar a concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera, em níveis tais que evitem a interferência perigosa com o sistema climático. Ora, tal estabilização somente pode ser obtida pela estabilização das emissões líquidas (emissões menos remoções) dos gases de efeito estufa. Por outro lado, já é impossível evitar completamente a mudança global do clima. Desta forma, os esforços dos países acordados na Convenção visam diminuir a magnitude da mudança do clima. O Protocolo de Quioto representa o principal avanço obtido na Convenção, estabelecendo limites para a emissão de GEE dos países do Anexo I (Membros da OCDE e economias em transição), que em seu conjunto deverão no período 2008-2012 reduzi-las em 5,2% do total emitido por eles em 1990. Negociado em 1997, assinado por praticamente todos os países, e ratificado por uma grande maioria, o Tratado de Quioto entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005. No entanto, os Estados Unidos (EUA) decidiram não buscar a sua ratificação, no que foram seguidos pela Austrália, embora esta última tenha declarado que limitará as suas emissões como se houvesse ratificado. Para os países em desenvolvimento e, sobretudo, para as maiores economias em desenvolvimento como China, Índia e Brasil, que devem, ao mesmo tempo, inserir-se na moderna economia globalizada e superar seus passivos social e económico, o Protocolo de Quioto é um dos itens prioritários na agenda ambiental. A importância do instrumento se dá, principalmente, por dois motivos: do ponto de vista político, o facto de os países do Anexo I terem metas, e os países em desenvolvimento não as terem, representou o claro fortalecimento do princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, um dos pilares da posição dos países em desenvolvimento nas negociações internacionais sobre mudança do clima. Do ponto de vista económico, o facto de os países fora do Anexo I não terem metas assegura flexibilidade para seus projectos de desenvolvimento. Nesse contexto, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Quioto cria grande expectativa no país pelos benefícios que poderá trazer para Cabo Verde. Por um lado, os projectos a serem realizados no âmbito do MDL representam uma fonte de recursos financeiros para projectos de desenvolvimento sustentável e, por outro, esses projectos deverão incentivar o maior conhecimento científico e a adopção de inovações tecnológicas. Os países em desenvolvimento são de facto os mais vulneráveis à mudança do clima, em função de terem historicamente menor capacidade de responder à variabilidade natural do clima. A vulnerabilidade de Cabo Verde em relação à mudança do clima se manifesta em diversas áreas: por exemplo, aumento da frequência e intensidade de enchentes e secas, com perdas na agricultura e ameaça à biodiversidade; mudança do regime hidrológico, expansão de vectores de doenças endémicas. Além disso, a elevação do nível do mar pode vir a afectar todas as ilhas do arquipélago, em especial as ilhas mais planas. Cabo Verde é, indubitavelmente, um dos países que podem ser duramente atingidos pelos efeitos adversos das mudanças climáticas futuras, já que tem uma economia fortemente dependente de recursos naturais directamente ligados ao clima, a agricultura e no turismo. Para um país com tamanha vulnerabilidade, o esforço de mapear tal vulnerabilidade e risco, conhecer profundamente suas causas, sector por sector, e subsidiar políticas públicas de mitigação e de adaptação ainda é incipiente, situando-se aquém de suas necessidades.

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A temperatura média global do planeta à superfície elevou-se de 0,6 a 0,7 ºC nos últimos 100 anos, com acentuada elevação desde a década de 60. A última década apresentou os três anos mais quentes dos últimos 1000 anos da história recente da Terra. Hoje, através das análises sistemáticas do Painel Intergovernamental de Mudança do Clima (IPCC), sintetizando o conhecimento científico existente sobre o sistema climático e como este responde ao aumento das emissões antropogénicas de gases do efeito estufa (GEE) e de aerossóis, há um razoável consenso de que o aquecimento global observado nos últimos 100 anos é causado pelas emissões acumuladas de GEE, principalmente o dióxido de carbono (CO2), oriundo da queima de combustíveis fósseis - carvão mineral, petróleo e gás natural - desde a Revolução Industrial e, em menor escala, do desmatamento da cobertura vegetal do planeta, e o metano (CH4), e não por eventual variabilidade natural do clima. A mudança global do clima já vem se manifestando de diversas formas, destacando-se o aquecimento global, a maior frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, alterações nos regimes de chuvas, perturbações nas correntes marinhas, retracção de geleiras e elevação do nível dos oceanos. A menos que acções globais de mitigação do aumento de emissões de gases de efeito estufa sejam efectivamente implementadas nas próximas décadas (seria necessária uma redução de cerca de 60% das emissões globais de GEE para estabilizar suas concentrações em níveis considerados seguros para o sistema climático global), a demanda futura de energia, principalmente nos países em desenvolvimento, à medida que suas economias se expandem, terá como consequência alterações climáticas significativamente mais graves, como por exemplo, um aumento das temperaturas médias globais entre 1,4 e 5,8 graus Celsius (ºC) até o final do século, acompanhadas por substantivas e perturbadoras modificações no ciclo hidrológico em todo o planeta. A Convenção do Clima surgiu em resposta às ameaças das mudanças climáticas para o desenvolvimento sustentável, a segurança alimentar e os ecossistemas do planeta, como um tratado internacional de carácter essencialmente universal – foi firmada e ratificada por praticamente todos os países. O objectivo da Convenção é o de estabilizar a concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera, em níveis tais que evitem a interferência perigosa com o sistema climático. Ora, tal estabilização somente pode ser obtida pela estabilização das emissões líquidas (emissões menos remoções) dos gases de efeito estufa. Por outro lado, já é impossível evitar completamente a mudança global do clima. O Protocolo de Quioto representa o principal avanço obtido na Convenção, estabelecendo limites para a emissão de GEE dos países do Anexo I (Membros da OCDE e economias em transição), que em seu conjunto deverão no período 2008-2012 reduzi-las em 5,2% do total emitido por eles em 1990. Negociado em 1997, assinado por praticamente todos os países, e ratificado por uma grande maioria, o Tratado de Quioto entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005. No entanto, os Estados Unidos (EUA) decidiram não buscar a sua ratificação, no que foram seguidos pela Austrália, embora esta última tenha declarado que limitará as suas emissões como se houvesse ratificado. Para os países em desenvolvimento e, sobretudo, para as maiores economias em desenvolvimento como China, Índia e Brasil, que devem, ao mesmo tempo, inserir-se na moderna economia globalizada e superar seus passivos social e económico, o Protocolo de Quioto é um dos itens prioritários na agenda ambiental. A importância do instrumento se dá, principalmente, por dois motivos: do ponto de vista político, o facto de os países do Anexo I terem metas, e os países em desenvolvimento não as terem, representou o claro fortalecimento do princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, um dos pilares da posição dos países em desenvolvimento nas negociações internacionais sobre mudança do clima. Do ponto de vista económico, o facto de os países fora do Anexo I não terem metas assegura flexibilidade para seus projectos de desenvolvimento. Nesse contexto, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Quioto cria grande expectativa no país pelos benefícios que poderá trazer para Cabo Verde. Por um lado, os projectos a serem realizados no âmbito do MDL representam uma fonte de recursos financeiros para projectos de desenvolvimento sustentável e, por outro, esses projectos deverão incentivar o maior conhecimento científico e a adopção de inovações tecnológicas. Os países em desenvolvimento são de facto os mais vulneráveis à mudança do clima, em função de terem historicamente menor capacidade de responder à variabilidade natural do clima. A vulnerabilidade de Cabo Verde em relação à mudança do clima se manifesta em diversas áreas: por exemplo, aumento da frequência e intensidade de enchentes e secas, com perdas na agricultura e ameaça à biodiversidade; mudança do regime hidrológico, expansão de vectores de doenças endémicas. Além disso, a elevação do nível do mar pode vir a afectar todas as ilhas do arquipélago, em especial as ilhas mais planas. Cabo Verde é, indubitavelmente, um dos países que podem ser duramente atingidos pelos efeitos adversos das mudanças climáticas futuras, já que tem uma economia fortemente dependente de recursos naturais directamente ligados ao clima, a agricultura e no turismo. Para um país com tamanha vulnerabilidade, o esforço de mapear tal vulnerabilidade e risco, conhecer profundamente suas causas, sector por sector, e subsidiar políticas públicas de mitigação e de adaptação ainda é incipiente, situando-se aquém de suas necessidades.

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Esta dissertação de mestrado tem por objectivo estudar delinquência juvenil e a sua origem familiar. Há a necessidade de encontrar respostas satisfatórias a uma inquietação que há muito se tem verificado e perturbado a sociedade Cabo-verdiana na ilha de Santiago. O estudo delineia os parâmetros básicos das principais teorias e conceitos sobre a delinquência e a família. Apresenta os dados da pesquisa empírica que levam à compreensão do fenómeno, bem como dos seus elementos componentes. O estudo procura compreender ainda os factores que impulsionam os jovens à prática da delinquência. Durante este estudo, constatou-se a fragilidade que constitui o não acompanhamento dos filhos pela maioria das famílias entrevistadas que possuem uma condição de vida precária, de pobreza. Os jovens e as suas famílias inqueridas sofrem consequências emocionais e financeiras decorrentes da separação dos pais e da ausência da figura paterna, que os priva do modelo adequado para a formação da sua identidade social. A ausência da mãe, por causa de trabalho, ou pelo abandono do lar, impossibilita a supervisão apropriada da educação e cuidado dos filhos. São analisados, também, relatos de jovens, colectados através de entrevistas sobre os factores que eles julgam contributivos para que cometessem delitos, tais como: os grupos de amigos, a vida na comunidade, a relação com o trabalho e com a escola, o uso de droga e a família. Reflecte-se sobre as condições de vida desses sujeitos, destacando-se a necessidade de garantia dos seus direitos.Apresenta, como conclusão, um modelo único que integra todas as Situações do problema, de forma objectiva, afirmando-se a importância de um bom investimento nas políticas sociais, principalmente nas relacionadas às convivências familiar, comunitária, religiosa e educacional.

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O presente trabalho debruça-se sobre o estudo das estratégias de adaptação psicológica das mães face a doença crónica do filho. Pretende caracterizar a reacção das mães face ao diagnóstico da doença crónica, identificar as maiores dificuldades que essas mães enfrentam em lidar com o filho e conhecer as estratégias de coping usadas pelas mães para lidar com as situações decorrentes da doença do filho. O estudo é do tipo descritivo-exploratório caracterizado por uma abordagem qualitativa. Os sujeitos da amostra são 6 mães de crianças com acompanhamento regular no Serviço de Fisioterapia no Centro de Saúde Reprodutiva da Fazenda, cujo filho (a) é portador da Paralisia Cerebral com a idade compreendida entre 0 e os 5 anos. Optou-se ainda, como critério de inclusão, por um tempo de diagnóstico de pelo menos 6 meses. As mães foram escolhidas por conveniência. Para a colecta dos dados foi utilizada uma entrevista semi-estruturada que cobriu as dimensões: coping de confronto com o diagnóstico, aceitação da situação, as dificuldades e estratégias da superação, o apoio social, as estratégias de superar os atrasos de desenvolvimento e a socialização da criança. As respostas das entrevistas foram registadas e tratadas com base na análise de conteúdo. O estudo revela que o confronto com o diagnóstico é um choque emocional tendo as mães manifestados sintomas depressivos. Apesar desse choque, as mães revelaram aceitar a situação e igualmente algumas estratégias de enfrentamento da situação. As mães deste estudo referiram ter dificuldades concretas e práticas. As estratégias utilizadas pelas mães são com vista a superar tanto as suas dificuldades como também das crianças. No que se refere ao apoio social, este foi descrito como sendo proveniente dos familiares, nomeadamente os avós e outras pessoas significativas da rede social da mãe e da criança como os pais, os amigos, tios e vizinhos. A maioria das mães está interessada no tratamento dos seus filhos e usa estratégias que ajudam nesse tratamento. Os resultados deste estudo revela que na sua maioria as mães estão bem adaptadas, o que pode ser explicado pelo facto delas estarem a ser beneficiadas por um acompanhamento multifacetado intensivo, o que lhes permite enquadrar as angústias, tirar as dúvidas e encontrar o apoio e amparo necessários. O suporte social recebido tanto pela família como pelos amigos e profissionais de saúde pode ter sido fundamental para aliviar o stress psicológico e possibilitar uma maior tomada de consciência da situação. Quanto as estratégias de coping essas revelam mais centradas no problema.

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Neste estudo tomamos como objectivo geral: Qual foi a relação de «autoconceito » dos professores do Ensino Secundário e Ensino Superior da ilha de Santiago no ano lectivo 2004/2005? Nestas duas últimas décadas houve uma desvalorização do papel tradicional do professor e, em simultâneo, o aumento da exigência social sobre o seu papel veio reafirmar a pertinência do estudo deste fenómeno neste grupo profissional. Por isso, tentamos a partir de um inquérito medir o seu «auto-conceito», isto é, o auto-conhecimento, a sociabilidade, a segurança pessoal, a satisfação pessoal, a influenciabilidade, a aceitação da crítica e a confiança nos outros.

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O presente estudo visa reflectir sobre a percepção do portador de transtorno mental sobre a sua integração na família, identificando e analisando vários factores que podem exercer um papel determinante na sua integração. Neste sentido, buscamos problematizar a integração do portador de transtorno mental, tendo em vista o funcionamento da família e as suas condições socioeconómicas, a relação que mantém com os serviços cuidadores, bem como as políticas públicas implementadas, com o objectivo de debelar o problema de transtorno mental. A nossa pesquisa foi realizada no Hospital Trindade, situada na cidade da Praia, extensão do Hospital Agostinho Neto e que tem acolhido e tratado sobretudo os portadores de transtorno mental. Para a colecta de dados, realizamos entrevistas a quinze portadores de transtorno mental e às respectivas famílias, onde focamos os aspectos cruciais para o nosso intento: na entrevista aos pacientes, realçamos a forma como convivem com os outros, com especial atenção para a relação familiar, já que pretendemos elucidar a forma como percebem a sua integração na família; na entrevista aos familiares, sublinhamos também a forma como vêm a relação com o seu portador de transtorno mental, mas quisemos dar um enfoque especial à forma como a família percebe os vários apoios, quer das diferentes instituições, quer do Estado, na medida em que sozinha, tendo em vista uma grande sobrecarga – frise-se os aspectos emocionais e socioeconómicos – não poderá tratar do seu familiar portador de transtorno mental. Assim, a partir dos aspectos supracitados, inferimos que, não obstante os preconceitos socialmente arraigados, apesar de o Estado estar aquém do seu papel, seja na implementação de políticas públicas direccionadas ao portador de transtorno mental, seja no apoio às famílias, e, ainda, apesar de não haver uma verdadeira inclusão da família, no processo de tratamento, os portadores de transtorno mental, em geral, querem estar no seu próprio seio familiar, o que nos leva a pensar que é o espaço onde, de facto, se sentem bem.