10 resultados para Ensino público, investimento, Brasil

em Portal do Conhecimento - Ministerio do Ensino Superior Ciencia e Inovacao, Cape Verde


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Em Cabo Verde, o ensino privado no tem o cariz elitista que normalmente este tipo de ensino apresenta, pelo menos a nvel do ensino secundrio. No tem pautado por um ensino de qualidade, uma vez que se assume apenas como uma alternativa ao ensino pblico. normalmente destinado aos que perderam o direito de frequentar o ensino publico, por causa de normativos que foram institudos para regular a entrada e permanncia dos alunos no ensino secundrio.

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Nesta dissertao procura-se analisar a problemtica da Centralizao versus Descentralizao na Governao do Sistema Educativo de Cabo Verde: lgicas em anlise no perodo compreendido entre (1975 a 2006). Constata-se que Cabo Verde, depois de se tornar um pas soberano e independente, assistiu a momentos de grande concentrao e de grande centralizao na administrao do Sistema Educativo. Ao longo deste perodo assistiuse tambm a momentos de desconcentrao e de ideias de descentralizao que culminaram com a abertura do sistema poltico pluripartidrio. Essa abertura abriu a possibilidade de uma nova dinmica de transformao nos deferentes sectores da administrao do sistema educacional. As mudanas polticas verificadas no pas, permite-nos conhecer e desocultar as razes, as lgicas e as racionalidades que presidem a manuteno de um sistema centralizado de governao do Sistema Educativo, apesar da presena de foras polticas com diversidades ideolgicas. Uma vez conhecido o historial da organizao, administrao e gesto do Sistema Educativo Cabo-verdiano, a partir de uma retrospectiva histrica, debrumo-nos sobre as principais teorias que esto na base das perspectivas da centralizao e descentralizao, e seus conceitos associados enquanto modelo de anlise terica, para tentar perceber este aparente paradoxo. Na parte emprica, a metodologia utilizada apoia-se na abordagem qualitativa de investigao, na qual utilizmos a entrevista, a anlise documental e conversas informais, que nos permitiram confirmar ou infirmar a problemtica inicialmente formulada. Os dados obtidos dez entrevistados, nomeadamente os responsveis da poltica educativa, os administradores do sistema, e os directores dos estabelecimentos de ensino público, levam-nos a tirar vrias concluses sobre um Sistema Educativo centralizado, com uma relativa margem de autonomia. Apesar de encontrarem algumas vantagens no modelo centralizado, a maioria dos entrevistados sublinha a relevncia da opo por um modelo descentralizado de governao do Sistema Educativo.

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Prioridades de Custo e Financiamento), pretende-se com: a vontade de aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de Gesto e Planeamento da Educao, a vontade de dar um contributo que se julga necessrio na identificao das prioridades do pas em matria do Ensino Superior, que contribua para uma eventual necessidade do pas em termos de pessoas com maiores competncias, de conhecimentos mais slidos e abrangentes, dispostos a aceitar a mobilidade profissional, para enfrentar a sociedade do futuro de forma eficaz e criativa

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A tese enquadra-se nas discusses sobre as concepes do currculo, como problemtica central nos processos de educao e formao, e o papel da Universidade ao longo dos tempos, mormente nos contextos actuais da globalizao, conferindo especial relevo s concepes, prxis e tendncias que caracterizam a experincia de desenvolvimento curricular na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), desde a sua criao, em Novembro de 2006, no seguimento de um percurso de quase trs dcadas do ensino superior pblico cabo-verdiano. Com o enquadramento terico da problemtica da investigao faz-se uma ampla cartografia da literatura relevante no campo cientfico dos estudos curriculares, numa abordagem que patenteia a diversidade de conceptualizaes do currculo e do desenvolvimento curricular, os principais traos caractersticos das teorias curriculares que se tm sucedido e ou que rivalizam na busca de hegemonia no sector da educao, bem como as polticas educativas e curriculares que vm sendo concebidas e realizadas escala global, dispensando ateno particular s dimenses instituinte e instituda do processo curricular. Ainda que fortemente condicionado pelas concepes e polticas de globalizao da educao, a tendncia para a uniformizao educativa e curricular no constitui uma inevitabilidade, demonstrando-se, pelo contrrio, que o processo de desenvolvimento curricular deixa espaos de apropriao e inovao ao nvel das instituies educativas, atendendo diversidade de contextos, expectativas e perspectivas inerentes dinmica da realizao do currculo. Ainda no plano terico, ao analisar-se a evoluo do conceito ou ideia de Universidade, desde a sua gnese at aos tempos actuais, coloca-se em relevo a natureza especfica da instituio no mbito do ensino superior, patenteando o modo como, nos diferentes contextos, a mesma tem procurado afirmar a centralidade do conhecimento e do currculo no cumprimento da sua misso, a despeito de factores e condicionalismos diversos, de entre os quais releva o tipo de relacionamento predominante entre a Universidade, o Estado e o mercado, no mbito do qual se deve entender a complexidade da crise institucional, na triplicidade das suas manifestaes (crise de legitimidade, de hegemonia e de identidade) que atravessa a academia, com reflexos ao nvel das tendncias para o condicionamento da autonomia, misso e funes da academia, assim como da prpria natureza do conhecimento universitrio. Na procura de sadas para a crise, que global e, como tal, se reflecte nas universidades do continente africano, em que se insere Cabo Verde, a Universidade desafiada a afirmar a sua especificidade institucional, enquanto promotora da alta cultura e da capacidade de pensamento de longo prazo, conciliando, deste modo, as suas funes essenciais ou simblicas com as que se prendem com a satisfao das necessidades imediatas ou de curto prazo da economia e do mercado.(...)

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A afluncia de imigrantes a Portugal, nas ltimas trs dcadas transformou radicalmente todo o tecido social portugus, caracterizando-se hoje pela sua heterogeneidade. At ao incio da dcada de 90 do sculo XX, os fluxos migratrios provinham essencialmente dos Pases de Lngua Oficial Portuguesa, com maior incidncia de Cabo Verde, Brasil e Angola. nessa dcada que se registam movimentos bastante significativos de imigrantes provenientes da Europa Central e Oriental, principalmente da Ucrnia, Rssia, Romnia e Moldvia, assim como da sia, destacando-se os naturais da China, ndia, Paquisto e das antigas repblicas soviticas. De acordo com a anlise apresentada pelo Instituto Nacional de Estatstica em Dezembro de 2006, residiam de forma legal em Portugal 329 898 cidados de nacionalidade estrangeira, sendo as maiores comunidades de Cabo Verde (57 349), Brasil (41 728) e Angola (28 854). A sociedade portuguesa do sculo XXI, distancia-se cada vez mais do conceito de monolinguismo, tal como se evidencia no Projecto Gulbenkian Diversidade Lingustica na Escola Portuguesa, que, segundo o estudo feito, onze por cento dos alunos residentes na rea da Grande Lisboa nasceram fora de Portugal e tm como lnguas maternas cinquenta e oito idiomas. urgente uma interveno diferente no que corresponde a esta nova realidade lingustica em Portugal e sobretudo no que concerne integrao do outro, reconhecendo e respeitando as vrias lnguas maternas e culturas, como tambm a sua preservao a fim de possibilitar o desenvolvimento ntegro e harmonioso da identidade. A heterogeneidade da actual sociedade portuguesa impe um olhar atento para com esta nova realidade no pas, sobretudo em muitas das escolas onde a par do uso da lngua portuguesa outras lnguas so tambm usadas como forma de comunicao entre os mesmos pares, situao esta perfeitamente desajustada da realidade escolar madeirense Estudo de caso: O uso da Lngua Portuguesa por jovens oriundos de outros pases nos domnios privado, pblico e educativo. 10 de incios da dcada de 90 do sculo XX, excepo dos alunos provenientes da Venezuela, os denominados luso-descendentes. A escola mudara, tudo se alterara, havia que tentar perceber o que estava a ocorrer, um novo Mundo invadira as turmas, prontas a aprender, a saber, a descobrir. Era preciso preencher o silncio expectante. Aprender uma nova lngua, a portuguesa, decorrente da obrigatoriedade implcita de tratar-se da lngua oficial, obrigava a repensar o ensino, a continuamente desvendar novos caminhos possibilitadores de encontro entre a lngua materna e a segunda, de reencontro com a identidade lingustica e cultural que no se quer perdidas, s tornado possvel na diferena. A par de uma escola que se apresentava de forma diferente, cuja interveno teria de ser oposta de ento, uma vez que a aprendizagem do portugus era feita como lngua segunda (L2), muitas foram e so as inquietaes, um turbilho de interrogaes decorriam deste contacto constante de uma lngua que se diz minha, fonte de partilha com outros jovens. O uso da lngua portuguesa confinar-se- unicamente escola com os professores e colegas ou despoletar curiosidades, vontades, interesses, motivados por objectivos confinados ao percurso e histria humana? Muitas so as interrogaes que ocorrem, muitos so tambm os momentos de sabedoria mtua de lnguas e pases a desvendar num contnuo ininterrupto e essa constante procura que determina a busca de respostas. Entre muitas interrogaes uma afigurava-se de forma latente, qui fonte de resposta para outras interrogaes inerentes lngua portuguesa como lngua segunda. A sua utilizao por parte dos alunos de outras nacionalidades nos domnios privado, pblico e educativo engloba domnios diversos capazes de informar acerca do uso dessa mesma lngua. Importa no entanto reforar que estes alunos constituem um grupo heterogneo sob diversos pontos de vista: etrio, lingustico e cultural. Do ponto de vista lingustico a populao que tem o portugus como lngua segunda abrange alunos falantes de diferentes lnguas maternas, umas mais prximas, outras mais afastadas do portugus, propiciando diferentes graus de transferncia de conhecimentos lingusticos e de experincias comunicativas, como tambm em diferentes estdios de aquisio e que fora da escola o usam em maior ou menor nmero de contextos e com um grau de frequncia desigual. Estudo de caso: O uso da Lngua Portuguesa por jovens oriundos de outros pases nos domnios privado, pblico e educativo. 11 Dispem tambm de diferentes capacidades individuais para discriminar, segmentar e produzir sequncias lingusticas. J do ponto de vista cultural apresentam diferentes hbitos de aprendizagem, bem como diferentes representaes e expectativas face escola. Todos estes factores determinaro ritmos de progresso distintos no que respeita aprendizagem do portugus como lngua segunda. As oportunidades de aprendizagem e de uso que cada indivduo tem ao longo da vida, determinantes no processo de aquisio, desenvolvimento e aprendizagem de uma lngua, variam bastante de indivduo para indivduo. Os alunos podem viver num mesmo contexto no entanto razes variadssimas determinaro diferentes oportunidades de aprendizagem e de uso. Viver-se num contexto de imerso no suficiente para que todos tenham o mesmo grau de exposio a material lingustico rico e variado da L2. Essas oportunidades tambm se relacionam com a distncia lingustica entre lngua primeira (L1) e a lngua segunda, quanto mais afastadas so as duas lnguas mais os falantes da L2 se refugiam na sua lngua materna, assim como tambm se associam aos hbitos culturais da comunidade e da famlia.

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A afluncia de imigrantes a Portugal, nas ltimas trs dcadas transformou radicalmente todo o tecido social portugus, caracterizando-se hoje pela sua heterogeneidade. At ao incio da dcada de 90 do sculo XX, os fluxos migratrios provinham essencialmente dos Pases de Lngua Oficial Portuguesa, com maior incidncia de Cabo Verde, Brasil e Angola. nessa dcada que se registam movimentos bastante significativos de imigrantes provenientes da Europa Central e Oriental, principalmente da Ucrnia, Rssia, Romnia e Moldvia, assim como da sia, destacando-se os naturais da China, ndia, Paquisto e das antigas repblicas soviticas. De acordo com a anlise apresentada pelo Instituto Nacional de Estatstica em Dezembro de 2006, residiam de forma legal em Portugal 329 898 cidados de nacionalidade estrangeira, sendo as maiores comunidades de Cabo Verde (57 349), Brasil (41 728) e Angola (28 854). A sociedade portuguesa do sculo XXI, distancia-se cada vez mais do conceito de monolinguismo, tal como se evidencia no Projecto Gulbenkian Diversidade Lingustica na Escola Portuguesa, que, segundo o estudo feito, onze por cento dos alunos residentes na rea da Grande Lisboa nasceram fora de Portugal e tm como lnguas maternas cinquenta e oito idiomas. urgente uma interveno diferente no que corresponde a esta nova realidade lingustica em Portugal e sobretudo no que concerne integrao do outro, reconhecendo e respeitando as vrias lnguas maternas e culturas, como tambm a sua preservao a fim de possibilitar o desenvolvimento ntegro e harmonioso da identidade. A heterogeneidade da actual sociedade portuguesa impe um olhar atento para com esta nova realidade no pas, sobretudo em muitas das escolas onde a par do uso da lngua portuguesa outras lnguas so tambm usadas como forma de comunicao entre os mesmos pares, situao esta perfeitamente desajustada da realidade escolar madeirense Estudo de caso: O uso da Lngua Portuguesa por jovens oriundos de outros pases nos domnios privado, pblico e educativo. 10 de incios da dcada de 90 do sculo XX, excepo dos alunos provenientes da Venezuela, os denominados luso-descendentes. A escola mudara, tudo se alterara, havia que tentar perceber o que estava a ocorrer, um novo Mundo invadira as turmas, prontas a aprender, a saber, a descobrir. Era preciso preencher o silncio expectante. Aprender uma nova lngua, a portuguesa, decorrente da obrigatoriedade implcita de tratar-se da lngua oficial, obrigava a repensar o ensino, a continuamente desvendar novos caminhos possibilitadores de encontro entre a lngua materna e a segunda, de reencontro com a identidade lingustica e cultural que no se quer perdidas, s tornado possvel na diferena. A par de uma escola que se apresentava de forma diferente, cuja interveno teria de ser oposta de ento, uma vez que a aprendizagem do portugus era feita como lngua segunda (L2), muitas foram e so as inquietaes, um turbilho de interrogaes decorriam deste contacto constante de uma lngua que se diz minha, fonte de partilha com outros jovens. O uso da lngua portuguesa confinar-se- unicamente escola com os professores e colegas ou despoletar curiosidades, vontades, interesses, motivados por objectivos confinados ao percurso e histria humana? Muitas so as interrogaes que ocorrem, muitos so tambm os momentos de sabedoria mtua de lnguas e pases a desvendar num contnuo ininterrupto e essa constante procura que determina a busca de respostas. Entre muitas interrogaes uma afigurava-se de forma latente, qui fonte de resposta para outras interrogaes inerentes lngua portuguesa como lngua segunda. A sua utilizao por parte dos alunos de outras nacionalidades nos domnios privado, pblico e educativo engloba domnios diversos capazes de informar acerca do uso dessa mesma lngua. Importa no entanto reforar que estes alunos constituem um grupo heterogneo sob diversos pontos de vista: etrio, lingustico e cultural. Do ponto de vista lingustico a populao que tem o portugus como lngua segunda abrange alunos falantes de diferentes lnguas maternas, umas mais prximas, outras mais afastadas do portugus, propiciando diferentes graus de transferncia de conhecimentos lingusticos e de experincias comunicativas, como tambm em diferentes estdios de aquisio e que fora da escola o usam em maior ou menor nmero de contextos e com um grau de frequncia desigual. Estudo de caso: O uso da Lngua Portuguesa por jovens oriundos de outros pases nos domnios privado, pblico e educativo. 11 Dispem tambm de diferentes capacidades individuais para discriminar, segmentar e produzir sequncias lingusticas. J do ponto de vista cultural apresentam diferentes hbitos de aprendizagem, bem como diferentes representaes e expectativas face escola. Todos estes factores determinaro ritmos de progresso distintos no que respeita aprendizagem do portugus como lngua segunda. As oportunidades de aprendizagem e de uso que cada indivduo tem ao longo da vida, determinantes no processo de aquisio, desenvolvimento e aprendizagem de uma lngua, variam bastante de indivduo para indivduo. Os alunos podem viver num mesmo contexto no entanto razes variadssimas determinaro diferentes oportunidades de aprendizagem e de uso. Viver-se num contexto de imerso no suficiente para que todos tenham o mesmo grau de exposio a material lingustico rico e variado da L2. Essas oportunidades tambm se relacionam com a distncia lingustica entre lngua primeira (L1) e a lngua segunda, quanto mais afastadas so as duas lnguas mais os falantes da L2 se refugiam na sua lngua materna, assim como tambm se associam aos hbitos culturais da comunidade e da famlia.

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A tese enquadra-se nas discusses sobre as concepes do currculo, como problemtica central nos processos de educao e formao, e o papel da Universidade ao longo dos tempos, mormente nos contextos actuais da globalizao, conferindo especial relevo s concepes, prxis e tendncias que caracterizam a experincia de desenvolvimento curricular na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), desde a sua criao, em Novembro de 2006, no seguimento de um percurso de quase trs dcadas do ensino superior pblico cabo-verdiano Com o enquadramento terico da problemtica da investigao faz-se uma ampla cartografia da literatura relevante no campo cientfico dos estudos curriculares, numa abordagem que patenteia a diversidade de conceptualizaes do currculo e do desenvolvimento curricular, os principais traos caractersticos das teorias curriculares que se tm sucedido e ou que rivalizam na busca de hegemonia no sector da educao, bem como as polticas educativas e curriculares que vm sendo concebidas e realizadas escala global, dispensando ateno particular s dimenses instituinte e instituda do processo curricular. Ainda que fortemente condicionado pelas concepes e polticas de globalizao da educao, a tendncia para a uniformizao educativa e curricular no constitui uma inevitabilidade, demonstrando-se, pelo contrrio, que o processo de desenvolvimento curricular deixa espaos de apropriao e inovao ao nvel das instituies educativas, atendendo diversidade de contextos, expectativas e perspectivas inerentes dinmica da realizao do currculo. Ainda no plano terico, ao analisar-se a evoluo do conceito ou ideia de Universidade, desde a sua gnese at aos tempos actuais, coloca-se em relevo a natureza especfica da instituio no mbito do ensino superior, patenteando o modo como, nos diferentes contextos, a mesma tem procurado afirmar a centralidade do conhecimento e do currculo no cumprimento da sua misso, a despeito de factores e condicionalismos diversos, de entre os quais releva o tipo de relacionamento predominante entre a Universidade, o Estado e o mercado, no mbito do qual se deve entender a complexidade da crise institucional, na triplicidade das suas manifestaes (crise de legitimidade, de hegemonia e de identidade) que atravessa a academia, com reflexos ao nvel das tendncias para o condicionamento da autonomia, misso e funes da academia, assim como da prpria natureza do conhecimento universitrio. Na procura de sadas para a crise, que global e, como tal, se reflecte nas universidades do continente africano, em que se insere Cabo Verde, a Universidade desafiada a afirmar a sua especificidade institucional, enquanto promotora da alta cultura e da capacidade de pensamento de longo prazo, conciliando, deste modo, as suas funes essenciais ou simblicas com as que se prendem com a satisfao das necessidades imediatas ou de curto prazo da economia e do mercado. Com base nos pertinentes subsdios tericos, os estudos empricos desenvolvem-se segundo a abordagem metodolgica de estudo de caso, em que a anlise documental e as tcnicas de investigao qualitativa e quantitativa permitiram consolidar as evidncias sobre: (i) os antecedentes da criao da Uni-CV, atravs do mapeamento do percurso acadmico e curricular dos diversos estabelecimentos pblicos de ensino superior que precederam a universidade pblica, legando a esta o seu patrimnio cientfico, tecnolgico e logstico, com as inerentes potencialidades e limitaes; (ii) o processo de institucionalizao da Uni-CV, com a referencializao das opes estruturantes da organizao e gesto da Universidade assim como da poltica educativa e curricular da Universidade; (iii) a experincia multifacetada de desenvolvimento curricular na novel instituio durante os cinco primeiros anos de funcionamento (2006-2011), correlacionando opes e prxis e evidenciando tendncias da sua evoluo. Da anlise interpretativa dos estudos empricos realizados, mediante a triangulao dos dados de arquivo e de perspectiva, resulta que a Uni-CV, no obstante as fragilidades persistentes no processo de seu desenvolvimento institucional, tem cumprido a sua misso de forma satisfatria, facto que fica a dever-se quer adequao das opes, normas e directivas conformadoras da dimenso instituinte do processo curricular, quer ao esforo de realizao das prescries curriculares, sendo, todavia, evidentes os desafios a serem vencidos tendo em vista a consecuo da almejada excelncia acadmica, que os Estatutos propugnam, e que passa, nomeadamente, pela melhoria do nvel da qualificao do seu corpo docente, pela implementao ou funcionamento efectivo de alguns dos rgos da academia e pela afirmao da investigao cientfica como funo incontornvel para o desempenho cabal das funes de ensino e extenso. De entre as concluses, sustenta-se que, no processo de integrao de Cabo Verde nas redes internacionais de investigao e excelncia cientfica e tecnolgica, como, de resto, propugnam os Estatutos da Uni-CV, deve atender-se especificidade deste pequeno pas do Atlntico Mdio, tendo em conta as suas fragilidades estruturais, pelo que se impe algum distanciamento crtico em relao incorporao de certas opes de poltica educativa e curricular que emanam de instncias internacionais, independentemente do seu carcter inovador ou mesmo da sua possvel consistncia cientfica e tcnica, comprovada em outros contextos.

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As razes da escolha do tema O Futuro do Ensino Superior Pblico em Cabo Verde (Prioridades de Custo e Financiamento), pretende-se com: a vontade de aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de Gesto e Planeamento da Educao, a vontade de dar um contributo que se julga necessrio na identificao das prioridades do pas em matria do Ensino Superior, que contribua para uma eventual necessidade do pas em termos de pessoas com maiores competncias, de conhecimentos mais slidos e abrangentes, dispostos a aceitar a mobilidade profissional, para enfrentar a sociedade do futuro de forma eficaz e criativa. O presente trabalho encontra-se dividido em cinco captulos: Diagnstico da Situao; A Procura Futura do Ensino Superior; Os Grandes Desafios do Ensino Superior; Que Estratgias; Concluses e Recomendaes. No primeiro captulo aborda-se informaes de vrios caracteres como a importncia do Ensino Superior para o desenvolvimento de um pas, o historial do Ensino Superior pblico em Cabo Verde e a sua evoluo, informaes sobre as IES Pblico existentes em Cabo Verde, o financiamento das IES pblico de Cabo Verde. Tambm so destacadas informaes sobre o quadro jurdico e regulamentar do Ensino Superior, metas que o pas tem a alcanar, que estratgias de curto mdio prazo (2006-2011) que o pas traou e feita uma anlise SWOT do Ensino Superior em Cabo Verde. O segundo captulo retrata a procura futura do Ensino Superior em Cabo Verde com a elaborao de dois cenrios. O cenrio de base que parte do pressuposto que o futuro ter a mesma tendncia de hoje, e o cenrio optimista que pressupe que aumentar a procura para o Ensino Superior no futuro. No terceiro captulo destaca-se os grandes desafios do pas no que diz respeito ao Ensino Superior, no quarto captulo as estratgias do actual governo para o Ensino Superior, e no quinto captulo as concluses e recomendaes. Este trabalho destina-se ao Instituto Superior de Educao para complemento do Plano curricular do curso de Licenciatura em Gesto e Planeamento da Educao iniciado no ano lectivo 2002/2003.

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Este trabalho de pesquisa procura fazer um resgate histrico do processo de cooperao bilateral entre Cabo Verde e o Brasil no campo da educao. Por mais de trs dcadas estes dois pases firmaram um acordo de cooperao educacional num contexto histrico, poltico, social e econmico muito diferente, pois Cabo Verde acabara de se tornar pas independente (5 Julho de 1975). O trabalho consiste em uma analise destas trs dcadas de cooperao e entender em que bases ela foi firmada, quais as motivaes e o que se perspectivava para ambos os lados a partir daquele momento. O texto apresenta a historiografia de Cabo Verde o que permite conhecer os diferentes momentos da histria desse pas, principalmente a nvel educacional, e como isso motivou as escolhas e os acordos em certos momentos do seu percurso na busca da consolidao como estado independente. O objetivo desta pesquisa alm da reconstruo histrica pretende dar mais visibilidade ao tema aqui proposto, contribuindo assim, para o debate, e qui para melhoria de polticas no ensino superior cabo-verdiano. No estudo sobre o tema procuramos entender como a colaborao do Brasil foi importante na construo de um ensino superior de qualidade em Cabo Verde, como os agentes desta cooperao se sentem em relao a ela e aos seus desdobramentos ao longo das dcadas. Assim, este trabalho procura construir e escrever esta histria com base na histria oral e memrias, entendendo ser um tema pouco estudado e escrito sobre ela. Pouco, ou quase nada se encontra em arquivos nacionais ou bibliotecas sobre a cooperao entre o Brasil e Cabo Verde, apesar de mais de trs dcadas desde a sua celebrao desta cooperao bilateral.