3 resultados para Reforma do sistema de saúde


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Rev-se a histria dos erros e acidentes na prestao dos Cuidados de Saúde, nomeadamente as concluses do Harvard Medical Practice Study e da publicao To Err is Human, onde se conclua que s nos EUA morriam por ano entre 44.000 e 98.000 doentes por erros evitveis no Sistema de Saúde. Estes erros seriam dominantemente o resultado de erros de profissionais honestos e cumpridores operando em sistemas de desenho faltoso. Em termos gerais, estima-se que, em cada 100 internamentos hospitalares, 10 sejam eivados de um qualquer erro, erros que em 2/3 dos casos no provocam acidentes, em 1/3 causam danos ligeiros ou moderados e em cerca de 5% provocam danos irreversveis. Mais de metade seria, contudo, evitvel e ocorrem em todas as reas da actividade, nomeadamente a prescrio de medicamentos e os ambientes de alta tecnologia como os blocos operatrios e as unidades intensivas. Rev-se a taxonomia dos erros e dos acidentes e analisam-se as suas causas determinantes, normalmente multifactoriais. Os mecanismos dos acidentes em Saúde englobam factores humanos e de equipa, factores organizacionais, factores de ambiente e o acaso. A complexidade das tarefas condiciona, igualmente a performance. Como conseguir um sistema de saúde mais seguro? Certamente, colocando nfase mais nos sistemas do que nas pessoas e redesenhando sistemas, de forma a torn-los error proof, e investindo simultaneamente nos prestadores, nos processos de trabalho e nas organizaes, mas tambm nos doentes e na sociedade. Em resumo, promovendo uma Cultura Organizacional de Segurana, centrada em equipas, ou seja, uma cultura just em que as pessoas no so punidas por cometer erros, s as violaes de processo sero exemplarmente punidas, ainda uma cultura de reporte de eventos e uma cultura de aprendizagem em torno dos erros. As questes de segurana dizem respeito a todos prestadores, sistema, doentes e sociedade e esto intimamente ligadas Qualidade na prestao de Cuidados de Saúde.

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Introduo: O crescimento da despesa com antidiabticos orais tem levado a preocupaes questionando os ganhos de saúde e vantagens para o sistema de saúde gerados por esses medicamentos. Este estudo contribui para responder a estas questes. Material e Mtodos: Numa primeira fase apresentam-se estimativas das trs variveis centrais a utilizar na anlise: 1) a prevalncia tratada da diabetes por ano e por regio de saúde baseadas nos consumos de antidiabticos orais, 2) o nmero de episdios de internamento hospitalar atribuveis diabetes com base nos riscos relativos das vrias patologias e os seus custos e 3) uma caracterizao quantitativa dos antidiabticos orais consumidos atravs do clculo da sua vintage mdia. Atravs do uso de observaes para 10 anos e cinco regies, perfazendo um total de 50 observaes, foi possvel estimar um modelo economtrico explicando estatisticamente os internamentos e os custos hospitalares atribuveis diabetes por caractersticas regionais, pela prevalncia tratada e pela vintage mdia dos antidiabticos orais. Resultados: Os resultados dos modelos de regresso mltipla mostram que as despesas hospitalares so proporcionais prevalncia tratada, tudo o mais constante mas que quanto mais recente for a vintage dos antidiabticos orais usados menores so os custos hospitalares. Os efeitos para o nmero de internamentos so similares. Discusso e Concluses: Para uma observao mdia na amostra, se a vintage mdia dos antidiabticos orais fosse um ano superior ento os custos hospitalares seriam 5,3% inferiores (cerca de 11 milhes em 2009) e o nmero de internamentos seria 3,8% menor (cerca de menos 3965 episdios em 2009). Um exerccio contra factual permite estimar que para o ano de 2009 a introduo da classe dos inibidores de DPP IV permitiu reduzir o nmero de internamentos atribuveis diabetes em 8480 e com isso poupar 23,3 milhes em custos hospitalares.

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A segurana e a qualidade num sistema de saúde tm uma expresso individual e sistmica: o doente submete-se a cuidados progressivamente mais tecnolgicos, invasivos e fragmentados numa organizao que pretende garantir que o ganho em complexidade no se traduza simultaneamente em maior risco e leso. Qualidade e segurana so habitualmente difceis de quantificar. Que definies usar? Quais as medidas adequadas para avaliar leso, erro ou fiabilidade? So necessrias medidas objetivas e teis que permitam a monitorizao, pelas equipas de saúde, dos ganhos obtidos na implementao de planos de melhoria da prtica clnica. Nas equipas de saúde frequente a incompreenso dos conceitos de qualidade e segurana. Com base na experincia de 12 anos da implementao de um programa de Qualidade e Gesto de Risco num Centro Hospitalar de Lisboa, tentamos aqui responder a algumas das questes que so habitualmente levantadas sobre o tema.