10 resultados para Osso homólogo ultracongelado
Resumo:
Reportam-se dois casos de doentes do sexo feminino com dois anos de idade e síndrome Adams-Oliver, que se caracteriza por um defeito congénito do escalpe e alterações malformativas congénitas dos membros, a que se associaram malformações e complicações do SNC. O diagnóstico foi feito à nascença e a aplasia cútis congénita caracterizava-se não só por extenso defeito no escalpe, mas também no osso subjacente, com exposição dos seios durais. A variabilidade das duas situações clinicas, traduziu-se essencialmente pela exetnsão e gravidade das lesões osteocutâneas dos membros e do crânio, pelas anomalias do SNC e pelo tipo de intercorrências. Numa criança detectou-se por TC e RM hemimegalencefalia focal do hemisfério direito e a outra apresentou durante o decuros da doença lesões encefaloclásticas e herniação encefálica, que necessitou de correcção cirúrgica. Ambas sobreviveram, mas o diagnóstico de lesão malformativa do SNC e a ocorrência de lesões encefaloclásticas modificaram de forma determinante o prognóstico inicial.
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BACKGROUND: The major causes of renal transplant loss are death and chronic allograft dysfunction (CAD). The aims of this study were to determine the incidence of CAD in our population and the relation between allograft survival and immunosuppressive regimens. METHODS: We studied retrospectively 473 patients who received deceased donor kidney transplants with at least 1 allograft biopsy between January 1990 and May 2007. Clinical data included age, gender, biopsy data, and immunosuppression before and after kidney biopsy. Mean age was 45.4 +/- 12.7 years including 65% males with a mean follow-up of 6.7 +/- 4.5 years. CAD was observed in 177 of 473 biopsies: 48 patients showed interstitial fibrosis (IF); 101 chronic rejection (CR); 16 transplant glomerulopathy (TG); and 12, CR and TG. Mean follow-up since the discovery of the histologic feature was 60.5 +/- 50.5 months for IF; 38.3 +/- 40.8 for CR, and 18.2 +/- 19.2 for TG. RESULTS: CAD, which was more common in younger patients (P = .03), correlated upon univariate and multivariate analysis with CKD stage 5d development (P < .001). Deposition of C4d in peritubular capillaries was more frequent among CAD patients (P = .004), an association with particular relevance to recipients with CR (P = .02) and TG (P < .001). When we analyzed CAD subpopulation, we observed a positive correlation between allograft survival and immunosuppression modification after biopsy. Substitution of sirolimus (40/177) was shown in univariate, multivariate and Cox regression analyses to be a renal protector (P < .002). Allograft survival was also correlated with initial mycophenolate mofetil versus azathioprine, (62/177) immunosuppression (P < .001). CONCLUSION: CAD, a frequent histologic feature, may benefit from sirolimus conversion.
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BACKGROUND: Prospective testing for posttransplant circulating anti-HLA antibodies seems to be a critical noninvasive tool, but confirmatory data are lacking. MATERIALS AND METHODS: Over the last 3 years, peritubular capillary (PTC) C4d deposition was prospectively sought by an immunofluorescence technique applied to frozen tissue in biopsies obtained for allograft dysfunction. Screening for circulating anti-HLA class I/II alloantibodies (AlloAb) by the flow cytometric test was performed simultaneously. RESULTS: We evaluated 132 sets of biopsies and simultaneous serum samples. PTC C4d deposition was demonstrated in 15.9% (21/132) of biopsies. Circulating anti-HLA I/II AlloAb were detected in 25% (33/132) of serum samples. Employing receiver-operator characteristic (ROC) curves for all C4d-positive biopsies, screening for AlloAb showed a global specificity of 82% and sensitivity of 61.9%. When this analysis was restricted to biopsies obtained in the first month posttransplantation, the sensitivity increased to 81.8%, but the specificity decreased to 76.9%. After the first month posttransplantation, we observed sensitivity of 40.0% and a specificity of 86.4%. In the first month posttransplantation, all patients with a diagnosis of acute antibody-mediated rejection displayed circulating anti-HLA class I/II, but not always at the same time as the C4d-positive biopsy. CONCLUSIONS: In the first month posttransplantation, prospective monitoring of anti-HLA antibodies may be useful. The high sensitivity allows the identification of patients at risk, affording an earlier diagnosis of antibody-mediated rejection. After the first month, the test can be used to evaluate allograft dysfunction episodes, since positivity is highly suggestive of an antibody-mediated process.
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Allelic differences in gene promoter or codifying regions have been described to affect regulation of gene expression, consequently increasing or decreasing cytokine production and signal transduction responses to a given stimulus. This observation has been reported for interleukin (IL)-10 (-1082 A/G; -819/-592 CT/CA), transforming growth factor (TGF)-beta (codon 10 C/T, codon 25 G/C), tumor necrosis factor (TNF)-alpha (-308 G/A), TNF-beta (+252 A/G), interferon (IFN)-gamma (+874 T/A), IL-6 (-174 G/C), and IL-4R alpha (+1902 G/A). To evaluate the influence of these cytokine genotypes on the development of acute or chronic rejection, we correlated the genotypes of both kidney graft recipients and cadaver donors with the clinical outcome. Kidney recipients had 5 years follow-up, at least 2 HLA-DRB compatibilities, and a maximum of 25% anti-HLA pretransplantation sensitization. The clinical outcomes were grouped as follows: stable functioning graft (NR, n = 35); acute rejection episodes (AR, n = 31); and chronic rejection (CR, n = 31). The cytokine genotype polymorphisms were defined using PCR-SSP typing. A statistical analysis showed a significant prevalence of recipient IL-10 -819/-592 genotype among CR individuals; whereas among donors, the TGF-beta codon 10 CT genotype was significantly associated with the AR cohort and the IL-6 -174 CC genotype with CR. Other albeit not significant observations included a strong predisposition of recipient TGF-beta codon 10 CT genotype with CR, and TNF-beta 252 AA with AR. A low frequency of TNF-alpha -308 AA genotype also was observed among recipients and donors who showed poor allograft outcomes.
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Fracturas patológicas ocorrem sem traumatismo prévio ou após trauma ligeiro. Geralmente existe uma patologia prévia, local ou sistémica, benigna ou maligna. Descreve-se o caso clícnico de uma jovem de 17 anos com esta patologia. A Fibrodisplasia óssea é mais frequente antes dos 30 anos, tendo uma incidência idêntica entre os dois géneros. Correspondem a 5 a 7 % dos tumores benignos do osso, com uma rara progressão para malignidade. É uma lesão de evolução lenta. Os ossos mais atingidos são: costelas, ossos longos das extremidades, ossos craniofaciais e pélvis. Esxistem dois tipos: Monostótico (o mais comum) e Poliostótico. A doença pode ser assintomática, pode apresentar-se com dor e tumefacção no local da lesão ou como fractura patológica. Hiperpigmentação da pele é o sinal extra-ósseo mais comum. Pode estar associada a anomalias endócrinas. O diagnóstico é radiológico e histopatológico (biópsia). O tratamento é conservador. Se risco de fractura patológica considerar cirurgia.
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Introdução: Recentemente têm surgido debates na literatura internacional acerca da segurança e necessidade da abordagem artroscópica posterior para tratamento da patologia intra e extra articular do tornozelo. A artroscopia por via posterior realiza-se utilizando portais postero-interno e postero-externo, e com o doente em decúbito ventral. Permite acesso à região posterior do tornozelo, articulação subtalar, osso trígono, tendões peroneias e tendão do Longo flexor do Hallux, e ainda à porção posterior do ligamento deltoideu. Permite ainda uma melhor visualização, menor morbilidade e recuperação mais rápida que na abordagem a céu aberto. Neste estudo comparamos os resultados clínicos e funcionais e dos doentes submetidos a apenas a artroscopia anterior e dos doentes submetidos a artroscopia anterior e posterior do tornozelo, bem como as complicações independentemente da patologia inicial. Material e Métodos: Estudo retrospectivo, tendo sido analisados os processos clínicos de todos os doentes submetidos a tratamento artroscópico do tornozelo em duas instituições, pelo mesmo cirurgião. De um universo de 299 procedimentos artroscópicos do tornozelo, excluímos todos os casos em que foi utilizada concomitantemente uma via aberta para tratamento de outras lesões. Obtivémos resultados clínicos e funcionais de 185 doentes, 97 homens, 88 mulheres, tendo sido aplicado o score Aofas para o retropé e tornozelo. Foi realizada artroscopia posterior em 87 doentes e anterior em 98 doentes. A média de idades foi de 36 anos (17‐59). O follow-up mínimo foi de 6 meses (6‐60). Cento e trinta e dois doentes apresentavam patologia de origem traumática, e destes, 105 estavam relacionados com acidentes de trabalho. Resultados: Artroscopia anterior: a média do score Aofas foi de 87(43‐ 100). Oitenta e sete doentes retomaram a sua atividade profissional ou desportiva previa, e 16 doentes ainda não retomaram atividade na altura da avaliação. O tempo médio de retorno à atividade previa foi de 4 meses (2‐10). Registamos complicações em 13 doentes. Estas incluem infecção superficial das postas de entrada (3 casos), síndrome de dor regional complexa (3 casos), artrofibrose (2 casos), recidiva da lesão inicial (5 casos). Foram reoperados 6 doentes (2 casos de artrofibrose e 4 por recidiva da patologia inicial)Artroscopia anterior e posterior: a média do score Aofas foi de 83 (38‐100). Setenta e cinco doentes já retomaram a sua atividade prévia, sendo que 10 ainda se encontram em tratamento. O tempo médio de retorno à atividade foi de 4,3 meses (2‐ 12). Registámos complicações em 10 doentes (11,4%). Estas incluem 4 casos de lesão do nervo peroneal superficial, dos quais 3 recuperaram totalmente, 3 casos de artrofibrose, 2 casos de síndrome de dor regional complexa e 1 caso de infecção superficial das portas de entrada. Foram reoperados 4 doentes, dos quais 2 por artrofibrose, 2 casos por recidiva da patologia inicial. Discussão: Constatamos que a média do score Aofas e a taxa de complicações é sobreponível entre as duas diferentes abordagens. Os nossos resultados, em termos de complicações, são ligeiramente inferiores aos publicados na literatura internacional, quer para a artroscopia anterior, quer para a anterior e posterior, o 7 que poderá estar relacionado com o elevado número de doentes com lesões relacionadas com acidentes de trabalho. Conclusão: A abordagem posterior não tem mais complicações que a abordagem anterior isolada. Os resultados em doentes vítimas de acidente de trabalho são inferiores em ambas as abordagens. Os resultados e complicações de ambas as abordagens são sobreponíveis aos da literatura internacional.
Resumo:
Os autores apresentam um caso de esteatohepatite não alcoólica numa mulher obesa, não diabética, que evoluiu para cirrose hepática. A propósito desta entidade revêem a literatura discutindo a sua história natural e os principais processos patológicos a ela associados. Destacam a importância da obesidade no desenvolvimento da esteatohepatite e da vantagem, em casos seleccionados, da execução de biópsia hepática, como técnica de diagnóstico fundamental.
Resumo:
Dependendo da localização e do número de ossos envolvidos, a Displasia Fibrosa (D.F.) crânio-facial pode ser responsável por síndromes dismórficos e por sintomatologia otológica, oftalmológica ou rinológica. Este artigo tem por objectivo i1ustrar dois casos clínicos de D. F. Poliostótica com envolvimento predominante dos ossos temporal a etmóide. No primeiro caso clínico o envolvimento do osso temporal é responsável por síndrome vertiginoso resultante de hipofunção vestibular esquerda e da obliteração do aqueduto vestibular homolateral. Neste coso o doente foi submetido a neurectomia dos nervos vestibulares, por via retrosigmóide. O segundo caso clínico é um caso de D.F. predominantemente do osso etmóide, acompanhado de proptose e obstrução nasal, em que se procedeu à excisão total por via paralateronasal sob controlo endoscópico. Os autores fazem uma revisão da literatura sobre a clínica, o diagnóstico, e a terapêutica do da doença a nível crânio-facial.
Resumo:
Homem de 75 anos, com história de perda ponderal (>10% peso inicial) nos sete meses anteriores, presença de massa abdominal no flanco esquerdo com dor tipo moinha, associadas a queixas de anorexia não selectiva e enfartamento pós-prandial, com três meses de evolução. Antecedentes de adenocarcinoma do estômago e adenocarcinoma do cólon. Submetido a intervenção cirúrgica, tendo-se ressecado peça volumosa, constituída por células malignas, com componente quístico e componente sólido (tecido fibroso, cartilagem e osso maduro). O exame da anatomia patológica concluiu tratar-se de um Osteossarcoma Extraesquelético Retroperitoneal Telangiectásico. Clínica e laboratorialmente sem alterações na reavaliação aos doze meses de pós-operatório. Os exames complementares de diagnóstico, nesta data, não revelaram recidiva local ou metastização.