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Resumo:
A reactivação do vírus da hepatite B em doentes com neoplasias hematológicas é uma complicação frequente da quimioterapia ou da terapêutica imunomoduladora. Os autores descrevem o caso dum doente com linfoma não-Hodgkin e história de infecção passada pelo VHB que desenvolveu hepatite fulminante após quimioterapia. Os mecanismos de reactivação do VHB são discutidos e as recomendações sobre profilaxia são apresentadas.
Resumo:
Os autores procedem à análise retrospectiva dos casos de abcesso tubo-ovárico, internados no Serviço de Ginecologia da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, num período de 3 anos (1991-1993). O número total de casos foi 20. A incidência em nulíparas foi 25%. Uma percentagem significativa das doentes (30%) tinha sido recentemente submetida a técnicas de instrumentação uterina. Em apenas 15% dos casos havia antecedentes de doença inflamatória pélvica. Nas doentes portadoras de DIU a incidência de abcessos unilaterias e bilaterais foi idêntica. Na maioria dos casos (85%) a apirexia surgiu até 48 horas após o início da antibioterapia. A maioria das doentes (90%) foi submetida a terapêutica cirúrgica. O tempo médio decorrido entre o início da antibioterapia e a intervenção cirúrgica foi 3 dias. Registou-se um caso de rotura de abcesso. Em 3 (15%) doentes verificou-se intraoperatoriamente a co-existência de um abcesso apendicular. Em 30% dos casos as doentes foram submetidas a histerectomia total com anexectomia unilateral ou bilateral. Uma das 2 (10%) doentes submetidas a terapêutica médica isolada apresentou recidiva 1 mês após a alta. A abordagem terapêutica do abcesso tubo-ovárico embora se tenha tornado mais conservadora, continua a incluir, na maioria dos casos, drenagem ou resecção cirúrgica após antibioterapia adequada.
Resumo:
O edema agudo do pulmão pós-extubação traqueal é um acontecimento raro (≈ 0,1%)1. A etiologia é multifactorial, sendo a obstrução da via aérea superior o factor desencadeante principal. O esforço inspiratório contra a glote encerrada causa pressões intra torácicas muito negativas, que se transmitem ao interstício pulmonar, condicionando uma transudação de fluidos a partir dos vasos capilares pulmonares1-5. Relatamos um caso de edema agudo do pulmão pós-extubação num doente de quinze anos, operado no serviço de urgência por amputação traumática da perna esquerda. Revemos a fisiopatologia, o padrão radiológico, potenciais factores de risco e medidas preventivas desta complicação respiratória pós-anestésica.
Resumo:
As infecções associadas à prestação de cuidados de saúde são ocorrências temíveis em unidades de cuidados intensivos neonatais (UCIN). A vigilância prospectiva dá aos neonatologistas um conhecimento da sua frequência, dos agentes mais comuns isolados na sua unidade e respectiva sensibilidade, influenciando de modo positivo as tentativas de controlar a sua frequência. Objectivo: Divulgar os resultados da vigilância epidemiológica da infecção de origem hospitalar numa UCIN. População e Métodos: Todos os recém-nascidos (RN) admitidos na unidade são registados, independentemente da idade gestacional, do peso ao nascer e da idade na admissão. Todos os episódios de infecção sistémica ocorridos desde a admissão até à alta são registados: sépsis, septicémia, pneumonia e meningite. É classificada como infecção de origem hospitalar a que surge 72h após a admissão. Resultados: No período de seis anos decorrido entre 2002 e 2007, foram tratados 1648 recém-nascidos a que corresponderam 27 862 dias de tratamento, 4 395 dias de ventilação e 10 537 dias de cateterismo venoso central (CVC); 261 RN eram de muito baixo peso (MBP) e 369 foram submetidos a grande cirurgia. Houve 242 episódios de infecção em 229 doentes. As taxas de infecção foram as seguintes (mediana e limites): RN infectados em % de tratados 13% (10,4%-17,4%); septicémia/100 doentes tratados-6,5 (3,8-11,3); septicémia/1000 dias doente-3,7 (3-6,2); septicémia/1000dias de CVC-4.1 (0,9-5,8); infecção por Staphylococcus coagulase negativa (SCN) em RN MBP - 9,8% (4%-12,5%); pneumonia relacionada com tubo traqueal/1000 dias de tubo traqueal – 3,2 (0-9,1). O agente mais frequentemente isolado foi o SCN. Conclusão: A vigilância epidemiológica é um instrumento muito útil para conhecer as taxas de infecção de uma unidade de saúde e a sua tendência, assim como os microorganismos e respectiva sensibilidade. Esse conhecimento constitui a base a partir da qual se pode tentar reduzir a sua prevalência.
Resumo:
Procedeu-se à revisão dos Tumores Ósseos e Lesões Pseudotumorais Benignos diagnosticados na Consulta de Ortopedia do Hospital de Dona Estefânia no período de Janeiro de 1988 e Janeiro de 1995. Seleccionaram-se 130 crianças com esse diagnóstico. Cinquenta e quatro desses (42%) doentes apresentavam Tumores Fibrosos Benignos. Fez-se seguidamente uma revisão clínica, radiológica, histológica e de abordagem terapêutica dos Tumores Fibrosos Benignos encontrados na população estudada.
Resumo:
INTRODUCTION. Multiple sclerosis (MS) is a disabling disease occurring mainly in women of childbearing age. MS may interfere with family planning and motherhood decision. AIM. To study the influence of MS diagnosis and course of the disease on motherhood decision. PATIENTS AND METHODS. The cohort of 35 to 45-year-old female patients diagnosed with MS for at least ten years was selected from six Portuguese MS centers. A structured questionnaire was applied to all patients in consecutive consultation days. Clinical records were reviewed to characterize and collect information about the disease and pregnancies. RESULTS. One hundred women were included; mean age at MS diagnosis was 26.3 ± 5.0 years; 90% of the participants presented with a relapsing-remitting MS; 57% had no pregnancies after the diagnosis. MS type and number of relapses were not significantly different between women with or without pregnancies after the diagnosis (p = 0.39 and p = 0.50, respectively). Seventy-seven percent of the patients did not have the intended number of pregnancies. Main reasons given were fear of future disability and the possibility of having relapses. Forty-three women considered that pregnancy might worsen MS. CONCLUSION. In our population, motherhood choice was unrelated to the MS type and the number of relapses. However, a relevant number of women had fewer pregnancies than those intended before MS diagnosis and believed that pregnancy could worsen the disease. An effort to better inform the patients should be made to minimize the impact of MS diagnosis on motherhood decision.