16 resultados para 157-950
Resumo:
Background: Childhood asthma represents an increasing health problem and is the leading cause of hospital admission and absenteeism in children with chronic disease. It also compromises quality of life, eventually contributing to disturbances in self-concept. Self-concept is a recent and global perspective of “the self” and relates to skills, self-image and self-esteem. Little information is available on this topic and there are no data from Portuguese countryside towns. Objective: The aim of this study was to determine the prevalence of asthma among all school children in the 5th and 6th grades in a Portuguese countryside town and to establish its possible correlation with absenteeism and self-concept. Methods: In April 2002, two questionnaires were administered in the presence of the researcher to a group of 950 children attending different schools. The children completed the internationally renowned questionnaires: ISAAC and the Self-Concept Scale by Susan Harter. Results: Our sample (n = 818) had a mean age of 11 years (10-15 years) and a male-to-female ratio of 1/1. The cumulative prevalence of asthma was11.9% and that of active asthma was 8.8 %; 63.9% of asthmatics were male and 36.1 % were female. The mean age of asthmatics was 11.34 years and 74 % had active symptoms. Comparison of this group of 97 asthmatic children with the remaining children revealed a statistically significant correlation between the presence of asthma and school absenteeism (global: p = 0.04; gymnastics: 0.05). Regarding the Self-Concept Scale a statistically significant association was found between the presence of asthma and school achievement (p = 0.027), physical appearance (p = 0.015), behavior (p < 0.000) and self-esteem (p < 0.000). No statistically significant correlations were found in social acceptance (p = 0.289) or athletic competence (p = 0.085). Asthmatic boys had higher self-concept scores than girls, except in the domain of behavior. Conclusions: Twelve percent of the population studied was asthmatic. In asthmatic children, absenteeism was higher and self-concept was lower for almost all domains, except social acceptance and athletic achievement, probably due to overprotection.
Resumo:
Introdução: A apendicite aguda continua a ser um dos principais diagnósticos nos Serviços de Cirurgia Pediátrica. A taxa de apendicectomia negativa (apendicectomia sem evidência histológica de patologia), frequentemente utilizada como índice de qualidade hospitalar, permanece alta, apesar dos esforços para a reduzir, especialmente em crianças com menos de 6 anos. Objectivos: os objectivos primários foram: o cálculo da taxa de apendicectomia negativa, da concordância entre diagnóstico clínico (pós-operatório) e diagnóstico histológico e a caracterização da discordância diagnóstica por tipo de apendicite (fleimonosa, gangrenada, perfurada). A caracterização dos grupos apendicectomia negativa (A) e apendicites perfuradas (B), bem como a relação entre estes dois grupos ao longo dos anos, constituíram objectivos secundários. Material e Método: Estudo retrospectivo dos dados clínicos de 1000 doentes consecutivamente operados com o diagnóstico clínico de apendicite aguda, no Hospital de Dona Estefânia, no período de 1 de Janeiro 2003 – 30 de Setembro 2007, procedendo-se à consulta da folha de requisição de exame histo-patológico enviada para o Serviço de Anatomia Patológica. Foram revistos os dados epidemiológicos, a qualidade da informação da referida folha de requisição e calculada a taxa de apendicectomia negativa nesta amostra. Resultados: O diagnóstico clínico pós-operatório foi concordante com o diagnóstico histológico em cerca de 60% casos, sendo subvalorizado ou sobrevalorizado nos restantes casos. A taxa de apendicectomia negativa observada foi de 5,5%, o que está abaixo dos valores apresentados na literatura. Conclusões: As apendicectomias negativas devem ser um “mal menor” em relação às apendicites perfuradas. A discordância clínico-histológica pode ter implicações médico-legais e tem seguramente implicações clínicas e económicas pelo que urge reavaliar o modelo de abordagem desta patologia tão frequente.
Resumo:
Cardiopulmonary exercise testing (CPET) is an objective method for assessment of functional capacity and for prognostic stratification of patients with chronic heart failure (CHF). In this study, we analyzed the prognostic value of a recently described CPET-derived parameter, the minute ventilation to carbon dioxide production slope normalized for peak oxygen consumption (VE/VCO2 slope/pVO2). METHODS: We prospectively studied 157 patients with stable CHF and dilated cardiomyopathy who performed maximal CPET using the modified Bruce protocol. The prognostic value of VE/VCO2 slope/pVO2 was determined and compared with traditional CPET parameters. RESULTS: During follow-up 37 patients died and 12 were transplanted. Mean follow-up in surviving patients was 29.7 months (12-36). Cox multivariate analysis revealed that VE/VCO2 slope/pVO2 had the greatest prognostic power of all the parameters studied. A VE/VCO2 slope/pVO2 of > or = 2.2 signaled cases at higher risk. CONCLUSION: Normalization of the ventilatory response to exercise for peak oxygen consumption appears to increase the prognostic value of CPET in patients with CHF.
Resumo:
Apresenta-se a experiência recentemente adquirida na assistência a doentes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) num serviço de Medicina Interna de um hospital central. Descreve-se uma população de 107 doentes com 157 internamentos, num período de 7 anos (1987-1994), nas suas características epidemiológicas e clínicas, bem como alguns aspectos de diagnóstico nas infecções oportunistas e terapêutica antiviral. Procura-se acompanhar as várias etapas constituintes de um circuito que todos os doentes percorrem desde a sua admissão hospitalar até à alta e retorno à comunidade. Salientam-se as carências em cada uma destas fases, apontando-se algumas sugestões visando melhorar esta assistência, embora o caminho a percorrer nos pareça ainda bastante longo.
Resumo:
Introduction: The 2D:4D digit ratio is sexually-dimorphic, probably due to testosterone action through the perinatal period. We characterize the 2D:4D ratio in newborn (NB) infants, in between the pre- and postnatal surges of testosterone, and relate it to the mother's 2D:4D and to testosterone levels in the amniotic fluid (AF). Subjects and methods: Testosterone was assayed in samples of maternal plasma and AF collected at amniocentesis. Shortly after birth, 106 NBs and their mothers were measured for 2D:4D ratio. Results: NB males had lower mean 2D:4D ratios than females but this dimorphism was significant only for the left hand (males: 0.927; females: 0.950; p=0.004). Mothers who had sons had lower 2D:4D ratios than those who had daughters and the mother's 2D:4D were higher than those of NBs regardless of sex. Both hands of NB females were negatively correlated with AF testosterone and positively correlated with the mother's 2D:4D, but males showed no significant associations. Maternal plasma testosterone also showed a negative weak correlation with NB's digit ratio in both sexes. Conclusions: Sexual dimorphism at birth was only significant for the left hand, in contrast with reports of greater right hand dimorphism, suggesting that postnatal testosterone is determinant for 2D:4D stabilization. The lower 2D:4D ratios in mothers who had sons support claims that hormone levels in parents are influential for determining their children's sex. NB female's digit ratio, but not males', was associated to the level of AF testosterone. The mother's 2D:4D ratios were positively correlated with their daughters' 2D:4D, but the same was not observed for male NBs, suggesting that prenatal testosterone levels in male fetus lead their 2D:4D ratios to stray from their mothers' with high individual variability.
Resumo:
Pretende-se esclarecer a prevalência que as doenças hereditárias do eritrócito têm não só a nível mundial e europeu mas também ao nível do nosso país e consulta de hematologia pediátrica do Hospital Dona Estefânia. São realçados os aspectos que condicionam a morbilidade associada a estas doenças crónicas, quer do ponto de vista da sua própria evolução natural como da própria terapêutica instituida. São referidas atitudes consensuais do ponto de vista profilático e terapêutico adoptadas neste tipo de doenças crónicas. Assume-se o diagnóstico pós-natal como de extrema importância, possibilitando diagnosticar-se casais de risco e implementar medidas privilegiando o aconselhamento destes casais quanto à característica genética de que são portadores e pondo à sua disposição meios de diagnóstico seguros na caracterização da sua descendência antes do nascimento (daignóstico pré-natal), com base num estudo de biologia molecular. Conclui-se realçando os programas de prevenção, sem os quais se torna impossível o decréscimo da incidência destas doenças, nomeadamente nos países de forte prevalência.
Resumo:
Introduction. IgA nephropathy is the dominant primary glomerular disease found throughout the majority of the world’s developed countries. Accurately identifying patients who are at risk of progressive disease is challenging. We aimed to characterise clinical and histological features that predict poor prognosis in adults. Patients and Methods. We performed a single-centre retrospective observational study of biopsy-proven IgA nephropathy. The primary outcome was renal survival and death from any cause, and the secondary outcome was proteinuria remission. Results. Data from 49 cases were available for analysis with a median follow-up of 4 years. There were no deaths. Univariable analyses identified acute renal failure, low estimated glomerular filtration rate for ≥3 months (low eGFR), arterial hypertension, baseline proteinuria, glomerular sclerosis >50% and interstitial fibrosis >50% as poor prognostic markers. Low eGFR persisted significant by multivariable model that used only clinical parameters. Multivariable models with histopathologic parameters observed that tubular atrophy/interstitial fibrosis >50% was independently associated with the primary outcome. Proteinuria remission throughout follow-up had no prognostic value in our revision. Conclusions. Two independent predictors of poor renal survival at time of biopsy were found: low eGFR and tubular atrophy/interstitial fibrosis >50%.
Resumo:
Objectivo e desenho: estudo prospectivo de avaliação da possibilidade de aplicação e utilidade clínica da ecocardiografia transtorácica (ETT) na avaliação da hpotensão numa Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP). Local: UCIP de 16 camas. Material e métodos: Incluídos doentes com hipotensão (pressão arterial sistólica 90 mmHg ou média (PAM) < 60 mmHg, que não respondeu à administração de soros no espaço de 30 minutos). Os objectivos do ETT foram: excluir cardiopatia estrutural grave, avaliação de outras alterações cardíacas (alterações das dimensões das cavidades e função ventricular esquerda), análise da veia cava inferior (VCI) e determinação do índex cardíaco (IC). Resultados: de um total de 208 doentes foram incluídos 198 (4,5% de exames impossíveis), com média etária de 63,4 +/- 16,2 anos, 129 do sexo masculino, APACHE II 30,1 +/- 9,9, SAPS II 68,8 +/- 20,5, SOFA 11,6 +/- 3,8 MODS 10,9 +/- 3,9. Observou-se uma mortalidade de 51% (n=101), e 168 (85,2%) doentes estavam ventilados. Oitenta e oito (44,4%) doentes apresentaram alterações cardíacas, dos quais 28 (14%) classificadas como graves: três valvulopatias aórticas graves, quatro endocardites, nove miocardiopatias dilatadas, dois tamponamentos (18 doentes com alterações graves insuspeitas, 9%), seis enfartes agudos do miocárdio, quatro alterações da cinética segmentar. Estes doentes apresentaram uma mortalidade e índices de gravidade mais elevados (p <0,001). Em relação ao IC, 157 doentes apresentaram um valor normal ou elevado, os quais apresentaram todos um valor de resistências ventriculares periféricas baixo. Por análise de regressão logística, verificou-se uma relação entre o índex da VCI e os dias de internamento (p = 0,05) e entre o IC, índex da VCI e a mortalidade (p =0,008 e 0,041 respectivamente). Conclusões: Observou-se uma elevada prevalência de patologia cardíaca entre os doentes admitidos numa UCIP com hipotensão (n =88, 44,4%), dos quais 14% consideradas graves. Estes doentes tiveram maior mortalidade e índices de gravidade mais elevados. A análise conjunta do IC e da VCI pode ser útil na definição do padrão hemodinâmico do doente hipotenso e certos parâmetros ecocardiográficos, em especial o índex da VCI, podem ser úteis no prognóstico destes doentes.
Resumo:
A deficiência congénita de anti-trombina III é considerada como um estado de hipercoagulabilidade primária. Os autores apresentam um caso de deficiência de anti-trombina III num jovem do sexo masculino, de 28 anos de idade, com doença valvular aórtica e múltiplos episódios de fenómenos tromboembólicos. Ao discutirem os seus aspectos diagnósticos e terapêuticos, procuram sensibilizar para a necessidade de se rastrear situações de trombofilia em doentes com fenómenos trombóticos recorrentes.
Resumo:
OBJECTIVO: Pretendeu-se com este estudo determinar a prevalência e identificar factores de risco para sensibilização ao látex em crianças com espinha bífida. MÉTODOS: Estudaram-se 57 crianças com espinha bífida, com uma idade média de 5.6 anos(6 meses a 18 anos) e uma relação sexo M/F de 0.8/1. A todas as crianças foram efectuados questionário, bateria de TC incluindo látex (extractos UCBStallergenes, Lofarma e ALK-Abelló), aeroalergenos comuns e frutos (UCB-Stallergenes) e determinação sérica de IgE total (AlaSTAT). RESULTADOS: A prevalência de sensibilização ao látex foi de 30%; apenas duas crianças sensibilizadas (12%) apresentavam sintomatologia relacionada com a exposição (urticária/angioedema e rinite). Foram identificados como factores de risco para sensibilização ao látex: idade ≥ 5 anos (p=0.008; OR=6.0, IC95%=1.7-22.1); existência de 4 ou mais intervenções cirúrgicas (p<0.0001; OR=18.5, IC95%=3.6-94.8); cirurgias nos primeiros 3 meses de vida (p=0.008; OR=5.4, IC95%=0.7-29.2); níveis séricos de IgE total ≥ 44UI/ml (p=0.03; OR=3.8, IC95%=1.1-13.1). Pela realização de regressão logística foram identificados como factores de risco independentes, história de 4 ou mais cirurgias (p<0.0001; OR=26.3, IC95%=2.9-234.2) e níveis de IgE total ≥ 44UI/ml (p=0.02; OR=8.6, IC95%=1.4-53.4). Sexo, antecedentes familiares e pessoais de patologia alérgica, hidrocefalia com derivação ventriculo-peritoneal, cistografias,cateterismo vesical intermitente e atopia não foram identificados como factores de risco. CONCLUSÕES: Identificámos como factores de risco significativos e independentes para sensibilização ao látex em crianças com espinha bífida a existência de número elevado de intervenções cirúrgicas (≥ 4 cirurgias) e níveis séricos mais elevados de IgE total(IgE total ≥ 44UI/ml). Estudo prospectivo esclarecerá a evolução clínica das crianças sensibilizadas assintomáticas.
Resumo:
OBJECTIVE: Arthropathy that mimics osteoarthritis (OA) and osteoporosis (OP) is considered a complication of hereditary hemochromatosis (HH). We have limited data comparing OA and OP prevalence among HH patients with different hemochromatosis type 1 (HFE) genotypes. We investigated the prevalence of OA and OP in patients with HH by C282Y homozygosity and compound heterozygosity (C282Y/H63D) genotype. METHODS: A total of 306 patients with HH completed a questionnaire. Clinical and demographic characteristics and presence of OA, OP and related complications were compared by genotype, adjusting for age, sex, body mass index (BMI), current smoking and menopausal status. RESULTS: In total, 266 of the 306 patients (87%) were homozygous for C282Y, and 40 (13%) were compound heterozygous. The 2 groups did not differ by median age [60 (interquartile range [IQR] 53 to 68) vs. 61 (55 to 67) years, P=0.8], sex (female: 48.8% vs. 37.5%, P=0.18) or current smoking habits (12.4% vs. 10%, P=0.3). As compared with compound heterozygous patients, C282Y homozygous patients had higher median serum ferritin concentration at diagnosis [1090 (IQR 610 to 2210) vs. 603 (362 to 950) µg/L, P<0.001], higher median transferrin saturation [80% (IQR 66 to 91%) vs. 63% (55 to 72%), P<0.001]) and lower median BMI [24.8 (22.1 to 26.9) vs. 26.2 (23.5 to 30.3) kg/m2, P<0.003]. The overall prevalence of self-reported OA was significantly higher with C282Y homozygosity than compound heterozygosity (53.4% vs. 32.5%; adjusted odds ratio [aOR] 2.4 [95% confidence interval 1.2-5.0]), as was self-reported OP (25.6% vs. 7.5%; aOR 3.5 [1.1-12.1]). CONCLUSION: Patients with C282Y homozygosity may be at increased risk of musculoskeletal complications of HH.
Resumo:
Objectivo: A Ventilação de Alta Frequência Oscilatória (VAFO) tem ainda poucos anos de utilização em Portugal. Os seus resultados pouco uniformes têm sido relacionados com o tipo de estratégia utilizada. A optimização do volume pulmonar com utilização de uma estratégia de alto volume, tem vindo a definir-se como a estratégia mais eficaz. Considerámos como objectivos prioritários, a avaliação dos benefícios desta técnica na redução da mortalidade e na redução da morbilidade respiratória precoce e tardia, na retinopatia da prematuridade (ROP) e na hemorragia intraperiventricular (HIPV). Doentes e Métodos: Desde 1 de Janeiro de 1999 até 31 de Março de 2000 (15 meses), usámos esta estratégia ventilatória no Recém Nascido de Muito Baixo Peso (RN MBP). Utilizámos VAFO como modalidade ventilatória exclusiva e imediatamente após intubação traqueal ou após chegada do RN à Unidade de Cuidados Intensivos neonatais (UCIN). Iniciámos de imediato a Optimização do Volume Pulmonar (OPT). A administração de surfactante só foi efectuada após critério de pulmão optimizado. Foram ventilados com esta técnica, 154 RN com idade gestacional < 34 semanas com DMH/SDR e necessitando de ventilação mecânica. Destes RN, o grupo com peso de nascimento (PN) < 950 gramas e idade gestacional entre 25-29 semanas (Coorte VAFO/OPT = 36 RN) foi comparado com uma Coorte histórica de VAFO após curto período de ventilação convencional (VC) de 1997-1998 (grupo VC + VAFO = 27 RN). Ambos os grupos tiveram a Doença das Membranas Hialinas(DMH) como diagnóstico primário. Local de Estudo: Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais da Maternidade Dr. Alfredo da Costa (12 postos de ventilação permanente). Resultados: Os dois grupos comparados (VAFO/OPT e VC + VAFO) foram semelhantes nos dados demográficos (peso, idade gestacional, sexo), corticoterapia pré-natal e gravidade radiológica da DMH. Apesar da gravidade radiológica de ambos os grupos ser semelhante, o tipo de estratégia ventilatória utilizada no grupo VAFO/OPT, ou seja, a optimização do volume pulmonar, permitiu uma menor administração do surfactante. O tempo de ventilação e o tempo de oxigenação (dias de 02) foi estatisticamente inferior no grupo VAFO/OPT (respectivamente p=0,000 e p=0.003), tal como a HIPV, ROP e mortalidade (respectivamente p=0,0029, p=0,009 e p=0,031). A Doença Pulmonar Crónica (DPC) foi percentualmente bastante inferior neste grupo (p=0,051). Conclusão: A VAFO como modalidade ventilatória exclusiva, iniciada imediatamente após intubação traqueal e/ou chegada do RN à UCIN e com optimização do volume pulmonar, encurtou a necessidade de suporte respiratório e de oxigenação e melhorou a morbilidade pulmonar no RN MBP com DMH.
Resumo:
Introdução: A abordagem inicial do grande queimado até à sua estabilização hemodinâmica e hidroeletrolítica é fundamental para diminuir a morbimortalidade. Material e Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo e analítico, de todos os internamentos por queimadura numa Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos durante o período de 20 anos (Abril/1991 a Dezembro/2010). Avaliaram -se parâmetros nosodemográficos, agente causal, gravidade e extensão da queimadura, procedimentos, terapêutica, complicações e resultados. Resultados: Ocorreram 137 internamentos por queimadura correspondentes a 123 doentes e a 1,8% do total de internamentos na UCIP. A mediana de idade foi 3,6 anos e 62,4% era do sexo masculino. Verificou -se maior incidência em Agosto (13,0%). Foram agentes da queimadura: líquido fervente (38,1%), fogo (38,1%) e eletricidade (23,9%). A mediana da superfície corporal queimada foi de 30% (0,5 -92,0%), com queimaduras do terceiro grau em 59,0% dos doentes. Necessitaram de ventilação mecânica 45,5% e de cateter venoso central 64,2% dos doentes. As complicações incluíram: sépsis (29,2%), falência respiratória (21,1%), falência cardiovascular (16,5%) e falência multiorgânica (18,8%). Verificou -se melhoria em 88,6% dos casos e ocorreram 10 óbitos (8,1%), nove dos quais nos primeiros 10 anos do estudo e nove devido a causa infeciosa. No entanto, o score avaliador do risco de mortalidade (PRISM), índice de intervenção terapêutica (TISS) e o risco de probabilidade de morte (RPM) foram mais elevados no segundo decénio. Conclusões: Nos últimos anos do estudo, apesar do maior número de admissões e da sua maior gravidade, verificou -se uma diminuição do número de mortes, o que poderá dever-se à melhoria dos cuidados prestados.