57 resultados para Úlcera Cutânea


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Apesar de a tuberculose cutânea (TBC) compreender apenas entre 0,1 a 4,4 por cento de todos os casos de tuberculose, é importante para os clínicos considerarem esta infecção quando confrontados com uma lesão cutânea de etiologia não esclarecida. Além do M. tuberculosis, também os bacilos M. bovis e Bacillus Calmette-Guerin (BCG) podem causar infecção da pele. A tuberculose cutânea “verdadeira” pode ser adquirida por via exógena (quando há inoculação directa do bacilo na pele), ou endógena, e apresenta um largo espectro de apresentações clínicas. Reportamos um caso de escrofuloderma (envolvimento da pele por contiguidade a partir de um outro foco de infecção), com linfadenite tuberculosa e envolvimento da clavícula, numa mulher imunocompetente.

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Apresenta-se o caso clínico de uma mulher de 56 anos, raça branca, com úlcera duodenal e esofagite com 3 anos de evolução apesar de terapêutica mantida com bloqueadores dos receptores H2. O valor da gastrina sérica basal estava ligeiramenteacima dos limites superiores do normal. O teste de estimulação de secretina foi sugestivo de gastrinoma. Com tomografia axial computorizada e arteriografia selectiva não se localizou o tumor. Na laparotomia exploradora encontrou-se um nódulo pilórico que se demonstrou corresponder ao gastrinoma. Dezoito meses após a cirurgia a doente encontrou-se assintomática e os exames de controle são negativos.

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A porfíria cutânea tarda (PCT) é uma doença do metabolismo das porfirinas caracterizada por fotossensibilidade intensa, associada a lesões bolhosas cobertas por crosta de difícil cicatrização, cicatrizes atróficas e hipertricose em áreas fotoexpostas assim como alterações da função hepática. A hemocromatose hereditária (HH) é a doença genética autossómica recessiva mais frequente na população. Apresentamos o caso de um doente saudável de 38 anos, referenciado por vesículas na face, superfícies extensoras dos braços e dorso das mãos, associadas com hipertricose na região zigomática e quistos de mília no dorso das mãos. Análises laboratoriais mostraram um aumento dos níveis séricos e urinários das porfirinas, do ferro sérico e ferritina elevada. Um diagnóstico de porfíria cutânea tarda foi inferido com base na apresentação clínica, exame histopatológico e resultados laboratoriais. O estudo genético para as mutações do gene da hemocromatose hereditária revelou um doente heterozigoto composto para as mutações mais comuns: C282Y, H63D. A porfíria cutânea tarda pode ser um importante marcador cutâneo para pacientes com mutações do gene HH. A hemocromatose hereditária, se não tratada pode levar à cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. Os sinais cutâneos podem ter um papel fundamental no diagnóstico precoce, evitando complicações futuras e possibilitando o aconselhamento genético e teste genético aos filhos dos doentes afectados.

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Objective: To compare measurements of the upper arm cross-sectional areas (total arm area,arm muscle area, and arm fat area of healthy neonates) as calculated using anthropometry with the values obtained by ultrasonography. Materials and methods: This study was performed on 60 consecutively born healthy neonates: gestational age (mean6SD) 39.661.2 weeks, birth weight 3287.16307.7 g, 27 males (45%) and 33 females (55%). Mid-arm circumference and tricipital skinfold thickness measurements were taken on the left upper mid-arm according to the conventional anthropometric method to calculate total arm area, arm muscle area and arm fat area. The ultrasound evaluation was performed at the same arm location using a Toshiba sonolayer SSA-250AÒ, which allows the calculation of the total arm area, arm muscle area and arm fat area by the number of pixels enclosed in the plotted areas. Statistical analysis: whenever appropriate, parametric and non-parametric tests were used in order to compare measurements of paired samples and of groups of samples. Results: No significant differences between males and females were found in any evaluated measurements, estimated either by anthropometry or by ultrasound. Also the median of total arm area did not differ significantly with either method (P50.337). Although there is evidence of concordance of the total arm area measurements (r50.68, 95% CI: 0.55–0.77) the two methods of measurement differed for arm muscle area and arm fat area. The estimated median of measurements by ultrasound for arm muscle area were significantly lower than those estimated by the anthropometric method, which differed by as much as 111% (P,0.001). The estimated median ultrasound measurement of the arm fat was higher than the anthropometric arm fat area by as much as 31% (P,0.001). Conclusion: Compared with ultrasound measurements using skinfold measurements and mid-arm circumference without further correction may lead to overestimation of the cross-sectional area of muscle and underestimation of the cross-sectional fat area. The correlation between the two methods could be interpreted as an indication for further search of correction factors in the equations.

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Venous ulcers in patients with post thrombotic syndromes are complex situations with multiple therapeutic options. They are responsible for high morbidity rates, conservative treatment is very slow and recurrences are very common. Deep venous reconstructive surgery is an alternative, but it should be based on the morphologic and functional aspects of the venous system and only adopted after a very careful study, including venography. The authors describe a morphological "pattern", found in some of these patients and related to the competence of the saphenous femoral junction, rendering possible to perform a valvular transposition. Seven patients with post thrombotic ulcers who have been treated during the last 6 years in which the pattern already described was detect, underwent a transposition of the superficial femoral vein, to the great saphenous vein and when necessary complemented with skyn grafts. Before the operation all patients had ulcers with more than 3 cm in size (3.2-5.4 cm) and with more than 4 months duration (4-16 months). All ulcers healed in the postoperative period (mean time 28 days). All patients have been reevaluated in 2003 and it was diagnosed the thrombosis of two procedures, one of them with the recurrence of the ulcer who healed with conservative treatment. The authors consider this method as a very easy technique to perform, although rarely used, and a valid alternative in a highly selected group of patients.

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To determine the prevalence and aetiology of leg ulceration in a population of patients registered with five health centres within Lisbon, a study was undertaken to identify patients receiving care from community and hospital. Identification of patients was through health professionals, with a simple questionnaire completed for all patients identified who were registered with the five health centres. In 263 patients were identified in a population of 186,000 (total prevalence 1.41/1,000 population). The prevalence was similar between men and women (1.3 and 1.46/1,000, respectively). As expected this was highly age dependent, being most common in patients aged over 80 years (6.5 and 4.9/1,000, respectively). The ulceration was highly chronic in nature, with median ulceration of 18 months. Of the 240 with ulcer duration recorded, 158 (66%) had the present ulcer for longer than one year, and 40 (17%) for longer than five years. The cause of ulceration was unknown to the health professional treating the patient in 86 (33%) of the cases. Of those with a cause, most commonly this was venous (80%) with 10% mixed arterial/venous ulceration and 3% frank arterial disease. Most care was provided by community services, with 145 (55%) treated in health centres and 77 (29%) treated in the patient's home. The mean number of treatments per week was 3.0, with 21 (9%) of patients being seen on a daily basis. Most patients (80%) had seen a specialist doctor for their ulceration, most often a dermatologist (48%) and a vascular surgeon (33%). The prevalence of chronic leg ulceration is similar to other reported studies in western Europe, and indicates that approximately 14,000 patients suffer from leg ulceration at any one time in Portugal. This produces a high burden on both hospital and community services.

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As reacções cutâneas secundárias às drogas são frequentes (em 2 a 3% dos doentes hospitalizados); embora na maioria sem gravidade, num pequeno número de casos podem atingir elevada morbilidade e mortalidade. É por isso essencial o rápido reconhecimento das reacções mais graves, como por exemplo síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica ou síndrome de hipersensibilidade. Neste último as drogas mais frequentemente responsáveis são os antiepilépticos, sulfonamidas e alopurinol. Os síndromes de hipersensibilidade a fármacos assumem raramente características clínicas e sobretudo histológicas quase indistinguíveis dos verdadeiros linfomas cutâneos. Nestes casos a diferenciação entre estas duas entidades, embora difícil, é muito importante pelas naturais implicações terapêuticas. A este propósito os autores descrevem o caso clínico de um doente de 51 anos, com febre elevada de início abrupto e eritrodermia, em que o exame histológico das biópsias cutânea e ganglionar foi de linfoma cutâneo de células T com envolvimento ganglionar específico. Veio no entanto a apurar-se que o doente tinha sido medicado com alopurinol duas semanas antes do início da febre. As características clínico-laboratoriais e a evolução vieram a comprovar o diagnóstico de síndrome de hipersensibilidade ao alopurinol.

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Os autores apresentam um estudo retrospectivo dos doentes com Doença de Behçet observados num Serviço de Medicina Interna entre 1982 e 2000. Foram analisados 33 doentes, sendo 20 do sexo masculino e 13 do sexo feminino. A primeira manifestação surgiu, em média, aos 24 anos e a média de idades, na altura do diagnóstico, foi de 32 anos. Todos os doentes apresentaram na sua evolução aftose oral recorrente, surgindo aftose genital em 84,8%, patologia ocular em 81,8%, articular em 75,7%, cutânea em 69,6%, alterações do sistema nervoso central em 27,3%, gerais em 24,2%, vasculares em 21,2%, gastrintestinais em 18,1%, neuropatia periférica em 12,1% e vasculite em 3% dos doentes observados.

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Introdução: Em situações de hemorragia digestiva alta (H.D.A.), é frequente o achado, quando da realização de Endoscopia Digestiva Alta (E.D.A.), de uma quantidade significativa de sangue/coágulos no lúmen gástrico, impedindo a correcta observação da mucosa. Objectivos: Determinar o valor prognóstico deste achado endoscópico e a necessidade de realizar EDA de controlo. Material e métodos: Estudo retrospectivo de 100 doentes consecutivos submetidos a EDA por H.D.A., com conteúdo hemático no estômago (grupo A) e 100 nas mesmas condições mas sem este achado endoscópico (grupo B). Analisaram-se comparativamente as lesões identificadas e a presença de parâmetros clínicos, laboratoriais e endoscópicos de gravidade da hemorragia. Resultados: As lesões sangrantes mais frequentemente identificadas nos dois grupos foram as úlceras gástrica e duodenal; as lesões relacionadas com a hipertensão portal, foram em maior número no primeiro grupo. Neste, verificou-se também uma associação significativa com outros sinais endoscópicos de gravidade da hemorragia, assim como com os parâmetros de mau prognóstico, na evolução clínica. Ao realizar EDA de controlo identificaram-se novas lesões em 46% dos indivíduos do grupo A e 15% dos do grupo B. Conclusões: Ao realizar EDA por H.D.A., o achado de sangue/coágulos no estômago deve ser considerado um factor de mau prognóstico e implicar a realização de EDA de controlo.

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A pancreatite é uma patologia pouco frequente em Pediatria, com etiologia mais variada que no adulto, sendo as causas tumorais particularmente raras. Os autores apresentam o caso de um adolescente de 13 anos, previamente saudável, internado na Unidade de Cuidados Intensivos com os diagnósticos de pancreatite aguda, derrame pleural bilateral e ascite. Na avaliação imagiológica apareceram imagens sugestivas de processo infiltrativo da parede gástrica. A endoscopia digestiva alta mostrou tumor infiltrativo da mucosa gástrica e bulbo duodenal com úlcera gigante, com biópsias compatíveis com Linfoma de Burkitt, confirmado por citologia e citometria do líquido ascítico. Durante a evolução houve ainda necessidade de colocação de endoprótese biliar por colestase obstrutiva de agravamento progressivo. Após estadiamento (estádio III), iniciou o protocolo FAB LMB 96 obtendo remissão completa. A pancreatite aguda e a colestase são formas de apresentação raras de linfoma neste grupo etário.

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A amebíase é uma doença infecciosa com diferentes formas de apresentação. Trata-se de um doente de 32 anos, sexo masculino, raça caucasiana, natural e residente em Lisboa, admitido na consulta de Proctologia por rectorragias. O exame objectivo e a avaliação laboratorial não mostraram alterações. Na sigmoidoscopia observaram-se úlceras entre 3 e 5 mm na mucosa rectal e da sigmoideia com friabilidade. A histologia revelou: manutenção da arquitectura, sem depleção das células caliciformes, infiltrado inflamatório intenso, misto com muitos polimorfonucleares neutrófilos e agregados linfóides da lâmina própria, criptite e úlcera com exsudado necroinflamatório, identificando-se Entamoeba histolytica. Medicado com metronidazol com resolução clínica, endoscópica e histológica.

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O Sarcoma de Kaposi (SK) é uma neoplasia multifocal, de expressão predominantemente cutânea, mas que pode atingir órgãos viscerais. Estão descritas quatro variantes: o SK clássico, o endémico africano, o iatrogénico e o epidémico. Esta última variante surgiu com a associação deste tumor à SIDA e tomou proporções importantes, tanto pela sua frequência como pela expressão clínica disseminada com atingimento visceral marcado. Os homossexuais constituem o grupo de risco mais afectado e admitem-se várias hipóteses etiológicas para esta neoplasia. Existe uma correlação entre o grau de deficiência imunológica e a extensão da doença. O SK associado à SIDA apresenta envolvimento visceral em 50 a 70% dos casos. No entanto, o envolvimento visceral isolado é raro. Descrevem-se as expressões gastro-intestinal, pulmonar e cardíaca da doença, por serem os órgãos mais frequentemente atingidos. A terapêutica é meramente paliativa e pode ser local ou sistémica. O SK raramente é causa de morte, com excepção do envolvimento pulmonar, vindo o doente a falecer em consequência de infecções oportunistas.

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Diabetes mellitus (DM) is a global epidemic, and diabetic foot ulcer (DFU) is one of its most serious and costly complications. DFUs result from a complex interaction of a number of risk factors. Once the protective layer of skin is broken, deep tissues are exposed to bacterial infection that progresses rapidly. Patients with DFUs frequently require amputations of the lower limbs and, in more than half the cases, infection is the preponderant factor. Given the challenges of treating these complex infections, this paper aims to provide a hospital-based framework for the diagnosis and treatment of diabetic foot infections (DFIs). We propose a treatment-oriented assessment of DFIs based on a cross-examination of the medical, foot, and wound history; a systemized and detailed physical examination; and the results of complementary diagnostic procedures. We stress the need for a clinical diagnosis of DFIs and the importance of microbiological evaluation for antibiotic therapy guidance. Regarding treatment, we propose a multidisciplinary approach prioritizing invasive infection drainage, necrosis debridement, and the prompt start of empirical antibiotic therapy, followed by complete and appropriate vascular reconstruction. For severe DFIs, we suggest that negative pressure wound therapy (NPWT) be included in the treatment pathway. We also provide rules for managing particular situations, such as osteomyelitis. It is our hope that this protocol will improve the hospital management of DFIs and, ultimately, the prognosis of DFI patients.