Síndrome de Hipersensibilidade ao Alopurinol Simulando Linfoma Cutâneo


Autoria(s): Rodrigues, P; Fernandes, C; Machado, J; Cardoso, O; Pereira, F; Botelho, A; Afonso, A; Proença, R
Data(s)

26/08/2011

26/08/2011

1997

Resumo

As reacções cutâneas secundárias às drogas são frequentes (em 2 a 3% dos doentes hospitalizados); embora na maioria sem gravidade, num pequeno número de casos podem atingir elevada morbilidade e mortalidade. É por isso essencial o rápido reconhecimento das reacções mais graves, como por exemplo síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica ou síndrome de hipersensibilidade. Neste último as drogas mais frequentemente responsáveis são os antiepilépticos, sulfonamidas e alopurinol. Os síndromes de hipersensibilidade a fármacos assumem raramente características clínicas e sobretudo histológicas quase indistinguíveis dos verdadeiros linfomas cutâneos. Nestes casos a diferenciação entre estas duas entidades, embora difícil, é muito importante pelas naturais implicações terapêuticas. A este propósito os autores descrevem o caso clínico de um doente de 51 anos, com febre elevada de início abrupto e eritrodermia, em que o exame histológico das biópsias cutânea e ganglionar foi de linfoma cutâneo de células T com envolvimento ganglionar específico. Veio no entanto a apurar-se que o doente tinha sido medicado com alopurinol duas semanas antes do início da febre. As características clínico-laboratoriais e a evolução vieram a comprovar o diagnóstico de síndrome de hipersensibilidade ao alopurinol.

Identificador

Med Interna 1997; 4 (3): 182-186

http://hdl.handle.net/10400.17/332

Idioma(s)

por

Publicador

Sociedade Portuguesa de Medicina Interna

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Hipersensibilidade #Linfoma #Alopurinol
Tipo

article