59 resultados para Molecular
Resumo:
Quando um lquido evita a cristalizao durante o arrefecimento, diz-se que entra no estado sobrearrefecido. Se a temperatura continuar a diminuir, o consequente aumento da viscosidade reflecte-se na mobilidade molecular de tal maneira que os tempos caractersticos se tornam da mesma ordem de grandeza que os tempos acessveis experimentalmente. Se o arrefecimento continuar, o lquido altamente viscoso acaba por vitrificar, i.e. entra no estado vtreo onde apenas os movimentos locais so permitidos. Os monmeros da famlia n -etileno glicol dimetacrilato ( n -EGDMA, para n = 1 at 4, que constituem o objecto deste estudo, facilmente evitam a cristalizao, sendo pois bons candidatos para estudar a mobilidade molecular nos estados sobrearrefecido e vtreo. A Espectroscopia de Relaxao Dielctrica (DRS) foi a tcnica escolhida para obter informao detalhada sobre a sua dinmica molecular (Captulos 1 e 2). A primeira parte deste trabalho consistiu na caracterizao dielctrica dos processos de relaxao existentes acima e abaixo da temperatura de transio vtrea (g T ), a qual aumenta com o aumento do peso molecular (w M ), sendo este resultado confirmado por Calorimetria Diferencial de Varrimento (DSC). No que respeita ao processo cooperativo a , associado transio vtrea, e ao processo secundrio b, observa-se uma dependncia com w M , enquanto que o outro processo secundrio, g , aparenta ser independente deste factor (Captulo 3). Nos captulos seguintes, foram levadas a cabo diferentes estratgias com o objectivo de clarificar os mecanismos que esto na origem destas duas relaxaes secundrias (b e g ), assim como conhecer a sua respectiva relao com a relaxao principal (a ). Do estudo, em tempo real, da polimerizao isotrmica via radicais livres do TrEGDMA por Calorimetria de Varrimento Diferencial com Modulao de Temperatura (TMDSC), levado a cabo a temperaturas abaixo da g T do polmero final, concluem-se entre outros, dois importantes aspectos: i) que a vitrificao do polmero em formao conduz a graus de converso relativamente baixos, e ii) que o monmero que est por reagir expulso da rede polimrica que se forma, dando lugar a uma clara separao de fases (Captulo 4). Com base nesta informao, o passo seguinte foi estudar separadamente a polimerizao isotrmica do di-, tri- e tetra-EGDMA, dando especial ateno s alteraes de mobilidade do monmero ainda por reagir. Com as restries impostas pela formao de ligaes qumicas, as relaxaes a e b detectadas no monmero tendem a desaparecer no novo polmero formado, enquanto que a relaxao g se mantm quase inalterada. Os diferentes comportamentos que aparecem durante a polimerizao permitiram a atribuio da origem molecular dos processos secundrios: o processo g foi associado ao movimento twisting das unidades etileno glicol, enquanto que a rotao dos grupos carboxilo foi relacionada com a relaxao b (Captulo 5). No que respeita ao prprio polmero, um processo de relaxao adicional foi detectado, pol b , no poly-DEGDMA, poly-TrEGDMA e poly-TeEGDMA, com caractersticas similares ao encontrado nos poli(metacrilato de n -alquilo). Este processo foi confirmado e bem caracterizado aquando do estudo da copolimerizao do TrEGDMA com acrilato de metilo (MA) para diferentes composies (Captulo 6). Para finalizar, o EGDMA, o elemento mais pequeno da famlia de monmeros estudada, alm de vitrificar apresenta uma marcada tendncia para cristalizar quer a partir do estado lquido ou do estado vtreo. Durante a cristalizao, a formao de uma fase rgida afecta principalmente o processo a , cuja intensidade diminui sem no entanto se observarem modificaes significativas na dependncia do tempo de relaxao caracterstico com a temperatura. Por outro lado, o processo secundrio b torna-se melhor definido e mais estreito, o que pode ser interpretado em termos de uma maior homogeneidade dos micro-ambientes associados aos movimentos locais(Captulo 7).
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Dissertation presented to obtain a Ph.D. degree in Biology, speciality Microbiology, by Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Cincias e Tecnologia
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Dissertao apresentada para a obteno do Grau de Mestre em Gentica Molecular e Biomedicina, pela Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Cincias e Tecnologia
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Dissertation presented to obtain a Ph.D. Degree in Chemical Physics
Resumo:
Applied and Environmental Microbiology, Vol. 73, No.4
Resumo:
Parasitologia mdica
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RESUMO A Leptospirose uma zoonose re-emergente causada por espiroquetdeos patognicos do gnero Leptospira. Em Portugal, reconhecida, desde 1931, como uma importante doena infecciosa humana, cuja notificao obrigatria desde 1986 para todos os serovares. Porm, devido ao acentuado polimorfismo clnico e dificuldade de um diagnstico laboratorial especializado, esta patologia nem sempre confirmada. Com efeito, o isolamento do agente difcil e o mtodo convencional de diagnstico, baseado no teste serolgico de referncia TAM (Teste de Aglutinao Microscpica), no muito sensvel na primeira semana da doena. Assim, foram trs os principais objectivos desta dissertao: actualizar o padro epidemiolgico da Leptospirose, aps uma extensa reviso bibliogrfica da doena (Captulos 1 e 2); esclarecer os aspectos imunolgicos relacionados com os marcadores antignicos que mais influenciam a regulao da resposta humoral na infeco humana, em particular, em rea endmica (Captulo 3); e, por ltimo, promover a identificao molecular de alguns isolados de Leptospira, avaliar o respectivo poder patognico no modelo murino e contribuir para o diagnstico precoce da doena humana (Captulo 4). O primeiro dos temas investigados, com base no estudo retrospectivo de uma larga srie de 4.618 doentes sintomticos analisados representa uma caracterizao nica da epidemiologia da Leptospirose, em particular, na Regio Centro do Pas, e nas ilhas de So Miguel e Terceira (Aores), nos ltimos 18 e 12 anos, respectivamente. Foram confirmados 1.024 (22%) casos, com uma distribuio mdia de 57 casos/ano, sendo a maior frequncia no sexo masculino (67%). As reas analisadas corresponderam maioria das notificaes em Portugal, com uma taxa de incidncia mdia anual nas ilhas muito superior registada no continente (11,1 vs 1,7/100.000 habitantes, respectivamente). Os adultos em idade activa (25-54 anos) foram os mais afectados, nos meses de Dezembro e Janeiro. A doena foi causada por serovares de nove serogrupos presuntivos de Leptospira interrogans sensu lato, com predomnio de Icterohaemorrhagiae, Pomona e Ballum, em cerca de 66% dos casos. A seropositividade da Leptospirose esteve associada s formas anictrica e ictrica da doena, sendo evidente uma elevada sub-notificao ( 20 casos/ano). Foram detectados e analisados os diversos factores de risco, verificando-se um risco elevado de transmisso em reas geogrficas onde a circulao dos agentes zoonticos se processa em ciclos silvticos e/ou domsticos bem estabelecidos. Este estudo confirma que a incidncia da Leptospirose em Portugal tem aumentado nos ltimos anos, particularmente, nos Aores, onde a seropositividade elevada e a ocorrncia de casos fatais confirmam esta patologia como um problema emergente de Sade Pblica. No mbito do Captulo 3, investigaram-se os aspectos imunolgicos da Leptospirose humana na Aspectos da caracterizao antignica e molecular da Leptospirose em reas endmicas Regio Centro e nas ilhas de So Miguel e Terceira, caracterizando as protenas e os lipopolissacridos (LPS) envolvidos durante as fases aguda (estdio nico) e tardia da doena (trs estdios), atravs do follow-up serolgico de 240 doentes com confirmao clnica e laboratorial de Leptospirose. Foram includos no estudo 463 soros, 320 (69%) dos quais, obtidos durante a fase de convalescena (at 6 anos aps o incio dos sintomas). Soros de dadores de sangue (n=200) e de doentes com outras patologias infecciosas (n=60) foram usados como controlos. As amostras foram testadas pela tcnica de Western Blot com lisados de oito estirpes patognicas pertencentes aos serogrupos mais prevalentes. O reconhecimento dos antignios leptospricos, nos quatro estdios evolutivos, resultou da deteco de reactividade especfica anti-IgM e anti IgG, nos diferentes immunoblots. Detectaram-se cinco protenas major (45, 35, 32, 25 e 22 kDa) comuns a todos os serovares. Os soros estudados com as estirpes dos serogrupos homlogos, previamente identificados pela TAM, reagiram contra as protenas de 45, 32 e 22 kDa, conhecidas como LipL45, LipL32 e LpL21, respectivamente, sendo estes, os antignios imunodominantes durante o perodo estudado, nas duas regies geogrficas. Os doentes aorianos mostraram, ainda, uma reactividade elevada contra os LPS, cujo significado discutido face aos resultados negativos dos soros controlo para os marcadores referidos. Esta investigao indica, pela primeira vez, uma forte persistncia da resposta humoral e o importante papel protector da LipL45, Lip32 e LipL21, anos aps o incio dos sintomas. Por ltimo, procedeu-se identificao de estirpes Portuguesas, isoladas de murinos e de um caso humano fatal (L. inadai), numa perspectiva polifsica de interveno. Utilizaram-se trs testes fenotpicos (testes de crescimento sob diferentes temperaturas e na presena de 8-azaguanina, a par de um teste de alterao morfolgica induzida pela adio de NaCl 1M). Paralelamente, efectuaram-se ensaios de amplificao do gene rrs (16S ARNr) de Leptospira spp por PCR (Polymerase Chain Reaction), utilizando um par de primers universais (331 pb) e um segundo par, que apenas amplifica o gene secY (285 pb) de estirpes patognicas, para definio da identidade dos isolados em estudo. Da integrao dos resultados obtidos, confirmou-se que estes ocupam uma posio taxonmica intermdia entre as leptospiras saprfitas e as patognicas. Desenvolveu-se, ainda, uma investigao (complementar) in vivo do carcter taxonmico intermdio do referido isolado humano, por cultura e amplificao do respectivo ADN de tecidos de hamsters inoculados para o efeito. Esta metodologia molecular foi posteriormente utilizada, com sucesso, no diagnstico precoce de doentes com Leptospirose, sendo uma mais-valia na confirmao laboratorial de infeco por Leptospira, na ausncia de anticorpos especficos na fase inicial da doena.
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RESUMO A Leptospirose uma zoonose re-emergente causada por espiroquetdeos patognicos do gnero Leptospira. Em Portugal, reconhecida, desde 1931, como uma importante doena infecciosa humana, cuja notificao obrigatria desde 1986 para todos os serovares. Porm, devido ao acentuado polimorfismo clnico e dificuldade de um diagnstico laboratorial especializado, esta patologia nem sempre confirmada. Com efeito, o isolamento do agente difcil e o mtodo convencional de diagnstico, baseado no teste serolgico de referncia TAM (Teste de Aglutinao Microscpica), no muito sensvel na primeira semana da doena. Assim, foram trs os principais objectivos desta dissertao: actualizar o padro epidemiolgico da Leptospirose, aps uma extensa reviso bibliogrfica da doena (Captulos 1 e 2); esclarecer os aspectos imunolgicos relacionados com os marcadores antignicos que mais influenciam a regulao da resposta humoral na infeco humana, em particular, em rea endmica (Captulo 3); e, por ltimo, promover a identificao molecular de alguns isolados de Leptospira, avaliar o respectivo poder patognico no modelo murino e contribuir para o diagnstico precoce da doena humana (Captulo 4). O primeiro dos temas investigados, com base no estudo retrospectivo de uma larga srie de 4.618 doentes sintomticos analisados representa uma caracterizao nica da epidemiologia da Leptospirose, em particular, na Regio Centro do Pas, e nas ilhas de So Miguel e Terceira (Aores), nos ltimos 18 e 12 anos, respectivamente. Foram confirmados 1.024 (22%) casos, com uma distribuio mdia de 57 casos/ano, sendo a maior frequncia no sexo masculino (67%). As reas analisadas corresponderam maioria das notificaes em Portugal, com uma taxa de incidncia mdia anual nas ilhas muito superior registada no continente (11,1 vs 1,7/100.000 habitantes, respectivamente). Os adultos em idade activa (25-54 anos) foram os mais afectados, nos meses de Dezembro e Janeiro. A doena foi causada por serovares de nove serogrupos presuntivos de Leptospira interrogans sensu lato, com predomnio de Icterohaemorrhagiae, Pomona e Ballum, em cerca de 66% dos casos. A seropositividade da Leptospirose esteve associada s formas anictrica e ictrica da doena, sendo evidente uma elevada sub-notificao ( 20 casos/ano). Foram detectados e analisados os diversos factores de risco, verificando-se um risco elevado de transmisso em reas geogrficas onde a circulao dos agentes zoonticos se processa em ciclos silvticos e/ou domsticos bem estabelecidos. Este estudo confirma que a incidncia da Leptospirose em Portugal tem aumentado nos ltimos anos, particularmente, nos Aores, onde a seropositividade elevada e a ocorrncia de casos fatais confirmam esta patologia como um problema emergente de Sade Pblica. No mbito do Captulo 3, investigaram-se os aspectos imunolgicos da Leptospirose humana na Aspectos da caracterizao antignica e molecular da Leptospirose em reas endmicas Regio Centro e nas ilhas de So Miguel e Terceira, caracterizando as protenas e os lipopolissacridos (LPS) envolvidos durante as fases aguda (estdio nico) e tardia da doena (trs estdios), atravs do follow-up serolgico de 240 doentes com confirmao clnica e laboratorial de Leptospirose. Foram includos no estudo 463 soros, 320 (69%) dos quais, obtidos durante a fase de convalescena (at 6 anos aps o incio dos sintomas). Soros de dadores de sangue (n=200) e de doentes com outras patologias infecciosas (n=60) foram usados como controlos. As amostras foram testadas pela tcnica de Western Blot com lisados de oito estirpes patognicas pertencentes aos serogrupos mais prevalentes. O reconhecimento dos antignios leptospricos, nos quatro estdios evolutivos, resultou da deteco de reactividade especfica anti-IgM e anti IgG, nos diferentes immunoblots. Detectaram-se cinco protenas major (45, 35, 32, 25 e 22 kDa) comuns a todos os serovares. Os soros estudados com as estirpes dos serogrupos homlogos, previamente identificados pela TAM, reagiram contra as protenas de 45, 32 e 22 kDa, conhecidas como LipL45, LipL32 e LpL21, respectivamente, sendo estes, os antignios imunodominantes durante o perodo estudado, nas duas regies geogrficas. Os doentes aorianos mostraram, ainda, uma reactividade elevada contra os LPS, cujo significado discutido face aos resultados negativos dos soros controlo para os marcadores referidos. Esta investigao indica, pela primeira vez, uma forte persistncia da resposta humoral e o importante papel protector da LipL45, Lip32 e LipL21, anos aps o incio dos sintomas. Por ltimo, procedeu-se identificao de estirpes Portuguesas, isoladas de murinos e de um caso humano fatal (L. inadai), numa perspectiva polifsica de interveno. Utilizaram-se trs testes fenotpicos (testes de crescimento sob diferentes temperaturas e na presena de 8-azaguanina, a par de um teste de alterao morfolgica induzida pela adio de NaCl 1M). Paralelamente, efectuaram-se ensaios de amplificao do gene rrs (16S ARNr) de Leptospira spp por PCR (Polymerase Chain Reaction), utilizando um par de primers universais (331 pb) e um segundo par, que apenas amplifica o gene secY (285 pb) de estirpes patognicas, para definio da identidade dos isolados em estudo. Da integrao dos resultados obtidos, confirmou-se que estes ocupam uma posio taxonmica intermdia entre as leptospiras saprfitas e as patognicas. Desenvolveu-se, ainda, uma investigao (complementar) in vivo do carcter taxonmico intermdio do referido isolado humano, por cultura e amplificao do respectivo ADN de tecidos de hamsters inoculados para o efeito. Esta metodologia molecular foi posteriormente utilizada, com sucesso, no diagnstico precoce de doentes com Leptospirose, sendo uma mais-valia na confirmao laboratorial de infeco por Leptospira, na ausncia de anticorpos especficos na fase inicial da doena.
Resumo:
Dissertao apresentada na Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obteno do grau de Mestre em Conservao e Restauro
Resumo:
Resumo Onicomicose ou infeco fngica das unhas das mos ou dos ps pode ser provocada por fungos que invadem primariamente a lmina ungueal saudvel. Embora existam outros agentes, como por exemplo bactrias, que podem causar infeces ungueais, as infeces causadas por fungos so mais frequentes e so consideradas uma das principais onicopatias do homem. Os efeitos psicolgicos e emocionais que resultam dos aspectos clnicos da onicomicose podem ser marcantes e ter um impacto significativo na qualidade de vida dos portadores. uma doena com grande potencial crnico associada a uma sria dificuldade teraputica, sendo estes os principais factores agravantes do seu prognstico. Conforme a extenso do comprometimento e a poro da unha envolvida na onicomicose, a infeco causada por fungos pode ser classificada em 5 tipos: onicomicose subungueal distal e lateral, onicomicose superficial leitosa, onicomicose subungueal proximal, onicomicose com distrofia total e onicomicose por candidose. So causadas por diferentes agentes etiolgicos sendo que os mais comuns so os fungos dermatfitos (80 a 90%), seguidos pelas leveduras (5 a 17%) e fungos filamentosos no dermatfitos (2 a 12%). Neste trabalho foram estudadas 54 amostras recolhidas de unhas de doentes com hiptese clnica de onicomicose, das quais 25,93% (14/54) pertenciam a indivduos do sexo masculino e 74,07% (40/54) a indivduos do sexo feminino. As tcnicas convencionais de diagnstico so morosas e muitas vezes de difcil caracterizao a nvel fenotipico, o que condiciona grandemente a implementao da teraputica adequada. O presente trabalho teve como principal objectivo a aquisio de conhecimentos que permitissem um correcto diagnstico micolgico das onicomicoses, atravs do isolamento e identificao das espcies de fungos causadoras de infeco. De uma forma global, consistiu inicialmente no isolamento e posteriormente na identificao dos agentes etiolgicos de onicomicoses, utilizando para tal metodologias convencionais e moleculares. Foi realizado o diagnstico laboratorial baseado no exame directo e na cultura de fragmentos de unhas provenientes de doentes com infeco. Paralelamente, foi extrado o DNA fngico das mesmas amostras clnicas que, aps amplificao da regio ITS dos genes ribossmicos foi utilizado para confirmao e comparao dos resultados. Foi igualmente estudada a ocorrncia de fungos no dermatfitos responsveis por onicomicose. Os mtodos moleculares de diagnstico podem no s constituir uma alternativa mais rpida de diagnstico micolgico como tambm, por serem mais sensveis, permitir a deteco de espcies que, por serem de crescimento fastidioso, no se desenvolvem em cultura.
Resumo:
Onicomicose ou infeco fngica das unhas das mos ou dos ps pode ser provocada por fungos que invadem primariamente a lmina ungueal saudvel. Embora existam outros agentes, como por exemplo bactrias, que podem causar infeces ungueais, as infeces causadas por fungos so mais frequentes e so consideradas uma das principais onicopatias do homem. Os efeitos psicolgicos e emocionais que resultam dos aspectos clnicos da onicomicose podem ser marcantes e ter um impacto significativo na qualidade de vida dos portadores. uma doena com grande potencial crnico associada a uma sria dificuldade teraputica, sendo estes os principais factores agravantes do seu prognstico. Conforme a extenso do comprometimento e a poro da unha envolvida na onicomicose, a infeco causada por fungos pode ser classificada em 5 tipos: onicomicose subungueal distal e lateral, onicomicose superficial leitosa, onicomicose subungueal proximal, onicomicose com distrofia total e onicomicose por candidose. So causadas por diferentes agentes etiolgicos sendo que os mais comuns so os fungos dermatfitos (80 a 90%), seguidos pelas leveduras (5 a 17%) e fungos filamentosos no dermatfitos (2 a 12%). Neste trabalho foram estudadas 54 amostras recolhidas de unhas de doentes com hiptese clnica de onicomicose, das quais 25,93% (14/54) pertenciam a indivduos do sexo masculino e 74,07% (40/54) a indivduos do sexo feminino. As tcnicas convencionais de diagnstico so morosas e muitas vezes de difcil caracterizao a nvel fenotipico, o que condiciona grandemente a implementao da teraputica adequada. O presente trabalho teve como principal objectivo a aquisio de conhecimentos que permitissem um correcto diagnstico micolgico das onicomicoses, atravs do isolamento e identificao das espcies de fungos causadoras de infeco. De uma forma global, consistiu inicialmente no isolamento e posteriormente na identificao dos agentes etiolgicos de onicomicoses, utilizando para tal metodologias convencionais e moleculares. Foi realizado o diagnstico laboratorial baseado no exame directo e na cultura de fragmentos de unhas provenientes de doentes com infeco. Paralelamente, foi extrado o DNA fngico das mesmas amostras clnicas que, aps amplificao da regio ITS dos genes ribossmicos foi utilizado para confirmao e comparao dos resultados. Foi igualmente estudada a ocorrncia de fungos no dermatfitos responsveis por onicomicose. Os mtodos moleculares de diagnstico podem no s constituir uma alternativa mais rpida de diagnstico micolgico como tambm, por serem mais sensveis, permitir a deteco de espcies que, por serem de crescimento fastidioso, no se desenvolvem em cultura.
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As leveduras so fungos oportunistas responsveis pela maior parte das infeces fngicas nos seres humanos. Este tipo de infeces mais comum em indivduos com o sistema imunitrio comprometido e tm vindo a aumentar ao longo dos anos. A espcie Candida albicans a mais frequentemente identificada, como sendo responsvel por este tipo de infeces, no entanto, o nmero de infeces provocadas por outras espcies do gnero Candida ocorre cada vez com mais frequncia. As infeces hospitalares fngicas constituem uma causa crescente de morbilidade e mortalidade em hospitais, afectando tanto doentes internados, como profissionais de sade. Do ponto de vista etiolgico, a grande maioria das infeces fngicas hospitalares causada por espcies do gnero Candida, principalmente Candida albicans, C. parapsilosis, C. tropicalis e C.glabrata. A sua identificao taxonmica, geralmente exige o seu isolamento inicial em meios de cultura, a realizao de provas bioqumicas de assimilao in vitro, com a utilizao de kits comerciais, ou a sua repicagem para meios cromognios. O principal objectivo deste trabalho foi a identificao rpida e eficaz de candidoses invasivas atravs de uma metodologia molecular de diagnstico que fosse simples e fcil de implementar em laboratrios de diagnstico microbiolgico. Para tal, foram seleccionados 100 isolados clnicos de leveduras obtidas a partir de amostras clnicas enviadas para o Laboratrio de Patologia Clnica do Centro Hospitalar Cova da Beira E.P.E. para o diagnstico laboratorial de infeco fngica durante um perodo de 8 meses, desde Novembro de 2008 at Junho de 2009. O trabalho baseou-se na identificao molecular por PCR-RFLP de espcies do gnero Candida, e os resultados foram comparados com os obtidos pelos mtodos de diagnstico tradicionais (CHROMagar Candida e VITEK - bioMrieux) utilizados no laboratrio hospitalar. Foi ainda efectuado o estudo da sensibilidade in vitro de espcies do gnero Candida aos antifngicos fluconazol, voriconazol, atravs dos mtodos, de difuso em disco e E-Test, segundo os procedimentos padronizados e publicados pelo CLSI, tendo-se verificado elevada sensibilidade dos isolados para ambos os frmacos. Com este trabalho concluiu-se que a eficiente e rpida identificao dos fungos clinicamente relevantes por parte dos laboratrios de patologia clnica deve ser uma tarefa fundamental para o controle das infeces. A identificao ao nvel da espcie importante para determinar a etiologia da infeco, para detectar novos agentes da doena, para prever resistncias intrnsecas a agentes antifngicos e para detectar causas de infeces nosocomiais. Face ao exposto, os estudos epidemiolgicos so de extrema importncia, assim como o diagnstico das infeces fngicas. O diagnstico das infeces fngicas continua a ser efectuado por mtodos tradicionais, que avaliam caractersticas fisiolgicas e bioqumicas dos elementos fngicos, mas que apesar de serem eficazes so, na sua maioria, demoradas impedindo um incio rpido e atempado da teraputica. Como tal, os mtodos moleculares podem constituir uma alternativa mais vivel ao diagnstico micolgico, nomeadamente de leveduras do gnero Candida, como se pode comprovar pelos resultados obtidos neste trabalho.
Resumo:
As micoses esto includas entre as doenas infecciosas mais ubquas em todo o mundo, afectando todos os estratos sociais e todos os grupos etrios numa variedade de manifestaes superficiais, cutneas, subcutneas e sistmicas. Um diagnstico rpido e eficaz destas doenas, com uma correcta identificao da espcie fngica responsvel pela infeco, essencial para um planeamento do tratamento mais eficaz para o doente infectado. Tem-se registado um aumento da incidncia das infeces fngicas tambm em consequncia do aumento do nmero de casos de doentes imunodeprimidos, devido particularmente crescente utilizao de teraputicas imunossupressivas, procedimentos mdicos invasivos, prescrio de tratamentos prolongados, entre outros aspectos. O aparecimento da epidemia da Imunodeficincia Humana no incio da dcada de 80, causada pelo vrus VIH, contribuiu tambm decisivamente para o aumento das infeces fngicas oportunistas. A Criptococose uma infeco fngica, predominantemente oportunista e com uma distribuio epidemiolgica mundial, causada por leveduras encapsuladas do gnero Cryptococcus. A espcie clinicamente mais relevante Cryptococcus neoformans, cujas estirpes tm sido tradicionalmente classificadas em cinco serotipos relacionados com os antignios da respectiva cpsula polissacrida: A (C. neoformans var. grubii); D (C. neoformans var. neoformans); B e C (actualmente reconhecidos como uma espcie distinta mas filogeneticamente prxima, C. gattii); e AD (estirpes hbridas). O presente trabalho teve como principal objectivo determinar retrospectivamente os tipos moleculares de uma coleco alargada de estirpes de C. neoformans, isoladas e mantidas durante os ltimos 18 anos no Laboratrio de Micologia do IHMT/UNL. A maioria das estirpes foi isolada de doentes imunodeprimidos com criptococose, existindo tambm algumas estirpes de origem ambiental. Foi utilizada a tcnica de PCR-RFLP do gene URA5 para diferenciar as estirpes de Cryptococcus neoformans, tendo sido detectados quatro tipos moleculares: VN1 e VN2 (relacionados com C. neoformans var. grubii, serotipo A); VN3 (relacionado com as estirpes hbridas de serotipo AD); e VN4 (relacionado com C. neoformans var. neoformans, serotipo D). No foram encontrados entre os isolados de origem clnica perfis de restrio correspondentes aos tipos moleculares VG1, VG2, VG3 e VG4 (relacionados com C. gattii, serotipos B e C). O tipo molecular VN1 foi o mais abundante entre os isolados de origem clnica (45% dos isolados), seguindo-se o grupo de estirpes hbridas do tipo molecular VN3 (31%). Os tipos moleculares menos abundantes entre os isolados foram o VN2 (12%) e VN4 (12%). A estandardizao do mtodo de tipagem molecular utilizado neste trabalho permite comparar os resultados obtidos com os de outros estudos epidemiolgicos semelhantes, realizados noutras regies do globo e publicados em anos recentes, contribuindo para um conhecimento melhorado da epidemiologia global deste importante fungo patognico. Em Portugal obteve-se uma percentagem mais elevada de isolados dos grupos moleculares VN1 e VN3 em relao a outros pases da Europa e Amrica Latina, em que os tipos mais abundantes so VN1 e VN2. Nestas mesmas regies, o tipo molecular VN4, relacionado com as estirpes de C. neoformans var. neoformans do serotipo D, muito raro. Esta variedade mais comum em zonas mediterrneas e est muito associada a casos clnicos de infeces cutneas associadas a infeces do Sistema Nervoso Central. Este tipo molecular parece ser tambm significativamente mais abundante no nosso pas.
Resumo:
Dissertao apresentada para obteno do Grau de Doutor em Engenharia Biolgica especialidade Engenharia Gentica, pela Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Cincias e Tecnologia
Resumo:
Dissertao apresentada para a obteno do Grau de Doutor em Engenharia de Materiais, especialidade de Materiais Polimricos, pela Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Cincias e Tecnologia.