38 resultados para Crianças Doenças - Teses
Resumo:
As doenças tropicais negligenciadas persistem exclusivamente em populaes de baixa renda e marginalizadas, sendo esquecidos os progressos necessrios para a sua preveno, eliminao e erradicao. A lista destas doenças extensa, na qual est includa a doena parasitria intestinal com origem em agentes infecciosos como os protozrios e os helmintas. De distribuio mundial, estas infeces ocorrem frequentemente em regies quentes, hmidas e desprovidas de saneamento bsico, afectando particularmente crianças e adultos jovens, devido sua susceptibilidade e exposio. As infeces causadas por parasitas intestinais so muitas vezes assintomticas ou com predomnio de sintomas inespecficos, e dependendo da carga parasitria e do estado nutricional das crianças podem contribuir para o atraso de crescimento, dfice ponderal e dificuldade de aprendizagem. Neste contexto, foi realizado um estudo para determinar a prevelncia de parasitoses intestinais nas crianças em idade escolar e os conhecimentos, atitudes e prticas dos seus encarregados de educao, na Ilha do Fogo, Cabo Verde. A amostra abrangeu 200 crianças em idade escolar, sendo 41,7% do sexo masculino e 58,3% do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos. Foi observada uma amostra de fezes por cada indivduo, tendo sido utilizadas as tcnicas de laboratrio de observao directa e a tcnica de concentrao de Ritchie, ambas com colorao de lugol. s crianças do estudo foram tambm avaliadas as variveis antropomtricas, idade, estatura e peso. Aos encarregados de educao das crianças foi aplicado um questionrio para identificao dos conhecimentos, atitudes e prticas relativamente infeco por parasitas intestinais. Foram observados parasitas intestinais em 51,8% das crianças. Das sete espcies de parasitas intestinais encontradas as mais frequentes foram a Entamoeba coli e Entamoeba histolytica/dispar, seguindo-se a Giardia intestinalis e Enterobius vermicularis e, por fim Iodomoeba buetschlii, Hymenolepis nana e Ascaris lumbricides. A associao parasitria mais frequentemente encontrada verificou-se entre as espcies Entamoeba coli e Entamoeba histolytica/dispar. Cinquenta por cento das crianças apresentavam um estado de malnutrio aguda, 14,87% um estado de malnutrio crnica e 28,40% um estado de malnutrio global. Os conhecimentos, atitudes e prticas de preveno de infeces parasitrias intestinais por parte dos encarregados de educao, revelaram algumas deficincias. A procura de diferenas/associaes entre a varivel Estar parasitado e outras variveis em estudo, permitiu concluir que as crianças parasitadas viviam em habitaes com menor nmero de quartos, no tinham o hbito de lavar sempre as mos depois de defecar, no bebiam gua desinfectada na escola, e no tinham casa de banho na habitao. Consideramos trs actores locais como indispensveis na implementao das medidas de controlo das parasitoses intestinais na Ilha do Fogo: as delegacias de sade, as delegaes de educao e as autarquias dos trs concelhos (S.Filipe, Santa Catarina e Mosteiros). Como grupos alvo e beneficirios directos da interveno propomos a comunidade escolar (alunos, encarregados de educao, gestores, professores e cozinheiras) e os profissionais de sade (mdicos, enfermeiros, agentes sanitrios e tcnicos de laboratrio). Como intervenes gerais definimos a formao, a educao para a sade, a desparasitao regular, os rastreios, o diagnstico e tratamento precoce, a melhoria do saneamento e da higiene.
Resumo:
Nesta nova era da Globalizao e da urbanizao, em que as fronteiras se abrem ao mundo, pessoas e bens circulam, costumes e tradies so partilhados, os pases em desenvolvimento comeam a ver a sua realidade alterada. Esta , simultaneamente, uma realidade dos pases desenvolvidos. A transio nutricional surge e com ela as alteraes dos comportamentos e atitudes alimentares da populao. Como consequncia directa, mas no imediata de todo este processo, emergem as doenças crnicas, associadas a uma modificao do perfil de sade das pessoas excesso de peso e obesidade na populao adulta, e tambm nas crianças e adolescentes. Este processo revela-nos um variado espectro de padres socioeconmicos e demogrficos que produzem rpidas mudanas na dieta, no comportamento alimentar e na actividade fsica nas mais variadas regies do globo. Estas alteraes tm consequncias e impactos positivos e negativos no s a nvel dos prprios pases, mas tambm, a nvel do estado de sade das populaes. Cabo Verde surge neste contexto por ser um pas do continente africano que se distingue de todos os outros PALOPs pelos sinais mais fortes de transio nutricional e em sade que tem vindo a revelar; pela transio epidemiolgica que tem vindo a passar; pelo forte histrico que tm com os processos de emigrao, nomeadamente para pases como os Estados Unidos da Amrica (USA) e Portugal; e por ser um ponto estratgico politicamente estvel com fortes e variadas relaes externas. A Ilha do Fogo emerge em todo o arquiplago como a ilha mais rural de todas mas tambm como a mais jovem. Se no meio urbano o processo de transio nutricional j visvel em outros pases, como ser em Cabo Verde, mas num meio urbano menor? Este estudo teve como objectivos determinar o estado nutricional das crianças com idades entre os 6 e os 14 anos, que frequentam o EBI nas zonas Urbanas de So Filipe, Cova Figueira e Mosteiros, da Ilha do Fogo em Cabo Verde; e compreender as percepes das alteraes dos comportamentos e dos hbitos alimentares dos encarregados de educao de crianças e adolescentes escolares destas mesmas crianças e adolescentes. Foram utilizadas duas componentes metodolgicas distintas, mas que se complementam: uma quantitativa atravs da qual se realizou a avaliao dos parmetros antropomtricos de 300 crianças e adolescentes, e foi aplicado um recordatrio sobre a sua ingesto alimentar nas ltimas 24h; e uma outra qualitativa, onde foram feitas entrevistas semi-estruturadas a 13 encarregados de educao dessas mesmas crianças e adolescentes, para recolher as suas percepes de como que o desenvolvimento e a urbanizao esto a influenciar os hbitos alimentares nos seus agregados familiares. Os resultados obtidos mostram que no h consenso nas respostas dadas pelos encarregados de educao. O grupo de entrevistados divide-se em dois subgrupos os que por um lado defendem de uma forma bastante forte os hbitos e os comportamentos tradicionais, e os que j aceitam e vivem com as alteraes resultantes da influncia dos processos de globalizao e urbanizao. Apesar de estar ainda numa fase muito inicial da sua transio em sade, e de ser um meio pequeno e mais rural, a ilha do Fogo em Cabo Verde apresenta j alguns indcios de que o processo est j instalado e que agora uma questo de tempo at que tudo se comece a desenrolar. Os recordatrios sobre ingesto alimentar nas ltimas 24h aplicado s crianças e adolescentes revelam que os hbitos alimentares variam consoante o lugar de acesso, a forma de acesso, o ter dinheiro e a presena dos encarregados de educao. A avaliao do perfil antropomtrico demonstra que todos os parmetros da avaliao encontrados se enquadram no que definido pela Organizao Mundial de Sade (OMS) e pelo National Center for Health Statistics (NCHS) como valores normais. Valores antropomtricos mdios encontrados para o sexo feminino so sempre ligeiramente superiores aos encontrados para o sexo masculino. Assim sendo possvel afirmar que, mesmo num meio rural como a ilha do Fogo em Cabo Verde, notria alguma influncia dos processos de globalizao e urbanizao na alterao dos comportamentos alimentares das pessoas. E embora isso ainda no se manifeste no perfil antropomtrico das crianças e adolescentes avaliados, provvel que o processo de transio nutricional no possa ser parado dado que as pessoas manifestam alguma disponibilidade para acolher a novidade e os produtos importados que lhes so oferecidos. Inverter este ciclo poder ser uma misso impossvel, tanto mais que o modo de vida urbano se beneficia da maior disponibilidade e variedade de alimentos. No entanto, se forem tomadas medidas nacionais e internacionais, com a definio de polticas pblicas na rea da sade, educao, economia, e comrcio, com uma perspectiva de sade pblica de partilha e de cooperao intersectorial e multidisciplinar, ser possvel minimizar os efeitos e as consequncias destes dois processos na alterao dos comportamentos alimentares da populao foguense.
Resumo:
PLAVRAS CHAVE: Tinea capitis, colheita de amostras, diagnstico laboratorial, questionrio, estratgias de interveno Os fungos dermatfitos esto entre os mais disseminados e prevalentes das doenças causadas por fungos, afectam milhes de pessoas em todas as partes do mundo. A tinea capitis a infeco fngica mais comum na idade peditrica, contagiosa, havendo aumento do risco de infeco quando existe partilha de objectos e poucos cuidados de higiene. uma infeco que afecta essencialmente crianças e pr-adolescentes, sendo que estes apresentam mais susceptibilidade e exposio infeco. uma infeco com distribuio mundial, sendo muito comum em frica. Anteriormente as reas endmicas estavam mais definidas, mas com o aumento das viagens inter-continentais e da imigrao novas doenças tm-se expandido nos pases de acolhimento, da o aumento da prevalncia desta infeco nos pases Europeus. Para alm de ser uma doena com um impacto social marcado, levando as crianças restrio de actividades sociais, como a ida escola e todas as consequncias que da advm, como por exemplo a excluso. Perante esta situao, realizou-se um estudo de forma a identificar a prevalncia da tinea capitis em crianças com idades entre os 1-14 anos no Bairro de Santa Filomena, Concelho da Amadora, Portugal, e os conhecimentos (definio, diagnstico e tratamento) dos encarregados de educao/responsveis pela criana sobre a doena, para se poderem traar estratgias de interveno. A populao era composta por 127 crianças, que frequentavam a Associao da Encosta Nascente e o Centro de Catequese leccionado no Bairro de Santa Filomena, sendo 44,9% do Sexo Masculino e 55,1% do sexo Feminino, com idades pr-escolar e escolar. Utilizaram-se trs tcnicas de diagnstico, observao clnica, microscopia e exame cultural. As amostras do couro cabeludo das crianças foram analisadas no Laboratrio de Micologia do Instituto de Higiene e Medicina Tropical. A prevalncia de crianças com doena activa foi de 17,3% e de portadoras 19,7%. Foram identificados dois agentes etiolgicas, Microsporum audouinii e o Tricophyton soudanense (fungos de origem Africana). Aos encarregados de educao/responsveis pelas crianças aplicou-se um questionrio sobre aspectos relacionados com a infeco por tinea capitis. Os respondentes mostraram poucos conhecimentos, alguns at incorrectos. Tendo em vista o controlo da infeco, necessrio envolver vrios parceiros, como os Centros de Sade e Centros de Educao (Creches /Escolas/Catequese), para alm dos encarregados de educao, intervindo na sua formao com Sesses de Educao, rastreios, diagnstico e tratamento, medidas preventivas e melhorias das condies de higiene pessoal e ambiental.
Resumo:
Nesta nova era da Globalizao e da urbanizao, em que as fronteiras se abrem ao mundo, pessoas e bens circulam, costumes e tradies so partilhados, os pases em desenvolvimento comeam a ver a sua realidade alterada. Esta , simultaneamente, uma realidade dos pases desenvolvidos. A transio nutricional surge e com ela as alteraes dos comportamentos e atitudes alimentares da populao. Como consequncia directa, mas no imediata de todo este processo, emergem as doenças crnicas, associadas a uma modificao do perfil de sade das pessoas excesso de peso e obesidade na populao adulta, e tambm nas crianças e adolescentes. Este processo revela-nos um variado espectro de padres socioeconmicos e demogrficos que produzem rpidas mudanas na dieta, no comportamento alimentar e na actividade fsica nas mais variadas regies do globo. Estas alteraes tm consequncias e impactos positivos e negativos no s a nvel dos prprios pases, mas tambm, a nvel do estado de sade das populaes. Cabo Verde surge neste contexto por ser um pas do continente africano que se distingue de todos os outros PALOPs pelos sinais mais fortes de transio nutricional e em sade que tem vindo a revelar; pela transio epidemiolgica que tem vindo a passar; pelo forte histrico que tm com os processos de emigrao, nomeadamente para pases como os Estados Unidos da Amrica (USA) e Portugal; e por ser um ponto estratgico politicamente estvel com fortes e variadas relaes externas. A Ilha do Fogo emerge em todo o arquiplago como a ilha mais rural de todas mas tambm como a mais jovem. Se no meio urbano o processo de transio nutricional j visvel em outros pases, como ser em Cabo Verde, mas num meio urbano menor? Este estudo teve como objectivos determinar o estado nutricional das crianças com idades entre os 6 e os 14 anos, que frequentam o EBI nas zonas Urbanas de So Filipe, Cova Figueira e Mosteiros, da Ilha do Fogo em Cabo Verde; e compreender as percepes das alteraes dos comportamentos e dos hbitos alimentares dos encarregados de educao de crianças e adolescentes escolares destas mesmas crianças e adolescentes. Foram utilizadas duas componentes metodolgicas distintas, mas que se complementam: uma quantitativa atravs da qual se realizou a avaliao dos parmetros antropomtricos de 300 crianças e adolescentes, e foi aplicado um recordatrio sobre a sua ingesto alimentar nas ltimas 24h; e uma outra qualitativa, onde foram feitas entrevistas semi-estruturadas a 13 encarregados de educao dessas mesmas crianças e adolescentes, para recolher as suas percepes de como que o desenvolvimento e a urbanizao esto a influenciar os hbitos alimentares nos seus agregados familiares. Os resultados obtidos mostram que no h consenso nas respostas dadas pelos encarregados de educao. O grupo de entrevistados divide-se em dois subgrupos os que por um lado defendem de uma forma bastante forte os hbitos e os comportamentos tradicionais, e os que j aceitam e vivem com as alteraes resultantes da influncia dos processos de globalizao e urbanizao. Apesar de estar ainda numa fase muito inicial da sua transio em sade, e de ser um meio pequeno e mais rural, a ilha do Fogo em Cabo Verde apresenta j alguns indcios de que o processo est j instalado e que agora uma questo de tempo at que tudo se comece a desenrolar. Os recordatrios sobre ingesto alimentar nas ltimas 24h aplicado s crianças e adolescentes revelam que os hbitos alimentares variam consoante o lugar de acesso, a forma de acesso, o ter dinheiro e a presena dos encarregados de educao. A avaliao do perfil antropomtrico demonstra que todos os parmetros da avaliao encontrados se enquadram no que definido pela Organizao Mundial de Sade (OMS) e pelo National Center for Health Statistics (NCHS) como valores normais. Valores antropomtricos mdios encontrados para o sexo feminino so sempre ligeiramente superiores aos encontrados para o sexo masculino. Assim sendo possvel afirmar que, mesmo num meio rural como a ilha do Fogo em Cabo Verde, notria alguma influncia dos processos de globalizao e urbanizao na alterao dos comportamentos alimentares das pessoas. E embora isso ainda no se manifeste no perfil antropomtrico das crianças e adolescentes avaliados, provvel que o processo de transio nutricional no possa ser parado dado que as pessoas manifestam alguma disponibilidade para acolher a novidade e os produtos importados que lhes so oferecidos. Inverter este ciclo poder ser uma misso impossvel, tanto mais que o modo de vida urbano se beneficia da maior disponibilidade e variedade de alimentos. No entanto, se forem tomadas medidas nacionais e internacionais, com a definio de polticas pblicas na rea da sade, educao, economia, e comrcio, com uma perspectiva de sade pblica de partilha e de cooperao intersectorial e multidisciplinar, ser possvel minimizar os efeitos e as consequncias destes dois processos na alterao dos comportamentos alimentares da populao foguense.
Resumo:
Contexto: A crie dentria um problema de sade pblica, com elevada prevalncia em todo o mundo. Ao longo das ltimas dcadas, vrias investigaes revelam que a crie dentria est relacionada com factores sociais e comportamentais. Condies sociais e econmicas deficientes, diminuem o acesso informao e conhecimento, bem como limitam o acesso a servios especializados de sade. Os migrantes so um grupo populacional em que estes factores tm especial relevo. Este trabalho tem como objectivo descrever o estado de sade oral relativamente crie dentria, de crianças dos 3 aos 5 anos, filhas de pais imigrantes e portugueses, a frequentar jardim-de-infncia, na zona do Cacm- Sintra. Mtodos: A amostra deste estudo composta por 183 crianças, dos 3 aos 5 anos, a frequentar os jardins-de-infncia de 3 Instituies Particulares de Solidariedade Social, situadas no Cacm. Os dados foram recolhidos atravs de um questionrio dirigido aos pais e de uma ficha individual de rastreio dentrio realizado s crianças. Para aferir a associao entre as variveis foram aplicados: o teste do Qui-Quadrado de Person, o teste t de Student e o modelo de regresso logstica, com o clculo dos respectivos odds-ratio. O nvel de significncia estatstico foi de 5%. Resultados: Nas famlias estudadas 36,1% dos pais e 38,3% das mes so imigrantes; 44% das crianças tm pelo menos um progenitor de origem estrangeira. A maioria das famlias tem 2 filhos (45%) e 54,6% das crianças do estudo so primeiros filhos; 48,6% das crianças j foram a uma consulta de sade oral, e igual percentagem nunca foi a uma consulta desta especialidade; 89% das crianças da amostra escovam os dentes diariamente. A prevalncia de crie na dentio decdua encontrada nesta amostra foi de 25,1%, com um cpod grupo de 0,7. Esto livres de histria de crie 84,7% das raparigas e 66,3% dos rapazes (p= 0,004). Verifica-se que os rapazes tm um risco 2,3 vezes maior (OR=2,34) de no ter sade oral do que as raparigas (p=0,02) e que as crianças que j foram consulta de sade oral tm um risco, cerca de 3 vezes maior (OR=3,21) de apresentar um cpo 0 do que as crianças que nunca foram consulta. Concluso: Nesta amostra no foram encontradas diferenas estatisticamente significativas no cpod individual das crianças filhas de imigrantes e de portugueses. O cpod demonstrou estar associado idade, sexo e ida consulta de sade oral. Existe uma necessidade emergente de um maior conhecimento do estado de sade oral destas comunidades, avaliando at que ponto esto mais vulnerveis ao aparecimento de doenças orais.
Resumo:
Introduo: Os pases de clima subtropical, tropical e hmido, onde as populaes tm acesso limitado a gua potvel, saneamento bsico efectivo, educao e cuidados de sade, apresentam as condies favorveis para o desenvolvimento de doenças transmissveis, nomeadamente as parasitoses intestinais, cuja prevalncia elevada. A infeco por parasitas intestinais patognicos pode provocar diversas alteraes patolgicas tais como anemia, desnutrio e outras patologias orgnicas, afectando principalmente as crianças. Objectivos: Avaliar a prevalncia das parasitoses intestinais e determinar a sua relao com o estado nutricional, em crianças dos 0 aos 5 anos de So Tom e Prncipe. Material e Mtodos: Estudo observacional, transversal e analtico, com colheita de dados antropomtricos e de fezes, entre Fevereiro e Maro de 2011, nos distritos de gua Grande, M-Zochi e Lobata, em So Tom e Prncipe, numa amostra de 390 crianças. A deteco microscpica dos parasitas intestinais foi executada no Instituto de Higiene e Medicina Tropical. O estado nutricional de cada criana foi avaliado atravs dos z-scores do peso para a idade (PIZ), da estatura para a idade (EIZ), do peso para altura (PEZ) e do IMC para a idade (IMCZ). A relao entre a infeco por parasitas intestinais e a desnutrio foi analisada atravs de mtodos estatsticos. Resultados: A amostra foi constituda maioritariamente por crianças com idade inferior a 24 meses (58%). Foram detectados parasitas intestinais patognicos em 38,7% das crianças, tendo-se observado uma probabilidade mais alta de infeco em crianças com idade superior a 24 meses. Destacaram-se as infeces simples ou mistas por G. lamblia (27,4%), A. lumbricoides (12,8%), T. trichiura (2,6%), Hymenolepis nana (1%), E. histolytica (0,5%), ancilostomideos (0,5%), Schistosoma intercalatum (0,3%) e Taenia spp. (0,3%). No que se refere desnutrio, 35,6% de crianças tinham baixo peso, 33,6% apresentavam desnutrio crnica, 27,7% e 27,4% desnutrio aguda (PEZ e IMCZ), destacando-se o grau ligeiro em cada uma. Verificou-se uma associao estatisticamente significativa entre a infeco por parasitas intestinais patognicos e a desnutrio crnica. Discusso e Concluso: Este estudo contribuiu para um melhor conhecimento das prevalncias e relao das parasitoses intestinais patognicas com a desnutrio em crianças menores de 5 anos em So Tom e Prncipe, nomeadamente da associao entre desnutrio crnica e a infeco por parasitas intestinais patognicos. Sugere-se a execuo de estudos semelhantes a este nas restantes regies do pas para fundamentar a adopo de medidas adequadas de combate s infeces por parasitas intestinais patognicos. Considerando o nmero de crianças infectadas com G. lamblia encontrada neste estudo, seria recomendvel medidas especficas de combate transmisso de protozorios e a realizao de exames anuais das fezes de todas as crianças seguida de tratamento dos casos positivos.
Resumo:
Introduo: As parasitoses intestinais, causadas por helmintas e protozorios, esto entre as infeces mais frequentes a nvel mundial, afectando cerca de um quarto da populao. Acarretam elevada morbilidade, sendo um importante problema de Sade Pblica. So muito prevalentes nos pases em desenvolvimento. No entanto, nos pases desenvolvidos, esto a ser consideradas infeces reemergentes, principalmente nas crianças frequentadoras de creches/jardins-de-infncia. Em Portugal, h poucas dcadas atrs, as parasitoses intestinais eram um problema de sade pblica. Os estudos epidemiolgicos recentes sobre este tipo de infeces so poucos, no existindo nenhum a nvel nacional. Objectivos: Determinao da prevalncia de parasitas intestinais e caracterizao scio-demogrfica e clnica de crianças em idade pr-escolar que frequentam jardins-de infncia, sob tutela da Cmara Municipal de Lisboa. Material e Mtodos: estudo transversal, observacional e analtico, realizado em 9 jardinsde-infncia da cidade de Lisboa, de Maro a Julho de 2009. Todas as crianças foram convidadas a participar, com o preenchimento de um inqurito scio-demogrfico e clnico pelos responsveis das crianças e a entrega de 3 amostras de fezes de cada criana. Resultados: Participaram um total de 317 crianças, com idades compreendidas entre 3 e 8 anos (mdia 5,0 anos). 78% das crianças brincavam habitualmente em jardins, 20% tinham co e/ou gato como animal domstico e 6,0% viajaram para pases endmicos em parasitas intestinais no ano que precedeu o estudo. Ter animais em casa (p=0,023) e ter viajado para pases endmicos (p=0,024) tiveram influncia no facto das crianças estarem ou no infectadas por parasitas patognicos. 18% das crianças tinham realizado desparasitao com anti-helmntico, no ano que precedeu o estudo. O nico parasita patognico diagnosticado foi o protozorio Giardia duodenalis com uma prevalncia de 2,5% (8 crianças). Discusso e concluses: A prevalncia de G. duodenalis encontrada est de acordo com os pases desenvolvidos. O facto de no se ter encontrado helmintas vem reforar a ideia de que no se deve desparasitar com anti-helmnticos por rotina. Este estudo Prevalncia de parasitas intestinais e caracterizao scio-demogrfica e clnica das crianças do ensino pr-escolar da cidade de Lisboa contribuiu para um melhor conhecimento das parasitoses intestinais em crianças em idade pr-escolar da cidade de Lisboa, para a caracterizao da realidade Nacional.
Resumo:
Dissertao de mestrado em Cincias da Educao: rea de Educao e Desenvolvimento
Resumo:
Dissertao de mestrado em Cincias da Educao
Resumo:
Dissertao apresentada na Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para a obteno do grau de Mestre em Engenharia Electrotcnica e de Computadores
Resumo:
Dissertao apresentada na Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obteno do grau de Mestre em Engenharia do Ambiente, Perfil Engenharia Sanitria
Resumo:
Rev. Port. de Pneumologia. 1997,1:p. 5-37.
Resumo:
Arquivos da Sociedade Portuguesa de Patologia Respiratria. 1988 V-2:p.7-15
Resumo:
Dissertao apresentada como requisito parcial para obteno do grau de Mestre em Cincia e Sistemas de Informao Geogrfica