142 resultados para Filosofia moderna Séc. XVIII


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Este trabalho aborda a conceito de desordem psquica na obra de Galeno (129-216). A primeira parte enquadra o pensamento de Galeno na viso da Filosofia e Medicina em vigor no incio do séc. II d.C. De seguida descrevo a concepo Hipocrtica de epilepsia, e a abordagem que Plato desenvolve no Timeu e Fedro acerca da loucura, para de seguida abordar a concepo de doena em Galeno, onde so analisados os conceitos de nosma, diathesis, pathos e energeia. Aps este excurso descrevo o ponto de vista de Galeno acerca da controvrsia sobre a localizao da parte dirigente da alma (hgemonikon) que se dividia entre defensores do encefalocentrismo (Plato, Hipcrates e Herfilo) e do cardiocentrismo (Aristteles e os Esticos). De modo a aprofundar a compreenso de Galeno acerca deste tema descrevo o trabalho anatmico-fisiolgico desenvolvido pelos mdicos Alexandrinos Erasistrato e Herfilo, activos no sec. III a. C., que descobriram, atravs de dissecao de animais e muito provavelmente de humanos, o papel dos nervos e tendes nas atividades cognitivas e sensrio-motoras. Esta foi uma descoberta central para a argumentao de Galeno acerca da interaco mente-corpo assim como para a descrio das desordens psquicas. Posteriormente apresento a metodologia de Galeno no que concerne ao processo de diagnstico e etiologia, essencial para se compreender como possvel aceder a entidades no visveis, como o hgemonikon e as suas diferentes faculdades: imaginao, memria e raciocnio. Por fim, analiso alguns casos clnicos de pacientes afectados por desordens do hgemonikon, a saber: phrenitis, mania e melancolia. Os principais textos objecto de anlise so: Acerca dos Lugares Afectados, Acerca das Teses de Hipcrates e Plato e Que as Faculdades da Alma Seguem as Disposies do Corpo. Todavia, outros textos de Galeno sero convocados consoante a necessidade de analisar os conceitos que me proponho compreender, entre eles Acerca do Mtodo Teraputico e Acerca da Utilidade das Partes.

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Na perspetiva genealgica e hermenutica de Michel Foucault aplicada Antiguidade, a nossa tese relaciona cuidado de si e metanoia, discutindo o contraste entre o modelo helenstico-romano do cuidado como converso a si e o modelo cristo da converso atravs da renncia a si. Com o olhar fixo neste horizonte temtico pretendemos construir um percurso alinhado com o pensamento de Foucault, comeando por sinalizar alguns dos seus textos mais importantes e delinear os traos mais marcantes do seu pensamento histrico-filosfico, mormente as suas investigaes, no j sobre as tecnologias do poder e as tecnologias do saber, mas sobre as tecnologias do si na Antiguidade tcnicas culturais que deram origem hermenutica do sujeito, prticas complexas de subjetivao e objetivao dos sujeitos, cujas razes remontam cultura grega do séc. V a.C., mas que se consolidou apenas com os movimentos asctico-monsticos cristos dos séculos IV e V. Excluda necessariamente a pretenso de redesenhar criticamente todo este longo desenvolvimento, propomos assinalar alguns dos mais importantes processos da cultura do cuidado de si na Antiguidade: - a anlise filosfica do cuidado de si a partir do preceito dlfico Conhece-te a ti mesmo!; - a cultura do si helenstico-romana; - as tcnicas ou prticas do cuidado de si, em especial quatro: parrsa, sksis, exomolgsis e exagreusis. Neste contexto, afigura-se relevante que as duas primeiras sejam comuns filosofia e ao cristianismo, mas com caratersticas diferentes, sendo as duas ltimas exclusivas desta religio, nas quais Foucault reconhece um impulso decisivo para a constituio da hermenutica do sujeito a prtica sistemtica da desvelao do si, algo que gregos e romanos no alcanaram, porque ainda no se tinha constitudo culturalmente a noo de sujeito. Para esclarecermos este duplo movimento de conhecimento e modificao do si, procuramos mostrar o contraste cultural na Antiguidade entre dois modelos de subjetivao e de objetivao dos indivduos, a tica como prtica refletida da liberdade e a moral crist da obedincia. O primeiro modelo orbitou em torno do princpio geral do cuidado de si, assimilado pela cultura grega e repercutido na filosofia, o segundo foi marcado pela nova forma de domnio e submisso o poder pastoral justificado pela obedincia e pela renncia a si, que transformaram o cristianismo numa religio confessional. Para confirmarmos esta interpretao, convocamos reflexo a noo de converso. Comeamos por valorizar o contributo dos termos gregos epistroph e metanoia. De seguida, justificamos a relevncia da converso para a Cultura Ocidental. Conclumos com a anlise de trs modelos histricos: platnico, helenstico-romano e cristo. O arco temtico termina com a anlise do valor paradoxal da renncia a si em Paulo de Tarso, cujos textos Foucault no analisou no mbito da cultura do si, mas que ns valorizamos e nos levam a divergir deste filsofo, para quem a renncia a si anula a eficcia do cuidado de si, propondo em alternativa a tese de que as vrias formas de renncia, mesmo enunciadas numa perspetiva escatolgica, no s integraram como intensificaram essa cultura do cuidado.

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O patrimnio artstico na vila de Torre de Moncorvo, distrito de Bragana, muito diversificado e riqussimo, na medida em que encontramos inmeros testemunhos de diversas pocas e estilos. Deste universo, salientamos a arquitetura civil domstica erudita, atravs de solares e casas nobres edificados ao longo de um largo perodo histrico, entre os séculos XVII e XVIII, e que nos do uma ideia evolutiva da arquitetura maneirista e barroca edificada na regio norte, e em particular naquela vila. Neste artigo procura-se analisar um pequeno grupo de solares e casas nobres de Torre de Moncorvo, destacando os seus principais aspetos histricos e artsticos.

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O intuito desta dissertao investigar em que medida a Teoria Moderna do Portflio pode ser aplicada seleco de um portflio de canais ou de tcticas de Marketing Digital, de modo a obter o melhor compromisso entre o retorno esperado do investimento e o respectivo risco. Anteriores aplicaes da teoria do portflio ao Marketing, enquanto meio de racionalizar a seleco do portflio, concentraram-se no uso deste modelo em decises relacionadas com portflios de produtos, de clientes e segmentos de clientes, de formatos de retalho e de promoes de preo. No se encontraram evidncias de que a abordagem proposta neste texto tenha j sido tentada. A evoluo tecnolgica nas ltimas duas dcadas trouxe a adopo generalizada de smartphones e tablets e tambm a revoluo da internet, originando a proliferao do e-mail, dos blogs e dos sites de redes sociais. Devido infinidade de meios para chegar aos consumidores, os marketers enfrentam actualmente grandes desafios no planeamento e na definio das suas estratgias de Marketing. Em resposta, consultoras detm ferramentas para a anlise de portflios de canais de Marketing que permitem s empresas e aos marketers, em particular, melhorar o desempenho da sua actividade e maximizar o rendimento da sua despesa de Marketing. Contudo, alm de dispendiosas e estritamente analticas, estas ferramentas so muito sofisticadas, baseando-se em algoritmos e raciocnios complexos que nem sempre so evidentes para os marketers, o que dificulta a sua compreenso e consequentemente a sua adopo. Sem uma ferramenta de anlise, frequente os marketers fundamentarem as suas decises nos resultados das campanhas online anteriores, registados pelas Web Analytics, e na sua experincia profissional. Assim, cr-se que a Teoria Moderna do Portflio, baseando-se em conceitos estatsticos simples, possa representar para os marketers uma ferramenta til no apoio seleco do conjunto de canais ou de tcticas de Marketing Digital que melhor se adequa aos interesses e aos objectivos estratgicos das organizaes. A Teoria Moderna do Portflio tem como principais vantagens a anlise e seleco de portflios com base na sua combinao de retorno esperado e risco de investimento (retorno ajustado ao risco), por oposio a considerar exclusivamente o retorno esperado, e a simplicidade estatstica do modelo, por oposio aos softwares das consultoras. O presente estudo fundamentou-se na literatura existente acerca da Teoria Moderna do Portflio, concebida em 1952 por Harry Markowitz, bem como no conceito de Sharpe Ratio, por William Sharpe, tendo-se revisto tambm conceitos genricos de Marketing e Marketing Digital. Dado que a medio do retorno financeiro do investimento em Marketing central ao estudo no to linear quanto a medio dos retornos de activos financeiros, revelou-se necessrio introduzir algumas alteraes teoria do portflio original. Estas alteraes tomaram em considerao as principais concluses dos estudos anteriores sobre a aplicao do modelo a outras reas. Para desenvolver o modelo proposto, utilizou-se o Microsoft Excel. Seguidamente, procedeu-se sua prova de conceito atravs de uma abordagem emprica, utilizando dados de uma empresa portuguesa de Marketing Digital. Concluiu-se que possvel aplicar a Teoria Moderna do Portflio seleco de canais ou tcticas de Marketing Digital de uma empresa, com as devidas adaptaes, para determinar as parcelas do oramento de comunicao de uma organizao a alocar a cada tipo de canal ou tctica.

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Este livro, assim como o seminrio internacional que o antecedeu, pretende analisar questes relativas administrao nas monarquias ibricas nos séculos XVII e XVIII abordando aspectos que merecem ainda pesqusas aprofundadas. Os investigadores de diversas instituies espanholas e portuguesas que participaram do evento ocorrido no CHAM/UNL-UA , que ulteriormente contriburam para com este volume, pertencem ao grupo dos historiadores que se dedicam a estudar trs aspetos especficos da histria administrativa e institucional: o provimento dos ofcios nos Reinos ibricos e nas suas conquistas, o controle que exerciam as Coroas sobre a atuao destes homens nomeados para as representar, e por fim, a venalidade rgia ou particular desses mesmos cargos "pblicos". So temas que aqui ganham anlises isoladas, mas que se entrelaam e reciprocamente se condicionam. Espera-se que os resultados das investigaes aqui reunidos, alguns reportando-se a temas antes escassamente conhecidos, ajudem a lanar uma nova luz sobre a administrao pblica do passado.

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Henrique, ou Jacob, de Castro Sarmento (1691-1762), mdico judeu, nascido em Bragana e exilado em Inglaterra a partir de 1721, devido s perseguies da Inquisio aos cristos-novos, considerado como o introdutor das ideias de Isaac Newton (1662-1727) em Portugal e um dos principais responsveis pela disseminao da iatroqumica entre os mdicos portugueses, contribuindo para o desenvolvimento da medicina e cincia portuguesas do século XVIII. Eleito para scio da Royal Society em 1730, o mdico portugus tornou-se o principal interlocutor cientfico entre Portugal e Inglaterra, sendo a sua actividade exemplar do modo como ocorreram as trocas de conhecimento entre o centro da Europa e a sua periferia. Autor de diversas obras mdicas, Sarmento abordou algumas das temticas mdicas mais relevantes do século das luzes, como a inoculao das bexigas ou a utilizao teraputica das guas minerais, veiculando uma nova forma de encarar a prtica mdica. A sua obra Theorica Verdadeira das Mares, editada em 1737, foi a primeira publicada em Portugal onde as ideias de Newton so consideradas com o devido detalhe. Paradoxalmente, Sarmento foi tambm produtor de medicamentos de segredo, tendo a sua gua de Inglaterra alcanado um sucesso significativo em Portugal. Figura polmica e multifacetada, Sarmento dedicou uma parte considervel da sua vida divulgao e disseminao das ideias dos autores modernos, dos quais se destacam Boyle, Newton e Boerhaave. O presente trabalho tem como principal objectivo elucidar os principais aspectos da sua vida e obra, procurando enquadrar as suas actividades no contexto da medicina e cincia europeias de setecentos.

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Este ensaio visa a relao da filosofia prtica kantiana com o tema dos direitos humanos. Procurar demonstrar-se que os direitos humanos so conceitos herdeiros do Direito Natural. Para o efeito ser necessrio fazer uma incurso por algumas das principais correntes jusnaturalistas, privilegiando as que mais se relacionam com o pensamento de Immanuel Kant. Deste modo, assume destaque nessa antecedncia o pensamento platnico sobre o justo, bem como o seu dilogo com autores j do jusnaturalismo moderno, como o caso de Rousseau e de Hobbes, entre outros. No mbito desta corrente jusfilosfica, o contratualismo assume um desenvolvimento que marcar a cincia poltica moderna, sendo objecto de um tratamento determinante no mbito da filosofia da histria e da Rechtslehre kantiana. Na polmica sobre se o filsofo de Konisberg um jusnaturalista ou um positivista, afirma-se a opo pelo primeiro termo, e ser explicado em que consiste a sua reapropriao crtica, sob o signo de uma normatividade puramente racional. O conceito de auto-nomia e a facticidade da liberdade, na sua expresso da razo prtica, sero tratados sobretudo na configurao do imperativo categrico jurdico, tendo no entanto sempre presente a comum raz moral da tica e do Direito. A definio da liberdade como nico direito inato dever ser explicitada nas suas consequncias. No desenvolvimento da normatividade da razo, ser dada especial ateno construo do sistema do direito pblico, e em particular sua inovao do direito cosmopolita. Finalmente, esse novo direito visto como condio para o pleno desenvolvimento das capacidade da espcie humana, e a lei da cidadania mundial nele implcita condio para o reconhecimento da universal jurisdio dos direitos humanos. O homem um fim por causa da sua humanidade e a dignidade da sua autonomia como ser moral no pode ser plenamente realizada seno no contexto da comunidade humana, onde o Direito assume a funo de cumprimento de uma destinao da prpria Natureza.

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Livro de Resumos - O colquio A Casa Senhorial em Lisboa e no Rio de Janeiro (séculos XVII, XVIII e XIX). Anatomia dos Interiorespretende chamar a ateno para um dos aspectos menos conhecidos do patrimnio artstico luso-brasileiro: a Casa Senhorial em contexto urbano e rural, escrutinada atravs da organizao e da articulao dos espaos e da decorao dos seus interiores, testemunho do dia-a-dia das famlias que a habitaram.

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Esta investigao tem como objecto de estudo a avaliao formativa de um curso online de introduo Filosofia no contexto do ensino virtual secundrio dos Estados Unidos da Amrica, tendo por base as percepes dos alunos que o frequentaram em 2013. O propsito deste estudo apontar linhas delineadoras da transformao, em termos de contedo e desenho instrucional, do referido curso semestral, com base nas lies que se possam retirar da experincia de implementao do curso sob a perspectiva dos alunos. Em termos metodolgicos, este estudo inscreve-se na linha da investigao-aco, tendo sobretudo em considerao aspectos qualitativos. As estratgias utilizadas para a recolha de informaes junto dos alunos foram o inqurito por questionrio de resposta aberta e a anlise documental de instrumentos de avaliao submetidos pelos alunos e seleccionados para o efeito. Conclui-se que as percepes dos alunos so sobretudo positivas relativamente sua experincia de aprendizagem, mas que necessrio dar ateno incluso e ao desenho de determinados tipos de actividades, bem como rever os recursos disponveis em termos de quantidade e de especificidade. A partir destas concluses, apresentam-se propostas para o redesenhar instrucional do curso e o realinhar dos seus contedos com as expectativas e necessidades enunciadas pelos alunos.

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A presente dissertao tem como objetivo a anlise arqueolgica do forte de So Paulo, edificado na antiga freguesia homnima, em Lisboa, a partir da segunda metade do século XVII. Partindo do estudo dos vestgios arqueolgicos associados estrutura militar exumados no Mercado da Ribeira e na Praa D. Lus I, proceder-se- caracterizao arquitetural e anlise do esplio, visando a compreenso da dinmica estratigrfica, bem como a perceo da implementao geoestratgica inerente sua construo. Paralelamente, pretende-se que os dados obtidos permitam uma melhor perceo da diacronia ocupacional desta rea ribeirinha de Lisboa, fulcral na expanso martima portuguesa.

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A histria de Cabo Verde comea com a chegada dos portugueses em 1460. O local selecionado para a primeira ocupao humana, num territrio anteriormente deserto, recai na zona denominada Ribeira Grande, ilha de Santiago, em consequncia da sua ribeira, fonte de gua e razo principal de escolha da fixao. nesse espao, limitado pelas montanhas acidentadas, pela ribeira e pela topografia irregular que uma pequena povoao nasceu. Nela foi implantada uma rea urbana e arquitetnica, fruto de regras de construo do colonizador: Portugal. A gnese urbana inicia-se ainda no século XVI, junto a uma baa, designada mais tarde por largo do Pelourinho, bastante orgnica e organizada a partir do porto, do Hospital e da Igreja da Misericrdia. Seguiu-se, ao longo de Quinhentos, o bairro de So Pedro, o maior de todos, tambm orgnico. O bairro de So Brs, espao ocupado maioritariamente pelos jesutas desenvolveu-se de forma paralela costa. O ltimo bairro intitulado So Sebastio, elevado a partir de meados do século XVI, j foi projetado respeitando os cnones do urbanismo moderno. A cidade conseguiu atrair, pressionada pelos religiosos, pelos monarcas e pelas populaes locais, instituies religiosas, rgias e privadas que apostaram em obras arquitetnicas marcantes na evoluo da urbe, entre as quais a igreja de Nossa Senhora do Rosrio, o convento e igreja de So Francisco, a S e o pao Episcopal, a fortaleza Real de So Filipe e o Pelourinho.

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Fundao para a Cincia e a Tecnologia (FCT), Fundao Calouste Gulbenkian, Fundao Millennium bcp, Direco Geral do Livro e das Bibliotecas/MC

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Na Idade Mdia portuguesa, a preocupao pela salvaguarda da memria individual e da imagem social, manifestada atravs dos jacentes, dispostos sobre as arcas tumulares, teve nos bispos os primeiros cultores. So ainda do século XIII as primeiras representaes de prelados que constituem, no conjunto, um grupo muito homogneo, denotando uma clarividncia exemplar nas propostas iconogrficas. Destacam-se, pelo nmero de exemplares conservados, dois ncleos, o de Coimbra e o de vora, significando de algum modo a importncia das respectivas dioceses nesta poca. Ao nvel artstico, propriamente dito, a obra fundamental a do monumento encomendado pelo arcebispo de Braga, Dom Gonalo Pereira: nica obra de que se conhece o contrato de encomenda e os escultores seleccionados Mestres Pro e Telo Garcia , reveladora tambm de originalidades iconogrficas e possuidora de uma qualidade de execuo que a colocam como um marco das virtualidades que a escultura do século XIV vinha conhecendo em Portugal. No século XV, a representao de jacentes episcopais desaparece quase por completo, marcando, de forma significativa e algo desconcertante, o fim de um ciclo iconogrfico fundamental no contexto da tumulria medieval portuguesa e do papel activo (e pioneiro) que aquela classe social havia desempenhado no referido campo artstico.

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O presente artigo constitui uma abordagem s manifestaes da cultura visual na S de Coimbra, em contexto litrgico, durante o episcopado de Miguel Salomo (1162-1176). A problemtica em epgrafe analisada numa perspectiva de caso, relacionada com um diploma conservado, sob a forma de cpia, no Livro preto, em que se procede notificao da existncia de bens pertencentes catedral, extraviados ou indevidamente alienados, a pedido do prelado coimbro, especificando-se as etapas de construo do templo, tal como as caractersticas do altar principal, na sua relao com imagens de santos.

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Neste artigo procuramos analisar a Mantearia da Casa de Aveiro em 1752. Atravs do inventrio mandado realizar pelo 8. Duque de Aveiro, logo no seu primeiro ano frente da casa, permitese reflectir sobre a importao de obras de luxo dos grandes centros produtores da Europa para Portugal, ao longo do século XVIII: Augsburgo, Roma, Londres e Paris. As obras em prata pertencentes ao Museu Nacional de Arte Antiga, tomadas pela Casa Real na sequncia do processo dos Tvoras em 1759, apenas foram encomendadas aps a realizao deste inventrio. Todavia podemos aferir a grande importncia da Mantearia dos Duques de Aveiro, pela importncia das obras de aparato, de que destacamos o conjunto de centros de mesa, e pelo coleccionismo de ourivesaria antiga, nomeadamente do perodo da renascena, que gozou de grande prestgio no Portugal de setecentos.