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Portugal um dos pases com maior capacidade elica instalada a nvel mundial e tem mantido uma tendncia de crescimento. A aposta nas renovveis tem permitido aos pases reduzir a sua dependncia energtica do exterior. Neste mbito, os Sistemas de Informao Geogrfica constituem uma mais-valia para o mapeamento georreferenciado do potencial elico em plataformas padro, permitindo a gesto e actualizao da elevada qualidade de informao disponvel. A presente dissertao prope-se apresentar uma nova e actualizada base de dados do potencial elico em Portugal Continental, georreferenciada, com a possibilidade de seleccionar dados informativos por zonas de interesse e detalhar informao por parque ou zona de potencial elico. Torna-se, assim, uma ferramenta til para empresas, decisores e outros potenciais interessados em explorar este recurso no pas. um projecto inovador que combina duas tecnologias empreendedoras: os sistemas elicos e os SIG. A relevncia deste projecto do interesse pblico, possibilitando recolha de informao de forma fcil e sistemtica, evidenciando, por isso, a pertinncia da sua consecuo.

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O presente trabalho procura mostrar as potencialidades das tcnicas de monitorizao estrutural, de deteco, localizao e caracterizao de dano atravs de alteraes dos parmetros modais. As caractersticas dinmicas de vibrao de uma estrutura so alteradas pela presena de dano, o que, representando uma perda fsica, conduz consequente perda de rigidez. Este fenmeno responsvel por modificaes nas frequncias naturais, deslocamentos modais e respectivas derivadas. Este trabalho apresenta a curvatura das configuraes modais como possvel parmetro de controlo na identificao de dano estrutural. Neste documento encontram-se vrios estudos de sensibilidade realizados em trs modelos distintos (viga bi-apoiada, viga em consola e prtico encastrado) em que se pretende avaliar a fiabilidade do mtodo das curvaturas. Foram tambm desenvolvidos estudos respeitantes s alteraes das frequncias naturais e s alteraes de dois indicadores estatsticos, o MAC e o COMAC. Com base nos resultados do mtodo das curvaturas foi desenvolvida uma Java Applet, que constitui uma ferramenta de clculo que permite explorar as potencialidades do mtodo das curvaturas modais na identificao de danos em vrias estruturas. Esta aplicao foi desenvolvida no compilador NetBeans IDE.

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A presente dissertao propem um glossrio bilingue que seja um instrumento til no ensino bilingue em Cabo Verde. A lngua cabo-verdiana um crioulo de base portuguesa, e dessa forma muito do seu lxico importado do portugus. Mas mesmo assim o sentido das palavras ou mesmo das expresses que se assemelham podem ser diferentes. Um glossrio bilingue no ensino bilingue uma ferramenta importante pois oferece equivalentes que conseguem transmitir o mesmo sentido, ou que transmitem o sentido mais adequado as realidades culturais de uma determinada sociedade. A anlise dos contextos diglossicos e bilingues fornecem uma base para compreender melhor o contexto sociolingustico de Cabo Verde. possvel verificar a forte presena do portugus e do cabo-verdiano. Ambas acontecem em situaes complementares. O portugus produzido maioritariamente, seno exclusivamente em situaes formais, ao contrrio do cabo-verdiano que faz parte do quotidiano da vida das pessoas. A forma como o portugus adquirido/aprendido completamente diferente da lngua cabo-verdiana. O portugus considerado a lngua segunda, e o cabo-verdiano a lngua materna. A lngua do colonizador normalmente concedido o estatuto de oficial, e isso visvel em vrios outros pases que j foram colnias. A Terminologia uma disciplina que faz interface com vrias reas. A vocabularizao e terminologizao permitem a interface e so processos que do possibilidade de importar termos de outras reas sejam elas cientficas ou no. A utilizao de questionrios, entrevistas, uso de textos em cabo-verdiano e levantamento de termos dos manuais permitiu analisar melhor os dados e propor termos equivalentes em cabo-verdiano. As anlises permitem ver as diferenas entre os cdigos lingusticos, justificando assim a importncia do presente trabalho.

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As suturas so dispositivos mdicos utilizados na aproximao dos bordos de feridas cirrgicas ou acidentais. O objectivo deste trabalho consistiu em produzir um fio de sutura com base num material polimrico biodegradvel. Para a produo do fio utilizou-se a tcnica de electrofiao que permite a obteno de fibras de dimetro sub-micromtrico a partir de solues polimricas. Os polmeros usados foram a policaprolactona (PCL) e o acetato de celulose (AcCel), polmero sinttico e natural, respectivamente. Usaram-se como solventes o clorofrmio e a dimetilacetamida. Foram realizados ensaios mecnicos para caracterizar as propriedades mecnicas das fibras. As fibras compostas por PCL e AcCel apresentaram tenso mxima inferior e mdulo de Young superior s fibras de PCL. Concluiu-se que a adio de acetato de celulose tornou as fibras menos elsticas, como era esperado. Quando submetidos a deformaes cclicas, ambos os tipos de fibras mostraram um comportamento idntico ao apresentado por uma amostra do mesmo material numa nica traco. Para obter os fios, utilizaram-se dois instrumentos de corte. Depois de alongados obtiveram-se fios com calibres correspondentes a 5-0 e 4-0, segundo a classificao da Pharmacopeia dos Estados Unidos. De seguida foram feitos testes in vivo em dois ratos de laboratrio, da estirpe Wistar. Durante o procedimento cirrgico os fios mostraram ser de fcil manuseamento permitindo um bom atravessamento dos tecidos. Observou-se uma boa regenerao dos tecidos apresentando uma cicatrizao limpa e com bom aspecto. Os fios de sutura desenvolvidos neste trabalho renem as vantagens das suturas mono-filamento e multi-filamento sem nenhuma das respectivas desvantagens.

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RESUMO - Contexto: O presente estudo teve como objetivo apurar a demora mdia (DM) em doentes admitidos com pneumonia adquirida de comunidade (PAC), nos hospitais pblicos portugueses, que tiveram alta durante os anos de 2009, 2010 e 2011, identificar se esta influenciada por um grupo de fatores selecionados para o efeito e determinar se existe margem para a reduzir nos hospitais com uma DM mais elevada, atravs da comparao da mesma com as respetivas taxas de readmisso at 30 dias aps a alta. Metodologia: Para responder aos objetivos definidos recorreu-se base de dado dos resumos de alta, referente aos anos de 2009, 2010 e 2011, tendo-se selecionado, para o efeito, todos os episdios de internamento com diagnstico de admisso de PAC. O estudo considerou como medidas chave a DM e a taxa de readmisso at 30 dias aps alta. Para identificar a influncia de um conjunto de fatores na durao de internamento utilizaram-se duas abordagens: anlise descritiva dos dados e anlise estatstica dos dados, com recurso a uma Regresso Linear Mltipla. Numa ltima fase e com recurso anlise descritiva dos resultados obtidos, procedeu-se comparao da taxa de readmisso at 30 dias aps alta, por hospital, com as DM de internamento que mais se distanciaram das DM nacional e corrigida da populao em estudo. Resultados: Constatou-se que a no tratamento da PAC, em Portugal, entre 2009 e 2011, no sofreu em termos globais grandes oscilaes, tendo registado um valor de 9,47 dias nos trs anos em anlise. Concluiu-se ainda existir uma elevada variabilidade da DM entre hospitais e por hospital. Apesar das limitaes identificadas verificou-se que os fatores idade, sexo, quantidade de diagnsticos adicionais, quantidade de procedimentos, destino aps alta e tipo de hospital tm influncia sobre a durao de internamento dos doentes admitidos com PAC. Por fim conclui-se que os cinco hospitais com DM mais baixa apresentam, de uma forma geral e com exceo do hospital 44, uma taxa de readmisso at 30 dias aps alta inferior aos hospitais com DM mais elevada. Concluso: Os resultados apurados apontam no sentido de existir margem para reduzir a DM no tratamento da PAC, nos hospitais que registaram valores mais elevados entre 2009 e 2011, permitindo que os mesmos obtenham resultados mais custo-efetivos sem piorar os resultados em sade, medidos pela taxa de readmisses at 30 dias aps a alta e, simultaneamente garantindo que a qualidade dos cuidados prestados e a segurana do doente se mantm nos nveis desejados e exigidos. Sugere-se, no entanto, que em estudos futuros se detalhem algumas das matrias abordadas neste estudo com o objetivo de completar ou corroborar os resultados apresentados.

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RESUMO:As perturbaes psicticas so doenas mentais complexas sendo influenciadas na sua etiologia e prognstico por factores biolgicos e psicossociais. A interferncia do ambiente familiar na evoluo da doena espelha bem esta realidade. Quando em 1962 George Brown e colaboradores descobriram que ambientes familiares com elevada Emoo Expressa (EE) contribuam para um aumento significativo do nmero de recadas de pessoas com esquizofrenia (Brown et al., 1962), estava aberto o caminho para o desenvolvimento de novas intervenes familiares. A EE inclui cinco componentes: trs componentes negativos, i.e. criticismo, hostilidade e envolvimento emocional excessivo; e dois componentes positivos, i.e. afectividade e apreo (Amaresha & Venkatasubramanian, 2012; Kuipers et al., 2002). No final dos anos 1970 surgiram os primeiros trabalhos na rea das intervenes familiares nas psicoses (IFP). Dois grupos em pases diferentes, no Reino Unido e nos Estados Unidos da Amrica, desenvolveram quase em simultneo duas abordagens distintas. Em Londres, a equipa liderada por Julian Leff desenhava uma interveno combinando sesses unifamiliares em casa, incluindo o paciente, e sesses em grupo, apenas para os familiares (Leff et al., 1982). Por seu turno, em Pittsburgh, Gerard Hogarty e colaboradores desenvolviam uma abordagem que compreendia a dinamizao de sesses educativas em grupo (Anderson e tal., 1980). Para designar este trabalho, Hogarty e colaboradores propuseram o termo psicoeducao. As IFP comearam a ser conhecidas por esta designao que se generalizou at aos dias de hoje. Neste contexto a educao era vista como a partilha de informao acerca da doena, dos profissionais para os familiares. Nas sesses os profissionais eram informados acerca das manifestaes, etiologia, tratamento e evoluo das psicoses, bem como de formas para lidar com as situaes difceis geradas pela doena, e.g. risco de recada. Os trabalhos pioneiros das IFP foram rapidamente sucedidos pelo desenvolvimento de novos modelos e a proliferao de estudos de eficcia. Para alm dos modelos de Leff e Hogarty, os modelos IFP que ficaram mais conhecidos foram: (1) a Terapia Familiar-Comportamental, desenvolvida por Ian Falloon e colaboradores (Falloon et al., 1984); e (2) a Terapia Multifamiliar em Grupo, desenvolvida por William McFarlane e colaboradores (McFarlane, 1991). O incremento de estudos de eficcia contribuiu rapidamente para as primeiras meta-anlises. Estas, por sua vez, resultaram na incluso das IFP nas normas de orientao clnica mais relevantes para o tratamento das psicoses, nomeadamente da esquizofrenia (e.g. PORT Recomendations e NICE Guidelines). No geral os estudos apontavam para uma diminuio do risco de recada na esquizofrenia na ordem dos 20 a 50% em dois anos (Pitschel-Walz et al., 2001). No final dos anos 1990 as IFP atingiam assim o apogeu. Contudo, a sua aplicao prtica tem ficado aqum do esperado e as barreiras implementao das IFP passaram a ser o foco das atenes (Gonalves-Pereira et al., 2006; Leff, 2000). Simultaneamente, alguns autores comearam a levantar a questo da incerteza sobre quais os elementos-chave da interveno. O conhecimento sobre o processo das IFP era reduzido e comearam a surgir as primeiras publicaes sobre o assunto (Lam, 1991). Em 1997 foi dinamizada uma reunio de consenso entre os trs investigadores mais relevantes do momento, Falloon, Leff e McFarlane. Deste encontro promovido pela World Schizophrenia Fellowship for Schizophrenia and Allied Disorders surgiu um documento estabelecendo dois objectivos e quinze princpios para as IFP (WFSAD, 1997). No obstante os contributos que foram feitos, continua a existir uma grande falta de evidncia emprica acerca do processo das IFP e dos seus elementos-chave (Cohen et al., 2008; Dixon et al., 2001; Lam, 1991; Leff, 2000; McFarlane et al., 2003). Tambm em Portugal, apesar da reflexo terica nesta rea e do registo de ensaios de efectividade de grupos para familiares estudo FAPS (Gonalves-Pereira, 2010), os componentes fundamentais das IFP nunca foram analisados directamente. Assim, o projecto de investigao descrito nesta tese teve como objectivo identificar os elementos-chave das IFP com base em investigao qualitativa. Para tal, conduzimos trs estudos que nos permitiriam alcanar dados empricos sobre o tema. O primeiro estudo (descrito no Captulo 2) consistiu na realizao de uma reviso sistemtica da literatura cientfica acerca das variveis relacionadas com o processo das IFP. A nossa pesquisa esteve focada essencialmente em estudos qualitativos. Contudo, decidimos no restringir demasiado os critrios de incluso tendo em conta as dificuldades em pesquisar sobre investigao qualitativa nas bases de dados electrnicas e tambm devido ao facto de ser possvel obter informao sobre as variveis relacionadas com o processo a partir de estudos quantitativos. O mtodo para este estudo foi baseado no PRISMA Statement para revises sistemticas da literatura. Depois de definirmos os critrios de incluso e excluso, inicimos vrias pesquisas nas bases de dados electrnicas utilizando termos booleanos, truncaes e marcadores de campo. Pesquismos na PubMed/MEDLINE, Web of Science e nas bases de dados includas na EBSCO Host (Academic Search Complete; Education Research Complete; Education Source; ERIC; and PsycINFO). As pesquisas geraram 733 resultados. Depois de serem removidos os duplicados, 663 registos foram analisados e foram seleccionados 38 artigos em texto integral. No final, 22 artigos foram includos na sntese qualitativa tendo sido agrupados em quatro categorias: (1) estudos examinando de forma abrangente o processo; (2) estudos acerca da opinio dos participantes sobre a interveno que receberam; (3) estudos comparativos que individualizaram variveis sobre o processo; e (4) estudos acerca de variveis mediadoras. Os resultados evidenciaram um considervel hiato na investigao em torno do processo das IFP. Identificmos apenas um estudo que abordava de forma abrangente o processo das IFP (Bloch, et al., 1995). Este artigo descrevia uma anlise qualitativa de um estudo experimental de uma IFP. Contudo, as suas concluses gerais revelaramse pobres e apenas se podia extrair com certeza de que as IFP devem ser baseadas nas necessidades dos participantes e que os terapeutas devem assumir diferentes papis ao longo da interveno. Da reviso foi possvel perceber que os factores teraputicos comuns como a aliana teraputica, empatia, apreo e a aceitao incondicional, podiam ser eles prprios um elemento isolado para a eficcia das IFP. Outros estudos enfatizaram a educao como elemento chave da interveno (e.g. Levy-Frank et al., 2011), ao passo que outros ainda colocavam a nfase no treino de estratgias para lidar com a doena i.e. coping (e.g. Tarrier et al., 1988). Com base nesta diversidade de resultados e tendo em conta algumas propostas prvias de peritos (McFarlane, 1991; Liberman & Liberman, 2003), desenvolvemos a hiptese de concebermos as IFP como um processo por etapas, de acordo com as necessidades dos familiares. No primeiro nvel estariam as estratgias relacionadas com os factores teraputicos comuns e o suporte emocional,no segundo nvel a educao acerca da doena, e num nvel mais avanado, o foco seria o treino de estratgias para lidar com a doena e diminuir a EE. Neste estudo conclumos que nem todas as famlias iriam precisar de IFP complexas e que nesses casos seria possvel obter resultados favorveis com IFP pouco intensas. O Estudo 2 (descrito no Captulo 3) consistiu numa anlise qualitativa dos registos clnicos do primeiro ensaio clnico da IFP de Leff e colaboradores (Leff et al., 1982). Este ensaio clnico culminou numa das evidncias mais substanciais alguma vez alcanada com uma IFP (Leff et al., 1982; Leff et al., 1985; Pitschel-Walz et al., 2001). Este estudo teve como objectivo modular a EE recorrendo a um modelo misto com que compreendia sesses familiares em grupo e algumas sesses unifamiliares em casa, incluindo o paciente. Os resultados mostraram uma diminuio das recadas em nove meses de 50% no grupo de controlo para 8% no grupo experimental. Os registos analisados neste estudo datam do perodo de 1977 a 1982 e podem ser considerados como material histrico de alto valor, que surpreendentemente nunca tinha sido analisado. Eram compostos por descries pormenorizadas dos terapeutas, incluindo excertos em discurso directo e estavam descritos segundo uma estrutura, contendo tambm os comentrios dos terapeutas. No total os registos representavam 85 sesses em grupo para familiares durante os cinco anos do ensaio clnico e 25 sesses unifamiliares em casa incluindo o paciente. Para a anlise qualitativa decidimos utilizar um mtodo de anlise dedutivo, com uma abordagem mecnica de codificao dos registos em categorias previamente definidas. Tommos esta deciso com base na extenso aprecivel dos registos e porque tnhamos disponvel informao vlida acerca das categorias que iramos encontrar nos mesmos, nomeadamente a informao contida no manual da interveno, publicado sob a forma de livro, e nos resultados da 140 nossa reviso sistemtica da literatura (Estudo 1). Deste modo, foi construda uma grelha com a estrutura de codificao, que serviu de base para a anlise, envolvendo 15 categorias. De modo a cumprir com critrios de validade e fidelidade rigorosos, optmos por executar uma dupla codificao independente. Deste modo dois observadores leram e codificaram independentemente os registos. As discrepncias na codificao foram revistas at se obter um consenso. No caso de no ser possvel chegar a acordo, um terceiro observador, mais experiente nos aspectos tcnicos das IFP, tomaria a deciso sobre a codificao. A anlise foi executada com recurso ao programa informtico NVivo verso 10 (QSR International). O nmero de vezes que cada estratgia foi utilizada foi contabilizado, especificando a sesso e o participante. Os dados foram depois exportados para uma base de dados e analisados recorrendo ao programa informtico de anlise estatstica SPSS verso 20 (IBM Corp.). Foram realizadas exploraes estatsticas para descrever os dados e obter informao sobre possveis relaes entre as variveis. De modo a perceber a significncia das observaes, recorremos a testes de hipteses, utilizando as equaes de estimao generalizadas. Os resultados da anlise revelaram que as estratgias teraputicas mais utilizadas na interveno em grupo foram: (1) a criao de momentos para ouvir as necessidades dos participantes e para a partilha de preocupaes entre eles representando 21% de todas as estratgias utilizadas; (2) treino e aconselhamento acerca de formas para lidar com os aspectos mais difceis da doena 15%; (3) criar condies para que os participantes recebam suporte emocional 12%; (4) lidar com o envolvimento emocional excessivo 10%; e (5) o reenquadramento das atribuies dos familiares acerca dos comportamentos dos pacientes 10%. Nas sesses unifamiliares em casa, as estratgias mais utilizadas foram: (1) lidar com o envolvimento emocional excessivo representando 33% de todas as estratgias utilizadas nas sesses unifamiliares em casa; (2) treino e aconselhamento acerca de formas para lidar com os aspectos desafiadores da doena 22%; e (3) o reenquadramento das atribuies dos familiares acerca dos comportamentos dos pacientes, juntamente com o lidar com a zanga, o conflito e a rejeio ambas com 10%. A anlise longitudinal mostrou que a criao de momentos para ouvir as necessidades dos familiares tende a acontecer invariavelmente ao longo do programa. Sempre que isso acontece, so geralmente utilizadas estratgias para ajudar os familiares a lidarem melhor com os aspectos difceis da doena e estratgias para fomentar o suporte emocional. Por sua vez, foi possvel perceber que o trabalho para diminuir o envolvimento emocional excessivo pode acontecer logo nas primeiras sesses. O reenquadramento e o lidar com a zanga/ conflito/ rejeio tendem a acontecer a partir da fase intermdia at s ltimas sesses. A anlise das diferenas entre os familiares com baixa EE e os de elevada EE, mostrou que os familiares com elevada EE tendem a tornar-se o foco da interveno grupal. Por sua vez, os familiares com baixa EE recebem mais estratgias relacionadas com aliana teraputica, comparativamente com os familiares com elevada EE. So de realar os dados relativamente s estratgias educativas. Foi possvel observar que estas tendem a acontecer mais no incio dos grupos, no estando associadas a outras estratgias. Contudo de notar a sua baixa utilizao, a rondar apenas os 5%.O Estudo 3 (descrito no Captulo 4) surgiu como uma forma de completar a anlise do Estudo 2, permitindo uma viso mais narrativa do processo e focando, adicionalmente, as mudanas que ocorrem nos participantes. Com base nos mesmos registos utilizados no Estudo 2, codificmos de forma secundria os registos em duas categorias i.e. marcadores de mudana e marcadores emocionais. Os marcadores de mudana foram cotados sempre que um participante exibia comportamentos ou pensamentos diferentes dos anteriores no sentido de uma eventual reduo na EE. Os marcadores emocionais correspondiam expresso intensa de sentimentos por parte dos participantes nas sesses e que estariam relacionados com assuntos-chave para essas pessoas. Os excertos que continham a informao destes marcadores foram posteriormente revistos e articulados com notas e comentrios no estruturados que recolhemos durante a codificao do Estudo 2. Com base nesta informao os registos foram revistos e, utilizando um mtodo indutivo, elabormos uma narrativa acerca da interveno. Os resultados da narrativa foram discutidos com dados de que dispnhamos, referentes a reunies com os terapeutas envolvidos na interveno em anlise (Elizabeth Kuipers, Ruth Berkowitz e Julian Leff; Londres, Novembro de 2011). Reconhecemos que, pela sua natureza no estruturada e indutiva, a avaliao narrativa est mais sujeita ao vis de observador. No obstante, os resultados deste Estudo 3 parecem revestir uma consistncia elevada. O mais relevante foi a evidncia de que na interveno em anlise ocorreram mudanas emocionais significativas nos familiares ao longo das sesses em grupo. Numa fase inicial os familiares tenderam a expressar sentimentos de zanga. Seguidamente, os terapeutas iam nterrompendo o discurso de reminiscncias, direccionavam o discurso para as suas preocupaes actuais e os familiares pareciam ficar mais calmos. Contudo, medida que os 143 participantes mergulhavam nos problemas com que se confrontavam na altura, os sentimentos de zanga davam lugar a sentimentos de perda e angstia. Nessa altura os terapeutas enfatizavam o suporte emocional e introduziam progressivamente tcnicas de reenquadramento para ajudar os participantes a avaliar de forma mais positiva as situaes. Este trabalho dava lugar a sentimentos mais positivos, como a aceitao, apreo e a sensao de controlo. O Estudo 3 evidenciou tambm o que designamos como o Efeito de Passagem de Testemunho. Este efeito aconteceu sempre que um membro novo se juntava ao grupo. Os membros antigos, que estavam a ser o alvo das atenes e naturalmente a receber mais interveno, mudam de papel e passam eles prprios a focar as suas atenes nos membros mais recentes do grupo, contribuindo para a dinmica do grupo com as mesmas intervenes que os ajudaram previamente. Por exemplo, alguns membros antigos que eram altamente crticos nos grupos em relao aos seus familiares passavam a fazer comentrios de reenquadramento dirigidos para os novos membros. Por fim, o Captulo 5 resume as concluses gerais deste projecto de investigao. Os estudos apresentados permitiram um incremento no conhecimento acerca do processo das IFP. Anteriormente esta informao era baseada sobretudo na opinio de peritos. Com este projecto aumentmos o nvel de evidncia ao apresentar estudos com base em dados empricos. A anlise qualitativa do Estudo 2 permitiu pela primeira vez, tanto quanto do nosso conhecimento, perceber de forma aprofundada o processo subjacente a uma IFP (no contexto de um ensaio clnico que se revelou como um dos mais eficazes de sempre). Identificmos as estratgias mais utilizadas, as relaes entre elas e a sua diferente aplicao entre familiares com baixa EE e familiares com alta EE.O Estudo 3 completou a informao incluindo aspectos relacionados com as mudanas individuais durante o programa. No final foi possvel perceber que as IFP devem ser um programa por etapas. Nos Estudo 2 e 3, evidencimos que numa fase inicial, os terapeutas dedicaram especial ateno para que os familiares tivessem espao para partilharem as suas necessidades, disponibilizando logo de seguida estratgias para promover o suporte emocional e estratgias de coping. Num nvel subsequente do programa, o trabalho teraputico avanou para estratgias mais direccionadas para regular a EE, mantendo sempre as estratgias iniciais ao longo das sesses. Assim apesar de a educao ter sido um componente importante na IFP em anlise, houve outras estratgias mais relevantes no processo. A evidncia gerada pelos Estudos 2 e 3 baseou-se em registos histricos de elevado valor, sendo que os constructos subjacentes na poca, nomeadamente a EE, continuam a ser a base da investigao e prtica das IFP a nvel mundial em diferentes culturas (Butzlaff & Hooley, 1998). Conclumos que as IFP so um processo complexo com diferentes nveis de interveno, podendo gerar mudanas emocionais nos participantes durante as sesses. No futuro ser importante replicar o nosso trabalho (nomeadamente o Estudo 2) com outras abordagens de IFP, de modo a obter informao acerca do seu processo. Esse conhecimento ser fundamental para uma possvel evoluo do paradigma das IFP. ----------- ABSTRACT: Background: Psychotic-spectrum disorders are complex biopsychosocial conditions and family issues are important determinants of prognosis. The discovery of the influence of expressed emotion on the course of schizophrenia paved the road to the development of family interventions aiming to lower the emotional temperature in the family. These treatment approaches became widely recognised. Effectiveness studies showed remarkable and strong results in relapse prevention and these interventions were generalised to other psychotic disorders besides schizophrenia. Family interventions for psychosis (FIP) prospered and were included in the most important treatment guidelines. However, there was little knowledge about the process of FIP. Different FIP approaches all led to similar outcomes. This intriguing fact caught the attention of authors and attempts were made to identify the key-elements of FIP. Notwithstanding, these efforts were mainly based on experts opinions and the conclusions were scanty. Therefore, the knowledge about the process of FIP remains unclear. Aims: To find out which are the key-elements of FIP based on empirical data. Methods: Qualitative research. Three studies were conducted to explore the process of FIP and isolate variables that allowed the identification of the key-elements of FIP. Study 1 consisted of a systematic literature review of studies evaluating process-related variables of FIP. Study 2 subjected the intervention records of a formerly conducted effective clinical trial of FIP to a qualitative analysis. Records were analysed into categories and the emerging data were explored using descriptive statistics and generalised estimating equations. Study 3 consisted of a narrative evaluation using an inductive qualitative approach, examining the same data of Study 2. Emotional markers and markers of change were identified in the records and the content of these excerpts was synthesised and discussed. Results: On Study 1, searches revealed 733 results and 22 papers were included in the qualitative synthesis. We found a single study comprehensively exploring the process of FIP. All other studies focused on particular aspects of the process-related variables. The key-elements of FIP seemed to be the so-called common therapeutic factors, followed by education about the illness and coping skills training. Other elements were also identified, as the majority of studies evidenced a multiple array of components. Study 2,revealed as the most used strategies in the intervention programme we analysed: the addressing of needs; sharing; coping skills and advice; emotional support; dealing with overinvolvement; and reframing relatives views about patients behaviours. Patterns of the usefulness of the strategies throughout the intervention programme were identified and differences between high expressed emotion and low expressed emotion relatives were elucidated. Study 3 accumulated evidence that relatives experience different emotions during group sessions, ranging from anger to grief, and later on, to acceptance and positive feelings. Discussion: Study 1 suggested a stepped model of intervention according to the needs of the families. It also revealed a gap in qualitative research of FIP. Study 2 demonstrated that therapists of the trial under analysis often created opportunities for relatives to express and share their concerns throughout the entire treatment programme. The use of this strategy was immediately followed by coping skills enhancement, advice and emotional support. Strategies aiming to deal with overinvolvement may also occur early in the treatment programme. Reframing was the next most used strategy, followed by dealing with anger, conflict and rejection. This middle and later work seems to operate in lowering criticism and hostility, while the former seems to diminish overinvolvement. Single-family sessions may be used to augment the work developed in the relatives groups. Study 3 revealed a missing part of Study 2. It demonstrated that the process of FIP promotes emotional changes in the relatives and therapists must be sensitive to the emotional pathway of each participant in the group.

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Sustentado numa abordagem conceptual da Terminologia, o trabalho de investigao que a seguir se desenvolve visa propor um cenrio de resposta questo: como se define o blended learning no contexto educativo de Ensino Superior Ps-Bolonha? A necessidade de compreender, delimitar e harmonizar o conceito de blended learning no panorama actual do Ensino Superior, resulta do pressuposto de que muito embora proliferem descries de prticas e modelos para a sua operacionalizao de reconhecida qualidade - tal como sucede com outros conceitos sob alada da educao a distncia - a reflexo terica ainda insuficiente. Com efeito, para responder questo supra-colocada, prope-se o desenho de uma metodologia para construo de uma definio intensional do conceito de blended learning que herde, subsuma e melhore o conhecimento existente, identificado atravs da anlise de texto para fins onomasiolgicos e de um processo de elicitao de conhecimento tcito e de negociao discursiva junto de sujeitos especializados. A proposta de desenho metodolgico que neste trabalho de esboa escora-se globalmente em trs etapas: (1) etapa exploratria do domnio-objecto de estudo; (2) etapa de anlise onamasiolgica de evidncia textual e discursiva; (3) etapa de modelizao e de validao de resultados. Pretende-se, em primeiro lugar, atravs do estudo do espao conceptual das modalidades de educao que se situam no continuum presena-distncia sistematizar e ordenar as vises analisadas, propondo representaes de educao presencial, educao a distncia, e-learning, educao online, aprendizagem enriquecida por tecnologias e ainda de outras modalidades emergentes. As representaes assumem o carcter de proposta aberta e decorrem da necessidade de uma primeira ordenao no sentido de topografrar, delineando - a um nvel macro - o possvel lugar do conceito de blended learning naquele cenrio. Num segundo momento, aprofunda-se e circunscreve-se a anlise, depurando a evidncia observada, agora reduzida a um conjunto de contextos ricos em informao conceptual um corpus escrito e oral de definies e descries de blended learning identificando candidatas a caractersticas essenciais e candidatas a caractersticas acidentais. Num terceiro momento, procede-se modelizao do conhecimento, encapsulando-a numa proposta de definio sujeita a um processo iterativo e reflexivo, constitudo por um conjunto de ciclos de investigao-aco, os quais reflectem a sequncia de interaces entre o terminlogo e sujeitos especializados. Defender-se- que a experimentao deste desenho revela a produtividade de uma sequncia cclica entre a anlise textual e discursiva para fins onomasiolgicos, a interaco colaborativa e a introspeco. Por outras palavras, embora a natureza do estudo realizado no permita a generalizao, para alm da relao didica de mediao que o terminolgo estabelece com o especialista, defende-se a produtividade de um procedimento de aco-reflexo autnomo, solitrio e introspectivo, no mbito da qual o terminlogo se afirma como sujeito conceptualizador, decisor e interventor. Resultam deste percurso uma proposta de definio e de descrio de blended learning em lngua portuguesa que acreditamos poder servir diferentes actores da comunidade acadmica envolvida neste domnio de especialidade.

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O nosso trabalho tem como objectivo apresentar uma organizao de um Vocabulrio de Base no Ensino Primrio em Angola, numa perspectiva de ensino e aprendizagem do Portugus, em contexto angolano, com vista contribuio e melhoria das estratgias do ensino e aprendizagem do vocabulrio, no s em sala de aula, como tambm a sua aplicao em materiais didcticos, como em dicionrios de aprendizagem. Apresentmos, de uma forma sucinta, a organizao e o contexto de desenvolvimento dos Sistema de Educao de Angola, com a finalidade de fazer um enquadramento dos planos de estudo do Ensino Primrio. Foram importantes as abordagens sobre os conceitos bsicos de Lexicologia, Lexicografia, lxico, cultura, vocabulrio, Lexicultura. Usmos o software Hyperbase como metodologia para o levantamento, seleco e organizao dos vocbulos nos manuais escolares. O software serviu para anlise dos dados dos textos, de modo a propor um dicionrio de aprendizagem, conforme o modelo apresentado no final do trabalho.

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Ao longo das ltimas dcadas o Parque Natural da Arrbida (PNArr) tem vindo a ser alvo de um elevado nmero de presses antrpicas. Tal situao fica-se a dever atractividade paisagstica e ambiental e localizao geogrfica desta rea Protegida, que se encontra prximo de reas urbanas com uma elevada densidade populacional. Uma dessas presses antrpicas a rea construda, na sua grande maioria residncias secundrias, que se verificam em algumas reas no interior do PNArr, sobretudo a partir da segunda metade da dcada de 80 do sculo passado. Este fenmeno origina uma srie de efeitos negativos, como por exemplo a fragmentao de habitats. Com base nesta premissa prope-se uma metodologia que permita proceder monitorizao de reas edificadas na rea do parque. A presente dissertao pretendeu avaliar o contributo da Deteco Remota (DR) e dos Sistemas de Informao Geogrfica (SIG) como instrumentos para monitorizar a taxa de edificao, que restringida pelos planos de ordenamento. Para tal foram selecionadas trs reas: Portinho da Arrbida, Vale de Picheleiros e Serra da Azia, que foram analisadas num espao temporal de 45 anos, entre 1967 e 2012. Para proceder caracterizao, quantificao e espacializao da evoluo de reas construdas foram utilizados SIG e DR. A anlise efectuada teve como informao geogrfica de base Fotografias Areas (1967, 1977 e 1978) e Ortofotomapas (1995, 1999, 2007 e 2012), informao vectorial referente aos limites do PNArr e aos Planos de Ordenamento e, como informao complementar, a Base Geogrfica de Referenciao da Informao dos anos de 1991, 2001 e 2011. Os resultados obtidos demonstram a existncia de dinmicas evolutivas da rea construda diferenciadas em cada uma das trs reas de estudo. No Portinho da Arrbida as demolies ocorridas em 1986 reduziram a rea edificada e desde ento o aumento da rea construda pouco significativo. No Vale de Picheleiros registou-se um aumento de dez vezes a rea construda inicial e mais notrio o impacto das medidas de restrio edificao estabelecidas no plano de ordenamento de 2005, comparativamente ao plano preliminar de ordenamento de 1980. Na Serra da Azia, o reduzido aumento de reas construdas, entre 2007 e 2012, no zonamento Proteco Complementar II, traduz o efeito das restries edificao estabelecidas no plano de ordenamento de 2005. No outro zonamento, Permetro Urbano, no possvel verificar os efeitos das restries, uma vez que esta rea est fora da gesto do Parque. As informaes geogrficas produzidas com base na utilizao de Tecnologias de Informao Geogrfica revelam ser essenciais para a gesto e monitorizao da taxa de edificao. Os resultados produzidos ajudam caracterizao do territrio, bem como identificao de tendncias de evoluo da rea edificada.

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Trabalhos recentes tm demonstrado que a medio de perfis de condutividade elctrica uma tcnica eficaz, rpida e no destrutiva para a caracterizao de materiais metlicos ligados por soldadura por fuso ou no estado slido. Os resultados referentes s ligas de alumnio mostram que existe uma estreita correlao entre os perfis de condutividade elctrica e os perfis de dureza, sendo os primeiros determinados sobretudo pelo tamanho de gro. Relativamente s ligas de ao, verifica-se que os perfis de condutividade elctrica tambm permitem identificar as diferentes zonas termicamente afectadas devido aos processos de soldadura por fuso, as quais so geralmente descritas por zona fundida (ZF) e zona termicamente afectada (ZTA), sendo a sua extenso dependente sobretudo da Entrega Trmica (ET). Contudo, em algumas ligas, as caractersticas metalrgicas que controlam as variaes de condutividade elctrica no esto devidamente descritas ou compreendidas. Nesse sentido, o objectivo do presente trabalho foi caracterizar os perfis de condutividade elctrica em diferentes ligas de ao soldadas por fuso, identificando os principais aspectos metalrgicos que lhes esto subjacentes. Foram realizados cordes de soldadura SER e TIG de aos P11, P22 e no ligado com diferentes parmetros de soldadura. Os perfis de condutividade elctrica foram medidos com sondas de correntes induzidas e com sondas de quatro pontos a diferentes profundidades, tendo sido comparados com os respectivos perfis de microdureza Vickers. Os resultados mostram que existe uma boa correlao entre a condutividade e a dureza, sendo que a condutividade essencialmente determinada pelo tamanho de gro, e pela morfologia da fase ferrtica. A ferrite Witmanstatten facilita a passagem de corrente elctrica ao contrrio da ferrite poligonal que constitui um obstculo passagem de electres. Pode confirmar-se que a medio dos perfis de condutividade uma tcnica com elevado potencial para complementar, ou em alguns casos substituir, a medio de durezas em ligas de ao soldadas por fuso.

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A atividade de engenharia implica uma constante necessidade de tomadas de deciso. Na sua atividade profissional, o engenheiro est permanentemente a ter que tomar decises cuja dificuldade pode variar desde casos simples at situaes de elevada complexidade, dependendo do nmero de fatores envolvidos e da sua incerteza associada. A tomada de deciso durante a parte conceptual do projeto uma destas situaes, na medida em que as decises ento tomadas determinam fortemente os desenvolvimentos subsequentes. Por outro lado, a informao disponvel ainda escassa. Para alm disso, quaisquer alteraes posteriores contribuiro necessariamente para o encarecimento da soluo final. sobre a tomada de deciso na fase embrionria do projeto que se insere a presente dissertao. Nela se enfoca a importncia da existncia de ferramentas de suporte tomada de deciso em projeto de engenharia contribuindo para a fundamentao das opes tomadas. Como exemplo, neste trabalho feita a escolha de uma opo, de entre quatro possveis apresentadas, para um banco de ensaios para atuadores hidrulicos usados no trem de aterragem dos avies Dornier 228. Inicialmente so apresentadas algumas das principais teorias e mtodos para apoio tomada de deciso em engenharia, tendo sido eleita a Teoria Axiomtica do Projeto como ferramenta de suporte para a seleo da melhor opo entre vrias solues alternativas. A escolha da Teoria Axiomtica reside no facto de esta se caracterizar por ter uma fundamentao terica de acordo com os padres da cincia moderna e apresentar uma base analtica rigorosa para a conduo da atividade de projeto. Depois de uma anlise detalhada legislao aeronutica aplicvel aos ensaios e do levantamento das condies fsicas e humanas existentes na empresa onde decorreu o presente estudo, foram geradas quatro solues alternativas para a instalao de um banco de ensaios para atuadores hidrulicos. A opo selecionada foi feita com base no contedo de informao de cada alternativa, de acordo segundo axioma da Teoria Axiomtica. A dissertao termina com o desenvolvimento mais detalhado da soluo eleita, aps o que so retiradas concluses e apontadas desejveis aes futuras.

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RESUMO - Introduo: O cancro da mama uma das principais causas de mortalidade por doena oncolgica. O rastreio contribui para o aumento da sobrevivncia, mas apresenta riscos como a obteno de um resultado falso positivo com efeitos controversos sobre a participao subsequente. Mtodos: Realizou-se um estudo de coorte histrico (2006-2012) de 170.835 mulheres com 45-67 anos, elegveis para o programa de rastreio do cancro da mama da ARSC,IP. Calcularam-se as medidas de efeito de um falso positivo da leitura na no participao na volta consecutiva de rastreio do cancro da mama, e a associao entre o evento em estudo e factores sociodemogrficos, relacionados com o rastreio e com a anamnese, atravs de anlise de regresso de Poisson. Resultados: A incidncia de no participao foi 12,13%. A exposio a falso positivo da leitura aumentou 8,01% o risco absoluto de no participao. O falso positivo da leitura da mamografia revelou-se um factor de risco para a no participao (RRa=1,17; IC 1,10-1,25). O efeito protector da existncia de participaes anteriores foi superior ao efeito dos factores de risco identificados. Identificaram-se outros factores de risco e de proteco. Discusso: De acordo com os factores de risco e de proteco identificados recomendaram-se alteraes operacionalizao do programa de rastreio, a manuteno das estatgias adequadas e a realizao de estudos futuros para avaliar o efeito de outros factores no includos neste estudo. A comunicao do risco associado a um resultado anormal da mamografia importante para diminuir a ansiedade consequente ao rastreio, devendo ser oferecidas intervenes que promovam a participao no rastreio.