61 resultados para Célula TCD4
Resumo:
O objetivo deste estudo o desenvolvimento e validao de mtodos espectroscpicos (espectroscopia NIR) que possam vir a substituir os mtodos qumicos convencionais, para quantificao de grupos hidrxilo em resinas alqudicas. As resinas alqudicas estudadas neste trabalho so normalmente utilizadas em sistemas de revestimento de dois componentes, em que os seus grupos hidrxilo reagem com pr-polmeros de isocianato para formar revestimentos de alta dureza. Por este motivo e por questes processuais ligadas estequiometria da reao existente na aplicao referida, extremamente importante a quantificao destes grupos. O mtodo mais comum de quantificao de grupos hidrxilo conhecido como mtodo de titulao. Este um mtodo demorado, pois cada medio implica um procedimento experimental de cerca de duas horas, para alm de ser muito dispendioso, a nvel econmico. Foram estudadas as influncias da temperatura, heterogeneidade e nvel de enchimento da célula na recolha do espectro. As concluses dos estudos mencionados levaram fixao de um tempo ideal de permanncia da célula dentro da cmara do espectrofotmetro antes da medio do espectro. Para alm disto, conclui-se que para lotes standard, a heterogeneidade no uma varivel significativa. O nvel da célula deve ser mantido constante. Os mtodos desenvolvidos, baseados na norma de qualidade ISO 15063:2011, foram construdos a partir de algoritmos de Partial Least Squares Regression (PLS), utilizando um equipamento NIRVIS, Bchi. Foram obtidos bons coeficientes de regresso linear para a Resina A (R2>0,9). Quanto aos restantes resultados, estes indicam a possibilidade de aplicao em resinas do mesmo tipo. Este mtodo proporciona resultados 8 vezes mais rpidos e com custos em material que representam 1% do mtodo standard.
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O objetivo deste estudo o desenvolvimento e validao de mtodos espectroscpicos (espectroscopia NIR) que possam vir a substituir os mtodos qumicos convencionais, para quantificao de grupos hidrxilo em resinas alqudicas. As resinas alqudicas estudadas neste trabalho so normalmente utilizadas em sistemas de revestimento de dois componentes, em que os seus grupos hidrxilo reagem com pr-polmeros de isocianato para formar revestimentos de alta dureza. Por este motivo e por questes processuais ligadas estequiometria da reao existente na aplicao referida, extremamente importante a quantificao destes grupos. O mtodo mais comum de quantificao de grupos hidrxilo conhecido como mtodo de titulao. Este um mtodo demorado, pois cada medio implica um procedimento experimental de cerca de duas horas, para alm de ser muito dispendioso, a nvel econmico. Foram estudadas as influncias da temperatura, heterogeneidade e nvel de enchimento da célula na recolha do espectro. As concluses dos estudos mencionados levaram fixao de um tempo ideal de permanncia da célula dentro da cmara do espectrofotmetro antes da medio do espectro. Para alm disto, conclui-se que para lotes standard, a heterogeneidade no uma varivel significativa. O nvel da célula deve ser mantido constante. Os mtodos desenvolvidos, baseados na norma de qualidade ISO 15063:2011, foram construdos a partir de algoritmos de Partial Least Squares Regression (PLS), utilizando um equipamento NIRVIS, Bchi. Foram obtidos bons coeficientes de regresso linear para a Resina A (R2>0,9). Quanto aos restantes resultados, estes indicam a possibilidade de aplicao em resinas do mesmo tipo. Este mtodo proporciona resultados 8 vezes mais rpidos e com custos em material que representam 1% do mtodo standard.
Resumo:
Parte do trabalho efetuado durante este projeto de dissertao foi publicado na revista Chemico-Biological Interactions. E apresentado no 50th Congress of the European Societies of Toxicology 7th - 10th September 2014 Edinburgh International Conference Centre, Edinburgh, Scotland em forma de poster.
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RESUMO: A pele o maior rgo do corpo humano e a sua pigmentao essencial para a sua colorao e proteo contra os efeitos nocivos da radiao ultravioleta (UV). A pigmentao da pele resulta essencialmente de trs processos: a sntese e o armazenamento de melanina pelos melancitos, em organelos especializados denominados melanossomas; o transporte dos melanossomas dentro dos melancitos; e finalmente, a transferncia dos melanossomas para os queratincitos adjacentes. Nos queratincitos, a melanina migra para a regio perinuclear apical da célula para formar um escudo protetor,responsvel pela proteo do DNA dos danos causados pela radiao UV. Os melancitos esto localizados na camada basal da epiderme e contactam com 30-40 queratincitos. Em conjunto, estas células formam a unidade melano-epidrmica. Apesar dos processos de sntese e transporte de melanina nos melancitos estarem bastante bem caracterizados, os mecanismos moleculares subjacentes transferncia inter-celular de melanina so menos conhecidos e ainda controversos. Dados preliminares obtidos pelo nosso grupo, que se basearam na observao de amostras de pele humana por microscopia electrnica, indicam que a forma predominante de transferncia de melanina na epiderme consiste na exocitose dos melanossomas pelos melancitos e subsequente endocitose da melanina por queratincitos. Para alm disso sabe-se que as protenas Rab, que controlam o trfego membranar, esto envolvidas em vrias etapas de pigmentao da pele, nomeadamente na biognese e no transporte de melanina. Assim, dado o seu papel fundamental nestes processos, questionmo-nos sobre o seu envolvimento na transferncia de melanina. Com este trabalho, propomo-nos a expandir o conhecimento atual sobre a transferncia de melanina na pele, atravs do estudo detalhado dos seus mecanismos moleculares, identificando as protenas Rab que regulam o processo. Pretendemos tambm confirmar o modelo de exo/endocitose como sendo o mecanismo principal de transferncia de melanina. Primeiro, explormos a regulao da secreo de melanina pelos melancitos e analismos o papel de protenas Rab neste processo. Os resultados foram obtidos recorrendo a um mtodo in vitro, desenvolvido previamente no laboratrio, que avalia a quantidade de melanina segregada para o meio de cultura por espectrofotometria, e ainda por microscopia, contando o nmero de melanossomas transferidos para os queratincitos. Atravs de co-culturas de melancitos e queratincitos, verificou-se que os queratincitos estimulam a libertao de melanina dos melancitos para o meio extra-celular, bem como a sua transferncia para os queratincitos. Alm disso, a protena Rab11b foi identificada como um regulador da exocitose de melanina e da sua transferncia para os queratincitos. De facto, a diminuio da expresso de Rab11b em melancitos provocou a reduo da secreo de melanina estimulada por queratincitos, bem como da transferncia desta. Em segundo lugar, para complementar o nosso estudo, centrmos a nossa investigao na internalizao de melanina por queratincitos. Especificamente, usando uma biblioteca de siRNA, explormos o envolvimento de protenas Rab na captao de melanina por queratincitos. Como primeira abordagem, usmos esferas fluorescentes como substituto de melanina, avaliando os resultados por citometria de fluxo. No entanto, este mtodo revelou-se ineficaz uma vez que a internalizao destas esferas independente do recetor PAR-2 (recetor 2 ativado por protease), que foi previamente descrito como essencial na captao de melanina por queratincitos Posteriormente, foi desenvolvido um novo protocolo de endocitose baseado em microscopia, usando melanossomas sem a membrana envolvente (melanocores) purificados do meio de cultura de melancitos, incluindo um programa informtico especialmente desenhado para realizar uma anlise semi-automatizada. Aps internalizao, os melanocores acumulam-se na regio perinuclear dos queratincitos, em estruturas que se assemelham ao escudo supranuclear observado na pele humana. Seguidamente, o envolvimento do recetor PAR-2 na captao de melanocores por queratincitos foi confirmado, utilizando o novo protocolo de endocitose desenvolvido. Para alm disso, a necessidade de quatro protenas Rab foi identificada na internalizao de melanocores por queratincitos. A reduo da expresso de Rab1a ou Rab5b em queratincitos diminuiu significativamente o nvel de internalizao de melanocores, enquanto o silenciamento da expresso de Rab2a ou Rab14 aumentou a quantidade de melanocores internalizados por estas células. Em concluso, os resultados apresentados corroboram as observaes anteriores, obtidas em amostras de pele humana, e sugerem que o mecanismo de transferncia predominante a exocitose de melanina pelos melancitos, induzida por queratincitos, seguida por endocitose pelos queratincitos. A pigmentao da pele tem implicaes tanto ao nvel da cosmtica, como ao nvel mdico, relacionadas com foto-envelhecimento e com doenas pigmentares. Assim sendo, ao esclarecer quais os mecanismos moleculares que regulam a transferncia de melanina na pele, este trabalho pode conduzir ao desenvolvimento de novas estratgias para modular a pigmentao da pele.----------------ABSTRACT: Skin pigmentation is achieved through the highly regulated production of the pigment melanin in specialized organelles, termed melanosomes within melanocytes. These are transported from their site of synthesis to the melanocyte periphery before being transferred to keratinocytes where melanin forms a supra-nuclear cap to protect the DNA from UVinduced damage. Together, melanocytes and keratinocytes form a functional complex, termed epidermal-melanin unit, that confers color and photoprotective properties to the skin. Skin pigmentation requires three processes: the biogenesis of melanin; its intracelular transport within the melanocyte to the cell periphery; and the melanin transfer to keratinocytes. The first two processes have been extensively characterized. However, despite significant advances that have been made over the past few years, the mechanisms underlying inter-cellular transfer of pigment from melanocytes to keratinocytes remain controversial.Preliminary studies from our group using electron microscopy and human skin samples found evidence for a mechanism of coupled exocytosis-endocytosis. Rab GTPases are master regulators of intracellular trafficking and have already been implicated in several steps of skin pigmentation. Thus, we proposed to explore and characterize the molecular mechanisms of melanin transfer and the role of Rab GTPases in this process. Moreover, we investigated whether the exo/endocytosis model is the main mechanism of melanin transfer. We first focused on melanin exocytosis by melanocytes. Then, we started to investigate the key regulatory Rab proteins involved in this step by establishing an in vitro tissue culture model of melanin secretion. Using co-cultures of melanocytes and keratinocytes, we found that keratinocytes stimulate melanin release and transfer. Moreover, depletion of Rab11b decreases keratinocyte-induced melanin exocytosis by melanocytes. In order to determine whether melanin exocytosis is a predominant mechanism of melanin transfer, the amount of melanin transferred to keratinocytes was then assayed in conditions where melanin exocytosis was inhibited. Indeed, Rab11b depletion resulted in a significant decrease in melanin uptake by keratinocytes. Taken together, these observations suggest that Rab11b mediates melanosome exocytosis from melanocytes and transfer to keratinocytes. To complement and extend our study, we of melanin by keratinocytes. Thus, we aimed to explore the effect of depleting Rab GTPases on melanin uptake and trafficking within keratinocytes. As a first approach, we used fluorescent microspheres as a melanin surrogate. However, the uptake of microspheres was observed to be independent of PAR-2, a receptor that is required for melanin uptakecentred our attention in the internalization of melanin by keratinocytes. Thus, we aimed to explore the effect of depleting Rab GTPases on melanin uptake and trafficking within keratinocytes. As a first approach, we used fluorescent microspheres as a melanin surrogate. However, the uptake of microspheres was observed to be independent of PAR-2, a receptor that is required for melanin uptake.Therefore, we concluded that microspheres were uptaken by keratinocytes through a different pathway than melanin. Subsequently, we developed a microscopy-based endocytosis assay using purified melanocores (melanosomes lacking the limiting membrane) from melanocytes, including a program to perform a semi-automated analysis. Melanocores are taken up by keratinocytes and accumulate in structures in the perinuclear area that resemble the physiological supranuclear cap observed in human skin. We then confirmed the involvement of PAR-2 receptor in the uptake of melanocores by keratinocytes, using the newly developed assay. Furthermore, we identified the role of four Rab GTPases on the uptake of melanocores by keratinocytes. Depletion of Rab1a and Rab5b from keratinocytes significantly reduced the uptake of melanocores, whereas Rab2a, and Rab14 silencing increased the amount the melanocores internalized by XB2 keratinocytes. In conclusion, we present evidence supporting keratinocyte-inducedmelanosome exocytosis from melanocytes, followed by endocytosis of the melanin core by keratinocytes as the predominant mechanism of melanin transfer in skin. Although advances have been made, there is a need for more effective and safer therapies directed at pigmentation disorders and also treatments for cosmetic applications. Hence, the understanding of the above mechanisms of skin pigmentation will lead to a greater appreciation of the molecular machinery underlying human skin pigmentation and could interest the pharmaceutical and cosmetic industries.
Resumo:
RESUMO:O glicosilfosfatidilinositol (GPI) um complexo glicolipdico utlizado por dezenas de protenas, o qual medeia a sua ancoragem superfcie da célula. Protenas de superfcie celular ancoradas a GPI apresentam vrias funes essenciais para a manuteno celular. A deficincia na sntese de GPI o que caracteriza principalmente a deficincia hereditria em GPI, um grupo de doenas autossmicas raras que resultam de mutaes nos genes PIGA, PIGL, PIGM, PIGV, PIGN, PIGO e PIGT, os quais sao indispensveis para a biossntese do GPI. Uma mutao pontual no motivo rico em GC -270 no promotor de PIGM impede a ligao do factor de transcrio (FT) Sp1 sua sequncia de reconhecimento, impondo a compactao da cromatina, associada hipoacetilao de histonas, e consequentemente, impedindo a transcrio de PIGM. Desta forma, a adio da primeira manose ao GPI comprometida, a sntese de GPI diminui assim como as protenas ligadas a GPI superficie das células. Pacientes com Deficincia Hereditria em GPI-associada a PIGM apresentam trombose e epilesia, e ausncia de hemlise intravascular e anemia, sendo que estas duas ltimas caractersticas definem a Hemoglobinria Paroxstica Nocturna (HPN), uma doena rara causada por mutaes no gene PIGA. Embora a mutao que causa IGD seja constitutiva e esteja presente em todos os tecidos, o grau de deficincia em GPI varia entre células do mesmo tecido e entre células de tecidos diferentes. Por exemplo nos granulcitos e linfcitos B a deficincia em GPI muito acentuada mas nos linfcitos T, fibroblastos, plaquetas e eritrcitos aproximadamente normal, da a ausncia de hemlise intravascular. Os eventos transcricionais que esto na base da expresso diferencial da ncora GPI nas células hematopoiticas so desconhecidos e constituem o objectivo geral desta tese. Em primeiro lugar, os resultados demonstraram que os nveis de PIGM mRNA variam entre células primrias hematopoiticas normais. Adicionalmente, a configurao dos nucleossomas no promotor de PIGM mais compacta em células B do que em células eritrides e tal est correlacionado com os nveis de expresso de PIGM, isto , inferior nas células B. A presena de vrios motivos de ligao para o FT especfico da linhagem megacarioctica-eritride GATA-1 no promotor de PIGM sugeriu que GATA-1 desempenha um papel regulador na sua transcrio. Os resultados mostraram que muito possivelmente GATA-1 desempenha um papel repressor em vez de activador da expresso de PIGM. Resultados preliminares sugerem que KLF1, um factor de transcrio restritamente eritride, regula a transcrio de PIGM independentemente do motivo -270GC. Em segundo lugar, a investigao do papel dos FTs Sp demonstrou que Sp1 medeia directamente a transcrio de PIGM em ambas as células B e eritride. Curiosamente, ao contrrio do que acontece nas células B, em que a transcrio de PIGM requer a ligao do FT geral Sp1 ao motivo -270GC, nas células eritrides Sp1 regula a transcrio de PIGM ao ligar-se a montante e no ao motivo -270GC. Para alm disso, demonstrou-se que Sp2 no um regulador directo da transcrio de PIGM quer nas células B quer nas células eritrides. Estes resultados explicam a ausncia de hemlise intravascular nos doentes com IGD associada a PIGM, uma das principais caractersticas que define a HPN. Por ltimo, resultados preliminares mostraram que a represso da transcrio de PIGM devida mutao patognica -270C>G est associada com a diminuio da frequncia de interaces genmicas em cis entre PIGM e os seus genes vizinhos, sugerindo adicionalmente que a regulao de PIGM e desses genes partilhada. No seu conjunto, os resultados apresentados nesta tese contribuem para o conhecimento do controlo transcricional de um gene housekeeping, especfico-detecido, por meio de FTs genricos e especficos de linhagem.-------------ABSTRACTC: Glycosylphosphatidylinositol (GPI) is a complex glycolipid used by dozens of proteins for cell surface anchoring. GPI-anchored proteins have various functions that are essential for the cellular maintenance. Defective GPI biosynthesis is the hallmark of inherited GPI deficiency (IGD), a group of rare autosomal diseases caused by mutations in PIGA, PIGL, PIGM, PIGV, PIGN, PIGO and PIGT, all genes indispensable for GPI biosynthesis. A point mutation in the -270GC-rich box in the core promoter of PIGM disrupts binding of the transcription factor (TF) Sp1 to it, imposing nucleosome compaction associated with histone hypoacetylation, thus abrogating transcription of PIGM. As a consequence of PIGM transcriptional repression, addition of the first mannose residue onto the GPI core and thus GPI production are impaired; and expression of GPI-anchored proteins on the surface of cells is severely impaired. Patients with PIGM-associated IGD suffer from life-threatening thrombosis and epilepsy but not intravascular haemolysis and anaemia, two defining features of paroxysmal nocturnal haemoglobinuria (PNH), a rare disease caused by somatic mutations in PIGA. Although the disease-causing mutation in IGD is constitutional and present in all tissues, the degree of GPI deficiency is variable and differs between cells of the same and of different tissues. Accordingly, GPI deficiency is severe in granulocytes and B cells but mild in T cells, fibroblasts, platelets and erythrocytes, hence the lack of intravascular haemolysis.The transcriptional events underlying differential expression of GPI in the haematopoietic cells of PIG-M-associated IGD are not known and constitute the general aim of this thesis. Firstly, I found that PIGM mRNA levels are variable amongst normal primary haematopoietic cells. In addition, the nucleosome configuration in the promoter of PIGM is more compacted in B cells than in erythroid cells and this correlated with the levels of PIGM mRNA expression, i.e., lower in B cells. The presence of several binding sites for GATA-1, a mega-erythroid lineage-specific transcription factor (TF), at the PIGM promoter suggested that GATA-1 has a role on PIGM transcription. My results showed that GATA-1 in erythroid cells is most likely a repressor rather than an activator of PIGM expression. Preliminary data suggested that KLF1, an erythroid-specific TF, regulates PIGM transcription but independently of the -270GC motif. Secondly, investigation of the role of the Sp TFs showed that Sp1 directly mediates PIGM transcriptional regulation in both B and erythroid cells. However, unlike in B cells in which active PIGM transcription requires binding of the generic TF Sp1 to the -270GC-rich box, in erythroid cells, Sp1 regulates PIGM transcription by binding upstream of but not to the -270GC-rich motif. Additionally, I showed that Sp2 is not a direct regulator of PIGM transcription in B and erythroid cells. These findings explain lack of intravascular haemolysis in PIGM-associated IGD, a defining feature of PNH. Lastly, preliminary work shows that transcriptional repression of PIG-M by the pathogenic -270C>G mutation is associated with reduced frequency of in cis genomic interactions between PIGM and its neighbouring genes, suggesting a shared regulatory link between these genes and PIGM. Altogether, the results presented in this thesis provide novel insights into tissuespecific transcriptional control of a housekeeping gene by lineage-specific and generic TFs.
Resumo:
RESUMO: As células endoteliais definem e delineiam todo o sistema vascular...Nesta tese procurmos explorar o papel que o ambiente tumoral exerce sobre as células endoteliais. ... Avaliamos tambm a capacidade anti-angiognica de alguns derivados do estrognio... Em suma os nossos resultados mostram a importncia de um controlo rigoroso da regulao transcricional...
Resumo:
RESUMO: A reprogramao celular permite que uma célula somtica seja reprogramada para outra célula diferente atravs da expresso forada de factores de transcrio (FTs) especficos de determinada linhagem celular, e constitui uma rea de investigao emergente nos ltimos anos. As células somticas podem ser experimentalmente manipuladas de modo a obter células estaminais pluripotentes induzidas (CEPi), ou convertidas directamente noutro tipo de célula somtica. Estas descobertas inovadoras oferecem oportunidades promissoras para o desenvolvimento de novas terapias de substituio celular e modelos de doena, funcionando tambm como ferramentas valiosas para o estudo dos mecanismos moleculares que estabelecem a identidade celular e regulam os processos de desenvolvimento. Existem vrias doenas degenerativas hereditrias e adquiridas da retina que causam deficincia visual devido a uma disfuno no tecido de suporte da retina, o epitlio pigmentar da retina (EPR). Uma destas doenas a Coroideremia (CHM), uma doena hereditria monognica ligada ao cromossoma X causada por mutaes que implicam a perda de funo duma protena com funes importantes na regulao do trfico intracelular. A CHM caracterizada pela degenerescncia progressiva do EPR, assim como dos foto-receptores e da coride. Resultados experimentais sugerem que o EPR desempenha um papel importante na patognese da CHM, o que parece indicar uma possvel vantagem teraputica na substituio do EPR nos doentes com CHM. Por outro lado, existe uma lacuna em termos de modelos in vitro de EPR para estudar a CHM, o que pode explicar o ainda desconhecimento dos mecanismos moleculares que explicam a patognese desta doena. Assim, este trabalho focou-se principalmente na explorao das potencialidades das tcnicas de reprogramao celular no contexto das doenas de degenerescncia da retina, em particular no caso da CHM. Células de murganho de estirpe selvagem, bem como células derivadas de um ratinho modelo de knockout condicional de Chm, foram convertidos com sucesso em CEPi recorrendo a um sistema lentiviral induzido que permite a expresso forada dos 4 factores clssicos de reprogramao, a saber Oct4, Sox2, Klf4 e c-Myc. Estas células mostraram ter equivalncia morfolgica, molecular e funcional a células estaminais embrionrias (CES). As CEPi obtidas foram seguidamente submetidas a protocolos de diferenciao com o objectivo final de obter células do EPR. Os resultados promissores obtidos revelam a possibilidade de gerar um valioso modelo de EPR-CHM para estudos in vitro. Em alternativa, a converso directa de linhagens partindo de fibroblastos para obter células do EPR foi tambm abordada. Uma vasta gama de ferramentas moleculares foi gerada de modo a implementar uma estratgia mediada por FTs-chave, seleccionados devido ao seu papel fundamental no desenvolvimento embrionrio e especificao do EPR. Conjuntos de 10 ou menos FTs foram usados para transduzir fibroblastos, que adquiriram morfologia pigmentada e expresso de alguns marcadores especficos do EPR. Adicionalmente, observou-se a activao de regies promotoras de genes especficos de EPR, indicando que a identidade transcricional das células foi alterada no sentido pretendido. Em concluso, avanos significativos foram atingidos no sentido da implementao de tecnologias de reprogramao celular j estabelecidas, bem como na concepo de novas estratgias inovadoras. Metodologias de reprogramao, quer para pluripotncia, quer via converso directa, foram aplicadas com o objectivo final de gerar células do EPR. O trabalho aqui descrito abre novos caminhos para o estabelecimento de terapias de substituio celular e, de uma maneira mais directa, levanta a possibilidade de modelar doenas degenerativas da retina com disfuno do EPR numa placa de petri, em particular no caso da CHM.---------------ABSTRACT: Cellular reprogramming is an emerging research field in which a somatic cell is reprogrammed into a different cell type by forcing the expression of lineage-specific transcription factors (TFs). Cellular identities can be manipulated using experimental techniques with the attainment of pluripotency properties and the generation of induced Pluripotent Stem (iPS) cells, or the direct conversion of one somatic cell into another somatic cell type. These pioneering discoveries offer new unprecedented opportunities for the establishment of novel cell-based therapies and disease models, as well as serving as valuable tools for the study of molecular mechanisms governing cell fate establishment and developmental processes. Several retinal degenerative disorders, inherited and acquired, lead to visual impairment due to an underlying dysfunction of the support cells of the retina, the retinal pigment epithelium (RPE). Choroideremia (CHM), an X-linked monogenic disease caused by a loss of function mutation in a key regulator of intracellular trafficking, is characterized by a progressive degeneration of the RPE and other components of the retina, such as the photoreceptors and the choroid. Evidence suggest that RPE plays an important role in CHM pathogenesis, thus implying that regenerative approaches aiming at rescuing RPE function may be of great benefit for CHM patients. Additionally, lack of appropriate in vitro models has contributed to the still poorly-characterized molecular events in the base of CHM degenerative process. Therefore, the main focus of this work was to explore the potential applications of cellular reprogramming technology in the context of RPE-related retinal degenerations. The generation of mouse iPS cells was established and optimized using an inducible lentiviral system to force the expression of the classic set of TFs, namely Oct4, Sox2, Klf4 and c-Myc. Wild-type cells, as well as cells derived from a conditional knockout (KO) mouse model of Chm, were successfully converted into a pluripotent state, that displayed morphology, molecular and functional equivalence to Embryonic Stem (ES) cells. Generated iPS cells were then subjected to differentiation protocols towards the attainment of a RPE cell fate, with promising results highlighting the possibility of generating a valuable Chm-RPE in vitro model. In alternative, direct lineage conversion of fibroblasts into RPE-like cells was also tackled. A TF-mediated approach was implemented after the generation of a panoply of molecular tools needed for such studies. After transduction with pools of 10 or less TFs, selected for their key role on RPE developmental process and specification, fibroblasts acquired a pigmented morphology and expression of some RPE-specific markers. Additionally, promoter regions of RPE-specific genes were activated indicating that the transcriptional identity of the cells was being altered into the pursued cell fate. In conclusion, highly significant progress was made towards the implementation of already established cellular reprogramming technologies, as well as the designing of new innovative ones. Reprogramming into pluripotency and lineage conversion methodologies were applied to ultimately generate RPE cells. These studies open new avenues for the establishment of cell replacement therapies and, more straightforwardly,raise the possibility of modelling retinal degenerations with underlying RPE defects in apetri dish, particularly CHM.
Resumo:
RESUMO: O cancro colo-rectal (CCR) um dos cancros que possui maior taxa de mortalidade a nvel mundial. Em Portugal esta patologia responsvel pela morte de cerca de 3700 pessoas por ano, sendo que estes nmeros aumentam de ano para ano. Ao longo das ltimas dcadas o papel das alteraes genticas na etiologia das patologias oncolgicas tem vindo a ter cada vez mais um maior destaque. O nmero de estudos que avaliam a importncia de polimorfismos, mutaes, alteraes na regulao gnica e interaces entre genes no desenvolvimento destas patologias tem aumentado exponencialmente. Com o aumento do conhecimento da forma como estas alteraes influenciam o desenvolvimento do cancro surgiram os primeiros meios de diagnstico gentico, levando assim a uma alterao da forma como so encarados o diagnstico e a preveno destas doenas. No CCR as formas hereditrias com alteraes genticas inequivocamente identificadas representam apenas 5% dos casos. Existem cerca de 25% que representam formas hereditrias para as quais ainda no foram estabelecidos os padres de alteraes genticas subjacentes. Desta forma, estudos que venham contribuir para um maior conhecimento dos mecanismos moleculares responsveis pelo aumento da susceptibilidade dos indivduos para o desenvolvimento de CCR so extremamente importantes. O CCR uma patologia multifactorial, onde factores genticos interagem com factores ambientais no surgimento e desenvolvimento da doena. Assim, torna-se essencial integrar o estudo das alteraes genticas no contexto ambiental onde os indivduos em estudo se encontram. No caso desta patologia um dos principais factores ambientais estudado a nutrio. Vrios estudos tm sido realizados ao longo dos ltimos anos de forma a compreender como pode a ingesto dos nutrientes influenciar o desenvolvimento de CCR e de que forma interage com as alteraes genticas individuais. O ciclo do folato um dos processos metablicos onde o papel da nutrio em interaco com alteraes genticas mais tem sido estudado nos ltimos anos. Deste cruzamento entre o estudo das alteraes genticas e ambientais surge a Nutrigentica. O conjunto de estudos da presente tese tem como objectivo aumentar o conhecimento do papel das alteraes em genes do ciclo do folato, em interaco com factores nutricionais e de estilo de vida, no s no desenvolvimento de CCR, mas tambm de outra patologia do tracto gastrointestinal, a Doena de Crohn (DC), uma doena inflamatria muitas vezes associada como factor de risco para o desenvolvimento de CCR. Este estudo debruou-se essencialmente no estudo dos genes timidilato sintetase (TYMS) e metionina sintetase (MTR) em populaes com CCR e DC, bem como no padro nutricional destas populaes com particular incidncia nos nutrientes envolvidos no ciclo do folato (folato, metionina, vitamina B6, vitamina B12). Analisando o conjunto de resultados obtidos para os estudos do CCR podemos concluir que quer a TYMS quer a MTR possuem um papel relevante na susceptibilidade para desenvolver esta patologia, assim como tm destaque no funcionamento do ciclo celular durante o processo oncognico. Os resultados demonstram que os factores que levam a uma menor disponibilidade de grupos metil no ciclo de folato (baixos nveis de folato, alterao da actividade de MTR, elevada expresso de TYMS) constituem factores de risco, muito provavelmente por contriburem para uma desregulao dos nveis de metionina disponvel para a metilao do DNA da célula. Demonstram ainda que em células tumorais ocorrem alteraes na regulao do ciclo do folato de forma a favorecer a sntese de DNA em detrimento da metilao do mesmo, alterando para isso a expresso dos genes de forma a que o fluxo de grupos metil provenientes do folato sejam encaminhados para a enzima TYMS. O polimorfismo de deleo 6pb da TYMS surge como um factor de diagnstico e de prognstico de CCR para a populao portuguesa. Dos factores nutricionais analisados apenas o folato aparenta ter um papel relevante na modelao do risco de desenvolver CCR. Na doena de Crohn (DC) podemos verificar que a homocistena e o seu metabolismo podero contribuir para o aparecimento e desenvolvimento da patologia. O aumento da homocistena poder ser o responsvel por um aumento da resposta auto-imune do organismo, promovendo o aparecimento da DC. O polimorfismo A2756G MTR desempenha um papel preponderante como factor de diagnstico da DC, tendo sido associado pela primeira vez a esta patologia. Tem tambm um papel importante no desenvolvimento da doena, uma vez que est associado a uma idade de diagnstico mais baixa, sugerindo assim que o desenvolvimento da doena ocorre de forma mais precoce. Concluindo, com este estudo pensamos ter contribudo para um melhor entendimento do papel do ciclo do folato no desenvolvimento de CCR e DC, sendo um ponto de partida para futuras investigaes que possam revelar cada vez melhor as complexas interaces metablicas desta via e a sua influncia nas patologias estudadas. Do nosso estudo destacamos a importncia de uma anlise global das vrias etapas do ciclo do folato para que se possa compreender a dinmica que se estabelece no desenvolvimento destas patologias, podendo diversas alteraes, quer a nvel gentico quer a nvel nutricional, exercerem efeitos diferentes consoante o estado dos restantes intervenientes do ciclo do folato. Acreditamos que no futuro este estudo permitir que o conhecimento do ciclo do folato tenha cada vez mais uma relevncia fundamental a nvel de diagnstico e teraputica destas patologias.------------ ABSTRACT: Colorectal Cancer (CRC) is one of the cancers that have a higher rate of mortality worldwide. In Portugal this pathology is responsible for the deaths of about 3700 people per year, and these numbers increase each year. Over the past few decades the role of genetic changes in the etiology of oncological pathologies has had an increasingly greater emphasis. The number of studies that evaluate the importance of polymorphisms, mutations, changes in gene regulation and gene interactions in the development of these diseases has increased exponentially. With the increased knowledge of how these changes influence the development of cancer, appeared the first means for genetic diagnostic, leading to a change in the way diagnosis is seen and in the prevention of these diseases. In CRC the hereditary forms with clearly identified genetic changes represent only 5% of cases. There are about 25% representing hereditary forms for which the patterns of genetic changes havent been established. In this way, studies that will contribute to a greater understanding of the molecular mechanisms responsible for increased susceptibility of individuals to the CRC development are extremely important. CRC is a multifactorial pathology, where genetic factors interact with environmental factors in the emergence and development of the disease.Thus, it is essential to integrate the study of genetic changes in the environmental context of the individuals under study. In the case of this pathology one of the main environmental factors studied is nutrition. Several studies have been conducted over the past few years in order to understand how the intake of nutrients can influence the development of CRC and how nutrients interact with the individual genetic changes. The folate cycle is one of the metabolic processes where the role of nutrition in interaction with genetic alterations has been studied in recent years. This cross between the study of genetic and environmental changes developed Nutrigenetics. The set of studies of this thesis aims to increase awareness of the role of changes in genes of the folate cycle, in interaction with nutritional factors and lifestyle, not only in the development of CRC, but also of another pathology of the gastrointestinal tract, Crohn's disease (CD), an inflammatory disease often associated as a risk factor for the development of CRC. This study dealt mainly in the study of genes thymidylate synthase (TYMS) and methionine synthase (MTR) in populations with CRC and CD, as well as in the nutritional pattern of these populations with particular focus on nutrients involved in the folate cycle (folate, methionine, vitamin B6, vitamin B12). Analyzing the results obtained for the CRC studies we conclude that either the MTR TYMS have a relevant role in susceptibility to develop this pathology, and have an important role in the functioning of the cell cycle during oncogenesis. The results show that the factors that lead to a lower availability of methyl groups in folate cycle (low levels of folate, change the activity of MTR, high expression of TYMS) constitute risk factors, most likely by contribute to a dysregulation of methionine levels available for DNA methylation of the cell. Our results also demonstrate that in tumor cells occur changes in the regulation of the folate cycle in order to promote the synthesis of DNA, to the detriment of methylation of the same by changing the expression of genes so that the methyl groups from folate are forwarded to the TYMS enzyme reaction. The deletion polymorphism 6bp of TYMS emerges as a diagnostic and prognostic factor of CCR for the Portuguese population. Nutritional factors analyzed only folate appears to have a major role in modulating the risk of developing CCR.In Crohns disease (CD) we can check that homocysteine and its metabolism may contribute to the emergence and development of this pathology. Increased homocysteine may be responsible for an increase in the body's autoimmune response, promoting the emergence of CD. The polymorphism A2756G MTR plays a leading role as a factor of diagnosis of DC, having been associated with this pathology for the first time. It also has an important role in the development of the disease, since it is associated with a lower diagnostic age, suggesting that the development of the disease occurs earlier. In conclusion, our study has contributed to a better understanding of the role of folate cycle in the development of CRC and CD, being a starting point for future research that may prove increasingly complex metabolic interactions in this via and its influence on the pathologies studied. In our study we highlight the importance of a comprehensive analysis of the various steps of the folate cycle in order to understand the dynamics that settles in the development of these pathologies, and a number of amendments, whether at the genetic level or at the nutritional level, exercise different effects depending on the stage of the remaining participants in the folate cycle. We believe that in the future this study will allow the knowledge of folate cycle to have increasingly a fundamental relevance at the level of diagnosis and treatment of these diseases.
Resumo:
Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS), as doenas cardiovasculares (DCV) so a principal causa de morte nos pases desenvolvidos. H uma necessidade urgente de mtodos eficazes para a deteco precoce de doenas cardiovasculares, devido falta de factores de risco convencionais. Os nveis elevados de homocistena (Hcy) no sangue, homocisteinemia, so um factor de risco independente bem estabelecido para DCV. De acordo com alguns autores, a converso metablica de Hcy no metabolito txico Hcy-Tl e subsequente N-homocisteinilao de protenas induz a agregao e a formao de amiloide, contribuindo assim para a alteraes praterognicas no sistema cardiovascular. A enzima associada lipoprotena de alta densidade (HDL), paraoxonase 1 (PON1), capaz de hidrolisar o metabolito txico Hcy-Tl de volta a Hcy no soro humano, como observado em estudos recentes que indicam o papel de patognese em DCV da hPON1. As paraoxonases de soro (PON1, PON2 e PON3) so hidrolases dependentes de clcio, que pertencem a uma famlia de enzimas que exibem propriedades antioxidantes e anti-inflamatrias. Foram identificadas trs actividades catalticas principais para PON1: (i) actividade paraoxonase, que corresponde converso hidroltica de paraoxon em p-nitrofenol e a dietil fosfato, (ii) a actividade arilesterase que promove a hidrlise de steres aromticos, e a (iii) actividade de lactonase, que catalisa a hidrlise de Hcy a Hcy-Tl, sendo considerada a actividade principal da PON1. Vrios estudos tm relacionado estas actividades enzimticas a diversas patologias, o que sugere a sua potencial utilidade no diagnstico clnico. Neste trabalho pretende-se desenvolver um novo mtodo electroqumico para a deteco fcil do substrato e produto resultantes da hidrlise enzimtica de paraoxon pela hPON1. Utilizando uma célula electroqumica constituda por um elctrodo de referncia Ag /AgCl., um contra-elctrodo de Pt e um electrodo de trabalho de carbono vtreo, o paraoxon e p-nitrofenol foram detectados simultaneamente por voltametria de onda quadrada, numa janela de potencial de [-0,3;-1,2] V. Os resultados dos ensaios com a enzima testada a pH 7,6 e 37C, na presena de paraoxon e utilizando plasma humano como uma fonte de PON1 sero discutidos. Usando a mesma composio de célula electroqumica, Hcy e Hcy-Tl foram estudados utilizando diferentes interfaces e tipos de tratamento para testar a melhor maneira possvel de deteco das duas espcies na mesma experincia electroqumica.
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A presente dissertao tem como principais objetivos a otimizao topolgica de materiais compsitos de microestrutura peridica e a anlise de efeitos de escala na caracterizao das propriedades elsticas dos mesmos. No desenvolvimento deste trabalho, abordada a teoria da homogeneizao que usualmente utilizada para estimar as propriedades elsticas de materiais compsitos peridicos de modo a tratar um meio heterogneo como um meio homogneo com propriedades mecnicas equivalentes. realizada uma verificao e validao das hipteses utilizadas por esta teoria, com o fim de determinar em que condies os resultados homogeneizados so credveis e qual a margem de erro associada a esses mesmos resultados. O modelo de material aqui utilizado obtido pela repetio de uma célula de base unitria (microestrutura representativa) em todas as direes espaciais. Trata-se de um modelo de material tridimensional de duas fases, slido e vazio (material poroso). So estudadas diferentes topologias de microestruturas, obtidas atravs de um algoritmo de otimizao topolgica utilizando o mtodo da homogeneizao inversa. Para que fosse utilizada uma amostra suficientemente representativa de diferentes casos de anisotropia de material, foi utilizado um gerador de nmeros aleatrios para reproduzir os estados de tenso ou deformao a serem utilizados no processo de otimizao das microestruturas. Desta forma, realizado um estudo quanto anisotropia de material e a sua influncia nas propriedades elsticas do material. O estudo de efeitos de escala toma uma grande importncia neste trabalho, sendo estimados numericamente os tensores elsticos que caracterizam o material e estudada a sua convergncia em relao aos tensores obtidos pelo mtodo da homogeneizao. Da mesma forma, realizado um estudo numrico de convergncia da densidade de energia de deformao e de tenso para diferentes condies de ensaios mecnicos. Os resultados indicam que um baixo fator de escala suficiente para substituir um compsito heterogneo por um material homogneo com propriedades elsticas calculadas pela teoria da homogeneizao.
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RESUMO: A isqumia cerebral uma das doenas mais predominantes a nivel mundial, sendo uma das principais causas de mortalidade e invalidez. Parte da propagao de dano no crebro causado por inflamao descontrolada, causada principalmente por disfuno da microglia. Desta forma, existe a necessidade de tentar desenvolver estratgias para melhor compreender e modular as aces destas células. O monxido de carbono (CO), uma molcula endgena com provas dadas como anti-neuroinflamatrio em vrios modelos. Assim, o principal objectivo do trabalho foi o estudo do CO como um modulador da aco da microglia, com principal foco dado comunicao entre estas células e neurnios, tentando entender se existe um efeito neuroprotector por inibio da inflamao. Um protocolo de meio condicionado foi estabelecido usando as linhas celulares BV2 e SH-SY5Y, de microglia e neurnio. A molcula CORM-A1, que liberta expontaniamente CO, foi usada como mtodo de entrega da molcula s celulas. Demonstrmos que o pre-tratamento de células BV2 com CORM-A1 gera neuroproteco j que reduz a morte celular de neurnios SH-SY5Y quando so incubados com meio condicionado de microglia activada em conjunto com o pr-oxidante t-BHP (tert-butil hidroperxido). Assim, considermos que o CO promove neuroproteco ao inibir as aces inflamatrias da microglia. O papel anti-inflamatrio da molcula CORM-A1 foi confirmado quando se verificou que pr-tratamento desta molcula em microglia BV2 limita a secreo de TNF- mas estimula a secreo de IL-10. Por ltimo, a CORM-A1 induziu a expresso do receptor da microglia CD200R1, molcula que participa na comunicao neurnio-microglia e fundamental para a modulao das aces inflamatrias destas ltimas. Em suma, o nosso trabalho reforou as propriedades anti-neuroinflamatrias do CO e uma capacidade de modular viabilidade neuronal atravs do seu efeito a nvel de comunicao célula-célula. ---------------------------- ABSTRACT: Brain ischemia is a widespread disease worldwide, being one of the main causes of mortality and permanent disability. A portion of the damage that ensues following the ischemic event is caused by unrestrained inflammation, which is mainly orchestrated by exacerbated microglial activity. Hence, developing strategies for modulating microglial inflammation is a major concern nowadays. The endogenous molecule carbon monoxide (CO) has been shown to possess anti-neuroinflammatory properties using in vitro and in vivo approaches. Thus, our objective was to study CO as modulator of microglial activity, in particular in what concerns their communication with neurons, by promoting neuronal viability and limiting inflammatory output of activated microglia. A conditioned media strategy was established with BV2 microglia and SH-SY5Y neurons as cell models. CO-releasing molecule A1 (CORM-A1), a compound that releases CO spontaneously, was used as method of CO delivery to cells. We found that CORM-A1 pre-treatment in BV2 cells yields neuroprotective results, as it limits cell death when SH-SY5Y neurons are challenged with conditioned media from LPS-activated microglia and the pro-oxidant t-BHP (tert-butyl-hydroperoxide). Thus, we assumed carbon monoxide promotes neuroprotection via inhibition of microglial inflammation, displaying a non-cell autonomous role. CORM-A1 pre-treatment limited inflammation by inhibiting BV2 secretion of TNF- and stimulating IL-10 production. These results reinforce that COs anti-inflammatory role confers neuroprotection, as the alterations in these cytokines occur concurrently with the increase in SH-SY5Y viability. Finally, we showed for the first time that carbon monoxide promotes the expression of CD200R1, a microglial receptor involved in neuron-glia communication and modulation of microglia inflammation. Further studies are necessary to clarify this role. Altogether, other than just highlighting CO as an anti-inflammatory and neuroprotective molecule, this work set the foundation for disclosing its involvement in cell-to-cell communication.
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RESUMO: As células eucariticas evoluram um sistema de sinalizao complexo que lhes permite responder aos sinais extracelulares e intracelulares. Desta forma, as vias de sinalizao so essenciais para a sobrevivncia da célula e do organismo, uma vez que regulam processos fundamentais, tais como o desenvolvimento, o crescimento, a imunidade, e a homeostase dos tecidos. A via de transduo de sinal Hedgehog (Hh) envolve o receptor Patched1 (Ptch1), que tem um efeito inibidor sobre a protena Smoothened (Smo) na ausncia dos seus ligandos, as protenas Sonic hedgehog (Shh). Estas protenas so reguladores fundamentais do desenvolvimento embrionrio, como ilustrado pelas malformaes drsticas observadas em embries humanos e de murganho com perturbaes da transduo de sinal da via Hh e que incluem polidactilia, defeitos craniofaciais e malformaes sseas. Igualmente importantes so as consequncias da ativao inapropriada da via de sinalizao Hh na formao de tumores. Curiosamente, os componentes desta via localizam-se nos clios primrios. Alm disso, demonstrou-se que esta localizao crucial para a sinalizao atravs da via Hh. Na presena dos ligandos, Ptch1 internalizado e destinado a degradao ou sequestrado num compartimento da célula de onde no pode desempenhar o seu papel inibitrio. A protena Arl13b uma pequena GTPase pertencente famlia Arf/Arl da superfamlia Ras de pequenas GTPases e foi implicada no sndrome de Joubert, uma ciliopatia caracterizada por ataxia congnita cerebelar, hipotonia, atrso mental e cardiopatia congnita. Murganhos deficientes para Arl13b, chamado hennin (hnn) morrem morrem prematuramente ao dia 13,5 de gestao (E13,5) e exibem anomalias morfolgicas nos clios que levam interrupo da sinalizao Hh. Alm disso, a Arl13b est diretamente envolvida na regulao da via Hh, controlando a localizao de vrios componentes desta via nos clios primrios. Neste trabalho, mostramos que a Arl13b se localiza em circular dorsal ruffles (CDRs), que so estruturas de actina envolvidas em macropinocitose e internalizao de recetores, e que regula a sua formao. Alm disso, aprofundmos o conhecimento do processo de ativao da via de sinalizao Hh, mostrando que as CDRs sequestram seletivamente e internalizam o recetor Ptch1. As CDRs formam-se minutos aps ativao da via por ligandos Shh ou pelo agonista de Smo SAG e continuam a ser formadas a partir da, sugerindo uma induo contnua da reorganizao do citoesqueleto de actina quando a via est ativada. Observmos ainda que a inibio da formao de CDRs atravs do silenciamento de WAVE1, uma protena necessria para a formao destas estruturas, resulta na diminuio da ativao da via de sinalizao Hh. Alm disso, o bloqueio da macropinocitose, que se segue ao fecho das CDRs, atravs do silenciamento de uma protena necessria para a ciso de macropinossomas, nomeadamente a protena BARS, tem um efeito semelhante. Estes resultados sugerem que as CDRs e a macropinocitose so necessrias para a ativao da via de sinalizao Hh e indicam que esta via de internalizao controla os nveis de sinal Hh. Durante o desenvolvimento, as células proliferativas dependem do clio primrio para a transduo de vrias vias de sinalizao. A via Hh induz a diferenciao do msculo cardaco. Por conseguinte, os murganhos deficientes na via de sinalizao Hh exibem uma variedade de defeitos de lateralidade, incluindo alterao do looping do corao, como pode ser visto em murganhos deficientes para Arl13b. Por conseguinte, investigmos o papel da Arl13b no desenvolvimento do corao. Mostramos que a Arl13b altamente expressa no corao de embries de murganho e de murganhos adultos ao nvel do mRNA e da protena. Alm disso, o perfil de distribuio da Arl13b no corao segue o dos clios primrios, que so essenciais para o desenvolvimento cardaco. Coraes de murganhos hnn no estadio E12,5 mostram um canal trio-ventricular aberto, espessamento da camada compacta ventricular e aumento do ndice mittico no ventrculo esquerdo. Alm disso, um atraso de 1 a 2 dias no desenvolvimento observado em coraes de murganhos hnn, quando comparados com controlos selvagens no estadio E13,5. Assim, estes resultados sugerem que a Arl13b necessria para o desenvolvimento embrionrio do corao e que defeitos cardacos podem contribuir para a letalidade embrionria de murganhos hnn. Em suma, foi estabelecido um novo mecanismo para a regulao dos nveis de superfcie do recetor Ptch1, que envolve a remodelao do citoesqueleto de actina e a formao de CDRs aps a ativao da via de sinalizao Hh. Este mecanismo permite um feedback negativo que evita a represso excessiva da via atravs da remoo de Ptch1 da superfcie da célula. Alm disso, determinou-se que uma mutao de perda de funo na Arl13b causa defeitos cardacos durante o desenvolvimento, possivelmente relacionados com a associao dos defeitos em clios primrios e na sinalizao Hh, existentes em murganhos deficientes para Arl13b. A via de sinalizao Hh tem tido um papel central entre as vias de sinalizao, uma vez que a sua regulao crucial para o funcionamento apropriada da célula. Assim, a descoberta de um novo mecanismo de trfego atravs de macropinocitose e CDRs que controla a ativao e represso da via de sinalizao Hh traz novas perspetivas de como esta via pode ser regulada e pode ainda conduzir identificao de novos alvos e estratgias teraputicas. --------------------ABSTRACT: Eukaryotic cells have evolved a complex signaling system that allows them to respond to extracellular and intracellular cues. Signaling pathways are essential for cell and organism survival, since they regulate fundamental processes such as development, growth, immunity, and tissue homeostasis. The Hedgehog (Hh) pathway of signal transduction involves the receptor Patched1 (Ptch1), which has an inhibitory effect on Smoothened (Smo) in the absence of its ligands, the Sonic hedgehog (Shh) proteins. These proteins are fundamental regulators of embryonic development, as illustrated by the dramatic malformations seen in human and mouse embryos with perturbed Hh signal transduction that include polydactyly, craniofacial defects and skeletal malformations. Equally important are the consequences of inappropriate activation of the Hh signaling response in tumor formation. Interestingly, the components of this pathway localize to primary cilia. Moreover, it has been shown that this localization is crucial for Hh signaling. However, in the presence of the ligands, Ptch1 is internalized and destined for degradation or sequestered in a cell compartment where it no longer can play its inhibitory role. ADP-ribosylation factor-like (Arl) 13b, a small GTPase belonging to Arf/Arl family of the Ras superfamily of small GTPases has been implicated in Joubert syndrome, a ciliopathy characterized by congenital cerebellar ataxia, hypotonia, intellectual disability and congenital heart disease. Arl13b-deficient mice, called hennin (hnn) die at embryonic day 13.5 (E13.5) and display morphological abnormalities in primary cilia that lead to the disruption of Hh signaling. Furthermore, Arl13b is directly involved in the regulation of Hh signaling by controlling the localization of several components of this pathway to primary cilia. Here, we show that Arl13b localizes to and regulates the formation of circular dorsal rufles (CDRs), which are actin-basedstructures known to be involved in macropinocytosis and receptor internalization. Additionally, we extended the knowledge of the Hh signaling activation process by showing that CDRs selectively sequester and internalize Ptch1 receptors. CDRs are formed minutes after Hh activation by Shh ligands or the Smo agonist SAG and keep being formed thereafter, suggesting a continuous induction of actin reorganization when the pathway is switched on. Importantly, we observed that disruption of CDRs by silencing WAVE1, a protein required for CDR formation, results in down-regulation of Hh signaling activation. Moreover, the blockade of macropinocytosis, which follows CDR closure, through silencing of a protein necessary for the fission of macropinosomes, namely BARS has a similar effect. These results suggest that CDRs and macropinocytosis are necessary for activation of Hh signaling and indicate that this pathway of internalization controls Hh signal levels. During development, proliferating cells rely on the primary cilium for the transduction of several signaling pathways. Hh induces the differentiation of cardiac muscle. Accordingly, Hh-deficient mice display a variety of laterality defects, including alteration of heart looping, as seen in Arl13b-deficient mice. Therefore, we investigated the role of Arl13b in heart development. We show that Arl13b is highly expressed in the heart of both embryonic and adult mice at mRNA and protein levels. Also, Arl13b localization profile mimics that of primary cilia, which have been shown to be essential to early heart development. E12.5 hnn hearts show an open atrioventricular channel, increased thickening of the ventricular compact layer and increased mitotic index in the left ventricle. Moreover, a delay of 1 to 2 days in development is observed in hnn hearts, when compared to wild-type controls at E13.5. Hence, these results suggest that Arl13b is necessary for embryonic heart development and that cardiac defects might contribute to the embryonic lethality of hnn mice. Altogether, we established a novel mechanism for the regulation of Ptch1 surface levels, involving cytoskeleton remodeling and CDR formation upon Hh signaling activation. This mechanism allows a negative feedback loop that prevents excessive repression of the pathway by removing Ptch1 from the cell surface. Additionally, we determined that the Arl13b loss-offunction mutation causes cardiac defects during development, possibly related to the associated ciliary and Hh signaling defects found in Arl13b-deficient mice. Hh signaling has taken a center stage among the signaling pathways since its regulation is crucial for the appropriate output and function of the cell. Hence, the finding of a novel trafficking mechanism through CDRs and macropinocytosis that controls Hh signaling activation and repression brings new insights to how this pathway can be regulated and can lead to the discovery of novel therapeutic targets and strategies.
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RESUMO: O processo de glicosilao a modificao ps-traducional de protenas mais comum e est envolvido em vrios processos fisiolgicos e patolgicos. Especificamente, certos perfis glicosdeos esto correlacionados a estados especficos de diferenciao celular, e podem modular vrios eventos celulares, como sinalizao celular, migrao celular e interaes hospedeiro-patognio. Assim sendo, a glicosilao desempenha um papel crucial na modulao de vrios processos imunolgicos. No entanto, permanece por esclarecer como as estruturas glicosdicas influenciam a imunidade. Especificamente, algumas estruturas glicosdicas terminais que esto modificadas pela ligao de cido silico desempenham um papel importante em vrias funes do sistema imune, nomeadamente migrao leucocitria em contexto de inflamao e ativao de células imunes. Como tal, este trabalho teve como objectivo investigar como a expresso de certos glicanos influencia componentes importantes da resposta imune inata e adaptativa. Este trabalho est dividido em trs componentes principais: 1) A imunidade est amplamente dependente da habilidade das células circulantes migrarem para os tecidos inflamados, sendo que a ligao de leuccitos Eselectina endotelial o primeiro passo. Assim, ns analismos a estrutura e funo dos ligandos de E-selectina que so expressos pelas células humanas mononucleares de sangue perifrico (PBMCs), fornecendo novos conhecimentos para a compreenso dos intervenientes moleculares que mediam a ligao dos moncitos, células CD4+ e CD8+T e células B ao endotlio vascular. Surpreendentemente, os moncitos apresentaram maior capacidade de ligao E-selectina comparativamente aos linfcitos. Esta observao pode ser explicada pelo facto de os moncitos humanos expressarem, uniformemente, um vasto reportrio de glicoprotenas que exibem afinidade de ligao E-selectina, nomeadamente: as glicoformas do CD43 (CD43E) e do CD44 (HCELL), em adio j previamente reportada glicoforma da PSGL-1 (CLA). Consistentemente, a diferente capacidade que as diversas populaes linfocitrias apresentam de se ligar E-selectina, est integralmente relacionada com a sua expresso de glicoprotenas com afinidade de ligao E-selectina. Enquanto que as células CD4+T apresentam uma elevada reatividade E-selectina, as células CD8+T e B demonstram pouca ou nenhuma capacidade de ligao E-selectina. Esta atividade de ligao E-selectina das células CD4+T conferida pela expresso de HCELL, em adio s j previamente reportadas CLA e CD43E. As células CD8+ T no expressam HCELL e apenas expressam pequenas quantidades de CLA e CD43E, enquanto que as células B no expressam ligandos de Eselectina. Mais, a exofucosilao da superfcie destas células, levou ao dramtico aumento da expresso dos ligandos de E-selectina em todos as populaes leucocitrias, verificando-se que a criao de certos ligandos de E-selectina est dependente do tipo de célula, aps fucosilao. Colectivamente, estes resultados redefinem o nosso conhecimento acerca dos mecanismos moleculares que governam o trfico das células mononucleares de sangue perifrico em contexto de inflamao. 2) A habilidade das células dendrticas (DCs) para extravasarem em locais de inflamao crucial para o sucesso da terapia com DCs. Assim, analismos a estrutura e funo das molculas de adeso que mediam a migrao transendotelial (TEM) das DCs. Para isso, foram usadas DCs geradas a partir da diferenciao de moncitos (mo-DCS), obtidos quer pelo mtodos de separao imuno-magntica de células CD14+ (CD14-S) ou por isolamento por aderncia ao plstico (PA-S). Os resultados obtidos indicam que as glicoformas de ligao Eselectina de PSGL-1, CD43 e CD44 so expressas pelas CD14-S mo-DCs, enquanto que as PA-S mo-DCs expressam apenas CLA. importante notar que a ligao do CD44 nas mo-DCs, mas no nas PA-S mo-DCs, desencadeia a ativao e consequente adeso da VLA-4 ao endotlio na ausncia de um gradiente de quimiocinas. Procedeu-se tambm anlise dos ligandos E-selectina expressos em mo-DCs geradas a partir de moncitos do sangue do cordo umbilical (UCB) e, inesperadamente, as UCB mo-DCs no expressam qualquer glicoprotena com reatividade E-selectina. Alm disso, a exofucosilao das mo- DCs humanas utilizando uma (1,3)-fucosiltransferase aumenta significativamente a expresso de HCELL e, portanto, estas células apresentam uma capacidade aumentada para se ligarem E-selectina em condies de fluxo hemodinmico. Estes resultados destacam o papel do HCELL no desencadeamento do TEM das CD14-S mo-DCs e sugerem que estratgias para potenciar a expresso de HCELL podero impulsionar o recrutamento de mo-DCs para locais de inflamao. 3) Outro obstculo para alcanar o sucesso promissor de vacinas baseadas em DCs o estabelecimento de abordagens eficientes que podero melhorar o estado de maturao e apresentao antignica das DCs. Por conseguinte, foram investigadas abordagens alternativas que podem superar este obstculo. Atravs da remoo de cido silico de superfcie celular das DCs, conseguiu-se induzir a maturao de DC humanas e de ratinhos. Notavelmente, tanto as DCs humanas como as de ratinho, ao serem desialiladas mostraram uma capacidade aumentada para induzir a proliferao de células T, para secretar citocinas Th1 e para induzir a morte especfica de células tumorais. Em adio, as DCs desialiladas apresentam uma maior capacidade de apresentao cruzada de antignios tumorais s células T citotxicas. Colectivamente, o presente estudo oferece uma viso chave para optimizar a capacidade das DCs em induzir respostas imunitrias anti-tumorais, e indica que o tratamento com sialidase uma nova tecnologia para melhorar a eficcia e aplicabilidade das vacinas baseadas em DCs. Coletivamente, os nossos resultados demostram como a glicosilao e a sua manipulao podem modular a imunidade. Concretamente, atravs de uma reao de exofucosilao conseguimos aumentar fortemente a capacidade de os leuccitos extravasarem para os tecidos afectados, enquanto que a remoo dos nveis de cido silico da superfcie celular das DCs, induz potentes respostas anti-tumorais mediadas por células T citotxicas. ------------------------------------ ABSTRACT: Glycosylation is the most widely form of protein post-translational modification and is involved in many physiological and pathological processes. Specifically, certain patterns of glycosylation are associated with determined stages of cell differentiation and can modulate processes like cell-signaling and migration and host-pathogen interactions. As such, glycosylation plays a crucial role in the modulation of several immune events. However, how glycans execute this immune-modulation and, therefore, influence immunity is still poorly unknown. Specifically, some terminal sialic acid-modified determinants are known to be involved in several physiological immune processes, including leukocyte trafficking into sites of inflammation and cell immune activation. Therefore, in this work, we sought to investigate more deeply how the expression of these glycosidic structures affects events form both innate and adaptive immune responses. To this end, we divided our work into three main parts: 1) Immunity critically depends on the ability of sentinel circulating cells to infiltrate injured sites, of which leukocyte binding to endothelial E-selectin is the critical first step. Thus, we first analyzed the structure and function of the E-selectin ligands expressed on native human peripheral blood mononuclear cells (PBMCs), providing novel insights into the molecular effectors governing adhesion of circulating monocytes, and of circulating CD4+T, CD8+T and B cells, to vascular endothelium under hemodynamic shear conditions. Strikingly, monocytes show a higher ability to tether and roll on endothelial cells than lymphocyte subsets. This is due to the fact that human circulating monocytes uniformly display a wide repertoire of E-selectin binding glycoproteins, namely the E-selectin-binding glycoforms of CD43 (CD43E) and CD44 (HCELL), in addition to the previously described E-selectin-binding glycoform of PSGL-1 (CLA). In addition, we also observed a differential ability of the different lymphocyte subsets to bind to Eselectin under hemodynamic shear stress conditions, and these differences were highly correlated with their individual expression of E-selectin binding glycoproteins. While CD4+T cells show a robust E-selectin binding ability, CD8+T and B cells show little to no E-selectin reactivity. CD4+T cell potent Eselectin rolling activity is conferred by HCELL expression, in addition to the previously reported E-selectin-binding glycoproteins CD43E and CLA. CD8+T cells display no HCELL and low amounts of CLA and CD43E, whereas B cells lack E-selectin ligand expression. Moreover, enforced exofucosylation of cell surface of these cells noticeably increases expression of functional E-selectin ligands among all leukocytes subsets, with cell type-dependent specificity in the protein scaffolds that are modified. Taken together, these findings redefine our understanding of the molecular mechanisms governing the trafficking patterns of PBMCs that are relevant in the context of acute or chronic inflammatory conditions. 2) The ability of circulating dendritic cells (DCs) to extravasate at inflammatory sites is critical to the success of DC-based therapies. Therefore, we assessed the structure and function of adhesion molecules mediating the transendothelial migration (TEM) of human monocyte derived-DCs (mo-DCs), obtained either by CD14 positive immune-magnetic selection (CD14-S) or by plastic adherence of blood monocytes (PA-S). We report for the first time that the E-selectin binding glycoforms of PSGL-1, CD43 and CD44 are all expressed on CD14-S mo-DCs, in contrast to PA-S mo-DCs that express only CLA. Importantly, CD44 engagement on CD14-S mo-DCs, but not on PA-S mo-DCs, triggers VLA-4-dependent adhesiveness and programs TEM in absence of chemokine gradient. We also analyzed the E-selectin ligands expressed on mo-DCs generated from umbilical cord blood (UCB) monocytes, and unexpectedly, UCB mo-DCs do not express any glycoprotein with E-selectin reactivity. Furthermore, exoglycosylation of human mo-DCs using an (1,3)-fucosyltransferase significantly increases expression of HCELL, and therefore exofucosylated mo-DCs exhibit an augmented ability to bind to E-selectin under hemodynamic shear stress conditions. These findings highlight a role for HCELL engagement in priming TEM of CD14-S mo-DCs, and suggest that strategies to enforce HCELL expression could boost mo-DC recruitment to inflammatory sites. 3) Another obstacle to achieve the promising success of DC-based vaccines is the establishment of efficient approaches that could successfully enhance maturation and cross-presentation ability of DCs. Therefore, we investigated an alternative approach that can overcome this problem. Through removal of sialic acid content from DC cell surface we are able to elicit maturation of both human and mouse DCs. Notably, desialylated human and murine DCs showed enhanced ability to induce autologous T cell to proliferate, to secrete Th1 cytokines and to kill tumor cells. Moreover, desialylated DCs display enhanced cross-presentation of tumor antigens to cytotoxic CD8+ T cells. Collectively, this study offers key insight to optimize the ability of DCs to boost anti-tumor immune responses, and indicates that the treatment with an exogenous sialidase is a powerful new technology to improve the efficacy and applicability of DC-based vaccines. Overall, our findings show how glycosylation and its manipulation can modulate immunity. Concretely, through an exofucosylation reaction we are able to greatly augment the ability of leukocytes to extravasate into injured tissues, while removal of sialic acid moieties from cell surface of DCs, significantly potentiate their ability to induce anti-tumor cytotoxic T cell-mediate responses.
Resumo:
RESUMO:O processo de glicosilao a modificao ps-traducional de protenas mais comum e est envolvido em vrios processos fisiolgicos e patolgicos. Especificamente, certos perfis glicosdeos esto correlacionados a estados especficos de diferenciao celular, e podem modular vrios eventos celulares, como sinalizao celular, migrao celular e interaes hospedeiro-patognio. Assim sendo, a glicosilao desempenha um papel crucial na modulao de vrios processos imunolgicos. No entanto, permanece por esclarecer como as estruturas glicosdicas influenciam a imunidade. Especificamente, algumas estruturas glicosdicas terminais que esto modificadas pela ligao de cido silico desempenham um papel importante em vrias funes do sistema imune, nomeadamente migrao leucocitria em contexto de inflamao e ativao de células imunes. Como tal, este trabalho teve como objectivo investigar como a expresso de certos glicanos influencia componentes importantes da resposta imune inata e adaptativa. Este trabalho est dividido em trs componentes principais: 1) A imunidade est amplamente dependente da habilidade das células circulantes migrarem para os tecidos inflamados, sendo que a ligao de leuccitos Eselectina endotelial o primeiro passo. Assim, ns analismos a estrutura e funo dos ligandos de E-selectina que so expressos pelas células humanas mononucleares de sangue perifrico (PBMCs), fornecendo novos conhecimentos para a compreenso dos intervenientes moleculares que mediam a ligao dos moncitos, células CD4+ e CD8+T e células B ao endotlio vascular. Surpreendentemente, os moncitos apresentaram maior capacidade de ligao E-selectina comparativamente aos linfcitos. Esta observao pode ser explicada pelo facto de os moncitos humanos expressarem, uniformemente, um vasto reportrio de glicoprotenas que exibem afinidade de ligao E-selectina, nomeadamente: as glicoformas do CD43 (CD43E) e do CD44 (HCELL), em adio j previamente reportada glicoforma da PSGL-1 (CLA). Consistentemente, a diferente capacidade que as diversas populaes linfocitrias apresentam de se ligar E-selectina, est integralmente relacionada com a sua expresso de glicoprotenas com afinidade de ligao E-selectina. Enquanto que as células CD4+T apresentam uma elevada reatividade E-selectina, as células CD8+T e B demonstram pouca ou nenhuma capacidade de ligao E-selectina. Esta atividade de ligao E-selectina das células CD4+T conferida pela expresso de HCELL, em adio s j previamente reportadas CLA e CD43E. As células CD8+ T no expressam HCELL e apenas expressam pequenas quantidades de CLA e CD43E, enquanto que as células B no expressam ligandos de Eselectina. Mais, a exofucosilao da superfcie destas células, levou ao dramtico aumento da expresso dos ligandos de E-selectina em todos as populaes leucocitrias, verificando-se que a criao de certos ligandos de E-selectina est dependente do tipo de célula, aps fucosilao. Colectivamente, estes resultados redefinem o nosso conhecimento acerca dos mecanismos moleculares que governam o trfico das células mononucleares de sangue perifrico em contexto de inflamao. 2) A habilidade das células dendrticas (DCs) para extravasarem em locais de inflamao crucial para o sucesso da terapia com DCs. Assim, analismos a estrutura e funo das molculas de adeso que mediam a migrao transendotelial (TEM) das DCs. Para isso, foram usadas DCs geradas a partir da diferenciao de moncitos (mo-DCS), obtidos quer pelo mtodos de separao imuno-magntica de células CD14+ (CD14-S) ou por isolamento por aderncia ao plstico (PA-S). Os resultados obtidos indicam que as glicoformas de ligao Eselectina de PSGL-1, CD43 e CD44 so expressas pelas CD14-S mo-DCs, enquanto que as PA-S mo-DCs expressam apenas CLA. importante notar que a ligao do CD44 nas mo-DCs, mas no nas PA-S mo-DCs, desencadeia a ativao e consequente adeso da VLA-4 ao endotlio na ausncia de um gradiente de quimiocinas. Procedeu-se tambm anlise dos ligandos E-selectina expressos em mo-DCs geradas a partir de moncitos do sangue do cordo umbilical (UCB) e, inesperadamente, as UCB mo-DCs no expressam qualquer glicoprotena com reatividade E-selectina. Alm disso, a exofucosilao das mo- DCs humanas utilizando uma (1,3)-fucosiltransferase aumenta significativamente a expresso de HCELL e, portanto, estas células apresentam uma capacidade aumentada para se ligarem E-selectina em condies de fluxo hemodinmico. Estes resultados destacam o papel do HCELL no desencadeamento do TEM das CD14-S mo-DCs e sugerem que estratgias para potenciar a expresso de HCELL podero impulsionar o recrutamento de mo-DCs para locais de inflamao. 3) Outro obstculo para alcanar o sucesso promissor de vacinas baseadas em DCs o estabelecimento de abordagens eficientes que podero melhorar o estado de maturao e apresentao antignica das DCs. Por conseguinte, foram investigadas abordagens alternativas que podem superar este obstculo. Atravs da remoo de cido silico de superfcie celular das DCs, conseguiu-se induzir a maturao de DC humanas e de ratinhos. Notavelmente, tanto as DCs humanas como as de ratinho, ao serem desialiladas mostraram uma capacidade aumentada para induzir a proliferao de células T, para secretar citocinas Th1 e para induzir a morte especfica de células tumorais. Em adio, as DCs desialiladas apresentam uma maior capacidade de apresentao cruzada de antignios tumorais s células T citotxicas. Colectivamente, o presente estudo oferece uma viso chave para optimizar a capacidade das DCs em induzir respostas imunitrias anti-tumorais, e indica que o tratamento com sialidase uma nova tecnologia para melhorar a eficcia e aplicabilidade das vacinas baseadas em DCs. Coletivamente, os nossos resultados demostram como a glicosilao e a sua manipulao podem modular a imunidade. Concretamente, atravs de uma reao de exofucosilao conseguimos aumentar fortemente a capacidade de os leuccitos extravasarem para os tecidos afectados, enquanto que a remoo dos nveis de cido silico da superfcie celular das DCs, induz potentes respostas anti-tumorais mediadas por células T citotxicas. ---------------------------- ABSTRACT: Glycosylation is the most widely form of protein post-translational modification and is involved in many physiological and pathological processes. Specifically, certain patterns of glycosylation are associated with determined stages of cell differentiation and can modulate processes like cell-signaling and migration and host-pathogen interactions. As such, glycosylation plays a crucial role in the modulation of several immune events. However, how glycans execute this immune-modulation and, therefore, influence immunity is still poorly unknown. Specifically, some terminal sialic acid-modified determinants are known to be involved in several physiological immune processes, including leukocyte trafficking into sites of inflammation and cell immune activation. Therefore, in this work, we sought to investigate more deeply how the expression of these glycosidic structures affects events form both innate and adaptive immune responses. To this end, we divided our work into three main parts: 1) Immunity critically depends on the ability of sentinel circulating cells to infiltrate injured sites, of which leukocyte binding to endothelial E-selectin is the critical first step. Thus, we first analyzed the structure and function of the E-selectin ligands expressed on native human peripheral blood mononuclear cells (PBMCs), providing novel insights into the molecular effectors governing adhesion of circulating monocytes, and of circulating CD4+T, CD8+T and B cells, to vascular endothelium under hemodynamic shear conditions. Strikingly, monocytes show a higher ability to tether and roll on endothelial cells than lymphocyte subsets. This is due to the fact that human circulating monocytes uniformly display a wide repertoire of E-selectin binding glycoproteins, namely the E-selectin-binding glycoforms of CD43 (CD43E) and CD44 (HCELL), in addition to the previously described E-selectin-binding glycoform of PSGL-1 (CLA). In addition, we also observed a differential ability of the different lymphocyte subsets to bind to Eselectin under hemodynamic shear stress conditions, and these differences were highly correlated with their individual expression of E-selectin binding glycoproteins. While CD4+T cells show a robust E-selectin binding ability, CD8+T and B cells show little to no E-selectin reactivity. CD4+T cell potent Eselectin rolling activity is conferred by HCELL expression, in addition to the previously reported E-selectin-binding glycoproteins CD43E and CLA. CD8+T cells display no HCELL and low amounts of CLA and CD43E, whereas B cells lack E-selectin ligand expression. Moreover, enforced exofucosylation of cell surface of these cells noticeably increases expression of functional E-selectin ligands among all leukocytes subsets, with cell type-dependent specificity in the protein scaffolds that are modified. Taken together, these findings redefine our understanding of the molecular mechanisms governing the trafficking patterns of PBMCs that are relevant in the context of acute or chronic inflammatory conditions. 2) The ability of circulating dendritic cells (DCs) to extravasate at inflammatory sites is critical to the success of DC-based therapies. Therefore, we assessed the structure and function of adhesion molecules mediating the transendothelial migration (TEM) of human monocyte derived-DCs (mo-DCs), obtained either by CD14 positive immune-magnetic selection (CD14-S) or by plastic adherence of blood monocytes (PA-S). We report for the first time that the E-selectin binding glycoforms of PSGL-1, CD43 and CD44 are all expressed on CD14-S mo-DCs, in contrast to PA-S mo-DCs that express only CLA. Importantly, CD44 engagement on CD14-S mo-DCs, but not on PA-S mo-DCs, triggers VLA-4-dependent adhesiveness and programs TEM in absence of chemokine gradient. We also analyzed the E-selectin ligands expressed on mo-DCs generated from umbilical cord blood (UCB) monocytes, and unexpectedly, UCB mo-DCs do not express any glycoprotein with E-selectin reactivity. Furthermore, exoglycosylation of human mo-DCs using an (1,3)-fucosyltransferase significantly increases expression of HCELL, and therefore exofucosylated mo-DCs exhibit an augmented ability to bind to E-selectin under hemodynamic shear stress conditions. These findings highlight a role for HCELL engagement in priming TEM of CD14-S mo-DCs, and suggest that strategies to enforce HCELL expression could boost mo-DC recruitment to inflammatory sites.3) Another obstacle to achieve the promising success of DC-based vaccines is the establishment of efficient approaches that could successfully enhance maturation and cross-presentation ability of DCs. Therefore, we investigated an alternative approach that can overcome this problem. Through removal of sialic acid content from DC cell surface we are able to elicit maturation of both human and mouse DCs. Notably, desialylated human and murine DCs showed enhanced ability to induce autologous T cell to proliferate, to secrete Th1 cytokines and to kill tumor cells. Moreover, desialylated DCs display enhanced cross-presentation of tumor antigens to cytotoxic CD8+ T cells. Collectively, this study offers key insight to optimize the ability of DCs to boost anti-tumor immune responses, and indicates that the treatment with an exogenous sialidase is a powerful new technology to improve the efficacy and applicability of DC-based vaccines. Overall, our findings show how glycosylation and its manipulation can modulate immunity. Concretely, through an exofucosylation reaction we are able to greatly augment the ability of leukocytes to extravasate into injured tissues, while removal of sialic acid moieties from cell surface of DCs, significantly potentiate their ability to induce anti-tumor cytotoxic T cell-mediate responses.
Resumo:
impensvel viver nos dias de hoje sem energia elctrica. Com o aumento das alteraes climticas, fulcral substituir ou diminuir a dependncia dos combustveis fsseis, apostando em tecnologias de produo de energia mais limpas e amigas do ambiente. Neste seguimento, as energias renovveis surgem como uma boa alternativa a este problema. A tecnologia fotovoltaica aproveita a energia solar para a produo de electricidade, apresentando a vantagem de no produzir emisses durante a sua operao e ter um tipo de instalao distribuda, mas pe-se em causa o seu ciclo de vida. O principal objectivo desta dissertao analisar o ciclo de vida da tecnologia fotovoltaica em Portugal, consistindo o objectivo secundrio em comparar esta tecnologia com outras fontes de electroproduo, tambm em Portugal. Do ponto de vista ambiental, de maneira a ser possvel identificar as fases crticas do ciclo de vida e comparar as tecnologias, foi utilizado o mtodo Ecoblok, que fornece indicadores de desempenho. Aps a anlise, constatou-se que os principais impactes no ciclo de vida esto ligados fase de produo da célula, montagem do painel e componentes do sistema (BOS). Os indicadores mais crticos so a extraco de recursos, emisso de gases de efeito de estufa e a poluio da gua e do solo. Em relao extraco de matrias-primas, o silcio abundante, mas requer elevadas quantidades de energia na sua transformao. Dentro dos tipos de tecnologia fotovoltaica, o silcio monocristalino gera mais impactes ambientais comparado com o silcio policristalino. Esta diferena est relacionada com o processo produtivo do silcio monocristalino, um processo mais lento e com maior consumo de energia. Na comparao da tecnologia fotovoltaica com outras fontes de energia, verificou-se que a tecnologia de gs natural apresenta mais impactes gerados nos indicadores extraco de gua, extraco de recursos e emisso de gases de efeito de estufa; j a tecnologia hdrica gera mais impactes no indicador uso do solo. Nos indicadores poluio da gua e solo e poluio do ar, a tecnologia fotovoltaica apresenta o valor mais elevado de todas as tecnologias. A fonte de energia fotovoltaica apresenta a vantagem de ter uma produo mais estvel e previsvel durante o ano e de o seu horrio de produo coincidir com as horas de maior consumo energtico.