47 resultados para Arte e globalização Teses
Resumo:
Os anexos deste trabalho esto disponveis no CD da tese
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Tomando como referncia o texto A Origem da Obra de Arte de Heidegger, o objectivo desta dissertao a anlise da questo da obra de arte como verdade potica. Considerando a experincia do conhecimento como a origem da criao, por via do que o mundo revela, e considerando tanto a produo artstica como outras formas de produo pela mo do homem enquanto atitudes de apresentao da verdade encontrada, ela reflecte acerca daquilo que a obra de arte tem e que a distingue das demais criaes do homem
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A recusa da estratificao do tempo, que surge na segunda metade do sculo XX, resulta da perda de f numa grande narrativa e modifica a percepo do tempo cronolgico: os acontecimentos j no se sucedem ordeiramente, manifestam-se em simultneo no presente ou so criteriosamente convocados a partir do presente. Esta reformulao do tempo implica a reformulao do conceito de contemporneo, permitindo questionarmo-nos, tal como Giorgio Agamben: De quem e do que somos contemporneos? E, antes de tudo, o que significa ser contemporneo? Com esta dissertao pretende-se analisar algumas formulaes do conceito de contemporneo, especialmente a partir de Giorgio Agamben, Walter Benjamin, Hannah Arendt e Georges Didi-Huberman, com a inteno de compreender as implicaes da temporalidade na experincia esttica e as possibilidades que as conceptualizaes elaboradas oferecem constituio de uma comunidade humana. Na segunda parte do trabalho, relaciona-se a problemtica da contemporaneidade com as reflexes sobre arte e esttica do escultor Rui Chafes atravs do seu texto A Histria da Minha Vida, um relato das principais influncias da formao artstica do narrador. Este relato ultrapassa os limites cronolgicos, onde o artista olha para trs definindo o seu prprio tempo presente e o seu passado. O presente surge como a inteireza que resume a ateno do artista e nos descreve a sua caminhada atravs do tempo artstico. O narrador revive na primeira pessoa o percurso dos artistas que desde a Idade Mdia ao Barroco trabalharam anonimamente a pedra e a madeira em nome dos mestres e ao faz-lo assume-se como o escultor-aprendiz que recusa a promoo a mestre, e revela em si, atravs dos valores supremos do trabalho, da sabedoria e da experincia, toda a arte que o precedeu.
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O percurso de Maria Madalena Bago da Silva Biscaia (de Azeredo Perdigo) mostra-se de extrema importncia para o estudo do panorama artstico e educativo portugus da segunda metade do sculo XX. Uma figura controversa e ainda pouco estudada, Madalena Perdigo desenvolveu um diversificado trabalho em prol da cultura portuguesa durante o perodo do Estado Novo e de entrada na democracia e na Comunidade Econmica Europeia, tendo sido criadora e Directora do Servio de Msica da Fundao Calouste Gulbenkian durante 17 anos (entre 1958 e 1974), local onde fundou a Orquestra, o Coro e o Ballet Gulbenkian, bem como os prestigiados Festivais Gulbenkian de Msica. Ao seu currculo juntam-se a presidncia da Comisso Orientadora da Reforma do Conservatrio Nacional, entre 1971 e 1974, a direco do Gabinete Coordenador do Ensino Artstico do Ministrio da Educao, de 1978 a 1984, a criao e direco do Servio ACARTE, de 1984 a 1989, e a criao do Centro Artstico Infantil da Fundao Gulbenkian, entre outros projectos de relevo. O presente projecto de investigao pretende apresentar a biografia de Madalena Perdigo em constante dilogo com o contexto social, cultural e educativo do Portugal da segunda metade do sculo XX. Considerando-se uma figura a que tem sido dada pouca ateno do ponto vista acadmico, o objectivo desta dissertao analisar o pensamento e obra de Madalena Perdigo, que se mostraram inditos na poca em que foram desenvolvidos, e a sua relevncia para o panorama cultural portugus at actualidade. Partiu-se das suas concepes para as artes e o ensino e do envolvimento com os ideais do movimento internacional de educao pela arte, para analisar as estruturas, programas e actividades que criou em prol de uma educao artstica generalizada e de um incentivo criatividade, inovao e interdisciplinaridade na educao, com o objectivo de formar homens mais completos. Para estudar a aco cultural e educativa de Madalena Perdigo e o legado por si deixado na sociedade e instituies culturais portuguesas, utilizou-se o mtodo biogrfico, com recurso a pesquisa documental que, entre outras coisas, envolveu a anlise aprofundada de artigos de jornais e revistas da poca, entrevistas concedidas por Madalena Perdigo e textos que escreveu para os catlogos dos seus programas. Esta pesquisa foi completada com uma recolha de informao no documental, baseada em entrevistas com alguns profissionais que se cruzaram com esta personalidade em diferentes fases da sua vida: Antnio Pinho Vargas, Antnio Pinto Ribeiro, Jos Sasportes e Maria Emlia Brederode Santos.
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Uma das problemticas mais prementes nas cidades europeias, caracteriza-se pela degradao fsica, social, econmica e ambiental dos seus centros histricos. No entanto, as estratgias tradicionais de reabilitao e combate a estes problemas so muitas vezes ineficazes, sendo necessrio procurar novas formas de superar tais problemas, que devem ser enquadradas numa poltica de Desenvolvimento Sustentvel. A criatividade e as actividades artsticas podem desempenhar um papel significativo na resoluo destes problemas, atravs da ocupao de edifcios devolutos. Com base numa anlise comparativa de quatro casos de estudo: LxFactory, em Lisboa; Ateneu Popular 9 Barris, em Barcelona; 59 Rivoli, em Paris; Kunsthaus Tacheles, em Berlim; foi possvel constatar que a reabilitao pela arte pode produzir um efeito de renovao social e econmica no espao e sua envolvente, criando novas oportunidades econmicas locais, emprego, novos percursos tursticos, atraco de novos habitantes, entre outros. Considerando o enquadramento que, actualmente, a reabilitao tem como aco de cariz sustentvel, particularmente ao nvel da dimenso ambiental, associ-la s actividades artsticas, criativas ou culturais, pode permitir responder s dimenses social e econmica. A introduo de novas dinmicas e vivncias em espaos desocupados ou devolutos, permite ainda a valorizao econmica dos imoveis, constituindo um factor de regenerao urbana. A proposta de um modelo de avaliao da sustentabilidade de casos de reabilitao pela arte pode fundamentar a sua criao, permitindo que estes sejam replicados, com os benefcios que lhes esto associados. A aplicao do modelo pode portanto, disponibilizar informaes sobre a capacidade de gerao de influncias positivas, das intervenes de reabilitao pela arte, ao nvel do Desenvolvimento Sustentvel, potenciando a aceitao destes projectos por parte dos vrios agentes que compem a cidade e viabilizando a sua difuso para outros espaos urbanos com necessidades de reabilitao.
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A presente dissertao debrua-se sobre o estudo do azulejo arte nova portugus, procurando relaciona-lo com o panorama artstico e cultural em vigor nos anos finais do sculo XIX e primeiros do sculo XX. O modo como o fenmeno da Arte Nova foi entendido em Portugal influenciar a interpretao que este ter ao nvel do suporte azulejar, em particular no processo de aportuguesamento de muitos dos motivos e formas empregues, numa soluo de compromisso entre uma necessidade de actualizao esttica e uma vontade de salvaguarda do que se considerava ser a essncia da arte portuguesa, ligada a valores pitorescos e cenrios ruralizantes. A compreenso do azulejo arte nova portugus implica igualmente uma anlise da sua relao com a arquitectura coeva, com a qual este estabeleceu um dilogo de grande proximidade, bem como dos processos e tcnicas utilizadas para o seu fabrico e de quais as principais fbricas responsveis pela sua produo. A distribuio geogrfica das composies artenovizantes pelo territrio nacional outra das vertentes abordadas, devendo ainda salientar-se a questo da autoria, frequentemente dificultada pelo anonimato da maioria dos exemplares azulejares. Entre tradio e modernidade, cidade e campo, terra e mar, o azulejo arte nova portugus assume-se como um dos diversos fenmenos artsticos capazes de materializar as aspiraes, mas tambm as contradies e anseios de um sculo que, tal como apontado por Jos-Augusto Frana, se definiu como o mais longo da Histria da Arte portuguesa.
O Museu Nacional de Arte Antiga, o edifcio e a sua histria: contributos para um projeto de comunicao
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Este trabalho tem como objeto de estudo o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) e o seu edifcio, sob o ponto de vista da problemtica da comunicao centrada na histria do imvel e da sua relao com a instituio museal. Surge da constatao de que o MNAA, como a maioria dos nossos museus, no comunica suficientemente ao pblico a histria do seu imvel, que edifcio histrico. Seguindo uma metodologia orientada para a programao museolgica, aps uma caraterizao do Museu, uma anlise e diagnstico comunicao centrada no edifcio e na sua histria e uma investigao acerca desta, defini as linhas orientadoras de um projeto de comunicao para o edifcio e envolvente, baseado num percurso interpretativo com as respetivas propostas de divulgao e atividades complementares. O trabalho completado por um texto-sntese e uma cronologia, com os resultados da investigao histria do edifcio do MNAA, em relao com a histria institucional.
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O presente relatrio descreve a atividade realizada na Biblioteca de Arte da Fundao Calouste Gulbenkian, no mbito do Mestrado em Cincias da Informao e da Documentao, tendo por tema o acesso informao pelos leitores com deficincia visual. Nele procura-se abordar que medidas tm sido tomadas para assegurar a integrao destes leitores, tendo em vista alcanar a sua autonomia a nvel de utilizao dos servios disponveis. Nesse sentido, explicitam-se os conceitos inerentes a esta temtica (biblioteca inclusiva e acessibilidade), destaca-se a importncia da interao com outros utilizadores como forma de integrao, refere-se a importncia da cooperao interinstitucional, salienta-se o papel do bibliotecrio e das tecnologias de informao e da comunicao, como meio de permitir ao deficiente visual aceder a um conjunto diversificado de servios, atravs da utilizao de equipamentos e software especficos. Atravs da aplicao de uma metodologia de pesquisa bibliogrfica, observao direta e entrevista, efetua-se um estudo de caso com uma anlise detalhada ao nvel da acessibilidade fsica e dos recursos materiais assim como da atitude e preparao dos profissionais para lidar com a deficincia. Conclui-se que a Biblioteca de Arte deve continuar a investir na explorao de novos recursos e potencialidades, de modo a disponibilizar todo o tipo de meios humanos e tecnolgicos para apoiar os leitores com deficincia visual, promovendo a sua incluso e participao na sociedade da informao e do conhecimento.
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O presente trabalho consiste num estudo sobre as revistas Objectiva (1937-1947) e Foto Revista (1937-1939), estabelecendo-se como uma reflexo em torno da crtica de arte fotogrfica. Na dcada de 1930, assistiu-se, em Portugal, a um interesse renovado pela fotografia (tida como) artstica. O Estado Novo suportou regulares eventos neste domnio - so exemplos os Sales Nacionais de Arte Fotogrfica, com incio em 1932, que posteriormente tomaram contornos mais alargados, com o advento dos Sales Internacionais de Arte Fotogrfica em 1937. Entretanto, a crtica de arte dedicada fotografia ficara sem um suporte jornalstico. Contudo, em finais dos anos 30, o entusiasmo em torno da fotografia artstica tomou contornos mais expressivos com a aproximao dos sales de foro internacional, o que levou ao ressurgimento de publicaes peridicas dedicadas fotografia. Depois de seis anos sem qualquer revista especializada neste domnio, assistese ao advento da Objectiva e Foto Revista, publicaes mensais, as quais proporcionaram espao e visibilidade para a crtica dedicada fotografia artstica. As duas publicaes dedicaram-se, entre outras vertentes, apreciao dos eventos mais significativos no territrio nacional, ao aconselhamento dos amadores fotogrficos emergentes e discusso dos temas mais pertinentes poca. Num perodo em que a produo artstica fotogrfica se encontrava, de um modo geral, dessincronizada do panorama internacional, e tendo em conta a conceo de crtica de arte como orientadora de tendncias, importa conhecer as opes, entendimentos e proliferao de valores que esta promoveu, respeitantes fotografia nacional (ento) contempornea.
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A dissertao sobre a obra-de-arte. Com vista ao bom esclarecimento do que est a em causa, o termo tomado em exclusividade. A indagao constitui-se em trs captulos mais introduo e concluso. Na introduo consideram-se algumas questes de terminologia e linguagem. No primeiro captulo faz-se o enquadramento do que se consideram os pontos decisivos na transformao do pensamento sobre a obra-de-arte ao longo das vrias pocas. No segundo captulo trata-se da ontologia, dos modos da definio de obra-de-arte. No ltimo captulo so as questes da relao com a obra-de-arte que constituem o assunto. A concluso sintetiza a posio terica que resulta da indagao realizada e aponta a necessidade de um aprofundamento, luz da antropologia filosfica, da relao entre a potica e a auto-formao do homem.
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Esta dissertao pretende analisar as prticas de dois artistas contemporneos, Ryan Trecartin e Jacolby Satterwhite, nomeadamente a nvel do modo como trabalham a interseco do vdeo digital e da performance como forma de manifestao de corporalizaes queer atravs do corpo masculino. Mais concretamente, interessa-nos focar processos de queerificao e de produo de corpos que emergem intrinsecamente pelo mdium digital, e que exploram as possibilidades transformativas do mdium tanto a nvel de representao, criao e mutao de formas, como a nvel comunicacional e de possibilidades de subjectivao e corporalizaes mltiplas. Para tal, partimos dos dois campos tericos que se mostraram mais pertinentes relativamente aos processos artsticos em anlise, nomeadamente: a teoria queer pelo modo como definiu o carcter performativo das normas de gnero e as categorizaes identitrias sexuais como suporte da heteronormatividade, identificando estratgias para a sua re-significao; e o pensamento sobre a relao do corpo com o mdium digital, pelo modo como delineou processos de corporalizao atravs da tecnologia digital. A anlise dos processos artsticos de Ryan Trecartin e Jacolby Satterwhite demonstra como a arte contempornea um territrio frtil no apenas para a exposio de matrizes normativas de opresso, mas tambm para a criao de mundos radicalmente queer em que, fazendo uso do potencial transformativo do mdium digital, se manifestam realidades e corpos onde a normatividade totalmente implodida.
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Nas ltimas dcadas, as cincias sociais e humanas tm despertado para a aco modeladora das estruturas sobre a percepo humana. O debate acadmico sobre o relativismo cultural dos modelos de percepo tem levado investigadores das vrias reas a debruarem-se sobre o estudo dos sentidos. Correntes disciplinares como a antropologia ou histria dos sentidos vm sintetizando a dimenso estrutural e fenomenolgica, a partir da compreenso do carcter biolgico e cultural da experincia sensorial. Nesse sentido, tem emergido uma nova histria da arte que contraria as ltimas dcadas de predomnio da lingustica e semitica, em funo da compreenso da performance das imagens ligada percepo sensorial. Questiona-se o totalitarismo que o mtodo iconogrfico/iconolgico de Panofsky tem encontrado na historiografia da arte, a partir da ideia de que as imagens antes de um significado so uma aco, antes de uma funo so um uso.
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Siguiendo algunos desarrollos de Walter Benjamin y la lectura de su pensamiento que realiza Giorgio Agamben, este artculo explora ciertas aristas de la relacin entre historia, tiempo y catstrofe como la crisis que permite comprender el vnculo del hombre con la experiencia en la modernidad. Esto implica tematizar una nueva nocin de experiencia a fin de pensar modos de concebir la relacin entre las prcticas artsticas y la historia, fundados en la discontinuidad, la interrupcin y el shock. Dar por tierra el tiempo continuo y vaco significa asumir un tiempo pleno, separado, indivisible y perfecto de la experiencia humana concreta, tal como propone Agamben. A esta nueva concepcin de la historia y al arte les compete posibilitar el advenimiento del tiempo pleno que supone la liberacin del goce ahistrico, para acceder a una temporalidad placentera, cualitativamente transformadora del tiempo, a la vez crtica y destructiva.
Resumo:
Recenso de: David Santos, "A Reinveno do real Curadoria e Arte contempornea no Museu do Neo-realismo", Lisboa: Sistema Solar CRL (Documenta), 2014