20 resultados para Arte moderna - Séc. XX
Resumo:
Dissertao apresentada para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Doutor em Histria da Arte Contempornea,
Resumo:
Tese de Doutoramento em Histria da Arte Contempornea
Resumo:
A percepo essencial na cultura militar e as tecnologias da informao deram-lhe uma nova consistncia. As funes perceptivas do ser humano esto agora plasmadas nas mquinas de guerra, replicando comportamentos e caractersticas fisiolgicas prprias aos seres vivos. As mquinas de guerra so j sensveis luz, a variaes trmicas ou acsticas. A essncia humana, assim cristalizada sobre toda a aparelhagem de guerra, coloca em tenso os limites da diferenciao entre os campos da Arte, Cinema, Poltica e Guerra. Contudo, e antes ainda da era da mquina, o mundo estaria j repleto de motores naturais e poticos. Gilbert Simondon quem o diz, lembrando que por antecipao cientfica h muito que a mecanologia existe, antevendo a relao entre a indstria mais perfeita, a cincia mais bem equipada, e uma natureza no seu estado mais natural. Este ser um ponto de partida verdadeiramente essencial que sempre tivemos a iluso de que a tcnica seria uma inveno humana quando, no fundo, foi a tcnica militar e a guerra aquilo que permitiu a fabricao do humano. Esta tese procura desvelar como o surgimento de novas tecnologias e de novos espaos para a guerra, foraram a sua reproblematizao em novas vias epistemolgicas. Recuando at ao originrio movimento geo-poltico, entroncamos numa interdefinio entre a ordem espacial e a individuao dos objectos tcnicos, e procuraremos, a partir da, saber como se concretizou a expanso da guerra moderna a todo os domnios e a todo o mundo.
Resumo:
A recusa da estratificao do tempo, que surge na segunda metade do século XX, resulta da perda de f numa grande narrativa e modifica a percepo do tempo cronolgico: os acontecimentos j no se sucedem ordeiramente, manifestam-se em simultneo no presente ou so criteriosamente convocados a partir do presente. Esta reformulao do tempo implica a reformulao do conceito de contemporneo, permitindo questionarmo-nos, tal como Giorgio Agamben: De quem e do que somos contemporneos? E, antes de tudo, o que significa ser contemporneo? Com esta dissertao pretende-se analisar algumas formulaes do conceito de contemporneo, especialmente a partir de Giorgio Agamben, Walter Benjamin, Hannah Arendt e Georges Didi-Huberman, com a inteno de compreender as implicaes da temporalidade na experincia esttica e as possibilidades que as conceptualizaes elaboradas oferecem constituio de uma comunidade humana. Na segunda parte do trabalho, relaciona-se a problemtica da contemporaneidade com as reflexes sobre arte e esttica do escultor Rui Chafes atravs do seu texto A Histria da Minha Vida, um relato das principais influncias da formao artstica do narrador. Este relato ultrapassa os limites cronolgicos, onde o artista olha para trs definindo o seu prprio tempo presente e o seu passado. O presente surge como a inteireza que resume a ateno do artista e nos descreve a sua caminhada atravs do tempo artstico. O narrador revive na primeira pessoa o percurso dos artistas que desde a Idade Mdia ao Barroco trabalharam anonimamente a pedra e a madeira em nome dos mestres e ao faz-lo assume-se como o escultor-aprendiz que recusa a promoo a mestre, e revela em si, atravs dos valores supremos do trabalho, da sabedoria e da experincia, toda a arte que o precedeu.
Resumo:
O percurso de Maria Madalena Bago da Silva Biscaia (de Azeredo Perdigo) mostra-se de extrema importncia para o estudo do panorama artstico e educativo portugus da segunda metade do século XX. Uma figura controversa e ainda pouco estudada, Madalena Perdigo desenvolveu um diversificado trabalho em prol da cultura portuguesa durante o perodo do Estado Novo e de entrada na democracia e na Comunidade Econmica Europeia, tendo sido criadora e Directora do Servio de Msica da Fundao Calouste Gulbenkian durante 17 anos (entre 1958 e 1974), local onde fundou a Orquestra, o Coro e o Ballet Gulbenkian, bem como os prestigiados Festivais Gulbenkian de Msica. Ao seu currculo juntam-se a presidncia da Comisso Orientadora da Reforma do Conservatrio Nacional, entre 1971 e 1974, a direco do Gabinete Coordenador do Ensino Artstico do Ministrio da Educao, de 1978 a 1984, a criao e direco do Servio ACARTE, de 1984 a 1989, e a criao do Centro Artstico Infantil da Fundao Gulbenkian, entre outros projectos de relevo. O presente projecto de investigao pretende apresentar a biografia de Madalena Perdigo em constante dilogo com o contexto social, cultural e educativo do Portugal da segunda metade do século XX. Considerando-se uma figura a que tem sido dada pouca ateno do ponto vista acadmico, o objectivo desta dissertao analisar o pensamento e obra de Madalena Perdigo, que se mostraram inditos na poca em que foram desenvolvidos, e a sua relevncia para o panorama cultural portugus at actualidade. Partiu-se das suas concepes para as artes e o ensino e do envolvimento com os ideais do movimento internacional de educao pela arte, para analisar as estruturas, programas e actividades que criou em prol de uma educao artstica generalizada e de um incentivo criatividade, inovao e interdisciplinaridade na educao, com o objectivo de formar homens mais completos. Para estudar a aco cultural e educativa de Madalena Perdigo e o legado por si deixado na sociedade e instituies culturais portuguesas, utilizou-se o mtodo biogrfico, com recurso a pesquisa documental que, entre outras coisas, envolveu a anlise aprofundada de artigos de jornais e revistas da poca, entrevistas concedidas por Madalena Perdigo e textos que escreveu para os catlogos dos seus programas. Esta pesquisa foi completada com uma recolha de informao no documental, baseada em entrevistas com alguns profissionais que se cruzaram com esta personalidade em diferentes fases da sua vida: Antnio Pinho Vargas, Antnio Pinto Ribeiro, Jos Sasportes e Maria Emlia Brederode Santos.