205 resultados para Portugal História Revolução, 1974 Narrativas pessoais
Resumo:
Neste breve texto da comunicao apresentada na Fundao Calouste Gulbenkian, a 11 de Julho de 2008, no mbito do I Ciclo Internacional de Palestras promovido pela APECMA Associao Portuguesa para o Estudo e Conservao do Mosaico Antigo e IHA, Instituto de História da Arte, UNL, versamos sobre a ideografia das guas em mosaicos elaborados no espao do actual territrio portugus (correspondente a parte das Provncias romanas da Lusitnia e da Galcia) e destacamos as dimenses decorativas e simblicas que os motivos ictiogrficos assumem nos conjuntos mais significativos.
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Como s se pode proteger aquilo que se conhece tentaremos neste texto reflectir sobre o inventrio dos mosaicos romanos, sua publicao e divulgao no Corpus nacional; mostrar como o corpus iniciado em 1992 sob a gide da Fundao Calouste Gulbenkian contribuiu para os estudos acadmicos e finalmente reflectir sobre o financiamento e o futuro do Corpus referindo tambm os mosaicos descobertos desde 2005, data do ltimo inventrio.
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Objecto de interveno arqueolgica desde 1987, as runas arqueolgicas de Dume, correspondentes aos vestgios da baslica crist de meados do sculo VI e de parte do mosteiro fundado por So Martinho de Dume, reaproveitando parte de uma uilla romana, viram reconhecidas a sua importncia e valor histrico, cultural e cientfico, tendo sido classificadas como Monumento Nacional - Decreto n. 45/93, de 30-11. Apresenta-se uma sntese dos resultados obtidos, contextualizando-os no quadro da arquitectura crist antiga de Braga e da Antiguidade Tardia do Noroeste de Portugal. Abordaremos ainda o projecto de valorizao em curso, com o qual se pretende criar um plo cultural e ldico, que funcione como centro de interpretao do stio, podendo receber visitas organizadas de pblico escolar, pblico indiferenciado e especialistas em Arqueologia e História.
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Na Idade Mdia portuguesa, a preocupao pela salvaguarda da memria individual e da imagem social, manifestada atravs dos jacentes, dispostos sobre as arcas tumulares, teve nos bispos os primeiros cultores. So ainda do sculo XIII as primeiras representaes de prelados que constituem, no conjunto, um grupo muito homogneo, denotando uma clarividncia exemplar nas propostas iconogrficas. Destacam-se, pelo nmero de exemplares conservados, dois ncleos, o de Coimbra e o de vora, significando de algum modo a importncia das respectivas dioceses nesta poca. Ao nvel artstico, propriamente dito, a obra fundamental a do monumento encomendado pelo arcebispo de Braga, Dom Gonalo Pereira: nica obra de que se conhece o contrato de encomenda e os escultores seleccionados Mestres Pro e Telo Garcia , reveladora tambm de originalidades iconogrficas e possuidora de uma qualidade de execuo que a colocam como um marco das virtualidades que a escultura do sculo XIV vinha conhecendo em Portugal. No sculo XV, a representao de jacentes episcopais desaparece quase por completo, marcando, de forma significativa e algo desconcertante, o fim de um ciclo iconogrfico fundamental no contexto da tumulria medieval portuguesa e do papel activo (e pioneiro) que aquela classe social havia desempenhado no referido campo artstico.
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Fundao para a Cincia e a Tecnologia (FCT), Fundao Millennium bcp, Direco Geral do Livro e das Bibliotecas/MC, Instituto de Estudos Medievais FCSH/UNL
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A institucionalizao definitiva da Seco de Escultura do Museu Nacional de Arte Antiga deve-se ao conservador Srgio Guimares Andrade (1946-1999). Num encontro sinttico entre os conceitos pessoais do ofcio de muselogo e de objecto museolgico, os do entendimento da arte da escultura e as grandes transformaes da coleco provocadas pela incorporao da Coleco Ernesto Vilhena, geriu a Seco de Escultura e produziu a primeira exposio permanente de Escultura Portuguesa do MNAA, inaugurada em 1994, tambm legvel como história da imaginria esculpida em Portugal entre o sculo XIV e o incio do sculo XIX.
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O presente artigo interpreta e publica um importante fragmento documental, atribuvel a finais do sculo XIV. O fragmento, que parece resultar de uma tomada de contas, contm informaes sobre a prata utilizada para cunhar um tipo de moeda at agora desconhecida: o pelado. A data desta cunhagem, o seu contexto poltico e fiscal, bem como o principal interveniente so identificados neste artigo.
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Recenso de: Jorge Custdio, "'Renascena artstica' e prticas de conservao e restauro arquitectnico em Portugal, durante a 1. Repblica". Tese de Doutoramento em Arquitectura. Universidade de vora, 2009. [Texto policopiado]
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Fundao para a Cincia e a Tecnologia (FCT), Fundao Millennium bcp, Ministrio da Cultura, Instituto dos Museus e da Conservao
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O azulejo um elemento notavelmente caracterizador da arquitectura portuguesa atravessando uma parte importante da nossa produo arquitectnica e estando naturalmente contaminado pela produo artstica de cada poca. o sculo XVIII o perodo em que se veicula o azulejo em Portugal e onde nos surgem os principais repositrios de imaginrios. Suporte privilegiado de pintura e arte decorativa total, apresentouse sempre como uma resposta simultaneamente esttica e pratica s necessidades de cada tempo. Uma das questes indiscutveis a atmosfera que o azulejo barroco impe, reinventando e recriando um espao, por vezes difcil de entrever hoje, aos nossos olhos. So actualmente inmeras as questes que se colocam ao estudo e respectiva anlise de interpretao da azulejaria tanto neste perodo como em outros. Procurmos traar neste texto numa viso panormica e alargada a historiografia mais recente do azulejo barroco, incluindo os estudos, e os novos contributos que tm feito da Azulejaria Portuguesa deste perodo um lugar de inquietaes e objecto de investigao.
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Assumimos como principal objectivo deste estudo identificar e caracterizar as representaes sociais dos mdicos acerca da fisioterapia e dos fisioterapeutas. O enquadramento conceptual, epistmico e metodolgico principal do estudo resultou da articulao entre a Teoria das Representaes Sociais e a Anlise do Discurso, valorizando os contributos da psicologia social e da sociologia, respectivamente, para o estudo dos grupos e dos processos de profissionalizao. Os participantes deste estudo foram mdicos das especialidades de Medicina Interna e de Medicina Geral e Familiar, num total de 10, repartidos igualitariamente pelo contexto hospitalar e do centro de sade. Para a recolha dos elementos de anlise, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas atravs da anlise de discurso. A anlise dos discursos dos mdicos de ambas especialidades, permitiu caracterizar as suas representaes sociais acerca da fisioterapia e dos fisioterapeutas, as quais partilham a maioria dos contedos. Os fisioterapeutas so representados enquanto profissionais com alguma especificidade tcnica, geradora de resultados observveis e teis, mas a sua actividade considerada subsidiria dos especialistas de Medicina Fsica e Reabilitao. Esta representao articula dimenses aparentemente positivas como a posse de diplomas superiores e a eficcia das intervenes com a associao a um conjunto de reas de interveno que no cobrem a definio internacional da fisioterapia e as competncias dos fisioterapeutas, salientando as fases da reabilitao e preveno secundria, sobretudo nas patologias osteo-articulares, cardio-respiratrias e neurolgicas, sobretudo junto dos idosos. Relativamente caracterizao das prticas profissionais especficas, os mdicos salientam a terapia manual e, como sinal de progresso, o uso de tecnologias, constituindo-se como um recurso vlido, mas cuja recomendao ou prescrio pensada como uma segunda escolha, depois ou antes de recorrer farmacologia ou em substituio da cirurgia. Para construrem as suas representaes, os mdicos socorrem-se da comparao com o padro da profisso mdica e do que a torna dominante ao expressarem que a fisioterapia actual cientfica, tecnicamente moderna e com validao acadmica. Uma das concluses importantes deste estudo a de que a disponibilidade de um reportrio positivo para representar os fisioterapeutas no impede, forosamente, que estes sejam pensados pelos mdicos como um grupo dominado; pelo contrrio, a segurana quanto sua posio de grupo dominante pode dispensar o recurso a traos negativos como estratgia de defesa de um estatuto e de um territrio exclusivo, para o qual tm contribudo anos de história e a eficcia das medidas polticas das ltimas dcadas. Os resultados deste estudo podero contribuir para uma compreenso aprofundada das representaes sociais que os mdicos possuem acerca da fisioterapia e dos fisioterapeutas em Portugal, e da sua potencial influncia nos diferentes contextos de interveno e nas actuais relaes com os mdicos.
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The paper will address George Kublers Portuguese Plain Architecture [PPA] (1972) and its effect in Portuguese architectural practice. Kublers philosophy of art history implied that closed sequences of objects could be opened by several reasons. Thus, it will be argued that there is an effect upon Portuguese architecture post 1974, that is apparent by the reemergence of some of the form classes treated by Kubler. This was mostly achieved through the popularity of Kublers book within architectural practice, scholarship and moreover by the establishment of the term Plain Architecture in portuguese architectural vocabulary. Plain Architecture of the seventeenth and eighteenth centuries shared some qualities with the architecture to be built in postrevolutionary Portugal, most importantly the effect that could be achieved with low budget buildings that were responding to a situation of crisis, and simultaneously exhaled aristocratic sparsity. The connection of PPA with the ideological attributes of early modernism and the political context of the time catalysed the reemergence of a new order of Portuguese Plain that resonates still in contemporary architecture.
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A história da arte no contexto portugus rejeitou durante muito tempo os desafios que as abordagens feministas colocaram disciplina, internacionalmente, desde a dcada de 1970. O feminismo vivido em Portugal durante esse perodo tentava ainda assegurar direitos bsicos de igualdade jurdica entre mulheres e homens, inexistente at dcada de 1970. E isto tambm pode ajudar a explicar a escassa inscrio terica do feminismo no interior da academia. Para l da globalizao e circulao do conhecimento, a história da arte continua muito dependente das diferentes tradies historiogrficas nacionais. Em certos pases, como o Reino Unido ou os Estados Unidos da Amrica, a história da arte fez uso dos instrumentos tericos do feminismo para se questionar a si prpria. Ou seja, perante a ausncia do feminino, questionou os prprios paradigmas da disciplina aqueles que invisibilizaram o feminino mas tambm aqueles que nunca questionaram porque que a feminino era invisvel. Como que as abordagens feministas podem passar a integrar a história da arte portuguesa sem possuir uma genealogia, uma história feita das transformaes e crticas tericas que os prprios feminismos experimentaram ao longo de vrias dcadas naqueles contextos em que foram mais debatidos? Ser que nos podemos apropriar das respostas sem antes termos feito as perguntas?
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Inclui dossier tamtico As Filipinas nos sculos XVI e XVII: governo do entreposto e relaes com os territrios da sia, coord. Elsa Penalva e Juan Gil
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Esta tese de doutoramento tem como campo de estudo o grafismo e a ilustrao produzidos em Portugal durante os anos 40 do sculo XX. Ela foca a sua anlise em quatro reas de investigao: a) publicidade; b) grafismo e ilustrao de jornais, revistas e livros; c) grafismo editorial produzido pelo Secretariado da Propaganda Nacional; d) grafismo de algumas publicaes editadas por ocasio das exposies de Paris (1937), Nova Iorque e So Francisco (1939), e a Exposio do Mundo Portugus (1940). Atravs da pesquisa de fontes primrias jornais, revistas, livros, anncios, cartazes, material publicitrio vrio em conjuo com textos e artigos da poca procurmos fazer uma História do Design Grfico em Portugal que tivesse em considerao no s a esttica do material grfico criado mas tambm a conjuntura histrica, econmica, sociolgica e ideolgica em que esse material apareceu. Comparmos o grafismo realizado para as instituies pblicas e aquele feito para as empresas privadas para concluir que h pontos de contacto entre os dois no s por os artistas serem quase sempre os mesmos mas tambm porque o mesmo discurso ideolgico permeava tanto a propaganda do Estado Novo quanto a produo comercial ainda que houvesse a resistncia de outras propostas estticas e imaginrios, como o surrealismo e o neo-realismo. Antnio Ferro, director do Secretariado da Propaganda Nacional, soube aproveitar o talento de um ncleo de artistas para a criao de uma identidade visual para Portugal, uma identidade que sintetizasse elementos da arte popular com um enquadramento moderno. Atravs de mltiplas actividades essa identidade foi sendo desenvolvida e replicada mas nas oportunidades de trabalho e experimentao dadas aos artistas modernistas portugueses que reside o verdadeiro legado de Antnio Ferro para o Design Grfico portugus.