163 resultados para PINTURA (SÉCULO 19)
Resumo:
O presente trabalho visa elucidar as concepes do corpo, as noes e prticas de higiene e as polticas de sade pblica mais emblemticas no Portugal do sculo XVIII, conjuntura histrica de afirmao do saber mdico, das suas prticas e representaes. Num primeiro momento, procurar-se- compreender as razes que estiveram na base do ocaso de uma concepo do corpo de ndole popular e identificar os poderes e estratgias envolvidos na represso das prticas de cura ditas arcaicas e subversivas. Num segundo momento apurar-se- o tipo de representaes do corpo, da sade e da doena que foram veiculadas pela literatura mdica e higienista do sculo XVIII, visando substituir aquelas ideias e procedimentos. Avaliam-se os propsitos e o alcance do movimento de popularizao das ideias mdicas em que se envolveram sectores significativos das classes mdicas portuguesa e europeia, rastreia-se o tipo de prevenes inscritas nesse corpus documental e determina-se de que modo estes saberes foram apropriados pelos indivduos e pelas populaes. Num terceiro momento, analisa-se o universo da prtica mdica e dos cuidados de sade no Portugal de Setecentos. Ilustrar-se-o as estratgias preconizadas pelos poderes pblicos com o intuito de aperfeioar a cobertura teraputica do territrio, uniformizar e fiscalizar as prticas de sade e reprimir procedimentos de forte implementao nos quotidianos, em especial, boticas conventuais, remdios de segredo e curandeirismo. Por ltimo, dar-se- conta das polticas de sade pblica levadas a cabo pelo Estado portugus visando dar soluo a problemas endmicos no contexto nacional, sobejamente identificados na literatura mdica de ento, e a que se imputavam a pretensa degenerescncia dos indivduos e a despovoao do territrio nacional. Movimento que esteve na origem de uma ateno pblica, at ento indita, a problemticas to diversas como o abandono e o infanticdio, a inoculao das bexigas e a vacinao, as doenas venreas, a frequncia dos matrimnios e a estagnao demogrfica ou os fenmenos da morte aparente e dos enterramentos prematuros.
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The present volume contains the short papers and abstracts reviewed and presented at PNUM 2013, the 2013 Annual Conference of Portuguese Network of Urban Morphology, held in Coimbra on June 27 and 28, 2013.
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Neste trabalho definimos e desenvolvemos algumas ideias centrais sobre a Galeria Nacional de Pintura da Academia de Belas Artes de Lisboa, da formao do seu acervo a partir de 1834, com a extino das ordens religiosas, at abertura do Museu Nacional de Belas Artes e Arqueologia, em 1884. Em anlise esto 50 anos de esforos empreendidos por vrios agentes, com destaque para o marqus de Sousa Holstein, vice-inspetor da Academia, em prol da organizao, conservao, exposio, estudo, promoo e divulgao do seu acervo, assim como do seu enriquecimento por meio de transferncias, aquisies ou doaes que esto na origem do mais relevante museu pblico de arte nacional.
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Livro coordenado por Isabel Mendona, Hlder Carita e Marize Malta. Rene as comunicaes apresentadas no colquio luso--brasileiro A casa senhorial em Lisboa e no Rio de Janeiro (sculos XVII, XVIII e XIX). Anatomia dos interiores, realizado de 4 a 6 de Junho de 2014, no Museu de Artes Decorativas da Fundao Ricardo do Esprito Santo Silva (Lisboa). E conta com artigos de: Ctia Teles e Marques, Daniela Viggiani, Celina Borges Lemos,Andr Guilherme Dornelles Dangel, Miguel Metelo de Seixas, Isabel Soares de Albergaria, Joo Vieira Caldas, Maria Joo Pereira Coutinho, Hlder Carita, Ana Lcia Vieira dos Santos, Mariana Pinto Ferreira e Tiago Molarinho Antunes, Jos Pessa, Jos Marques Morgado Neto, Gustavo Reinaldo Alves do Carmo; Patrcia Thom Junqueira Schettino, Celina Borges Lemos, Felipe Azevedo Bosi, Paulo Manta Pereira, Ana Paula Rebelo Correia, Sofia Braga, Ana Cristina da Costa Gomes e Isabel Murta Pina, Ana Pessoa, Isabel Mayer Godinho Mendona, Isabel Sanson Portella, Alexandre Mascarenhas, Cristina Rozisky, Fbio Galli, Miguel Leal, Rosa Arraes, Maria Joo Ferreira, e Marize Malta.
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Aprender a ser constitui um dos pilares da educao no sculo XXI como recomendado nos relatrios de Faure (1972) e de Delors (1996) para a UNESCO. Partilhando o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ambos os relatrios salientam a importncia dos indivduos crescerem no conhecimento e domnio de si. Aprender a ser Homem, a ser si prprio e, finalmente, a ser feliz so as metas deste pilar na vida de cada indivduo. Numa abordagem filosfica ao tema, desdobrmos a aprendizagem do ser num conjunto de dimenses que a escola deve promover no dia-a-dia escolar para proporcionar aos seus alunos a aprendizagem de ser Homem e ser si prprios. Complementmos a leitura dos dois relatrios com outros autores contemporneos, como Fernando Savater e Roberto Carneiro, para ficarmos com as seguintes nove dimenses: Carisma natural; Memria; Tomada de deciso; Comunicao; Imaginao e criatividade; Equilbrio fsico-espiritual; Sentido esttico; Relao com o meio-ambiente; e Valores e moral. Interessa-nos perceber qual o conhecimento que as escolas portuguesas tm sobre a aprendizagem do ser e as prticas que desenvolvem nesse sentido e, por isso, decidimos fazer um estudo prospetivo atravs da anlise de duas escolas da cidade de Lisboa, uma pblica e uma privada. O caso de estudo das duas escolas permitiu-nos indicar alguns possveis caminhos para a compreenso do grau de sensibilizao e preparao das escolas portuguesas para oferecerem aos seus alunos boas oportunidades de desenvolvimento enquanto Homens e seres nicos e originais. Entre outras descobertas, entendemos haver trs eixos especialmente importantes na promoo da aprendizagem do ser: formao de professores; atividades e projetos escolares; e as estruturas escolares de apoio ao aluno. Com base nos resultados que obtivemos, cremos haver motivos para pensar que existe um conhecimento razovel sobre o que a aprendizagem do ser e a sua importncia. Parece-nos, ainda, que poder haver uma ligeira superiorizao do ensino privado, face ao pblico, na sua capacidade de proporcionar esta aprendizagem junto dos seus alunos.
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Henrique, ou Jacob, de Castro Sarmento (1691-1762), mdico judeu, nascido em Bragana e exilado em Inglaterra a partir de 1721, devido s perseguies da Inquisio aos cristos-novos, considerado como o introdutor das ideias de Isaac Newton (1662-1727) em Portugal e um dos principais responsveis pela disseminao da iatroqumica entre os mdicos portugueses, contribuindo para o desenvolvimento da medicina e cincia portuguesas do sculo XVIII. Eleito para scio da Royal Society em 1730, o mdico portugus tornou-se o principal interlocutor cientfico entre Portugal e Inglaterra, sendo a sua actividade exemplar do modo como ocorreram as trocas de conhecimento entre o centro da Europa e a sua periferia. Autor de diversas obras mdicas, Sarmento abordou algumas das temticas mdicas mais relevantes do sculo das luzes, como a inoculao das bexigas ou a utilizao teraputica das guas minerais, veiculando uma nova forma de encarar a prtica mdica. A sua obra Theorica Verdadeira das Mares, editada em 1737, foi a primeira publicada em Portugal onde as ideias de Newton so consideradas com o devido detalhe. Paradoxalmente, Sarmento foi tambm produtor de medicamentos de segredo, tendo a sua gua de Inglaterra alcanado um sucesso significativo em Portugal. Figura polmica e multifacetada, Sarmento dedicou uma parte considervel da sua vida divulgao e disseminao das ideias dos autores modernos, dos quais se destacam Boyle, Newton e Boerhaave. O presente trabalho tem como principal objectivo elucidar os principais aspectos da sua vida e obra, procurando enquadrar as suas actividades no contexto da medicina e cincia europeias de setecentos.
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Em 1970, o historiador peruano Guillermo Lohman Villena dava a conhecer ao pblico as suas pesquisas sobre a autoria da Descrio geral do Reino do Peru, em particular de Lima, que agora editamos, com uma solidez que torna at hoje muito credvel a hiptese de o autor ser um cristo-novo portugus, chamado Pedro de Len Portocarrero. De qualquer forma, este texto, escrito durante a primeira metade do sculo XVII, reflecte a experincia de muitos portugueses que no perodo da unio das coroas ibricas circularam pelo territrio andino, muitos deles dedicados ao comrcio. Os artigos que acompanham a edio abordam esta circulao entre imprios, a partir de diferentes perspectivas, mostrando as relaes que existiram entre os sbditos ibricos, margem da separao legal estabelecida em Tomar. O leitor interessado em aspectos como o comrcio, a natureza do territrio peruano, a sua geografia e agricultura encontrar na Descrio... um manancial de informao muito pormenorizado, bem como sobre os diferentes grupos humanos que vivam e circulavam no Peru. A edio tem dois tipos de notas: por um lado, notas de carcter histrico, com o objectivo de esclarecer termos e conceitos prprios da histria colonial peruana e hispano-americana e, por outro, comentrios traduo que pretendem chamar a ateno sobre peculiaridades lingusticas da Descrio... Por fim, editamos a transcrio de um documento relacionado com o processo inquisitorial que o autor sofreu, conservado no Arquivo Histrico Nacional de Madrid.
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O casal de suos, Heinrich (17951866) e Ccile Dniker-Haller (18161887), com seus filhos, viveu no Rio de Janeiro entre 1828 e 1852. Comerciantes prsperos, cosmopolitas e melmanos, deixaram grande quantidade de informaes sobre suas atividades de msica em ambiente domstico daquele perodo, mas tambm depois de terem voltado a se estabelecer na Sua. O Genealogisches Archiv der Helene und Ccile Rbel Familienstiftung (FA HCR), na cidade de Zurique, documenta a histria desta famlia. As informaes registradas pelo casal estudado, principalmente em forma de cartas e dirios, permitem-nos conhecer e analisar a prtica musical em ambiente domstico das famlias estrangeiras no Rio de Janeiro, e demonstrar quais eram os repertrios por eles utilizados. Entre as concluses tiradas, inclui-se o fato de que o romantismo alemo teria feito sua entrada no ambiente musical brasileiro atravs dos sales musicais das famlias estrangeiras, exatamente como foi o caso em outras cidades do mundo no germnico. Nos documentos deixados pela famlia Dniker-Haller encontram-se os mais antigos testemunhos at hoje encontrados da execuo de Lieder de Schubert em ambiente domstico no Rio de Janeiro. Por outro lado, a prtica da Hausmusik na cidade de Zurique vem descrita e comparada quela carioca. A anlise destes relatos tambm nos permite descrever a diferena que havia entre os eventos musicais em ambiente domstico ntimo e informal, e os "sales musicais", onde diletantes se produziam em esfera semi-pblica previamente preparados e ensaiados, e a marcante diferena no repertrio destes dois tipos de eventos sociais.
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O processo ensino-aprendizagem das cincias naturais desafiado para se adaptar s necessidades e estilo de vida atual dos alunos. Este desafio, para os docentes, a inovao das estratgias pedaggicas orientadas para a mudana conceptual. As escolas podem estar equipadas com vrios recursos tecnolgicos, mas a sua integrao no processo ensino-aprendizagem, como prticas inovadoras e promotoras de uma utilizao efetiva por parte dos discentes, ainda limitada. Cabe ao professor do sculo XXI incrementar a utilizao das Tecnologias de Inovao e Comunicao nas suas prticas letivas permitindo aos alunos, que temos na sala de aula, e que nasceram na era digital, uma maior motivao e potenciao das suas aprendizagens. O contedo O Sistema Nervoso, s abordado no 9 ano de escolaridade, temtica includa no tema organizador Viver Melhor na Terra, envolve termos cientficos complexos, sendo sempre um grande desafio para os docentes a sua abordagem em contexto educativo. Neste contexto enunciou-se o seguinte problema de estudo: o podcast aplicado como auxiliar de aprendizagem do segmento de contedo O Sistema Nervoso, levar a uma melhoria dos resultados escolares dos alunos do 9 ano? Para este estudo utilizou-se uma metodologia mista, envolvendo 19 alunos, permitindo a utilizao de vrios mtodos e diferentes formas de obter dados e os analisar. um estudo de caso e os resultados mostram o impacto da utilizao de um podcast educacional como auxiliar de aprendizagem de um contedo, O Sistema Nervoso. O ensino-aprendizagem deixou de estar confinado sala de aula, podendo ocorrer em qualquer lugar e a todo o momento, de acordo com a escolha dos alunos e respeitando o ritmo de aprendizagem de cada um. A audio do podcast revelou-se um instrumento facilitador do trabalho autnomo, j que um reforo pedaggico e/ou estratgia de ensino diferenciado, funcionando como um auxiliar esclarecedor, atravs do qual os alunos clarificam as suas dvidas, o que no conseguiriam fazer sozinhos. Permite, ainda, recriar o ambiente de sala de aula na explicao dos contedos.
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A presente dissertao tem como objectivo a elaborao de uma biografia do psiquiatra Lus Cebola, com nfase na sua concepo da prtica clnica e no seu posicionamento ideolgico. Alm disso, pretende-se ampliar a compreenso acerca da conceptualizao da doena mental, bem como dos tratamentos psiquitricos aplicados em Portugal, durante a primeira metade do sculo XX, tendo por base o seu desempenho enquanto director clnico desde 1911 at 1949 da Casa de Sade do Telhal (CST), pertencente Ordem Hospitaleira de So Joo de Deus (OHSJD). Esta dissertao representa um estudo pioneiro sobre esta personalidade negligenciada pela histria da psiquiatra praticada at agora em Portugal e sobre as suas contribuies para o desenvolvimento da psiquiatria portuguesa, bem como para a disseminao-popularizao de temas mdicos e cientficos. Demonstra-se que os tratamentos aplicados na CST, sob a sua direco clnica, se mantiveram actualizados, tanto em relao aos outros hospitais psiquitricos portugueses como em relao s instituies estrangeiras. As viagens que Cebola realizou a hospitais psiquitricos de diversos pases europeus, muito contriburam para a modernizao do ambiente hospitalar e teraputico da CST, bem como para o seu privilegiar da terapia ocupacional a ergoterapia enquanto mtodo de tratamento. Conclui-se que o esquecimento do mdico por parte dos seus colegas de profisso, bem como pelos estudos histricos da disciplina, se dever principalmente a trs factores: em primeiro lugar, Cebola no desenvolveu projectos de investigao, e, por conseguinte manteve-se afastado das publicaes da especialidade, bem como dos debates cientficos da poca; em segundo lugar, no formou discpulos, no dando, desse modo, continuidade sua viso da prtica clnica; e por ltimo, as suas publicaes de crtica sociopoltica, censurando o regime do Estado Novo, a Igreja Catlica, e a psicocirurgia, criaram plausivelmente uma relao de tenso com os Irmos da OHSJD e com a nova gerao de psiquiatras.
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Na Idade Mdia portuguesa, a preocupao pela salvaguarda da memria individual e da imagem social, manifestada atravs dos jacentes, dispostos sobre as arcas tumulares, teve nos bispos os primeiros cultores. So ainda do sculo XIII as primeiras representaes de prelados que constituem, no conjunto, um grupo muito homogneo, denotando uma clarividncia exemplar nas propostas iconogrficas. Destacam-se, pelo nmero de exemplares conservados, dois ncleos, o de Coimbra e o de vora, significando de algum modo a importncia das respectivas dioceses nesta poca. Ao nvel artstico, propriamente dito, a obra fundamental a do monumento encomendado pelo arcebispo de Braga, Dom Gonalo Pereira: nica obra de que se conhece o contrato de encomenda e os escultores seleccionados Mestres Pro e Telo Garcia , reveladora tambm de originalidades iconogrficas e possuidora de uma qualidade de execuo que a colocam como um marco das virtualidades que a escultura do sculo XIV vinha conhecendo em Portugal. No sculo XV, a representao de jacentes episcopais desaparece quase por completo, marcando, de forma significativa e algo desconcertante, o fim de um ciclo iconogrfico fundamental no contexto da tumulria medieval portuguesa e do papel activo (e pioneiro) que aquela classe social havia desempenhado no referido campo artstico.
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Recenso de: Joana Rama. 2008. Christus Patiens. Representaes do calvrio na escultura tumular medieval portuguesa (sculo XIV). Lisboa: Instituto de Histria da Arte - Faculdade de Cincias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
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Neste artigo procuramos analisar a Mantearia da Casa de Aveiro em 1752. Atravs do inventrio mandado realizar pelo 8. Duque de Aveiro, logo no seu primeiro ano frente da casa, permitese reflectir sobre a importao de obras de luxo dos grandes centros produtores da Europa para Portugal, ao longo do sculo XVIII: Augsburgo, Roma, Londres e Paris. As obras em prata pertencentes ao Museu Nacional de Arte Antiga, tomadas pela Casa Real na sequncia do processo dos Tvoras em 1759, apenas foram encomendadas aps a realizao deste inventrio. Todavia podemos aferir a grande importncia da Mantearia dos Duques de Aveiro, pela importncia das obras de aparato, de que destacamos o conjunto de centros de mesa, e pelo coleccionismo de ourivesaria antiga, nomeadamente do perodo da renascena, que gozou de grande prestgio no Portugal de setecentos.
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A progressiva descoberta de um vasto nmero de painis com aspectos iconogrficos similares, nas reservas do Museu Nacional do Azulejo, permitia supor estarmos perante um conjunto coerente para revestimento de um espao religioso. O conjunto, pintado a azul de cobalto sobre branco, possui a invulgar particularidade de integrar grandes flores com ptalas coloridas a violeta de mangans e apoiadas em ps verdes, obtidos pela mistura de amarelo de antimnio com a dominante azul. O estudo do conjunto j conhecido, a que se associam novos elementos recentemente descobertos ao abrigo do projecto Devolver ao olhar, permitiu compreender a articulao de todos os elementos e revelar um notvel e original programa iconogrfico, nico nas intenes e representaes que encerra.
Resumo:
O azulejo um elemento notavelmente caracterizador da arquitectura portuguesa atravessando uma parte importante da nossa produo arquitectnica e estando naturalmente contaminado pela produo artstica de cada poca. o sculo XVIII o perodo em que se veicula o azulejo em Portugal e onde nos surgem os principais repositrios de imaginrios. Suporte privilegiado de pintura e arte decorativa total, apresentouse sempre como uma resposta simultaneamente esttica e pratica s necessidades de cada tempo. Uma das questes indiscutveis a atmosfera que o azulejo barroco impe, reinventando e recriando um espao, por vezes difcil de entrever hoje, aos nossos olhos. So actualmente inmeras as questes que se colocam ao estudo e respectiva anlise de interpretao da azulejaria tanto neste perodo como em outros. Procurmos traar neste texto numa viso panormica e alargada a historiografia mais recente do azulejo barroco, incluindo os estudos, e os novos contributos que tm feito da Azulejaria Portuguesa deste perodo um lugar de inquietaes e objecto de investigao.