161 resultados para Judeus História Até 70
Resumo:
A problemtica do recurso luta armada para derrubar a ditadura em Portugal gerou discusses, debates e rupturas no seio da oposio portuguesa muito antes de terem surgido as primeiras organizaes que realizaram aces armadas. Foi no rescaldo da campanha para as eleies presidenciais de 1958, perante o apoio popular campanha de Humberto Delgado, candidato da oposio, e a constatao da dimenso da fraude eleitoral, que ocorreram as primeiras discusses acerca da inevitabilidade recorrer violncia armada para derrubar a ditadura. Porm, apenas na dcada de 70 as circunstncias polticas, econmicas e sociais no pas favorecem o aparecimento de outras organizaes armadas. Os quase dez anos de guerra colonial tinham desgastado o regime e as manifestaes contra a guerra eram cada vez maiores, com o numero de desertores e refractrios a crescer de ano para ano. Ao mesmo tempo, o pais ia-se industrializando e terciarizando; assistia-se ao crescimento da classe mdia, da escolarizao, da emigrao e a uma mudana de mentalidade, trazida pelo acesso cada vez maior ao que se passava no mundo. Seria neste contexto que as formas tradicionais de oposio, baseadas em manifestaes pacficas e abaixo-assinados, so sentidas como ultrapassadas e ineficazes e comeam a proliferar as organizaes marxistas-leninistas que teorizavam sobre a luta armada e concebiam planos de aces armadas contra o regime, aumentando o nmero daqueles que defendiam que o regime s cairia com o recurso violncia. Em 1967, a LUAR, levava a cabo a primeira aco armada contra o regime, o assalto agncia do Banco de Portugal na Figueira da Foz, para obter dinheiro que seria utilizado no financiamento de futuras aces armadas. Em 1970, o Partido Comunista Portugus, depois de um prolongadssimo perodo de maturao, avanava com a ARA que levou a cabo a primeira aco em Outubro desse ano, a sabotagem ao navio Cunene que participa da logstica de apoio guerra colonial. Em 1971, foram as Brigadas Revolucionrias que desencadearam a primeira aco, um atentado bombista contra o Quartel da Nato na Fonte da Telha. Até ao 25 de Abril de 1974, vrias aces armadas seriam cometidas por estas organizaes, com a particularidade de apenas atingirem o aparelho repressivo e militar do regime, e de seguirem o princpio irredutvel de no fazer vtimas mortais entre os civis. O 25 de Abril de 1974, corresponderia ao eplogo de um processo de contestao armada ao Estado Novo que foi acelerando nos seus derradeiros anos.
Resumo:
O presente artigo interpreta e publica um importante fragmento documental, atribuvel a finais do sculo XIV. O fragmento, que parece resultar de uma tomada de contas, contm informaes sobre a prata utilizada para cunhar um tipo de moeda até agora desconhecida: o pelado. A data desta cunhagem, o seu contexto poltico e fiscal, bem como o principal interveniente so identificados neste artigo.
Resumo:
A exposio uma tarefa eminentemente museolgica mas, desde sempre, desenvolveu uma espcie de autonomia propositiva, relacionada quer com uma celebrao festiva, vocacionada para os grandes pblicos (por exemplo, as grandes exposies mundiais, inauguradas em Londres, em 1851), quer com a divulgao de investigaes especficas, predominantemente originais. Neste caso, podemos design-las exposies de investigao. Este foi o mbito de: 50 anos de arte portuguesa, apresentada na Fundao Calouste Gulbenkian, em 2007, e Anos 70. Atravessar fronteiras, apresentada no Centro de Arte Moderna da mesma Fundao, em 2009. Na reflexo que se segue, adoptei privilegiar a narrativa do processo do trabalho, fruto de experincia adquirida empiricamente e das dinmicas criadas nas equipas pluridisciplinares que conduziram os projectos sua realizao.
Resumo:
A história da arte no contexto portugus rejeitou durante muito tempo os desafios que as abordagens feministas colocaram disciplina, internacionalmente, desde a dcada de 1970. O feminismo vivido em Portugal durante esse perodo tentava ainda assegurar direitos bsicos de igualdade jurdica entre mulheres e homens, inexistente até dcada de 1970. E isto tambm pode ajudar a explicar a escassa inscrio terica do feminismo no interior da academia. Para l da globalizao e circulao do conhecimento, a história da arte continua muito dependente das diferentes tradies historiogrficas nacionais. Em certos pases, como o Reino Unido ou os Estados Unidos da Amrica, a história da arte fez uso dos instrumentos tericos do feminismo para se questionar a si prpria. Ou seja, perante a ausncia do feminino, questionou os prprios paradigmas da disciplina aqueles que invisibilizaram o feminino mas tambm aqueles que nunca questionaram porque que a feminino era invisvel. Como que as abordagens feministas podem passar a integrar a história da arte portuguesa sem possuir uma genealogia, uma história feita das transformaes e crticas tericas que os prprios feminismos experimentaram ao longo de vrias dcadas naqueles contextos em que foram mais debatidos? Ser que nos podemos apropriar das respostas sem antes termos feito as perguntas?
Resumo:
Fundao para a Cincia e a Tecnologia (FCT), Fundao Millennium bcp
Resumo:
Recenso de: Vtor Silva, "Henrique Pouso Infncia, Experincia e História do Desenho", Porto: Dafne editora, 2011
Resumo:
A Geografia Eleitoral definida como a anlise da interao entre o espao, o lugar e os processos eleitorais, compreende fundamentalmente trs domnios: padres de voto, influncias geogrficas nas eleies e a geografia da representao. A Geografia Eleitoral conta uma longa história, ao ponto de j ter tido um status prprio no mbito da disciplina. Depois ter aparecido nos anos 70 e 80 com algum vigor no contexto portugus, esta abordagem dos fenmenos eleitorais tem sido relativamente negligenciada nos anos. Neste trabalho, conjugando as metodologias espaciais-analticas mais tradicionais com um conjunto de novas tecnologias - como os Sistemas de Informao Geogrfica (SIG) e os Self- Organizing Maps (SOM) -, pretendemos dar uma nova nfase Geografia Eleitoral nacional, realando o seu carter explicativo e abrindo portas a abordagens multidisciplinares dos dados eleitorais. Com base nos resultados das eleies legislativas portuguesas realizadas no perodo compreendido entre 1991 e 2011, analisamos neste trabalho os seguintes tpicos: a distribuio espacial dos resultados, em conjunto e individualmente, dos cinco partidos com representao parlamentar; a distribuio dos resultados deste conjunto de partidos por regio, considerando uma das propostas de diviso administrativa referendada em 1998 e analisando a regio da Estremadura e Ribatejo como um estudo de caso; os padres gerados pela distribuio do bloco constitudo pelos dois principais partidos (PS e PPD/PSD); o comportamento espacial dos blocos Direita/Centro-Direita e Esquerda/Centro- Esquerda; a absteno eleitoral, confrontando os valores registados em cada freguesia com o resultado nacional; a comparao entre diferentes tipos de eleies; a distribuio dos resultados por partido nos dois principais distritos (Lisboa e Porto) que em conjunto representam mais de 40% da populao portuguesa; o comportamento do Bloco de Esquerda, o mais jovem dos partidos considerados; e os mapeamentos das freguesias sociais-democratas e socialistas. Os resultados deste trabalho comprovam de forma geral, de que a georreferenciao dos dados eleitorais nacionais geram uma cartografia que permite confirmar aquilo que outras anlises tm vindo a mostrar sobre o comportamento eleitoral dos portugueses. No entanto, existem aspectos especficos da distribuio espacial deste mesmo comportamento eleitoral que permitem aprofundar o conhecimento sobre a interaco entre o espao e os processos eleitorais.
Resumo:
Este nmero da Revista de História da Arte dedicado aos Estudos de Lisboa. A seriao dos artigos atendeu ao critrio cronolgico, seguindo-se por isso uma viso diacrnica da história de Lisboa, desde a Antiguidade aos nossos dias. As sub-temticas abordadas incluem, entre outras, o Teatro Romano, a antiga Igreja de Nossa Senhora do Loreto, a Lisboa monumental de Juvarra e D. Joo V que dialoga com Tanzi e Francisco de Assis Rodrigues, o Palcio Foz na Avenida e a Calada portuguesa num olhar exterior. Este nmero demonstra como os estudos sobre a cidade so um forte exemplo das mltiplas possibilidades da História da Arte e da sua pertinncia no campo mais vasto dos Estudos Patrimoniais, capazes de devolver memrias e entender o devir artstico ao longo das pocas.