42 resultados para Serviços de saúde
Resumo:
Baseado no relatrio avaliado na disciplina de Economia e Gesto da Inovao (Prof. Maria Lusa Lopes), no programa doutoral de Avaliao de Tecnologia, na Faculdade de Cincias e Tecnologia - Universidade Nova de Lisboa em Janeiro de 2011
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RESUMO: O instrumento de avaliao de sistemas de saúde mental da organizao mundial de saúde (WHO-AIMS)foi usado para a recolha de informaes sobre o Programa Nacional de Saúde Mental de Moambique. O presente estudo tem como objectivo melhorar o Programa Nacional de Saúde Mental e fornecer um ponto de partida para a monitorizao das mudanas. Os resultados do estudo permitiro a Moambique fortalecer a sua capacidade para desenvolver planos de saúde mental baseados em informaes com pontos de partida e metas bem definidos. O relatrio ser tambm til para a monitorizao do progresso da implementao de reformas nas polticas de saúde mental, na disponibilizao de serviços de base comunitria, e no envolvimento dos utentes, seus familiares e outros actores na promoo, preveno,cuidados e reabilitao em saúde mental. Tendo em conta os antecedentes histricos da saúde mental em Moambique, a realidade actual clama por reformas profundas voltadas para uma interveno mais humanizada e com enfoque nos cuidados primrios. nesse contexto que o estudo realizado apresenta resultados relacionados com as polticas, legislao, estratgias e planos de aco e financiamento para a saúde mental; serviços de saúde mental;cuidados primrios; recursos humanos e ligao com outros sectores chave. A saúde mental foi avaliada desde o sistema de gesto at ao nvel comunitrio. Relativamente aos rgos de gesto, a principal constatao que existem instrumentos legais para sustentar as iniciativas desta rea e influenciar os meios polticos em prol da saúde mental. Todavia, o caminho a percorrer ainda longo uma vez que no est ainda aprovada nenhuma lei de saúde mental e os financiamentos para a rea no permitem a implementao das reformas necessrias. Os serviços ao nvel clnico debatem-se com a problemtica dos recursos humanos (constitudos principalmente por tcnicos de psiquiatria) e disponibilidade de psicofrmacos. O modelo biopsicossocial ainda no implementado integralmente uma vez que so poucos os serviços que oferecem apoio psicossocial (que inclui a reabilitao e reintegrao) para alm da interveno farmacolgica. Esta pode ser considerada uma das principais causas de recadas identificadas em todas as provncias. H uma necessidade urgente de se realizarem pesquisas e levantamentos epidemiolgicos que possam servir de suporte para a advocacia em saúde mental com vista a melhoria dos cuidados a prestar aos pacientes e comunidade. Os instrumentos de recolha de informao de rotina no so adequados limitando a fidelidade dos dados recolhidos e a possibilidade de uma gesto dos serviços de saúde mental que responda as reais necessidades da populao. Em suma, os resultados aqui apresentados mostram que Moambique tem uma base que pode ser considerada uma mais valia para a reforma do sistema de saúde mental. Existem, ainda que escassos, recursos como humanos, infra-estruturas e legislao para a prestao dos serviços clnicos. preciso investir na saúde mental para que os recursos existentes sejam melhorados e expandidos, apostando na criao de equipas multidisciplinares e qualificao das equipas de gesto e equipas clnicas. --------ABSTRACT: The World Health Organization Assessment Instrument for Mental Health Services (WHO-AIMS) was used to collect information about the National Mental Health Program of Mozambique. The present study aims to improve the National Mental Health Program and provide a starting point for monitoring change. The study results will allow Mozambique to strengthen its capacity to develop mental health plans based on information with starting points and well-defined goals. The report will also be useful for monitoring the progress of implementation of reforms in mental health policies, the provision of community-based services, and involvement of users, their families and other stakeholders in the promotion, prevention, care and rehabilitation in mental health. Given the historical background of mental health in Mozambique, the current situation calls for reforms aimed at a more humane intervention focused on primary care. In this context, the study presents results related to policies, legislation, strategies and action plans and funding for mental health; mental health services; primary care; human resources and liaison with other key sectors. Mental health was assessed from the management system to the community level. With regard to the management, the main observation is that there are legal instruments to support the initiatives in this area and to influence the political means on behalf of mental health. However, the pathway is still long as it is not yet approved any Mental Health Law and the funding for the area do not allow the implementation of necessary reforms. Services at the clinical level are struggling with the issue of human resources (consisting primarily of psychiatrist technicians) and availability of psychotropic drugs. The biopsychosocial model is not yet fully implemented since there are few services providing psychosocial support (including rehabilitation and reintegration) in addition to pharmacological intervention. This can be considered a major cause of relapse identified in all provinces. There is an urgent need to conduct research and epidemiological surveys which could provide support for advocacy in mental health in order to improve the mental health car for the patients and community. The routine data collection instruments are not appropriate limiting the fidelity of the data collected and the possibility of a management of mental health services that meets the real needs of the population. In summary, the results presented here show that Mozambique has a groundwork that can be considered an asset for the reform of mental health system. There are, though scarce, human resources, infrastructure and legislation for the provision of clinical services. Its necessary to invest in mental health so that existing resources are improved and expanded, and to invest on the creation of multidisciplinary teams and qualification of management teams and clinical teams.
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RESUMO - A sndrome de burnout, definida pela exausto emocional, despersonalizao e realizao pessoal, designa um estado de fadiga fsica e emocional crnico dos profissionais, o qual pode comprometer as organizaes. Neste estudo descritivo, pretende-se estudar a sndrome de burnout nos enfermeiros dos serviços de saúde, especialmente focado nos serviços de atendimento permanente telefnico, suas caractersticas, consequncias e estratgias de preveno. A populao alvo sero todos os enfermeiros que trabalham em serviços de atendimento permanente telefnico e a amostra, no probabilstica e de convenincia, os enfermeiros que desempenham funes no centro de atendimento da Saúde 24 Porto. Primeiramente aborda-se o conceito de burnout e a sua relao com a prtica de Enfermagem, de seguida realizada uma descrio sobre os centros de atendimento em saúde at atual situao da Saúde 24. Na amostra em estudo, enfermeiros da Saúde 24 Porto, existe predominncia do sexo feminino (66,99%) e a mdia de idades de 32 anos (26 anos de idade mnima, 49 de idade mxima e desvio padro de 4,59). Constatou-se que 94,26% desempenha funes de enfermeiro comunicador e os restantes 5,74% so enfermeiros supervisores, a mdia de anos de atividade profissional de 5,67 anos e 36,4% dos enfermeiros desempenha funes na Saúde 24 h mais de 3 anos. Foi aplicado o Inventrio de Burnout de Maslach e os resultados indicaram a ausncia de sndrome de esgotamento profissional. Existem nveis mdios de burnout, sustentados pelos valores obtidos na exausto emocional no tero inferior (<19,10), e valores no tero inferior, na realizao pessoal (<38,00) e nvel baixo na despersonalizao (<4,90). No que concerne idade no foram encontradas correlaes significativas em nenhuma das dimenses, contudo, no que refere ao tempo de servio verificou-se que existem correlaes significativas e negativas para a exausto emocional e para a despersonalizao ou seja, a tendncia atual a de que os enfermeiros com menos tempo de servio tm maior tendncia para scores mais altos de burnout. Existe uma relao entre as variveis, grau acadmico, exausto e despersonalizao, a qual mostrou uma tendncia para scores mais altos em relao a enfermeiros licenciados e ps graduados nas dimenses de exausto e despersonalizao contrariamente aos enfermeiros com o grau de mestre ou especialidade. Existe tambm uma relao entre as variveis gnero e despersonalizao, sendo o score baixo, aquele que apresenta maior expresso no sexo masculino, mas principalmente no sexo feminino. As mulheres tm scores mais baixos que os homens nesta dimenso, traduzindo-se na percentagem mais elevada obtida (67,1%, contra 53,6%). E em contrapartida nos resultados obtidos para o score alto relativo despersonalizao, os homens apresentam um resultado pior do que as mulheres, sendo 26,1% para os homens e 12,1% para as mulheres. Quando se examinam as funes desempenhadas distribudas pelas dimenses de burnout, verifica-se a existncia de uma relao entre a varivel funo desempenhada e a realizao pessoal. Nos resultados percebeu-se que, quanto mais elevada a funo desempenhada (enfermeiro supervisor), mais baixa a realizao pessoal. E esta dimenso tem o score inverso, logo a interpretao dever ser feita no sentido de que, quanto mais elevada for a funo, maior ser a realizao pessoal. Os resultados obtidos so animadores contudo a vulnerabilidade para este tipo de problema, entre enfermeiros, potencializada pelo tipo de trabalho realizado por estes profissionais de saúde ser desejvel estar atento e usar estratgias para enfrentar o burnout quando ele surgir. O fenmeno burnout no apenas como um problema do individuo mas principalmente um problema da organizao.
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RESUMO - O presente estudo pretende contribuir a nvel de saúde pblica para o planeamento de estratgias orientadas para a preveno, rastreio e tratamento do VIH/Sida em trabalhadores sexuais em contexto de interior. Esta uma populao de difcil acesso, particularmente vulnervel infeo por VIH, e associada a fatores de risco que incluem a pobreza, discriminao e desigualdade de gnero, estigma e excluso social, condicionando o seu acesso a serviços de saúde. Analisaram-se 272 questionrios aplicados no mbito do estudo PREVIH na rea da Grande Lisboa no perodo entre Agosto de 2011 e Setembro de 2012 a pessoas que fazem trabalho sexual em contexto de interior. Foi realizada uma abordagem analtica permitindo a descrio do fenmeno e a anlise da relao entre variveis sociodemogrficas e variveis sobre o acesso a saúde para informao, preveno e teste na rea do VIH/Sida. Verificou-se que nesta amostra maioritariamente feminina existe elevada presena dos outros dois gneros e os indivduos so maioritariamente migrantes. O trabalho sexual uma forma exclusiva de trabalho, sendo exercido a tempo inteiro e em apartamentos. Foram detetados condicionamentos no acesso a serviços de saúde nas populaes minoritrias e mais suscetveis a discriminao, tanto na questo do gnero como da nacionalidade. Estes resultados apontam para a necessidade de planear intervenes nesta rea que permitam uma abordagem participativa e de proximidade com as populaes mais vulnerveis e tambm a necessidade de dar continuidade investigao nesta rea no sentido de reforar polticas de saúde pblica aplicadas a trabalhadores sexuais.
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Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente
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Dissertao submetida como requisito parcial para obteno do grau de Mestre em Engenharia Electrotcnica e de Computadores
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RESUMO O Problema. A natureza, diversidade e perigosidade dos resduos hospitalares (RH) exige procedimentos especficos na sua gesto. A sua produo depende do nmero de unidades de prestao de cuidados de saúde (upcs), tipo de cuidados prestados, nmero de doentes observados, prticas dos profissionais e dos rgos de gesto das upcs, inovao tecnolgica, entre outros. A gesto integrada de RH tem evoludo qualitativamente nos ltimos anos. Existe uma carncia de informao sobre os quantitativos de RH produzidos nas upcs e na prestao de cuidados domicilirios, em Portugal. Por outro lado, os Serviços de Saúde Pblica, abrangendo o poder de Autoridade de Saúde, intervm na gesto do risco para a saúde e o ambiente associado produo de RH, necessitando de indicadores para a sua monitorizao. O quadro legal de um pas nesta matria estabelece a estratgia de gesto destes resduos, a qual condicionada pela classificao e definio de RH por si adoptadas. Objectivos e Metodologias. O presente estudo pretende: quantificar a produo de RH resultantes da prestao de cuidados de saúde, em seres humanos e animais nas upcs, do sistema pblico e privado, desenvolvendo um estudo longitudinal, onde se quantifica esta produo nos Hospitais, Centros de Saúde, Clnicas Mdicas e Dentrias, Lares para Idosos, Postos Mdicos de Empresas, Centros de Hemodilise e Clnicas Veterinrias do Concelho da Amadora, e se compara esta produo em dois anos consecutivos; analisar as consequncias do exerccio do poder de Autoridade de Saúde na gesto integrada de RH pelas upcs; quantificar a produo mdia de RH, por acto prestado, nos cuidados domicilirios e, com um estudo analtico transversal, relacionar essa produo mdia com as caractersticas dos doentes e dos tratamentos efectuados; proceder anlise comparativa das definies e classificaes de RH em pases da Unio Europeia, atravs de um estudo de reviso da legislao nesta matria em quatro pases, incluindo Portugal. Resultados e Concluses. Obtm-se a produo mdia de RH, por Grupos I+II, III e IV: nos Hospitais, por cama.dia, considerando a taxa de ocupao; por consulta, nos Centros de Saúde, Clnicas Mdicas e Dentrias e Postos Mdicos de Empresas; por cama.ano, nos Lares para Idosos, considerando a sua taxa de ocupao; e por ano, nas Clnicas de Hemodilise e Veterinrias. Verifica-se que a actuao da Autoridade de Saúde, produz nas upcs uma diferena estatisticamente significativa no aumento das contratualizaes destas com os operadores de tratamento de RH. Quantifica-se o peso mdio de resduos dos Grupos III e IV produzido por acto prestado nos tratamentos domicilirios e relaciona-se esta varivel dependente com as caractersticas dos doentes e dos tratamentos efectuados. Comparam-se os distintos critrios utilizados na elaborao das definies e classificaes destes resduos inscritas na legislao da Alemanha, Reino Unido, Espanha e Portugal. Recomendaes. Apresentam-se linhas de investigao futura e prope-se uma reflexo sobre eventuais alteraes de aspectos especficos no quadro legal portugus e nos planos de gesto integrada de RH, em Portugal. ABSTRACT The problem: The nature, diversity and hazardousness of hospital wastes (HW) requires specific procedures in its management. Its production depends on the number and patterns of healthcare services, number of patients, professional and administration practices and technologic innovations, among others. Integrated management of HW has been developping, in the scope of quality, for the past few years. There is a lack of information about the amount of HW produced in healthcare units and in the domiciliary visits, in Portugal. On the other hand, the Public Health Services, embracing the Health Authoritys power, play a very important role in managing the risk of HW production to public and environmental health. They need to use some indicators in its monitorization. In a country, rules and regulations define hospital waste management policies, which are confined by the addopted classification and definition of HW. Goals and Methods: This research study aims to quantify the production of HW as a result of healthcare services in human beings and animals, public service and private one. Through a longitudinal study, this production is quantified in Hospitals, Health Centers, Medical and Dental Clinics, Residential Centers for old people, Companies Medical Centers and Veterinary and Haemodyalisis Clinics in Amadoras Council, comparing this production in two consecutive years. This study also focus the consequences of the Health Authoritys role in the healthcare services integrated management of HW. The middle production of HW in the domiciliary treatments is also quantified and, with a transversal analytic study, its association with patients and treatments characteristics is enhanced. Finally, the definitions and classifications in the European Union Countries are compared through a study that revises this matters legislation in four countries, including Portugal. Results and Conclusions: We get the middle production of Groups I+II, III and IV: HW: in Hospitals, by bed.day, bearing the occupation rate; by consultation, in Health Centers, Medical and Dental Clinics and Companies Medical Centers; by bed.year in Residential Centers for old people, considering their occupation rate; by year, in Veterinary and Haemodyalisis Clinics. We verify that the Health Authoritys role produces a significative statistical difference in the rise of the contracts between healthcare services and HW operators. We quantify the Groups III and IVs wastes middle weight, produced by each medical treatment in domiciliary visits and relate this dependent variable with patients and treatments characteristics. We compare the different criteria used in the making of definitions and classifications of these wastes registered in German, United Kingdom, Spain and Portugals laws. Recommendations: Lines of further investigation are explaned. We also tender a reflexion about potential changes in rules, in regulations and in the integrated plans for managing hospital wastes in Portugal. RSUM Le Problme. La gestion des dchets d'activits hospitalires (DAH) et de soins de sant (DSS) exige des procdures spcifiques en raison de leur nature, diversit et dangerosit. Leur production dpend, parmi dautres, du nombre dunits de soins de sant (USS), du type de soins administrs, du nombre de malades observs, des pratiques des professionnels et des organes de gestion des USS, de linnovation technologique. La gestion intgre des DAH et des DSS subit une volution qualitative dans les dernires annes. Il existe un dficit dinformation sur les quantitatifs de DAH et de DSS provenant des USS et de la prestation de soins domiciliaires, au Portugal. Dautre part les Services de Sant Publique, y compris le pouvoir de lAutorit de Sant, qui interviennent dans la gestion du risque pour la sant et pour lenvironnement associ la production de DAH et de DSS, ont besoin dindicateurs pour leur surveillance. Dans cette matire le cadre lgal tablit la stratgie de gestion de ces dchets, laquelle est conditionne par la classification et par la dfinition des DAH et des DSS adoptes par le pays. Objectifs et Mthodologie. Cet tude prtend: quantifier la production de DAH et de DSS provenant de la prestation de soins de sant, en tres humains et animaux dans les USS du systme public et priv. travers un tude longitudinal, on quantifie cette production dans les Hpitaux, Centres de Sant, Cliniques Mdicales et Dentaires, Maisons de Repos pour personnes ges, Cabinets Mdicaux d Entreprises, Centres dHmodialyse et Cliniques Vtrinaires du municipe d Amadora, en comparant cette production en deux ans conscutifs; analyser les consquences de lexercice du pouvoir de lAutorit de Sant dans la gestion intgre des DAH et des DSS par les USS; quantifier la production moyenne de DAH et de DSS dans la prestation de soins domiciliaires et, avec un tude analytique transversal, rapporter cette production moyenne avec les caractristiques des malades et des soins administrs; procder l analyse comparative des dfinitions et classifications des DAH et des DSS dans des pays de lUnion Europenne, travers un tude de rvision de la lgislation relative cette matire dans quatre pays, Portugal y compris. Rsultats et Conclusions. On obtient la production moyenne de DAH et des DSS, par Classes I+II, III et IV: dans les hpitaux, par lit.jour, en considrant le taux doccupation; par consultation, dans les Centres de Sant, Cliniques Mdicales et Dentaires et Cabinets Mdicaux d Entreprises par lit.an dans les Maisons de Repos pour personnes ges en considrant le taux doccupation; et par an, dans les Cliniques dHmodialyse et Vtrinaires. On constate que lactuation de lAutorit de Sant produit dans les USS une diffrence statistiquement significative dans laccroissement de leurs contractualisations avec les oprateurs de traitement de DAH et de DSS. On quantifie le poids moyen des dchets des Classes III et IV produit par acte de prestation de soins domicile et on rapporte cette variable dpendante avec les caractristiques des malades et des soins administrs. On compare les diffrents critres utiliss dans llaboration des dfinitions et des classifications de ces dchets inscrites dans la lgis
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A importncia e a magnitude da saúde da populao trabalhadora advm, em primeiro lugar, da justa considerao de que se trata do elemento mais dinmico e numeroso da sociedade, do factor essencial da produo de bens e serviços e do garante da produtividade econmica (Lefranc, 1988). O desenvolvimento sustentado das sociedades modernas conta com os trabalhadores como o meio de trabalho vivo mais valioso, pelo que a valorizao da sua saúde est com ele directamente correlacionado (Duclos,1984; Dias, 1993). O conhecimento das relaes trabalho e saúde foi e continuar a ser condio necessria, mas no suficiente, para a organizao de intervenes promotoras da saúde e do bemestar no local de trabalho e de medidas profilcticas das doenas e leses relacionadas com o trabalho e com as condies em que este efectuado (OMS, 1981). preciso que a sociedade e as suas estruturas polticas e econmicas assumam a Saúde Ocupacional (SO) como objectivo prioritrio e criem as condies legais, tcnico-profissionais e materiais para a levar prtica (Portugal, 1991a e 2001). O actual estdio da organizao e da prestao de cuidados de Saúde Ocupacional em Portugal fruto de um processo complexo onde intervm factores de natureza poltica, social, econmica e tcnico-cientfica. Estes, interactuando entre si, criaram as condies objectivas e subjectivas para o lanamento, na dcada de sessenta, de um modelo legal de serviços de Medicina do Trabalho o qual influenciou o desenvolvimento da saúde dos trabalhadores e a prtica profissional dos mdicos do trabalho (Faria et al., 1985 ). A Medicina do Trabalho como especialidade mdica apresenta a caracterstica mpar de, ao contrrio de outras especialidades, ter sido precedida pela lei, regulamento ou norma (Larche-Mochel, 1996). A sua prtica, tambm muitas vezes entendida como de Saúde Ocupacional, integra-se desde o incio na lgica do sistema legal criado em Portugal na dcada de sessenta que privilegia os cuidados mdicos (Faria et al., 1985). Na evoluo interactiva da saúde no mundo do trabalho, as condies objectivas de natureza estrutural, prprias do crescimento econmico de cada pas ou regio, assumem um papel essencial. No entanto, como a outros nveis sociais, os factores subjectivos ligados aos conhecimentos, experincias e organizao dos parceiros sociais e do poder poltico influenciam a estrutura formal da organizao da Saúde Ocupacional (Duclos, 1984; Dias, 1993). O que ressalta da realidade portuguesa que o inadequado e incongruente modelo poltico organizacional de prestao de cuidados de medicina do trabalho dos anos sessenta (Faria et al., 1985), foi substitudo pela nova legislao de 1994 e 1995, (Decreto Lei 26/94 e Lei 7/95) que d suporte a uma nova estrutura formal de serviços de Segurana, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) que est longe de corresponder realidade da evoluo das foras produtivas, da sua organizao e das necessidades de saúde e bem-estar dos trabalhadores (Santos, 1998; Graa, 1999). A reformulao da poltica de Saúde Ocupacional, com a correspondente reorganizao de serviços de saúde dirigidos populao trabalhadora, tem sido defendida por alguns autores e entidades desde o incio da dcada de oitenta (Faria et al., 1985; BIT, 1985; Santos; Faria, 1988; Graa, 1999). Recentemente tal necessidade tornou-se uma evidncia constatada por todos os parceiros sociais e pelo poder poltico, o que levou ao desencadear do processo de mudana em curso, que conta como primeiro facto, a aprovao do Acordo de Segurana, Higiene e Saúde no Trabalho, pelo Conselho Permanente de Consertao Social, em Julho de 1991, renovado pelo Acordo sobre Condies de Trabalho, Higiene e Segurana no Trabalho e Combate Sinistralidade do Conselho Econmico e Social de Fevereiro de 2001 (Portugal, 1991a e 2001). De tempos a tempos, a falta de mdicos do trabalho em termos absolutos referenciada na comunicao social por responsveis polticos ou profissionais de saúde ocupacional sem, no entanto, ser conhecida qualquer anlise suficientemente rigorosa da prtica profissional dos actuais mdicos do trabalho diplomados ou legalmente habilitados. Os mdicos do trabalho no so os nicos profissionais de saúde ocupacional, e o seu contributo, apesar de importante, no determinante no desenvolvimento histrico da organizao dos cuidados de saúde populao trabalhadora. Reconhece-se que os parceiros sociais e o poder poltico so os intervenientes principais da evoluo das polticas de saúde ocupacional (Graa, 1993a; Dias, 1993). No entanto, os mdicos do trabalho so necessrios e mesmo fundamentais para pr em prtica as polticas (implcitas e explcitas) de saúde ocupacional. O papel dos mdicos do trabalho to primordial que, no raras vezes, estes assumem um tal protagonismo que susceptvel de ser considerado como uma prtica profissional mais dirigida aos seus prprios interesses, do que virada para as necessidades de saúde dos trabalhadores (Walters, 1984). O papel dos mdicos e a prtica de medicina do trabalho so elementos relevantes no processo de desenvolvimento histrico da saúde dos trabalhadores, de tal modo que a adopo de um determinado modelo de serviços de SHST sendo, num dado momento, a resultante da interaco dos diversos factores em presena, torna-se por sua vez um elemento condicionante do pensamento e da prtica profissional dos diversos tcnicos de saúde ocupacional, entre os quais figuram os mdicos do trabalho (BIT, 1985; WHO, 1986 e 1995; Directiva CEE n. 391/1989; Rantanen, 1990). Um primeiro inqurito aos diplomados com o curso de medicina do trabalho (cerca de 500) realizado pela Cadeira de Saúde Ocupacional da ENSP, em 1982, mostrou que cerca de um tero (34,6%) no exercia qualquer actividade profissional relacionada com a saúde ocupacional e os que a praticavam faziam-no essencialmente como actividade secundria (74,4%), em regime de pluriemprego, de tempo parcial (horrio semanal igual ou inferior a 20 horas em 73,4% dos casos e inferior a 10 horas em 24,1%) e em empresas industriais de grande dimenso (66,9%), em unidades de 500 ou mais trabalhadores (Faria et al., 1985). Em 1993, altura em que se inicia o presente estudo, efectuado um novo inqurito aos antigos alunos que representam o ncleo mais numeroso de mdicos com actividade profissional em Saúde Ocupacional no incio da dcada de noventa. A estes junta-se um nmero, relativamente pequeno, de mdicos de empresa habilitados ao abrigo de disposies transitrias e excepcionais contempladas na legislao de organizao de serviços mdicos do trabalho de 1962 e 1967 (Portugal, 1991b). A partir de 1991 tm incio os Cursos de Medicina do Trabalho das Universidades de Coimbra e do Porto, com a admisso anual e bianual de candidatos, respectivamente. Os diplomados destas escolas representam um nmero acrescido de profissionais que iniciam a sua actividade neste perodo de transio na organizao dos cuidados de Segurana, Higiene e Saúde no Trabalho (Decreto Lei n 441/91; Decreto Lei n. 26/94; Lei n. 7/95). A Estratgia Global da Saúde Ocupacional para Todos aprovada pela Assembleia Mundial da Saúde em 1995 constitui a estrutura de enquadramento da nova poltica de saúde ocupacional que inclui entre as suas dez prioridades o desenvolvimento de serviços orientados para a populao trabalhadora (WHO, 1995). Estes serviços devem funcionar bem, de forma competente e compreensiva, centrados na preveno multidisciplinar e incluir a vigilncia do ambiente de trabalho e da saúde dos trabalhadores e a promoo da saúde, conforme a Declarao de Saúde Ocupacional Para Todos aprovada no segundo encontro de Centros Cooperativos para a SO da OMS, realizado em Pequim, em 1994. Este trabalho tem como finalidade conhecer as eventuais inter-relaes entre o novo modelo legal de organizao dos cuidados de Segurana, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST), institudo em Portugal nos anos de 1994/1995, e o pensamento e a prtica profissional dos mdicos do trabalho diplomados pela Escola Nacional de Saúde Pblica da Universidade Nova de Lisboa (ENSP/UNL). De um modo mais especfico pretende-se descrever em que medida o novo enquadramento jurdico da MT/SHST/SO, correspondente genericamente fase da Nova Saúde Ocupacional, foi acompanhado de alteraes: (1) da percepo do grau de satisfao dos mdicos do trabalho quanto ao seu papel e estatuto profissionais; (2) do nvel de satisfao relativo formao especializada formal (Curso de Medicina do Trabalho da ENSP/UNL) versus as necessidades da prtica profissional; (3) da efectividade do desempenho profissional e (4) da adequao do novo modelo de organizao de serviços de MT/ SHST/SO ao contexto do desenvolvimento scio-econmico e cientfico nacional e ao sentir dos mdicos do trabalho. Quatro grandes temticas vo ser abordadas: (1) politicas, organizao e desenvolvimento da saúde ocupacional nacional e de empresa; (2) papel e funes dos mdicos do trabalho; (3) ensino e necessidades formativas em saúde ocupacional; (4) prtica profissional dos mdicos do trabalho de empresa. Os resultados obtidos sero contextualizados atravs do enquadramento num modelo terico explicativo da evoluo histrica dos cuidados de saúde populao trabalhadora em meio laboral e que alvo de reviso no presente trabalho. Este estudo enquadra-se nos objectivos e temas de investigao prioritrios da Saúde Para Todos (SPT) da regio europeia da OMS, nomeadamente o estudo do funcionamento dos actuais sistemas de assistncia sanitria, tendo em vista a adequada cobertura das necessidades de saúde de
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RESUMO - A 8 de Maio de 2008 surgiu o centro de atendimento Linha Saúde24 (S24) no sentido de modernizar o SNS, aproximando-o do cidado. O servio surge baseado no modelo ingls o NHS Direct que pode ser encarado como um servio de informao telefnico apoiado por enfermeiros, disponvel 24h por dia, concebido para expandir os serviços pbicos de acesso rede prestadora de cuidados com intuito de aliviar a presso da procura na rede de urgncias hospitalares e mdicos de famlia, assim como diluir as iniquidades regionais na prestao de serviços. A S24 assenta na perspectiva de ser um ponto de contacto inicial do utente com a rede de prestao de cuidados de saúde com capacidade de orientao. O objectivo da linha est na tentativa mais eficiente no uso dos recursos disponveis, ao mesmo tempo que delega responsabilidade no cidado na forma como este utiliza os recursos disponveis, com melhor racionalizao financeira na rea da saúde aliada a uma melhor qualidade de servio prestada e adequada, colocando os cidados no mesmo patamar, diluindo as dificuldades de acesso a aqueles que necessitam na tentativa de harmonizar e racionalizar o consumo de serviços de saúde. Esta estrutura permite ao cidado conhecer melhor o seu estado de saúde e decidir mais acertadamente quanto deciso a tomar. Com este estudo, e com base na literatura nacional e internacional, pretende-se descrever o perfil de utilizador que acede S24 definir o tipo de utilizador, disposio geogrfica, motivos pelo qual acede ao servio e qual o seu destino final, fazendo comparao com o perfil do NHS Direct. Assim, e com os dados obtidos, far-se- uma avaliao preliminar em termos do contributo da linha S24 no que concerne sua eficincia, equidade e empowerment dado ao utilizador. --- ------------------------------ABSTRACT - Saúde 24 (S24) is a national 24-hour health line initiated in May 2008 aiming at modernizing the Portuguese NHS by bringing it closer to the citizen. Indeed, S24 be seen as an initial contact point between the patient and the healthcare network, facilitating a better a management of health care demand. The service is inspired on the UK NHS Direct a nurse-led telephone line to provide easier and faster advice information to people about health, illness and NHS services. It is expected to provide information so that people can deal with their health problems or their families on their own, with the purpose of reducing demand to A&E department and out-of-hours GP services. Additionally it can contribute to a reduction in regional inequities in healthcare provision through bringing health care advice to remote areas. The purpose of S24 is to handle more efficiently the available resources by enabling responsibilities in citizens. By doing so, S24 encourages a more appropriate use of available resources, with better financial outcomes and a better quality of care. It is meant, in terms of empowerment, to help people to be in control of their health and healthcare interactions by participating in the final decision. Based on quantitative data, this study defines the S24 caller user profile in terms of type, geographical reference, reasons for calling and outcome. This analysis allows us to perform a preliminary evaluation of the S24 in terms of its contribution to efficiency, equity and empowerment. Then the S24 is compared to
Resumo:
Introduo: A utilizao de serviços de saúde tem implicaes importantes para o estado de saúde das populaes. As polticas de imigrao adoptadas nos pases de destino tm influncia no estado de saúde das comunidades imigrantes. Polticas que limitam o acesso de imigrantes aos cuidados de saúde aumentaro a vulnerabilidade e os riscos na saúde. Apesar da imigrao promover uma srie de rupturas na vida do sujeito, migrar, por si s, no pode ser considerado como factor de risco no mbito da saúde e da saúde mental. O peso dos determinantes socioeconmicos tem ganho relevncia no estudo das migraes, estado de saúde geral e mental. Isto porque, em geral, os imigrantes esto em situao mais precria do que a populao autctone. O estatuto socioeconmico baixo, as condies precrias de habitao e de trabalho, a falta de suporte social e a irregularidade jurdica so indicadores de risco acrescido para a saúde mental. Neste sentido um desafio de monta os governos estabelecerem medidas sustentadas e, simultaneamente, integradoras dos imigrantes. Em Portugal, considera-se que h escassez de estudos relacionados com a rea das migraes e da saúde.Metodologia: Estudo exploratrio, descritivo e transversal. A finalidade foi a de identificar o estado de saúde, saúde mental e qualidade de vida da comunidade brasileira residente em Lisboa e o seu acesso aos serviços de saúde. Este estudo teve como principais objectivos a caracterizao sociodemogrfica, a identificao de variveis inerentes ao processo migratrio, a identificao da auto-apreciao do estado de saúde, a caracterizao do acesso aos cuidados de saúde, a identificao do grupo em provvel sofrimento psicolgico, a comparao entre os resultados dos imigrantes juridicamente regulares e irregulares e a comparao entre a populao imigrante e a populao portuguesa. Inicialmente, foi prevista a utilizao da tcnica de amostragem de propagao geomtrica ou snowball, pois a amostra tornar-se-ia maior medida que os prprios inquiridos identificam outros potenciais respondentes. Ao longo do estudo, a metodologia inicial mostrou-se insuficiente para estabelecer uma amostra mais representativa dos imigrantes juridicamente irregulares. Para este feito, foi utilizada a metodologia de amostragem por convenincia e o local escolhido para a recolha da amostra foi o Consulado do Brasil em Lisboa. O instrumento de recolha de dados empregue baseou-se no questionrio utilizado no 4 Inqurito Nacional de Saúde. O MHI-5 (Mental Health Index 5) um instrumento de saúde mental e parte integrante do inqurito, sendo recomendado pela Organizao Mundial de Saúde. Consta de cinco itens relativos saúde mental e os resultados so classificados atravs de um indicador que mede a existncia de provvel sofrimento psicolgico. Foram includos no estudo 213 brasileiros. De seguida, procedeu-se ao tratamento estatstico dos dados. Resultados: A populao inquirida jovem, a maior parte tem entre 18 e 44 anos. As mulheres representam mais de metade da amostra. A taxa de actividade elevada e a taxa de desemprego similar nacional. A insero laboral prioritria nos segmentos pouco qualificados ou de semi-qualificao. Aproximadamente um tero dos inquiridos afirmou ser beneficirio do Sistema Nacional de Saúde. A autoapreciao do estado de saúde classificada como bastante positiva, assim como a qualidade de vida. O provvel sofrimento psicolgico, definido no MHI-5 pelo ponto de corte no score 52, atinge 23,3% dos participantes. Os homens apresentam melhores resultados do que as mulheres. Alm disso, para os valores mais baixos no MHI-5 foram encontradas relaes com as longas jornadas de trabalho e o diagnstico de doena crnica.Discusso: O presente estudo apresenta limitaes em relao dimenso da amostra e provvel existncia de enviesamento pela ausncia de aleatorizao. Apesar da legislao portuguesa garantir o acesso aos serviços de saúde e garantir a equidade no caso dos imigrantes que fazem descontos para a Segurana Social, apenas um tero referiu ser beneficirio do Sistema Nacional de Saúde. Este dado pode ser justificado por factores como o cumprimento da lei por alguns serviços e, tambm, pela falta de conhecimento da legislao e da forma de funcionamento do Servio Nacional de Saúde por parte dos imigrantes. O facto das mulheres representarem o maior grupo em provvel sofrimento psicolgico consistente com a literatura. As hipteses levantadas para explicar este resultado podem ser agrupadas em: artefactos metodolgicos, causalidade biolgica e determinao social. Em relao ao instrumento, possvel que o MHI-5 se comporte de forma diferente no que diz respeito ao gnero.-------------------------------------------Introduction: The utilization of health services has important implications for the health state of the populations. The immigration policies adopted in the destiny countries are going to influence the health state of immigrant communities. Policies that limit the access of immigrants to health care are going to increase the vulnerability and the risk factor in health. Although immigration promotes several disruptive actions in ones life, migrating, on its own, cannot be considered as a risk factor for health and mental health. The preponderance of the socioeconomic factors has gained relevance in the study of migrations and also in the study of general health state and mental health. This happens because, in general, immigrants are in a more unfavorable situation compared with the destiny country population. The low socioeconomic status, the poor working and housing conditions, the lack of social support and the juridical irregularity are indicators of the incremented risk to mental health. Therefore, it is a major challenge for governments to find sustainable, and simultaneously, integrative measures for the immigrants. The studies related with the migrations and health in Portugal were considered to be few.Methods: It is an exploratory, descriptive and transversal study. The purpose is to identify the health state, mental health, quality of life and the access to health care of the Brazilian community resident in Lisbon. In addition, this study has as main goals the sociodemographic characterization, the variables identification inherent to the migrating process, the identification of the self-appreciation of health state, the characterization of the access to health care, the identification of the group in probable psychological suffer, the comparison between the results of regular and irregular immigrants and the comparison between the immigrant population and the Portuguese population. Initially it was predicted the utilization of the geometric propagation or snowball, as sampling technique, because the sample becomes larger as one answerer identify other potential answering persons. Along with the study, the methodology has shown insufficient to establish a more representative sample of the irregular immigrants. For this latter case, it was used a convenient sample methodology and the place chosen for the sample gathering was the Consulate of Brazil in Lisbon. The instrument was based in the questionnaire used in the 4th National Health Inquiry. The MHI-5 (Mental Health Index 5) is a mental health instrument which is part of the enquiry and it is recommended by the World Health Organization. There are five items related to mental health and the results are classified through an indicator which measures the existence of a probable psychological suffer. It were included 213 Brazilian in the study. After, the statistical treatment of the data took place.Results: The answering population is young and the majority is between the 18 and 44 years of age. The women represent more than one half of the sample. The activity rate is high and the unemployment rate is similar to the national one. The priority labor insertion is in the few qualified or of semi-qualification segments. Approximately, one third of the answering people has stated to be beneficiary of the National Health System. The self-appreciation of the health state as well as the quality of life are classified as fairly positive ones. The probable psychological suffer, as defined in the MHI-5 through the cut point in the score below or equal to 52, reaches 23,3% of the sample population. Men show the better results than women. Further, for the lower values of MHI-5 it was found a relation with the long work periods and chronic disease diagnostic. Discussion: The present study evidences limitations in relation to the sample dimension and in relation to the existence of biases due to the lack of randomness. Although the Portuguese legislation guarantees the access to health services and the equality in the cases of the immigrants that do their Social Security discounts, only one third has mentioned to be beneficiary of the National Health System. This can be justified by several facts such as the non-fulfillment of law by some national services or the lack of knowledge of the legislation or the functioning process of the National Health System. Women representing the bigger group in probable psychological suffer has been coherent with the literature review. The hypothesis set to explain this result might be grouped in: methodological artifacts, biologic cause and social determination. In relation to the instrument used, it may be that MHI-5 behaves in a different way in respect to gender.
Resumo:
Introduo, Objectivos e Finalidade: Os cuidados de saúde primrios (CSP) so o primeiro ponto de contacto dos cidados com o sistema de saúde. O reforo da qualidade desta primeira e fundamental interface um dos mais importantes objectivos da Reforma de 2005 dos CSP em Portugal, abrindo caminho a uma necessria e profunda mudana organizacional. neste sentido que surgem as unidades funcionais dos centros de saúde como parte integrante do processo de reestruturao e, muito em particular, as Unidades de Saúde Familiar (USF). O presente estudo tem como objectivo geral caracterizar as USF quanto ao seu desenvolvimento organizacional e opinio e satisfao dos seus profissionais em relao Reforma de 2005 dos CSP em Portugal. Esta caracterizao tem como finalidade contribuir para o planeamento da monitorizao e do apoio evoluo da Reforma de 2005 dos CSP em Portugal. Os objectivos especficos so: medir a satisfao dos profissionais de saúde das USF em relao Reforma de 2005 dos CSP em Portugal e actividade da sua USF; identificar os parmetros de qualidade da actividade das USF reconhecidos como importantes pelos coordenadores das USF; identificar as necessidades de formao dos profissionais das USF; descrever os instrumentos de apoio gesto utilizados pelas USF; conhecer a opinio dos coordenadores das USF sobre o processo de contratualizao da actividade destas com as Administraes Regionais de Saúde; medir a satisfao dos coordenadores das USF em relao s condies tcnicas para a actividade das USF; identificar as reas prioritrias de mudana na actividade das USF na perspectiva dos seus coordenadores. Populao e Mtodos: O estudo observacional, descritivo, transversal e censitrio. Utilizou-se um questionrio semi-estruturado para recolha da informao, aplicado a todos os indivduos que desempenhavam funes de coordenao de USF em actividade no territrio de Portugal Continental (N=230, a 8 Fevereiro 2010 [Misso dos Cuidados de Saúde Primrios, 2010]). Na anlise de resultados foi utilizada estatstica descritiva - percentagens e frequncias - das variveis e a anlise de contedo para os resultados das variveis medidas por questes de resposta aberta. Foram definidos como parmetros de caracterizao das USF e variveis deste estudo, as dimenses: qualidade, formao profissional, sistemas de informao e comunicao e aplicaes informticas, articulao com as unidades parceiras (manual de articulao), processo de contratualizao, condies tcnicas (recursos fsicos e humanos) e a satisfao. Tendo em considerao que a caracterizao das USF sofre influncia das suas condies territoriais, temporais e estruturais, a USF de cada participante foi identificada de acordo com a Administrao Regional de Saúde a que pertencem, o tipo de modelo em que opera e o nmero de anos de actividade. A Reforma dos CSP em Portugal Caracterizao das USF em 2010 Maria Carlota Pacheco Vieira 5 II Mestrado em Saúde e Desenvolvimento Para este estudo delineou-se uma estratgia de recolha de dados em que foi salvaguardado o anonimato dos dados recolhidos. Neste estudo no existiu qualquer conflito de interesses. Resultados e discusso: A taxa de resposta obtida foi de 59,1% (n=136). Observou-se que a distribuio dos coordenadores de USF respondentes, em relao aos parmetros Administrao Regional de Saúde de pertena da USF e tipo de modelo das USF, proporcional distribuio dos coordenadores no universo, dando suporte generalizao das concluses deste estudo para toda a populao em estudo. Conseguiu-se construir um quadro complexo correspondente caracterizao das USF em 2010, como reflexo actual do estado de implementao da Reforma de 2005 dos CSP em Portugal. Os parmetros referentes ao desenvolvimento organizacional das USF mostram que existe preocupao com a rea da qualidade da prestao dos cuidados, uma utilizao de instrumentos de gesto como manuais de articulao e de boas prticas, estudos de satisfao do cidado ou de satisfao no trabalho e um reconhecimento de que o processo de contratualizao de actividade para a USF actua como um estmulo para trabalhar com maior qualidade. Estes resultados indicam que o processo de mudana que decorre pode estar a corresponder a uma melhoria organizacional dos serviços de saúde. Quanto satisfao dos profissionais de saúde em relao Reforma de 2005 dos CSP em Portugal, pode-se afirmar que os resultados obtidos so positivos e concordantes com um processo de mudana mobilizador dos profissionais (59,8% referem estar satisfeitos ou muito satisfeitos). Estes valores positivos so reforados com os 83,3% de respostas de satisfao ou muita satisfao dos profissionais das USF em relao ao modo como decorre a actividade da USF, o que tem de ser considerado um sinal de que a componente organizacional das USF pode estar a conseguir garantir um adequado nvel de qualidade de funcionamento das unidades. Foram, no entanto, assinaladas vrias reas em que se poderiam registar melhorias para a optimizao da actividade das USF: maior autonomia funcional e financeira das USF, maior descentralizao de competncias das Administraes Regionais de Saúde para os Agrupamentos de Centros de Saúde, melhores sistemas de informao, entre outras. Pode-se assim concluir que a evoluo que se pretendia favorecer com a Reforma de 2005 dos CSP em Portugal est, de facto, a acontecer mas, ainda, com ritmos, condies e resultados desiguais.
Resumo:
Este estudo aborda a relevncia da mudana organizativa como suporte para reformas do sistema pblico de Saúde portugus. Tanto a reforma como a mudana organizativa sectorial so enquadradas no contexto da modernizao da Administrao Pblica, em Portugal e no conjunto da OCDE. O trabalho tem duas componentes: por um lado, procuram-se as ligaes conceituais entre diferentes disciplinas para compreender a complexidade dos motivos e mecanismos da reforma da Administrao Pblica e da interveno estatal em Saúde; por outro, faz-se o estudo do caso das Agncias de Contratualizao de Serviços de Saúde em Portugal, nos anos 1996 1999 (estendendo-se, s experincias de fragmentao institucional introduzidas pelo Executivo Governamental 2002 2004). Utilizam-se os paradigmas das diferentes disciplinas e a avaliao das experincias de outros pases com mudanas organizativas sectoriais anteriores para analisar a experincia portuguesa. A experincia portuguesa com as Agncias de Contratualizao de Serviços de Saúde demonstra que j se tinha identificado a necessidade de mudana organizativa para apoiar reformas sectoriais: a separao entre financiador e prestador resultou de diferentes diagnsticos sobre os limites do modelo integrado de comando e controle para a interveno pblica em Saúde. Alis, a sucesso de propostas das equipes dirigentes do Ministrio da Saúde, em 1996 1999 e 2002 2004 incluem instrumentos semelhantes (autonomizao das instituies prestadoras, contratao, estruturas ad-hoc) embora em apoio a estratgias de reforma com objectivos diferentes. Este estudo procura trazer trs contribuies para o debate da reforma das instituies envolvidas na materializao dos objectivos do Sistema Nacional de Saúde, em Portugal. Por um lado, faz-se uma anlise do comportamento dos diferentes tipos de instituies que compem o SNS e a sua administrao de apoio, o que permite identificar algumas das contradies entre as mesmas, bem como alguns dos potenciais motivos da sua tradicional lentido de resposta s presses dos utentes e sociedade. Por outro lado, abordada a influncia da profisso mdica como determinante das organizaes, que cria um caso particular de alianas entre interesses profissionais e a procura da legitimao dos modernos Estados de Bem Estar. O terceiro aporte a anlise das limitaes da aplicao das tcnicas do managerialismo ao campo da Saúde, em particular os mecanismos contratuais. A anlise das instituies do SNS revela um conjunto virado para dentro, lento na reaco s mudanas ambientais. Tal como noutras grandes organizaes, a defesa da estabilidade reage mudana, e a satisfao dos interesses internos pode sobrepor-se s responsabilidades sociais da rede institucional. As diferentes organizaes componentes do SNS apresentam tambm conflitos e contradies entre si: por um lado, a normatizao caracterstica das grandes redes choca-se com a discrio procurada pelos profissionais mdicos; por outro, a gesto centralizada no permite incorporar a diversidade e complexidade da produo de serviços realizada nos diversos pontos da rede. A experincia das Agncias de Contratualizao teve curta durao e limitou a possibilidade de avaliar o seu desempenho face aos objectivos inicialmente propostos. O tempo foi suficiente, no entanto, para demonstrar a resistncia mudana organizativa das estruturas regionais habituadas ao comando e - controle. Identificaram-se tambm dificuldades que poderiam advir da descentralizao de poder sobre financiamento e controle de despesa, dados os escassos recursos humanos das Agncias de Contratualizao. As mudanas organizativas introduzidas pela equipe dirigente do Ministrio da Saúde entre 2002 2004 deslocam o foco do nvel regional para o central, em consonncia com os diferentes objectivos estratgicos. O estudo identifica limites e obstculos aplicao de tcnicas managerialistas na gesto de um sistema pblico prestador de cuidados de saúde. Por um lado, na Administrao Pblica em geral, as mudanas organizativas podem coincidir com momentos de limitao oramental (prolongado sub financiamento no caso dos hospitais pblicos portugueses): para evitar a derrapagem de despesas, a descentralizao recomendada para responder fragmentao das necessidades da sociedade ps fordista tem que ser contida por controlo centralizado atravs de designados polticos. Num sistema pblico de Saúde, os benefcios potenciais da aplicao de contratos so limitados por caractersticas sectoriais especficas. Oligoplio e oligopsnio juntam-se para permitir a captura do mercado por mdicos e gestores, desviando as instituies dos seus objectivos sociais. A cooperao entre profissionais situados tanto nas instituies prestadoras como nos loci de planeamento suplanta a competio e limita o papel disciplinador dos contratos. E a inteno de obter resultados de melhoria de estado de saúde operacionalmente mais complexa que a simples resposta procura de cuidados mdicos: tanto o contedo dos contratos a negociar como a sua monitorizao so mais complexos do que no domnio empresarial. A constatao das limitaes no deve, no entanto, ser motivo de resignao pessimista. As presses pela mudana organizativa vo continuar a manifestar-se, mantendo-se o conflito entre contraco fiscal e fragmentao das necessidades da sociedade ps fordista, e podero ter consequncias ainda mais agudas na Administrao Pblica portuguesa, que teve crescimento recente para responder montagem tardia do Estado de Bem Estar. As instituies autonomizadas do sector Saúde podero, paralelamente a re engenharias suscitadas pela gesto da qualidade, mostrar diversas manifestaes de alianas entre mdicos e gestores, defendendo a sua sobrevivncia financeira atravs de desnatao da procura. A Administrao Pblica e os rgos de estratgia devem evitar que os objectivos sociais do sistema sejam prejudicados por esta continuada captura do mercado pelas instituies. Por um lado, com melhor inteligncia para negociar contratos baseados em necessidades. Por outro lado, incentivando a competio entre instituies e profissionais em diferentes nveis da rede prestadora e, por ltimo, fomentando os mecanismos de prestao de contas. So feitas diversas sugestes para adequao da AP sectorial aos novos desafios. Discute-se a adequao do nvel regional para sede da gesto de contratos, baseada nas exigncias de tratamento de informao que respeite a complexidade tcnica da produo e a adequao variedade das necessidades locais. A discusso da adequao do nvel regional prolonga-se com a necessidade de incentivar a inteligncia das Administraes Regionais de Saúde, em paralelo ao reforo do poder e organizao das instituies do nvel primrio como contratadores de serviços dos hospitais, considerado um dos poucos meios de restringir o comportamento oligoplico destes ltimos. Considera-se ainda que necessrio continuar a experimentar gerir as inovaes com estruturas ad hoc, paralelas administrao tradicional de organizao hierarquizada. As vantagens destas estruturas estaro na sua independncia das alianas polticas locais, indutoras de ineficincias, e na facilidade em estabelecer ligaes de trabalho informais, mas funcionais, entre diferentes departamentos.
Resumo:
RESUMO - Face ao interesse crescente sobre os efeitos na saúde resultantes das alteraes climticas em curso, particularmente no que concerne aos fenmenos meteorolgicos extremos, o presente trabalho visa sistematizar os conhecimentos cientficos baseados na evidncia j existentes, relativamente a esses efeitos na saúde, actuais e projectados, particularizando os desafios que tal situao apresenta para os serviços de saúde da Regio de Lisboa e Vale do Tejo. So analisados os principais aspectos relativos aos potenciais efeitos das alteraes climticas na saúde dos indivduos e das populaes da Regio, identificados os grupos populacionais mais em risco e realados os aspectos que podem potenciar possveis desigualdades em saúde. Termina-se com um enquadramento de orientaes prticas sobre aces especficas que podem ser tomadas agora, a diferentes nveis, para preparar os serviços de saúde da Regio em ordem proteco dos cidados dos efeitos na saúde resultantes das alteraes climticas, sabendo-se que os efeitos adversos so largamente prevenveis. O presente trabalho deve suscitar uma reflexo sobre o impacto das alteraes climticas na saúde da populao da Regio, com as consequncias que da podem advir para os serviços de saúde, designadamente em termos do aumento da afluncia dos cidados que, sendo mais vulnerveis, podero adoecer e/ou ver agravadas situaes de saúde pr- -existentes no decurso de fenmenos meteorolgicos extremos sbitos.--------------------------ABSTRACT Given the growing interest in the health effects from climate change, namely in what extreme weather events are concerned, this article aims to systematize the already existing evidencebased scientific knowledge concerning those actual and forecasted effects. This health services challenge is focused on the Region of Lisboa e Vale do Tejo. The main issues concerning the potential effects on individuals and populations of the Region are analyzed, the most at risk population groups are identified and the issues leading to health inequalities are highlighted. A framework about practical guidelines concerning specific actions to be taken at different levels is presented in order to prepare Region health services to protect citizens from health effects of climate changes, as it is known that adverse health effects are largely preventable. This study should promote a reflection on the impact of climate change on Regional health, namely about the rising demand on health services by more vulnerable patients, who can become ill and/or ag