5 resultados para escrever

em Instituto Politécnico do Porto, Portugal


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O tema sobre o qual me proponho escrever insere-se no âmbito da 'tradução intersemiótica', já que se trata de uma análise comparativa da obra Der Sturz des Ikarus, de Pieter Brueghel, e do poema Schimmernde Inselchen im Meer, de Robert Walser, em que estamos perante um exemplo flagrante de transposição de uma obra pictórica para a escrita. No artigo, darei, ainda, especial enfoque à questão de aquele quadro representar, também ele, um exemplo de 'tradução intersemiótica' (neste caso, uma passagem da palavra às artes plásticas), uma vez que Brueghel faz, nele, uma recontextualização do mito de Ícaro, ao transpor para a tela um poema de Ovídio (estamos, assim, mais uma vez, perante um exemplo de mudança de medium). Dado que a questão da 'tradução intersemiótica' se inscreve numa outra, mais vasta ainda, que éa da intertextualidade, tentarei enquadrar uma na outra, tecendo, na introdução do artigo e, sempre que oportuno, ao longo do mesmo, algumas considerações breves sobre a função significante do mitema, as metamorfoses do mito e o papel do mito no 'diálogo intermedial das artes' ao longo dos tempos. Nesta análise comparativa, parto do pressuposto de estarmos, em qualquer tradução, face a um acto de re-escrita, pelo que há que reflectir, particularmente no caso da 'tradução intersemiótica', sobre a (nova) dimensão interpretativa conferida pelo processo de transposição mediática

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Há muito que o tradutor, qual artista na sua torre de marfim, deixou de trabalhar à frente de uma simples máquina de escrever, rodeado de páginas e páginas de dicionários, enciclopédias, revistas especializadas, etc., que se empilhavam e acumulavam por todo o lado. Com o aparecimento da Internet o mundo ficou ao alcance de um “clique” e todos podem ter acesso a informações das mais diversas áreas e a ferramentas de trabalho preciosas. Para os tradutores, a Internet implica, sobretudo, uma revolução radical nos métodos e ferramentas de trabalho. Traduzir já não é considerado uma arte mas um produto resultante de uma linha de montagem, onde o tradutor é um operário especializado num mercado onde a tradução é, acima de tudo, um negócio. Neste contexto, e mais do que nunca, a sobrevivência dos tradutores passa por uma actualização permanente e pelo conhecimento e utilização dos vários recursos disponíveis em rede, de aplicações informáticas e até do seu concorrente mais temido: a tradução automática. Neste artigo, pretendemos referir algumas das ferramentas electrónicas disponíveis e mostrar como estas podem facilitar e melhorar a qualidade do trabalho de um tradutor num mundo onde o mercado é global.

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Escrever é um dos mais poderosos instrumentos usados pela mídia para levar informações vitais. Nesse sentido, o efeito das “novas ideologias”, para valorização da identidade afro-brasileira, incidem diretamente sobre a produção literária como uma mensagem rigorosamente direcionada a um público menos especializado como receptor. O presente artigo discute a relação entre o gênero cordel e algumas das políticas culturais aplicadas no nordeste do Brasil. Tal estratégia vem comprovar não apenas o processo ativo de negociação entre os grupos subalternizados e os discursos dos poderes hegemônicos, mas também a reatualização do gênero literário do cordel, com o aparecimento de novos narradores e temáticas. Como se observa estes narradores estão plenamente conscientes dos seus papéis políticos ante a comunidade de que, fazem parte. Circulando em um espaço geográfico urbano, a produção não depende da condição econômica de seus leitores para sua aquisição, uma vez que sua distribuição centraliza-se na informação gratuita. Ao contrário da literatura “tradicional”, o real e o verossímil possuem objetivos definidos como informar e ensinar o destinatário sobre a nova lei em vigor. Nesse caso, a literatura cumpre de imediato um de seus papéis clássicos, o de ser útil, revestindo-se de funções igualmente nobres, provocando a “catarse social” de indivíduos pela aquisição de um saber inerente `a sua condição de cidadão.

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Nos últimos anos, a nossa sociedade sofreu alterações significativas ao nível tecnológico que têm vindo a modificar o quotidiano do cidadão e transportaram para a palma da mão um conjunto significativo de tarefas até há poucos anos impensáveis. Atualmente, torna-se possível realizar as mais simples tarefas como, a título de exemplo, efetuar um cálculo matemático, tirar fotografias ou registar numa agenda um compromisso, ou tarefas mais complexas, como por exemplo, escrever ou editar um documento, trabalhar numa folha de cálculo ou enviar um e-mail com um anexo, isto tudo com o recurso a um simples dispositivo móvel, conhecido como smartphone ou tablet. Apesar de existirem diversos tipos de apps que seriam um bom auxílio para o aumento da produtividade dos utilizadores de dispositivos móveis Android, nem todos têm conhecimento das mesmas, pelo que é importante que os utilizadores tenham conhecimentos das vantagens da utilização destes recursos e de tudo o que podem realizar com os seus dispositivos com o objetivo de aumentar a sua produtividade profissional ou pessoal. O presente estudo pretende contribuir para uma análise sobre a potencial utilização das novas tecnologias, mais propriamente estudando e recomendando apps de produtividade. Com este intuito foi criada uma app de recomendação de aplicações de produtividade com recurso a um método de sistemas de recomendação. São apresentados os resultados e as conclusões, com recurso a opiniões de potenciais utilizadores.

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A tragicomédia Play Strindberg1 do autor suíço Friedrich Dürrenmatt já foi representada em Portugal por quatro vezes (1972, 1990, 2008 e 2015). Apesar de se tratar de uma peça com mais de cem anos na sua versão original do sueco August Strindberg, o número de vezes que o texto já subiu aos palcos portugueses suscita alguma curiosidade. Mas voltando cronologicamente um pouco atrás, sabemos que Dürrenmatt assiste, pela primeira vez, à representação da peça Dödsdansen (1900) [A Dança da Morte] de August Strindberg em 1948, em Basileia. No entanto, é apenas em 1968 que lê a peça e é a partir de Novembro desse mesmo ano que começa a escrever a sua versão (“Umarbeitung” [Refazer]2): Play Strindberg: Totentanz nach August Strindberg [Play Strindberg: A Dança da Morte segundo August Strindberg]3. A peça estreou no Basler Theater (Suíça) a 8 de Fevereiro de 1969 e é uma paródia à tragédia original de Strindberg, transformada numa tragicomédia, tão típica deste dramaturgo suíço. Do texto originário mantém apenas a estrutura base, como o próprio Dürrenmatt confirma: