3 resultados para Revistas culturais e literáras

em Instituto Politécnico do Porto, Portugal


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O objetivo deste artigo é oferecer uma definição do relativamente recente género literário que é exemplificado pela escrita de autoras como Margarida Rebelo Pinto, Fátima Lopes e Rita Ferro. Trata-se de literatura cujo possível ''par'' anglo-saxónico encontramos na ‘chick lit’ – uma ficção escrita geralmente por mulheres e para mulheres, que se foca na sua vida quotidiana. Pretende-se chegar a esta definição, por um lado, via análise do discurso mediático e académico à volta das obras mais populares e através de inquéritos com leitores e leitoras, por outro lado. Assim, pomos em relevo o jogo que se desenvolve entre a crítica literária, que ocorre publicamente (revistas, programas televisivos, blogues), e a leitura, que se exerce num âmbito privado e individual. Consideramos também como a crítica determina a leitura e em que medida a leitura e interpretação são atos isolados e pessoais. A pesquisa da qual resulta este artigo levou-nos às considerações literárias de índole mais geral, como, por exemplo, quem tem o poder de dizer o que é a literatura? A quem cabe o privilégio de designar o valor duma obra literária?

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O presente ensaio pretende analisar a forma como o paradigma pós-colonial tem vindo a ser incorporado em algumas instituições culturais (museus e centros de arte) em Portugal. Tratando-se de um paradigma que tem sido amplamente discutido em várias áreas disciplinares, procurar-se-á analisar de que forma algumas instituições portuguesas se têm posicionado (deliberadamente ou não) perante as ideias principais que informam o paradigma pós-colonial e de que forma essas ideias se manifestam nas práticas dessas instituições. Serão analisados em detalhe dois projetos: o programa Próximo Futuro da Fundação Calouste Gulbenkian e o projeto do Centro Cultural Africa.cont. Estes dois projetos foram escolhidos por se considerar que são os projetos que mais diretamente abordaram a temática pós-colonial em Portugal e as suas questões fundamentais. O ensaio inicia-se com uma breve exposição sobre o tema em questão, procurando-se apresentar de que forma o debate sobre o pós-colonialismo é concebido e tem marcado presença na esfera internacional. Paralelamente, procura-se refletir sobre a forma como esse debate tem sido recebido em Portugal, quer na esfera académica quer no que se refere às instituições culturais. De seguida, são apresentados os estudos de caso a analisar: o programa Gulbenkian Próximo Futuro e o projeto do Africa.cont, procurando-se refletir sobre a existência de uma agenda pós-colonial nestes programas.