2 resultados para Espace de représentation
em Instituto Politécnico do Porto, Portugal
Resumo:
Num texto de cariz jornalístico, escrito na plena maturidade da sua vida literária, em 1895, Eça de Queirós reflecte irónica e liricamente sobre a chamada ―influência‖ do clima sobre a mentalidade, a cultura e a economia dos povos europeus. É seu pretexto uma cómica palinódia dos seus sarcasmos juvenis acerca de um romântico desabafo poético-político de um ex-primeiro-ministro português, o qual enaltecia, como principal riqueza nacional, ―o luminoso e magnífico céu azul que nos cobre!‖. Já desde a década de 1870, no advento da sua vida de escritor, que, para Eça, é tema recorrente uma espécie de ―mitologia do sul‖, em que impera a tutela benfazeja e doce do céu meridional. Nesta crónica, no fim da sua vida, Eça de Queirós retoma e desenvolve, definitivamente, uma representação cultural e psicológica do clima meridional, pretexto para uma magnífica síntese contrastiva sobre o Norte e o Sul da Europa, uma enternecida apologia do sol, do calor e da luz dos climas ―ricos‖, saudosamente evocados durante um Inverno sombrio em Paris. É justamente a coerência exemplar deste motivo – associada, não obstante, à natural e estratégica evolução estético-ideológica do autor – que será objecto de reflexão deste texto: porque o signo climático e a oposição Norte/ Sul podem funcionar como noções heurísticas de uma obra e de um autor sobre os quais (como sobre Flaubert) já se disse muito, mas nunca se diz o suficiente.
Resumo:
L‘auteur entreprend l‘approche de l‘importance particulière du rapport aux espaces habités ou inhabités dans l‘imaginaire et la construction narrative des textes fictionnels de l‘écrivain belge francophone contemporain Eugène Savitzkaya de Mentir (1977) jusqu‘à En vie (1994). Il s‘agit de souligner la pertinence de l‘habitat en tant que support des imaginaires de l‘enfance et de la poétisation du quotidien. L‘espace s‘avère en effet un repère symbolique et poétique chez Savitzkaya ; ce qui lui permet de s‘exprimer et d‘exprimer son enfance sur un mode autofictionnel.