3 resultados para Environmental proctection zone. Pesticides. Ceriodaphnia dubia
em Instituto Politécnico do Porto, Portugal
Resumo:
Este trabalho teve como objectivo inicial o estudo de processos oxidativos avançados de forma a remediar e tratar águas contaminadas por pesticidas. No entanto, ao longo do trabalho experimental, constatou-se que os produtos resultantes da degradação de pesticidas são muitas vezes mais tóxicos do que os compostos que lhes deram origem e que, por isso, degradar um composto nem sempre é o melhor para o ambiente. Assim, neste trabalho, procurou-se estudar o processo de degradação com o objectivo de minimizar o impacto ambiental dos pesticidas na água e no ambiente em geral. A parte experimental deste trabalho foi dividida em duas etapas, sendo que, em ambas, a voltametria de onda quadrada e a espectrofotometria de UV/Vis foram os métodos de análise utilizados, para acompanhar o processo de fotodegradação. Na primeira etapa estudou-se a relação entre a estrutura química dos pesticidas MCPA, MCPP, 2.4-D e Dicloroprop e a sua fotodegradação. Soluções aquosas dos pesticidas enunciados foram submetidas a irradiação UV/vis, com incrementos variáveis de tempo de irradiação. Os resultados obtidos, nesta etapa, permitiram constatar diferenças na percentagem de degradação dos diferentes pesticidas. Dos pesticidas estudados verificou-se uma maior fotodegradação para o MCPA e MCPP seguido do Dicloroprop e finalmente o 2.4-D que se degradou menos. Os dados obtidos sugerem que a fotodegradação destes pesticidas está intimamente ligada com a estrutura das moléculas. A presença de um maior número de grupos cloro ligados ao anel aromático nos pesticidas 2,4-D e Dicloroprop faz com que estes sejam mais estáveis e por isso se degradam menos que o MCPA e o MCPP. Por outro lado, o facto de o 2,4-D apresentar um potencial de oxidação mais elevado do que o Dicloroprop, faz com que este seja mais difícil de degradar, o que justifica a diferença entre os dois. Desta forma, foi possível concluir que a estrutura dos pesticidas condiciona o processo de degradação, como esperado. Na segunda etapa, estudou-se a estabilização dos pesticidas MCPA e MCPP após encapsulação, com 2-hidroxipropil-β-ciclodextrina (HP-β-CD), em água desionizada e em água do rio. Para tal, submeteram-se as soluções aquosas dos pesticidas com e sem ciclodextrina, a irradiação UV/vis, também com incrementos variáveis de tempo. No caso do MCPA verificou-se que, tanto para água desionizada como para água do rio, que este herbicida encapsulado se degrada bastante menos do que o MCPA livre. O encapsulamento permitiu reduzir quase para metade a taxa de fotodegradação. Assim, confirmou-se que a HP-β-CD permite estabilizar este pesticida, tornando-o mais resistente à fotodegradação. Desta forma, originam-se menos produtos de degradação, os quais podem ser mais tóxicos, e reduz-se de o impacto ambiental deste herbicida. Verificou-se também que o MCPA livre se degrada mais em água do rio do que em água desionizada, provavelmente devido à matéria orgânica presente nesta água, que promove o processo de degradação. No que respeita ao MCPP também se constatou que este herbicida se degrada menos encapsulado do que livre, em água desionizada e em água do rio. Neste caso, conseguiu-se reduzir pouco a taxa de fotodegradação, mas, ainda assim se verifica uma estabilização deste pesticida através do encapsulamento. No entanto, tornou-se mais evidente a estabilização do MCPP após encapsulação em água do rio, já que apresenta uma taxa de fotodegradação menor. Este facto demonstra que a HP-β-CD permite estabilizar também este pesticida, tornando-o mais resistente à fotodegradação, e reduzindo seu impacto ambiental.
Resumo:
Human exposure to persistent organic pollutants (POPs) is a certainty, even to long banned pesticides like o,p′-dichlorodiphenyltrichloroethane (o,p′-DDT), and its metabolites p,p′-dichlorodiphenyldichloroethylene (p,p′-DDE), and p,p′-dichlorodiphenyldichloroethane (p,p′-DDD). POPs are known to be particularly toxic and have been associated with endocrine-disrupting effects in several mammals, including humans even at very low doses. As environmental estrogens, they could play a critical role in carcinogenesis, such as in breast cancer. With the purpose of evaluating their effect on breast cancer biology, o,p′-DDT, p,p′-DDE, and p,p′-DDD (50–1000 nM) were tested on two human breast adenocarcinoma cell lines: MCF-7 expressing estrogen receptor (ER) α and MDA-MB-231 negative for ERα, regarding cell proliferation and viability in addition to their invasive potential. Cell proliferation and viability were not equally affected by these compounds. In MCF-7 cells, the compounds were able to decrease cell proliferation and viability. On the other hand, no evident response was observed in treated MDA-MB-231 cells. Concerning the invasive potential, the less invasive cell line, MCF-7, had its invasion potential significantly induced, while the more invasive cell line MDA-MB-231, had its invasion potential dramatically reduced in the presence of the tested compounds. Altogether, the results showed that these compounds were able to modulate several cancer-related processes, namely in breast cancer cell lines, and underline the relevance of POP exposure to the risk of cancer development and progression, unraveling distinct pathways of action of these compounds on tumor cell biology.
Resumo:
The state of the art of voltammetric and amperometric methods used in the study and determination of pesticides in crops, food, phytopharmaceutical products, and environmental samples is reviewed. The main structural groups of pesticides, i.e., triazines, organophosphates, organochlorides, nitrocompounds, carbamates, thiocarbamates, sulfonylureas, and bipyridinium compounds are considered with some degradation products. The advantages, drawbacks, and trends in the development of voltammetric and amperometric methods for study and determination of pesticides in these samples are discussed.