28 resultados para Progressão da doença
Resumo:
Quando alguém é afectado por uma doença crónica tem que alterar o seu estilo de vida de modo a poder viver o melhor possível com a doença que o vai acompanhar, se não durante toda a vida, pelo menos durante grande parte da vida. Em função das características pessoais e da interacção como o meio envolvente, social e físico, alguns ajustar-se-ão melhor e mais facilmente do que outros. Estas alterações denominam-se Ajustamento ou Adaptação. Embora estes termos sejam sinónimos, por vezes a denominação expressa orientação teórica diferente: a primeira, mais interactiva, para designar o comportamento resultante dessa interacção, momento a momento, com o meio envolvente, a segunda mais estrutural. “Ajustamento” é um termo do senso comum, utilizado na linguagem de todos os dias. O dicionário diz que ajustamento e adaptação são sinónimos e, em contexto de psicologia, saúde e doenças, os dois termos também são utilizados como sinónimos. No entanto, na psicologia, por vezes, estes termos podem expressar conceitos diferentes, consoante a orientação teórica que os utiliza. O interesse pela mudança subjacente ao ajustamento ou à adaptação considera dois aspectos: a estrutura e o processo. A estrutura refere-se a factores estáveis tais como a traços de personalidade ou estrutura cognitiva e, também, a características estáveis do meio ambiente, enquanto o processo refere-se às mudanças que vão ocorrendo em consequência das interacções, momento a momento, com as situações que surgem, explicam Lazarus e Folkman (1985).
Resumo:
A Escola é o primeiro e mais importante contexto de vida e de desenvolvimento da criança depois do seu “casulo” família. Espera-se que seja na Escola que a criança passe grande parte dos seus dias. Para muitas crianças, no entanto, a vivência Escolar é intercalada ou misturada com outras vivências potencialmente stressantes e desafiadoras do seu desenvolvimento e sua construção de identidade. As crianças com Doença Crónica fazem parte desse grupo, são crianças normais em situações anormais. Baseado na literatura e em experiências de crianças com doença crónica, serão abordados, neste artigo, alguns problemas, preocupações e necessidades, no âmbito da Escola, destas crianças e das suas famílias. Tentando “trazer respostas” serão ainda apontados possíveis contributos para a minoração dos problemas enunciados.
Resumo:
Objetivo: Identificar perceções de doença e sua associação com a adesão e controlo da doença na asma. Metodologia: Estudo observacional-descritivo transversal, em que participaram 33 estudantes de ambos os sexos, 18-29 anos, que completaram o Illness Perception Questionnaire, a Medida de Adesão aos Tratamentos e o Asthma Control Test. Resultados: A maioria perceciona a asma como doença crónica cíclica, controlável pela sua ação ou tratamento, tem perceção adequada do controlo da sua asma e bom nível de adesão, embora refira comportamentos de não adesão. Foi encontrada correlação significativa negativa entre adesão e perceção de duração da doença e positiva entre perceção de controlo (tratamento) e nível de controlo da doença e entre sintomas e perceção de controlo. Discussão: Os resultados evidenciam o papel das perceções de doença na adoção de comportamentos de saúde, reforçando a necessidade de intervenções centradas no doente, que potenciem o seu envolvimento no controlo da asma.
Resumo:
Doenças crónicas são de longa duração, de progressão lenta e induzem alterações na vida das pessoas, que são confrontadas com um conjunto de fatores que exercem um impacto negativo na sua qualidade de vida (QdV). A QdV é um conceito envolvendo componentes essenciais da qualidade humana: físicas, psicológicas, sociais, culturais e espirituais. Após o diagnóstico e com a doença estabilizada, os doentes procuram novas formas de lidar com esta. Este estudo teve como objetivo identificar fatores psicossociais preditivos (otimismo, afeto positivo e negativo, adesão aos tratamentos, suporte social e espiritualidade) da QdV (bem-estar geral, saúde física, saúde mental) e bem-estar subjetivo (BES) em pessoas com doenças crónicas. Amostra constituída por 774 indivíduos [30% diabetes, 27,1% cancro, 17,2% diabetes, 12% epilepsia, 11,5% esclerose múltipla e 2,2% miastenia, 70,5% do sexo feminino, idade M(DP)=42,9(11,6), educação M(DP)=9,6(4,7), anos diagnóstico M(DP)=12,8(9,7), classificação da doença M(DP)=6,6 (2,8)], recrutados nos hospitais centrais portugueses. Aplicando Modelos de Equações Estruturais e ajustando para variáveis sociodemográficas e clínicas, verificou-se que, pessoas mais otimistas, mais ativas e com uma melhor adesão aos tratamentos apresentam um melhor bem-estar geral, uma melhor saúde mental e um melhor bem-estar subjetivo; uma melhor adesão aos tratamentos contribui para uma melhor saúde física; melhor suporte social reflete-se numa melhor saúde mental; pessoas com mais espiritualidade apresentam uma melhor saúde física e uma melhor saúde mental. Estas conclusões contribuem para a definição de uma terapia que pode ajudar a uma melhor adaptação dos protocolos de tratamento para atender às necessidades dos doentes.
Resumo:
O estudo teve como objectivo comparar o impacto do estigma e do bem-estar subjectivo em pessoas com diferentes doenças crónicas. Foram avaliados 729 doentes, recrutados em hospitais de Portugal, que após o diagnóstico retomaram a sua vida normal. Controlando para um conjunto de variáveis sócio-demográficas e clínicas, a aplicação de Modelos de Análise de Covariância Multivariada, permitiu verificar diferenças significativas apenas para a percepção do estigma entre os grupos de doenças crónicas. Pessoas com obesidade, epilepsia e esclerose múltipla referem mais estigma e pessoas com diabetes tipo1 e miastenia gravis referem menos estigma.
Resumo:
Objetivos: Identificar e caracterizar perceções de doença e sua associação com níveis de adesão à terapêutica e controlo da doença na asma. Métodos: Estudo observacional-descritivo transversal cuja amostra é constituída por 33 estudantes asmáticos, de ambos os sexos e idade 18-29 anos (M=20,33; DP=2,04), que completaram o Illness Perception Questionnaire (IPQ-R), a Medida de Adesão aos Tratamentos (MAT) e o Asthma Control Test (ACT). Resultados: A maioria dos indivíduos percepciona a asma como doença crónica, cíclica, que pode ser controlada pela sua acção e/ou tratamento. A maioria apresenta um bom nível de controlo da asma, evidenciando 84,8% uma perceção adequada do controlo da sua doença. Embora apresentem um bom nível de adesão, apenas 28% toma medicação preventiva diariamente, referindo 45,2% já ter interrompido a medicação por se sentir melhor. Foram encontradas correlações significativas entre nível de adesão e perceção de duração cíclica da doença (rs (30)= -0,38; p<0,05), entre perceção de controlo através do tratamento e nível de controlo da doença (rs (33) = 0,386; p<0,05) e entre sintomas e perceção de controlo da doença (rs (33) = 0,737; p<0,01). Conclusões: Os resultados evidenciam o papel das perceções de doença na adoção de comportamentos de saúde na asma, nomeadamente a adesão à terapêutica, que vão traduzir-se no nível de controlo alcançado pelos doentes. Desenvolver intervenções individualizadas, centradas no doente, que contribuam para corrigir crenças inadequadas poderá, pois, potenciar um envolvimento ativo do doente no controlo da sua doença, contribuindo para uma melhoria da sua Qualidade de Vida.
Resumo:
Deficiência visual é um problema de saúde mundial que afeta 285 milhões de pessoas, 39 milhões apresentam cegueira e 246 milhões apresentam baixa visão. 65% das pessoas com baixa visão e 82% das pessoas cegas das pessoas apresentam mais de 50 anos de idade. Estima-se que cerca de 80% dos casos sejam preveníveis ou tratáveis. 20% da população residente em Portugal é idosa - mais de dois milhões de pessoas com 65 anos. 21% de pessoas vivem sozinhas em Portugal, maioria delas idosas, e geralmente no interior do país. 50% dos indivíduos submetidos a programas de rastreio visual apresentam alterações reversíveis da função visual, especialmente por não terem o erro refrativo corrigido ou por terem cataratas (deficiência visual reversível). 200.000 pessoas apresentam hipertensão ocular, das quais 1/3 sofre de glaucoma; 6.000 pessoas apresentam cegueira irreversível por glaucoma (esta doença pode ser prevenida através de assistência oftalmológica adequada); 15.000 diabéticos estarão em risco de cegar por retinopatia e maculopatia diabética (pode ser prevenida ou tratada, através de fotocoagulação da retina por laser e/ou por vitrectomia); 35.000 pessoas sofrem de baixa de visão: doenças da retina e da coroideia, nomeadamente DMLI, que afetará 5% das pessoas com mais de 55 anos e uma em cada 10 pessoas com mais de 65 anos; estima-se que 45 mil pessoas sofram de DMI: cerca de 30 mil tem tratamento possivel, que poderá ser determinante para travar a progressão da doenca para um estadio de deficiência visual com consequências nefastas para a qualidade vida.
Resumo:
Mestrado em Fisioterapia
Resumo:
Definição de doença arterial periférica - Doença caracterizada pela diminuição da circulação arterial,cujas manifestações clínicas são provocadas maioritariamente pela aterosclerose, que condiciona o surgimento de estenoses e oclusões nas artérias major dos membros inferiores. Factores de risco - Diabetes, tabagismo, dislipidémia, idade, HTA, sexo, sedentarismo, hiperviscosidade/hipercoagubilidade, fibrinogénio elevado, proteína C reativa (+), hiperhomocisteinémia, IRC.
Resumo:
Diabetes - Doença silenciosa, progressão lenta, inicialmente assintomática, reduz a esperança de vida em 5-10 anos. Maior causa de amputações não traumáticas, insuficiência renal, cegueira idade < 65 anos, doenças cardiovasculares (enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, doença arterial periférica).
Resumo:
O sistema respiratório sofre alterações inerentes ao envelhecimento que, aliadas à exposição ambiental e à carga tabágica contribuem para um maior declínio da função respiratória. Os testes de função respiratória (e.g. espirometria) contribuem para uma melhor identificação alterações ventilatórias nas vias aéreas, tendo em conta que idade avançada poderá ser um fator para má perceção de sintomas. Objetivo do estudo - Caracterizar o perfil espirométrico e os sintomas respiratórios em idosos sem história de doença respiratória, residentes num lar de Lisboa.
Resumo:
A Doença do Criador de Pombos (DCP) é uma pneumonia de hipersensibilidade que se desenvolve pela exposição a antigénios orgânicos existentes nas penas e principalmente nos excrementos de pombos. Em Portugal existem cerca de 784 sociedades columbófilas. Contudo, encontraram-se poucos estudos sobre esta temática na população portuguesa e não se encontraram quaisquer referências sobre o nível de conhecimento acerca do risco potencial que a columbofilia comporta. Objetivo do estudo - Realizou-se um estudo exploratório com o objetivo de analisar o conhecimento de um grupo de criadores de pombos sobre a DCP e sobre a forma de a prevenir.
Resumo:
A estória de Édipo, da Mitologia Grega, constitui uma das mais importantes obras da história mundial. Além de nos ser apresentada por diversos escritores, traz à tona arquétipos com os quais lidamos hoje também no universo psicanalítico. A representação da estória em teatro desperta no espectador não somente o prazer da estética, mas também a reflexão sobre a condição humana. O presente trabalho tem por condão abordar o tema de forma actual, através da visão da escritora portuguesa Natália Correia, constituindo este trabalho a complementação da peça de teatro encenada no ano de 2009 por nós. Neste Édipo, o poder patriarcal inserido pela maioria dos escritores é retratado como um poder matriarcal, transgressor e feminino.