23 resultados para Industrial museology
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
Sabemos todos os que aqui nos encontramos que o “choque do futuro” que é o nosso presente levou muita gente a olhar para o passado.De facto, nesta nossa época de revolução electrónica, das auto-estradas da informação e da desindustrialização, muitos se sentem atraídos com curiosidade e, até, com alguma nostalgia, pelo tempo, pelos vestígios, pelos testemunhos das origens da época industrial que marcou a Europa e o mundo inteiro nos últimos séculos.De resto, o impacto aos níveis pessoal e social que a progressiva automação e as outras aplicações da electrónica vêem causando nos nossos dias e o seu reflexo no plano do imaginário colectivo, não hão-de ser menores, nem muito diferentes do que foram séculos atrás, o impacto causado pelo trabalho das primeiras máquinas ou pela passagem das primeiras composições do caminho de ferro a uma velocidade “estonteante”, quando a sociedade se confrontava ainda com uma tecnologia cujo padrão era a medida do homem.
Resumo:
Cadernos de Sociomuseologia Centro de Estudos de Sociomuseologia
Resumo:
Revista Lusófona de Ciências Sociais
Resumo:
O aterro portuário transformou a relação da cidade de Lisboa com o Rio Tejo. Para compreender o processo de restabelecimento da relação da cidade ao rio, procuramos conhecer a alteração morfológica do terreno. Na frente ribeirinha de Lisboa surge cada vez mais a necessidade de criar espaços abertos de utilização pública e que façam a ligação entre diferentes proprietários da cidade. A barreira física constituída pela linha ferroviária e pela avenida com grande tráfego viário é um grande desafio a qualquer proposta para a zona. Nesta comunicação apresentamos uma proposta que faz a ligação entre terrenos livres espectantes do porto de Lisboa e a própria cidade. O edifício “ponte” projectado é híbrido porque permite uma utilização tanto de jardim como de edifício, dando continuidade à organicidade morfológica que caracteriza o lugar. A extensão do jardim até ao rio, sobre um edifício que liga o museu ao terminal de cruzeiros, permite centrar o debate numa solução. Este processo contraria a lógica do PDM e alerta para a incapacidade dos mecanismos actuais de planeamento resolverem o problema da cidade junto ao porto industrial.
Resumo:
O objectivo deste nosso trabalho é analisar a forma como a Museologia nos deve aparecer integrada na mudança geral da sociedade Temos de ter presente que as mudanças sociais são acompanhadas por alterações nas grandes concepções sobre a forma de estar no mundo. Estamos numa era em que os acontecimentos se sucedem a uma velocidade quase assustadora. Há uma explosão das ciências; assistimos á terceira revolução industrial, ao fenómeno da planetarização; nada se passa numa parte do mundo, que não se tenha conhecimento dela segundos depois através dos mass - media. Tudo isto conduz a um questionamento permanente do saber e leva à relatividade do conhecimento: “vamo-nos aproximando cada vez mais do longínquo” (Heidegger). Temos a desconstrução, o vazio e o efémero. O homem é o agente principal desta mudança e também o seu principal visado. A História “ciência dos homens no tempo” vai a partir de meados do século, reflectir esta mudança. A concepção de História muda porque o mundo muda. Que reflexos terão estas mudanças na Museologia?
Resumo:
Em vários países do mundo, tem-se assistido nos últimos anos ao desenvolvimento de projectos de valorização do património arqueológico-industrial constituído pelas explorações mineiras abandonadas ou ainda em lavras* . Tal como as minas, também algumas pedreiras têm vindo a ser objecto de atenção dos museólogos, pela riqueza que representam em termos do património científico, histórico, etnográfico e arqueológico industrial. Alguns destes projectos, têm sido levados a cabo como resultado de uma profícua colaboração entre os sectores público e o privado, diversificando deste modo as fontes de financiamento que garantem a prossecussão dos objectivos traçados. No que respeita concretamente a intervenções sobre o património mineiro, embora existam no nosso país algumas áreas sobre as quais se justifica plenamente uma intervenção a curto prazo como por exemplo de Aljustrel e as da Panasqueira, (actualmente quase desactivadas), ou as minas de carvão do Pejão, não foram ainda concretizadas quaisquer acções globais de natureza museológica, quer focalizadas sobre as técnicas e os instrumentos de trabalho próprios desta importante indústria, quer sobre as comunidades que se estabeleceram e viveram em torno da exploração e transformação dos recursos minerais. A proposta que se apresenta, visa precisamente contemplar estes dois aspectos: por um lado entendemos que é necessário documentar a evolução tecnológica da exploração e da lavra das pedras ornamentais nesta região, por outro entendemos que tal estudo só tem significado se, paralelamente, se caracterizarem as profissões e a vida social dos operários desta indústria.
Resumo:
Essa pesquisa teve como preocupação central conhecer a avaliação que os estudantes do 3° ano do ensino médio da educação básica acerca da educação fornecida pela rede estadual de ensino no estado de Pernambuco quanto à preparação para o mercado de trabalho, especialmente na região do Complexo Industrial de Suape em Pernambuco, Brasil. A pesquisa contou com a participação de 130 alunos que estudavam em duas escolas do município de Ipojuca - onde se localiza o referido Complexo Industrial -, e com 07 autoridades ligadas a educação – responsáveis pelas políticas públicas nessa região e em todo estado – em Pernambuco e nas cidades do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. Foram aplicados um questionário validado aos alunos e uma entrevista semi-estruturada as autoridades (secretários de estado, gerentes regionais) em educação. Na análise quantitativa fizemos uso do programa SPSS; enquanto que na análise qualitativa utilizamos a análise de discurso. A partir dos dados obtidos conseguimos como resultado que os alunos acreditam que a escola não os prepara adequadamente para o ingresso e permanência no mercado de trabalho, e acreditam ainda, que para que essa constatação possa ser modificada é preciso que haja um investimento maior na qualidade da educação como prioridade em nosso estado e em nosso país. Nesse sentido, analisamos que mesmo com todos os avanços que estão ocorrendo no Brasil, com programas e leis de incentivo a educação básica e profissional, a sociedade globalizada exige cada vez mais investimentos em educação, e que ela deixe de ser dual e torne-se integrada e onilateral, fazendo com que os alunos consigam acreditar na educação e, a partir dela se tornem sujeitos críticos e com oportunidades de ingresso no mercado com as competências que lhe são exigidas para tal fim.
Resumo:
In the present text we intend to analyse 5 basic documents that translate the Museological Thinking in our century and that, chiefly, have led professionals of the area to apply this “science” in a less hermetic way and to understand its practice. The option to study and analyse the documents results from the fact that they influence present day museological practice and thinking. It is impossible to speak of museology nowadays without referring to one of these documents, not to mention a few nations that have even modified and/or created specific laws for the management of their preservationist cultural policy. Anyway, we are aware that this text intends only to carry out a preliminary approach to the documents, in the sense that the wealth of its content would allow us to slowx over an infinity of issues that they raise. I specifically refer to the documents produced at UNESCO Regional Seminar on the Role of Museums in Education, which took place in Rio de Janeiro in 1958; at the Santiago Round Table in 1972, in Chile; at the 1rst New Museology International Workshop, in Quebec, Canada, 1984; at the Oaxtepec Meeting, in Mexico 1984; and at the Caracas Meeting in 1992. These are documents elaborated within the ICOM –International Council of Museums. These documents are the result of a joint reflection by professionals who seek the evolution of ideas within their areas of action, recognising that in order to do so it is necessary to leave the cocoon of the museological institutions and try to discuss their conceptual advances with professionals of related areas. It is important to be capacitated to reuse these advances in their areas of action. This is the recognition of the importance of interdisciplinarity for the museological context.
Resumo:
This essay presents some parameters for the study of Museology and its respective contribution for the constitution of preservationist processes, biased towards heritage education. From the decoding of some parameters that delimit this applied discipline’s action and reflection field, the text presents some paradigms, which have stimulated its epistemological construction and have guided its social functions. These paradigms are considered responsible for a new methodological order within the scope of the museum and, further, for the new commitments that these institutions have taken up.
Resumo:
No matter how elementary the level of attention that is paid to contemporary Museology in Portugal, its multifaceted character should nevertheless be acknowledged. It is a site where concepts, attitudes and aims cross, translating not only museology’s general guidelines, but the role and the place that the different actors in the most diverse processes seek to occupy in society, in the affirmation of the shared right to a full citizenship. The different forms of museology that has developed throughout the country, in particular post April 25, vouchsafes the statement that, in parallel with State museums, there came to light hundreds of museological processes by initiative of the cultural and ecological associative movements, in addition to those of the reinvigorated autonomous power. There are tens of thousands of people who, in various ways - more or less elaborated or theorised - find in museology the privileged expression means on issues concerning so many heritages – historical, architectural, linguistic, archaeological or anthropological - within the context of the valorisation and identification of local specificities and competences.
Resumo:
O presente trabalho de investigação, realizado no âmbito do Mestrado de Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, pretendeu analisar a importância da conservação de objectos e memórias no seio de processos museológicos, tendo tido como base de estudo o caso do Museu da Indústria da Chapelaria de S. João da Madeira. Partindo do princípio chave de que os objectos museológicos são mudos, no sentido em que por si não exprimem mais do que a dimensão da sua materialidade, procurou-se entender qual o papel da conservação de objectos e de memórias (individuais e colectivas) e como se articulam museologicamente a materialidade de uns e a imaterialidade de outros, na construção da(s) Identidade(s) de uma comunidade e o valor dessa identidade no contexto da afirmação cultural e social local, analisando-se desta forma o valor e papel do acto de conservação de objectos e da conservação de memórias individuais, inerentes à criação de um museu e, mais especificamente, do Museu da Indústria da Chapelaria. Para tanto este trabalho estrutura-se em dois momentos fundamentais. O primeiro momento, de carácter teórico, explora quatro conceitos fundamentais, o de conservação, o de memória, o de identidade e o de desenvolvimento local e a sua interligação no processo museológico. O segundo momento, o estudo de caso propriamente dito, analisa estas condicionantes à luz de um caso prático, o da criação de um museu no seio de uma localidade altamente industrializada que teve na produção de chapéus uma das suas maiores fontes de riqueza e afirmação sócio-económica. O objectivo da investigação passa assim por entender qual o papel das memórias individuais, no caso concreto, das memórias individuais de ex-operários da indústria da chapelaria, e a sua articulação com uma significativa colecção material, quer no âmbito restrito da criação do museu quer, de forma mais ampla e abrangente, da construção da identidade colectiva da comunidade, e em que medida o património industrial assim tratado é um meio facilitador para a compreensão dessa mesma identidade.
Resumo:
Each time more, museology professionals are confronted with terms such as community, social inequality, social inclusion and development in their quotidian. Be it in conferences, publications or museum programmes, these are increasingly recurrent terms which, in great part, translate the dynamics of a relationship between museology and community development that has been constructed since the late 60’s. Although it is not new, such relationship has gone through a major bloom in the early 90’s and arrives today as an emerging priority within the world of museology. A first glance on the subject reveals that very different approaches and forms of action share the efforts in endowing museology with a role in community development today. In addition, despite of its growing popularity, it seems to be some misunderstandings on what the work with community development requires and truly signifies, as can be pointed out in a number of assertions originated from the field of museology. Accompanying such a plural environment, discussions and disagreements about to what extend museology is able to claim a role in social change also mark its affairs with community development. People are faced, indeed, with a rather polemic and intricate scenario. To a great extend, language barriers hinder the exchange of information on current initiatives and previous experiences, as well as on the development of concepts, approaches and proposals. Lack of better interactions among the groups of museology professionals and social actors who carry out different works with community development also contributes to making the potential of museology as a resource for development more difficult to be visualised.
Resumo:
For a long time, museum’s form and function were impregnated with social exclusion, only accessible for a prosperous and educated minority. It held the monopoly on the past and therefore in a way on the present and the future. However times have changed and different perspectives on museum practices have been taken. In 1989 the British Peter Vergo mentioned as quoted below, a number of possible museologies, including a ‘new’, and therefore presumably an ‘old’ type of museology: “At the simplest level I would define it, as a state of widespread dissatisfaction with the ‘old’ museology, both within and outside the museum profession; and though the reader may object that such a definition is not merely negative, but circular, I would retort that what is wrong with the ‘old’ museology is that it is too much about museum methods, and too little about purposes of museums; that museology has in the past only frequently been seen, if it has been seen at all, as a theoretical and humanistic discipline.” (Vergo, 1989)