205 resultados para Educação Prisioneiros - Angola
Resumo:
Este artigo centra-se na anlise descritiva dos valores afetivos dos estudantes de Ensino e Pedagogia da Faculdade de Cincias da Educação da Universidade de Granada, no ano lectivo de 2004/2005. Comeamos por apresentar um breve quadro referencial sobre o conceito de afetividade, assinalando algumas particularidades relativas aos sentimentos e s emoes para, em seguida, passarmos a expor com mais pormenor as caractersticas da nossa investigao e alguns resultados gerais; finalmente, conclumos o nosso estudo com uma anlise detalhada sobre o sentimento, o amor, a felicidade e a emoo na formao de professores.
Resumo:
Privilegiado pela historiografia brasileira de uma forma geral, o perodo colonial no tem despertado muito interesse nos historiadores da educação h vrias dcadas, ao contrrio do que ocorre com o Imprio e o perodo republicano. Predominam ainda estudos realizados anteriormente aos anos 80 do sculo XX, concentrados, na sua maior parte, em anlises sobre a atuao educacional da Companhia de Jesus no Brasil e nas reformas promovidas pela administrao do Marqus de Pombal, na segunda metade do sculo XVIII. Neste artigo pretendo apresentar um balano da historiografia da educação na Amrica portuguesa, discutindo as caractersticas da produo sobre o perodo, as abordagens predominantes e suas matrizes explicativas, as fontes disponveis e as possveis razes para o papel secundrio que a educação no perodo colonial ocupa na historiografia, salvo o destaque para alguns estudos sobre a histria dos livros e da leitura, mas que no tratam a educação como objeto central . Pretendo, tambm, discutir algumas possibilidades de investigao, a partir de pressupostos terico-metodolgicos que tm sido utilizados em outros campos da pesquisa histrica sobre o perodo.
Resumo:
Nos cenrios da globalizao e da revitalizao do credo neoliberal, importa salientar as principais alteraes assumidas pelo modelo estatal (desnacionalizao do Estado, desestatizao dos regimes polticos e internacionalizao do Estado Nacional) na interseco com a emergncia de poderosos mecanismos de regulao transnacional protagonizados por agncias globalizadoras, como a OCDE e a Unio Europeia. Neste artigo, a autora, a partir das perspectivas crticas e do sistema mundial moderno, analisa a emergncia dos modos de governao e de regulao do campo educativo. Em contraponto s lgicas hegemnicas da governao global, metaforizadas nos sete pecados vaidade, soberba, inveja, preguia, gula, avareza, ira a autora mobiliza os principais contributos da epistemologia e do iderio tico-pedaggico freiriano, patentes na riqueza axial de conceitos fundamentais legados pelo educador, tais como: historicidade, dialogicidade, conscientizao, emancipao, autonomia, liberdade e esperana. A autora reflecte, por ltimo, sobre os principais contributos da pedagogia freiriana para a recontextualizao dos paradigmas tradicionais de pensar a educação e para a construo de sentidos emancipatrios que enformem a reinveno dos contextos democrticos.
Resumo:
Este artigo trata das relaes entre educação, qualificao profissional, trabalho e polticas pblicas, entendidas como um assunto contemporneo e polmico. A sua primeira parte revisa o assunto atravs de um levantamento da literatura internacional, contemplada em diferentes abordagens e autores. A que segue, sistematiza o tema no cenrio da realidade brasileira, nas pesquisas e publicaes constantes nas reas da educação e das cincias sociais. A ltima, comenta as polticas pblicas de educação e qualificao implementadas no Brasil a partir dos anos 50/1950, detendo-se no momento atual. Entende-se o assunto, na contemporaneidade, como parte de um debate pblico tensionado pelas novas exigncias internacionais e do mercado local e globalizado e pelas crises, mudanas e conquistas sociais e polticas nacionais visibilizadas a partir da dcada de 1980.
Resumo:
A origem biolgica da bondade humana e a sua relao com o altrusmo social e a cooperao so discutidas no contexto da biologia evolutiva. Os seus fundamentos naturais so apresentados a partir de precursores animais como a empatia social e a teoria da mente, nos primatas. Apresentam-se algumas das condies para a emergncia da tica humana. Num mundo globalizado, discutem-se as condies etolgicas e psicolgicas para a experincia da bondade em contextos expandidos. Significadas pela linguagem, a bondade e a compaixo so vitais tanto para a definio de princpios ticos em ambiente, como para a educação para os valores ambientais.
Resumo:
Os discursos apologticos acerca das todopoderosas aprendizagem e educação ao longo da vida so reproduzidos em vrios documentos de poltica da Unio Europeia e de outras agncias internacionais. O seu foco a adaptao funcional dos aprendentes individuais empregabilidade, flexibilidade e competitividade econmica, no quadro da sociedade da aprendizagem e da economia do conhecimento. Depois de analisar o racional da aprendizagem ao longo da vida, orientada para a aquisio de qualificaes e habilidades, o autor conclui que os seus principais argumentos e as suas crticas contra a pedagogia moderna so frequentemente baseados em assunes pedagogistas, de carcter economicista, e em crenas exageradas no poder da educação e da aprendizagem.
Resumo:
O artigo analisa uma situao de aula em uma classe de 4 ano de uma escola em Lisboa Portugal, em que a professora apresenta aos alunos um texto informativo sobre o corpo humano, gerado por um internauta brasileiro, encontrado na enciclopdia livre Wikipdia. So analisadas as aes da professora de verter o texto para a ortografia portuguesa e seus comentrios a respeito. Para contextualizar o episdio, o artigo apresenta comentrios sobre o acordo ortogrfico da lngua portuguesa, a reao pblica a respeito e o impacto da introduo da internet como fonte de pesquisa para alunos portugueses. Os resultados indicam a preocupao da professora portuguesa em expor seus alunos ortografia do portugus do Brasil, via internet.
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O artigo parte do conceito de emancipao para fazer uma leitura de alguns tericos crticos cujas teses rejeitam a razo iluminista que evoluiu de um ideal transformador da sociedade no sentido do progresso do esprito humano para uma razo instrumental que pretende ter o domnio da natureza e o controlo das relaes sociais. E f-lo enfatizando o poder da razo, mas de uma razo subvertida. Conforme Marcuse, a instrumentalizao da tecnologia, ao assumir um carcter racional, deixa de ser percebida como dominadora e exploradora, para ser entendida como promotora de progresso, legitimando o sistema de produo e troca capitalista. Para este terico, o resultado um one dimensional man, sem pensamento crtico, nem capacidade de argumentao. Habermas encontra na competncia argumentativa, nos processos de interaco sem coaces, o potencial emancipatrio do indivduo e da sociedade. Estamos perante um conceito de autodeterminao que, na contemporaneidade, ter que corresponder concepo de um espao pblico a mil vozes em que os cidados tero um papel activo assente na comunicao. A existncia de um espao pblico de democracia redistribuitiva implica, para Boaventura Sousa Santos, a emergncia de um novo contrato social em que o Estado deve assumir-se como elemento articulador, Estado experimental, democrtico na observncia do direito s experincias alternativas institucionais democrticas e da garantia de padres de incluso, fomentador da participao activa e contnua dos cidados. Entende-se, assim, a contribuio destes tericos para uma viso em que a escola se perspectiva como espao pblico gerido por relaes dialgicas e em que a educação tem como fim primordial a competncia para a auto determinao, para a participao democrtica e para a solidariedade.
Resumo:
Arte e cultura so expresses da busca incessante do conhecimento. No entanto, nem todos fruem dessa busca e no encaram o conhecimento artstico e cultural como um prazer. Talvez porque a Escola de hoje veicule inmeros conhecimentos sem atender sua interiorizao plena. Talvez porque arte e cultura no passem de meros nomes a que a Escola se refere sem produzir nos seus estudantes uma transformao pessoal e uma vivncia autntica. Em parte porque perdemos a metfora das musas, filhas de Zeus e da sua amante Mnemosine que unidas inspiravam poetas, filsofos, professores e alunos. Trazer as musas Escola sinnimo de integrar, imaginar, interpretar, interrogar, inferir, investigar, intuir, isto , abrir caminhos para a autonomia e para uma Escola inspiradora da arte e da cultura. O presente artigo procura mostrar como se pode levar de novo Clio e as suas irms musas escola. A partir da fundamentao do estado da arte sobre a educação artstica e da anlise das opinies de 40 professores de Histria da Arte sobre a necessidade de educação do olhar artstico, so delineados quatro princpios orientadores da promoo da busca incessante do conhecimento de que a arte e a cultura so expresses nobres.
Resumo:
Entre 1936 e 1974, perodo que corresponde maior parte da histria do Estado Novo, as questes relativas educação estiveram sob a alada do ministrio da Educação Nacional, que substituiu o ministrio da Instruo Pblica. Este artigo pretende caracterizar os homens que, nesse mesmo perodo, desempenharam a funo de ministros da Educação Nacional. Sero estudados aspectos como as geraes a que pertenciam, a respectiva formao acadmica e os cursus honorum, sempre em comparao com os restantes membros do governo de Portugal.
Resumo:
Este estudo compara o percurso da educação do sobredotado no Brasil e em Portugal. Para isso descreve-se a trajectria histrica, a legislao e a terminologia adoptada, os programas e servios de atendimento ao sobredotado, a formao dos profissionais e a produo cientfica brasileira e portuguesa na rea. As anlises efectuadas indicam uma maior consistncia da legislao e das medidas educativas no Brasil em ateno aos alunos sobredotados, havendo uma maior consistncia histrica e um maior reconhecimento social desta rea. O desenvolvimento da rea no Brasil assenta em trs pilares: estruturas governativas da educação, associaes e instituies de ensino superior, sendo que em Portugal o contributo por parte das entidades governativas ao desenvolvimento da rea inexistente. Face proximidade lingustica e cultural, e ao significativo intercmbio acadmico entre os dois pases, apontam-se algumas iniciativas para os prximos anos em prol do desenvolvimento da educação do aluno sobredotado. Essa aposta passa pela realizao de estudos e publicaes conjuntas ou pelo intercmbio de estudantes e profissionais interessados na rea.
Resumo:
Neste artigo, as tenses resultantes do reconhecimento de direitos de minorias dos povos indgenas brasileiros so analisadas com foco na educação escolar. Para tanto, nos apoiamos em duas vertentes do liberalismo poltico contemporneo, no sentido de problematizar seus limites e possibilidades nas relaes interculturais que se estabelecem na insero de grupos indgenas no sistema de educação nacional. Nossas anlises apontam que os avanos obtidos na legislao brasileira vigente so de difcil implementao, por razes que vo da precariedade de alguns sistemas de educação locais ao complexo dilogo entre a cultura majoritria e a cultura dos diferentes grupos indgenas brasileiros.
Resumo:
A tendncia para a mudana no papel do Estado, ou seja, de um Estado-educador para um Estado-regulador, fundamenta-se no discurso da racionalizao, o qual contraditrio visto ser conjuntamente o discurso da recentralizao, originando dinmicas prprias mas tambm tenses entre o local e o centro. A territorializao das polticas educativas marca uma ruptura ideolgica e cultural com a tradio centralista e universalista, e produz novas formas de articulao entre o nacional e o local. Ela associa-se a uma dupla vontade poltica do Estado, ao redistribuir o poder entre o centro e as periferias, e de lutar contra as desigualdades sociais. Assim, certos municpios desenvolvem (ou tentam desenvolver) sobre o seu territrio, numa lgica subsidiria, as polticas educativas que so as polticas sociais locais de tipo compensatrio. Por sua vez, outros municpios, atravs de uma lgica de liderana, assumem uma aproximao liberal, sem fazerem necessariamente bandeira dos princpios da competitividade, da concorrncia ou da eficcia que a fundamentam, mas dos princpios mais consensuais como a diversificao, a abertura ou a modernizao do sistema escolar.
Resumo:
Angola viveu largos sculos sob o peso do colonialismo a que se sucedeu uma longa guerra civil. Em 1989, cai o Muro de Berlim e comeam as primeiras negociaes em ordem ao cessar-fogo. A crueldade da guerra acentua-se e este pas lusfono s conhece o fim dos combates em 2002, com a assinatura do Memorando de Luena, aps a morte do Dr. Jonas Savimbi. Este trabalho estuda as numerosas Mensagens publicadas pelos Bispos Catlicos. H uma ideia de fundo que passa por todas elas: a da urgncia da paz. Sempre se prope um calar de armas, um sentar-se para negociar, um olhar para o povo mrtir, um ler melhor a declarao universal dos direitos humanos. Como caminhos para a paz, a Conferncia dos Bispos sempre apontou a democratizao do pas, o multipartidarismo e as eleies livres. Estas foram,durante anos a fio, ideias proibidas em Angola. Estes textos, alm de ricos em contedo, so revolucionrios nas dinmicas que geraram e nos caminhos que abriram. Alm do mais, no se situavam no simples mbito de teorias, uma vez que a Igreja escrevia e agia. As intervenes humanitrias no terreno, sobretudo atravs da Caritas e das Misses, foram decisivas para salvar milhares de pessoas da fome e da morte por doenas.