205 resultados para Educação Prisioneiros - Angola
Resumo:
Apresenta-se uma investigao sobre as polticas educacionais implementadas por trs gestes (1993 2004) da Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre, Brasil. A anlise indica que as polticas educacionais implementadas podem ser percebidas como espaos possveis de empoderamento dos novos atores sociais. Indica, ainda, que ao valorizar a diversidade de saberes e dar voz e vez s diferentes subjetividades sociais, constitui-se numa iniciativa que, se mpar por servir quela especfica realidade tambm plural, por apontar novas possibilidades de ao poltica a serem perseguidas. Os resultados da pesquisa demonstram ser possvel, mesmo em tempos de globalizao, a construo de polticas pblicas educacionais emancipatrias.
Resumo:
Este artigo procura refletir sobre as Polticas Educacionais adotadas no Brasil no que se refere s aes e aos programas na rea de Educação a Distncia e a insero das Tecnologias da Informao e Comunicao neste campo. Depois, aborda o processo de globalizao e as novas demandas por informao e conhecimento, bem como as mudanas que as Tecnologias da Informao e Comunicao favorecem. O artigo discute, ainda, o uso pedaggico da Internet, que proporciona mudanas significativas na educação, sobretudo pela velocidade da produo do conhecimento, o que exige do professor uma constante atualizao.
Resumo:
Circulou em meios privados e ultimamente na Internet, de livre acesso, o projecto de Decreto-lei de Educação Especial, o qual merece algumas reflexes.
Resumo:
Este artigo apresenta uma perspectiva histrica do ensino de cincia, desde os finais do Sculo XIX at actualidade. Consideramos que os anos de 1950 e 1983 representam alteraes marcantes neste domnio. Em 1950, deixou de se ensinar cincia para formar cidados com uma postura crtica face relao entre cincia e sociedade, passando a privilegiar-se os contedos, a dar-se nfase ao rigor e ao mtodo cientfico. 1983 foi o ano em que se voltou a relevar a relao entre cincia e sociedade, incluindo a tecnologia. Actualmente, pretende-se formar cidados informados, capazes de participar em debates cientficos, atentos s causas e s consequncias inerentes ao conhecimento, bem como sua aplicao no quotidiano. Na segunda parte deste artigo equacionam- se as finalidades para o futuro do ensino de cincia. Deve-se minimizar a importncia de testes e classificaes internacionais. Estes acabam por conduzir a uma deteriorao do sistema de ensino. Tomam-se decises polticas para melhorar a classificao, destroem-se os pilares essenciais para a construo de uma sociedade cientificamente literata, e descura-se a especificidade de cada comunidade, no se dando ateno aos interesses dos alunos e dos professores, o que poder conduzir a uma inibio da criatividade e inovao nas actividades escolares.
Resumo:
Nosso objetivo neste trabalho foi expor e defender a relevncia da histria da educação do tempo presente para a pesquisa histrico-educacional. Partimos dos alicerces da histria do tempo presente, destacando alguns conceitos construtores desse campo oriundos de autores como Rmond, Franois e Chartier (1996). A seguir, trabalhamos os avanos e os desafios enfrentados pelos pesquisadores desse campo. As fontes disponveis para as pesquisa da histria da educação do tempo presente foram destacadas, argumentando que a abundncia delas e a proximidades do pesquisador em relao ao tempo da sua ao no facilitam a pesquisa e no diminuem sua necessria rigorosidade. Os alicerces da histria do tempo presente, os desafios, os avanos, suas fontes abundantes e sua aplicao rigorosa constroem uma nova epistemologia para a histria da educação, marcada pelas incertezas que referenciam a centralidade da problematizao na pesquisa histrica. Toda essa argumentao reforada pela idia originria de que a educação, como uma prtica social, exige de seus pesquisadores a consecuo dos depoimentos orais, das informaes e de todos os tipos de documentao oriundas dos sujeitos que a fizeram/fazem.
Resumo:
Este artigo prope-se analisar a relao entre a construo de um espao europeu de educação e a construo da Europa como entidade. Defende que a construo da Europa como entidade um objectivo dos esforos levados a cabo para a construo de uma poltica de educação europeia especialmente importante pelos seus efeitos nas polticas educativas dos Estados Membros. Foca-se particularmente nos contextos interno e externo dessa construo. Considera que o contexto externo compreende mudanas no contexto politico-econmico, na arquitectura dos sistemas educativos, nos seus mandatos e capacidade, bem como nos modos como estas contribuies so avaliadas. O contexto interno tem a ver com o mecanismo de soft governance atravs da qual o espao europeu de educação se foi moldando. O artigo sugere que possvel identificar trs fases nesta construo, respectivamente, no estabelecimento da qualidade, da soft governance (o Mtodo Aberto de Coordenao) e da agenda da Aprendizagem ao Longo da Vida, formatadas por mudanas nos contextos globais e nas respectivas interpretaes a nvel europeu.
Resumo:
Este artigo discute o modelo Nrdico ou o modelo de Estado-Providncia e a educação. Mostra como os processos de reestruturao esto acontecendo a nvel poltico e a nvel institucional e, ainda, como que as estruturas bsicas do modelo e exemplo nrdico, especialmente os princpios subjacentes s comprehensive schools e s escolas locais, esto a ser abandonados. Pela abordagem institucional, est a emergir um novo pacto geracional ou um modelo institucional, mas a sua legitimao e estabelecimento levaro muito tempo. As mudanas na poltica e na organizao ocorrem de forma muito mais rpida do que nos contextos scio-culturais. Exemplos de histrias de sucesso, como a reforma dinamarquesa do mercado laboral e o crescimento do cluster finlands do conhecimento intensivo em TIC, abriram o caminho para esta transformao. H ainda a possibilidade de uma estratgia de Estado-Providncia e de uma estratgia de Estado Competitivo poderem coexistir.
Resumo:
A performance e a eficcia instituram-se como prioridade das actuais polticas de educação. Quais os motivos que levaram sua afirmao como paradigma dos sistemas educativos em detrimento da escola compreensiva? O presente artigo visa reconstituir e questionar a construo das teses fundamentais que contriburam para a denncia da crise generalizada da escola compreensiva e o aparecimento do modelo de escola eficaz, capaz de se integrar num mercado concorrencial e globalizado, no quadro de uma retrica reaccionria, instalada nos ltimos vinte anos nos EUA e no Reino Unido e que se vem alargando escala global. Pretende-se, desta forma, suscitar a reflexo sobre o papel dos socilogos da educação na compreenso da interaco dos vrios agentes educativos a uma escala globalizada e das novas implicaes do capitalismo nas polticas educativas.
Resumo:
Investigadores com parcos recursos e at sozinhos, mas pondo prova as suas qualidades de pesquisa, podem dar uma contribuio sria para a investigao, atravs do estudo de caso, em alternativa a estudos de perspectiva mais vasta mas que exigem mais recursos em material e pessoas. E esse estudo pode obviamente ser depois prosseguido com futuros trabalhos do prprio ou de outros investigadores. A reflexo que segue baseia-se em vrios autores com particular incidncia em obras de Stake (1995; 1998) e Yin (1994; 2005), procurando delinear os procedimentos a seguir na adopo do estudo de caso em problemas educacionais, e inclui, em complemento, as ideias-chave de alguns estudos de caso sobre educação inventariados por Yin (2005).
Resumo:
O Projecto de Educação e Formao de Adultos na Cmara Municipal de Lisboa centra-se no Processo de Reconhecimento, Validao e Certificao de Competncias, processo em que so valorizadas as competncias adquiridas pelos adultos atravs da sua experincia de vida e de trabalho, permitindo-lhes obter uma certificao equivalente aos diplomas escolares oficiais.
Resumo:
Embora geralmente de origem erudita, os provrbios acabaram por ser consagrados pelo povo que os preservou do esquecimento e os divulgou. Sob a forma de sentena, encerram conhecimentos milenares feitos de experincia e seduzem-nos, ainda hoje, pela agudeza do raciocnio, pela beleza das suas metforas. tempo de a Histria da Educação se interessar tambm pelo conhecimento da importncia que o povo tem dado ao saber e de perceber como tem entendido ele o processo de ensino/aprendizagem. O estudo foi levado a cabo recorrendo anlise de contedo e, contrariamente ao esperado, chegouse concluso de que os provrbios conferem educação uma grande importncia, expressa no s pelo nmero de provrbios a ela dedicados (411), mas tambm pelas apreciaes positivas a contidas.
Resumo:
O conceito de accountability , em geral, polissmico e denso. Contudo, eu pretendo, neste texto, mencionar apenas alguns dos aspectos da sua contextualizao ampla em termos terico-conceptuais. Associo o conceito de accountability a trs dimenses articulveis: avaliao, prestao de contas e responsabilizao. Depois, analiso algumas das relaes entre avaliao e accountability tendo como pretexto os testes estandardizados, os exames nacionais e os rankings. Finalmente, concluo que a accountability baseada apenas nestes procedimentos uma forma parcelar, incompleta e redutora face complexidade e pluralidade dos objectivos, misses e funes da educação escolar.
Resumo:
O objectivo deste artigo o de ir alm da aparncia de uma implementao suave do sistema LMD em Frana. Primeiro, o autor mostra um certo nmero de dcalages. A universidade enquadrada por redes que, por serem minoritrias, no deixam de ser menos importantes: as grandes coles e o ensino superior no universitrio. Esses sectores no entram no sistema 3.5.8. O essencial , talvez, uma srie de mudanas que adaptam o ensino superior ao novo esprito do capitalismo: uma organizao em rede, uma filosofia social centrada sobre o projecto. Estas no esto directamente ligadas ao LMD mas apoiam-se neste novo contexto para progredir. Um cepticismo desenvolve-se sobre as vantagens do alongamento dos estudos. Uma nova concepo de justia emerge, que advoga mais uma formao ao longo da vida. As medidas administrativas tomadas em nome do imperativo da accountability pem em execuo um governo por normas de qualidade europeias. Enfim, a substituio de um quadro de referncia nacional por um internacional conduz a uma mudana do modo de formao das elites. No se trata tanto da reproduo da cultura clssica como de uma integrao precoce em redes internacionais.
Resumo:
O nvel de financiamento que os Estados atribuem Educação e a subsequente utilizao das verbas disponveis constituem elementos cuja importncia para a anlise da situao educativa julgamos relevante ainda que, amide, tendam a ser secundarizados. Na fase actual do sistema-mundo, os Estados confrontam-se, em geral, com o dilema de, por um lado, precisarem de responder s crescentes expectativas e exigncias feitas Escola e, por outro lado, sofrerem a crescente presso das teses neo-liberais visando limitar a interveno estatal e diminuir os impostos cobrados. No presente artigo procura-se caracterizar a evoluo do financiamento da Educação em Portugal e proceder a uma anlise tendo em conta as influncias e as condicionantes globais e nacionais existentes. Refere-se o histrico subfinanciamento do ensino portugus e reflecte-se sobre as crticas de alguns sectores de opinio quanto ao facto de a despesa com a Educação se ter aproximado, no final da dcada de 1990, dos nveis mdios da OCDE. Traa-se um quadro das perspectivas internacionais sobre a Educação, apresenta-se a actual situao da Unio Europeia nesta matria e abordam-se as perspectivas educacionais da OCDE, nomeadamente para Portugal. Da anlise da evoluo recente dos oramentos da educação reflecte-se sobre a diminuio dos investimentos educativos e a deslocao de verbas entre diferentes rubricas designadamente das rubricas de pagamento de pessoal para outras que, no essencial, correspondem aos objectivos e metas traados na Unio Europeia.
Resumo:
O artigo discute as possibilidades e os limites de uma pedagogia transformadora hoje. A reflexo inicia com uma tentativa de identificar algumas caractersticas da educação de nosso tempo. So destacados dois fatos como possveis norteadores de um exerccio de sntese: a chamada crise das utopias e a reconfigurao dos tempos e dos lugares de ensinar e aprender, colocando em xeque principalmente o papel clssico da escola. Dentre os desafios, que ao mesmo tempo se colocam como horizonte, so destacados: a) a necessidade de ouvir as muitas vozes de dissenso, entre elas aquelas silenciadas; b) o empenho por transformar os espaos educativos, novos e antigos, em ethos de humanizao; c) assumir a pluralidade de tempos como uma oportunidade de alargar a viso e fazer espao em nossos mundos de vida para a diversidade de experincias.