43 resultados para Reacoes adversas : Medicamentos
Resumo:
A prática de fraccionamento de comprimidos é realizada pela população em geral, como forma de ajuste posológico, para facilitar a deglutição ou reduzir os custos. No caso do diazepam esta questão revela enorme importância, uma vez que existe frequentemente a necessidade de ajuste da sua dosagem, devendo ser determinada individualmente e de acordo com o tipo de tratamento. O principal objectivo do presente trabalho foi avaliar o impacto do fraccionamento de diferentes formulações de comprimidos de diazepam disponíveis no mercado na uniformidade de teor das duas fracções obtidas. Após fraccionamento dos comprimidos, foi avaliada a massa e o teor em substância activa nas duas fracções obtidas. Foram adicionalmente determinados alguns parâmetros físicos dos comprimidos de diazepam (friabilidade, dureza, diâmetro e tempo de desagregação). Os resultados demonstraram uma elevada variação do teor de diazepam nas fracções dos diferentes medicamentos analisados, o que revela que o processo de fraccionamento de comprimidos não representa uma forma eficaz de se obterem as doses pretendidas. O medicamento Metamidol® foi o que apresentou maior variação, o que pode ser parcialmente explicado pelo maior valor de dureza deste comprimidos.
Resumo:
O objectivo do presente estudo foi o de avaliar o nível de conhecimentos sobre a utilização correcta de antibióticos por parte de uma amostra da população de Lisboa, e quais as variáveis que influenciam a sua utilização. Estudo transversal, de base populacional, de 500 indivíduos (424 respostas válidas) com idade igual ou superior a 18 anos, na região de Lisboa, entrevistados sobre a utilização de antibióticos. A frequência de utilização de antibiótico para tratar uma infecção foi de 94,3% contra 4,7% da amostra de respondentes que nunca recorreu à utilização de antibiótico para curar uma infecção, salientando-se que 10,1% dos indivíduos referiram a utilização de Clamoxil. Inquiridos sobre a prescrição do antibiótico, 88,0% dos indivíduos responderam que quem aconselhou a tomar foi o médico de família, tendo 85,8% dos indivíduos feito o tratamento durante o tempo indicado. De todos os respondentes, 81,4% tomaram o medicamento no horário correcto. Dos inquéritos válidos, 69,3% dos indivíduos revelaram já terem praticado auto-medicação independentemente de a mesma ter sido praticada uma ou mais vezes ou recentemente ou mesmo no passado, contra 29,2% que nunca praticou. Pode concluir-se que a maioria da amostra da população de Lisboa estudada possuía conhecimentos teóricos correctos sobre a utilização adequada de antibióticos, em contradição com a atitude de 69,3% dos mesmos inquiridos que revelaram ter já feito auto-medicação. Os valores percentuais observados relativamente ao desvio do padrão de conhecimentos correctos, reflectem a necessidade de se implementar programas específicos de intervenção educacional sobre a utilização racional de antibióticos para grupos de risco.
Resumo:
Diferentes estratégias têm sido usadas para aumentar a eficácia e a segurança não só de medicamentos tópicos e transdérmicos, mas também de produtos cosméticos. Avanços na tecnologia de encapsulação levaram ao desenvolvimento de polímeros biodegradáveis multifuncionais invocando capacidades promotoras de permeação, permitindo uma libertação controlada de fármacos ou com propriedades protectoras. O objectivo deste estudo foi aplicar um polímero de origem natural – o alginato- na encapsulação de uma molécula hidrofilica modelo- a cafeína. Este permeante modelo foi encapsulado em três sistemas diferentes de alginato - macrosferas secas, hidratadas e microparticulas de cálcio-alginato. Adicionalmente, a cafeína também foi incorporada em três formulações passivas - uma solução aquosa, um gel de Carbopol© e um creme O/A. Foram feitos estudos de difusão in vitro com células de Franz, utilizando membranas de polidimetilsiloxano como modelo da epiderme humana. Quantidades equivalentes das diferentes formulações de cafeína foram colocadas no compartimento dador das células de Franz. Foram recolhidas amostras do compartimento receptor a cada 2 horas, durante 8 horas. Os vários fluxos em estado estacionário foram calculados. Os fluxos mais elevados foram obtidos a partir do creme O/A e as macrosferas secas de alginato. A libertação mais lenta de cafeína foi observada quando esta foi encapsulada em macrosferas hidratadas e nas microsferas. Estes diferentes perfis de permeação podem ser explicados pela natureza porosa destes últimos e por um mecanismo de troca iónica. Estes resultados são indicativos de que esta tecnologia pode ser usada com sucesso na modulação da biodisponibilidade de moléculas para administração transcutânea. Os polímeros de alginato parecem particularmente adequados à utilização na libertação controlada de fármacos com elevada potência farmacológica e estreitas janelas terapêuticas. Por outro lado, a sua aplicabilidade também poderá ser estendida a ingredientes cosméticos que, por razões de segurança, devem estar limitados às camadas mais superficiais da pele.
Resumo:
Viver mais tempo, é sinónimo de envelhecimento, no entanto a longevidade não é necessariamente uma ameaça ou até mesmo uma fatalidade, é sim uma oportunidade que o Ser Humano tem para viver melhor os momentos que a vida lhe proporciona. Estima-se que, em Portugal, o envelhecimento demográfico tenha aumentado significativamente desde o Século XXI, existindo actualmente uma população idosa (mais de 65 anos) de 19,15% contra uma população jovem (inferior a 14 anos) de 14,89%. Hoje em dia a esperança média de vida é de 79,2 anos (80 anos para as mulheres e 74 anos para os homens). Estima-se que no ano de 2050 a população idosa aumente para 35,72% e a jovem diminua para 14,4%. No entanto, como consequência desse envelhecimento, aumenta a incidência de patologias crónicas, levando a um maior consumo de medicamentos (Polimedicação) e outros cuidados de saúde. É importante que se estabeleçam medidas para que o envelhecimento seja activo, ou seja, para que os idosos de “hoje” sejam activos, tenham plena cidadania, tendo maior segurança, maior participação e melhor qualidade de vida, sendo estas medidas, o maior desafio para a sociedade actual. A seguinte monografia visa abordar todos os conteúdos necessários para obter a informação necessária, de forma a compreender quais as medidas correctas para um acompanhamento farmacoterapêutico do doente idoso eficaz, diminuindo a morbilidade e mortalidade e desta forma aumentar a qualidade de vida na longevidade.
Resumo:
O acesso aos métodos contracetivos hormonais regulares e de emergência configura para as mulheres a possibilidade de controlar a sua natalidade com elevada eficácia e segurança. A contraceção de emergência deve ser encarada como um método de recurso, a um método principal de contraceção. A sua disponibilidade representa um valioso recurso para as mulheres, ao permitir efetuar uma contraceção com elevado grau de eficácia e segurança após o coito. Devido ao aumento do consumo de contracetivos de emergência em Portugal, associado à possibilidade em adquiri-los sem intervenção farmacêutica, torna-se necessário perceber o perfil de consumo da contraceção de emergência. O farmacêutico devido à sua proximidade geográfica e permanente disponibilidade para com a população que serve, aliado ás suas competências na área do medicamento, assume cada vez mais uma importância crescente ao nível da contraceção hormonal. O recurso à contraceção de emergência representa em grande parte dos casos uma falha contracetiva ou a não utilização de métodos contracetivos durante o coito. O farmacêutico ao estar diretamente envolvido na dispensa de ambos os métodos tem a capacidade de com a sua intervenção melhorar as praticas contracetivas entre as mulheres portuguesas e contribuir para a utilização racional de medicamentos. Os objetivos do trabalho monográfico foram: efetuar uma revisão sobre métodos contracetivos hormonais incluindo os de emergência e respetiva intervenção farmacêutica em Portugal. Analisar o consumo e utilização da contraceção de emergência em Portugal. Neste contexto o trabalho desenvolvido consistiu numa revisão sobre os principais métodos contracetivos hormonais e de emergência. Realizou-se uma análise entre o consumo de contracetivos de emergência e a interrupção voluntaria da gravidez na tentativa de estabelecer uma relação entre ambos. Explorou-se a ideia da inclusão do farmacêutico na consulta de planeamento familiar e outros serviços em que este poderia representar uma mais valia para a população. Sugeriu-se uma intervenção ativa do farmacêutico em Portugal, com vista a promover a melhor utilização dos métodos contracetivos à disposição das mulheres. Relativamente à metodologia utilizada esta consistiu numa pesquisa bibliográfica com recurso ao motor de busca pubmed. Foram ainda realizados contactos com profissionais de saúde responsáveis pelo planeamento familiar, farmacêuticos comunitários, hospitalares, Infarmed, Ordem dos Farmacêuticos e suas homologas internacionais e industria farmacêutica, de modo a obter informações sobre a disponibilidade, consumo e utilização de contracetivos hormonais incluindo os de emergência. Concluiu-se que a contraceção hormonal oral é a forma de eleição entre as mulheres portuguesas, sendo por isso um ponto onde o farmacêutico comunitário deve estar particularmente atualizado. O aumento no consumo de contracetivos de emergência em 2010 sugere a dispensa sem intervenção farmacêutica. Não é possível estabelecer uma relação entre o consumo de contracetivos de emergência e a interrupção voluntaria da gravidez. A intervenção farmacêutica tem o potencial para melhorar a utilização dos métodos contracetivos entre as mulheres portuguesas.
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As plantas são importantes em dermatologia devido aos seus efeitos adversos ou benéficos na pele e em doenças da pele, respetivamente. Todos os países têm-se baseado nos conhecimentos passados, ou continuam a basear-se em plantas medicinais para os cuidados de saúde primários. A utilização de extratos de plantas medicinais para o tratamento de doenças cutâneas tem sido baseada principalmente em evidência histórica, por causa da falta de literatura científica no que diz respeito à eficácia dos extratos de plantas em ensaios clínicos controlados. Nesta monografia são abordados os aspetos benéficos da utilização de plantas medicinais na psoríase, celulite e na cicatrização de feridas, assim como o seu uso em medicamentos e cosméticos de aplicação cutânea.
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A homeopatia é uma forma holística de medicina, que visa um dos príncipios hipocráticos ‘Similia similibus curantur’, o semelhante cura o semelhante, isto é, a doença pode ser tratada através da administração de princípios activos que induzam, num animal saudável, sintomas semelhantes aos provocados pela doença. É possível prescrever em diversas situações clínicas, como única opcção ou complementar de diferentes terapêuticas, de forma a promover a saúde animal. A presente dissertação consta de um estudo retrospectivo baseado numa amostra com 68 gatos e 23 cães, observados durante 60 dias no decorrer do estágio curricular na Clínica Refúgio da Bicharada, na qual se procede à caracterização da aplicação da homeopatia na prática clínica. A aplicação de tratamento homeopático verifica-se em 75% dos animais da amostra, enquanto que o tratamento homeopático complementar em 25% da amostra. O tratamento homeopático exclusivo foi prescrito com maior frequência na área da etologia (100%; n=28), seguido de doenças do tracto respiratório (90%; n=18) e gastroenterologia (55%; n=6). As doenças em que mais foi prescrito o tratamento homeopático exclusivo foi em coriza (93%; n=14); agressividade em ninhadas (100%; n=14); apatia comportamental (100%; n=9); osteoartrose (57%; n=4); gengivo-estomatite e asma brônquica (75%; n=3); e obstipação (100%; n=3). Verifica-se que em várias circunstâncias se recorre a medicamentos homeopáticos como opção terapêutica, aplicando-os como tratamento único ou complementar na prática clínica de pequenos animais.
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O controlo microbiológico de formulações injectáveis visa garantir a isenção de um produto farmacêutico em termos microrganismos, possivelmente patogénicos, que possam induzir sintomas patológicos após a sua administração. Assim, o estudo das técnicas que permitam a eliminação de agentes patogénicos e a sua prevenção é de extrema importância. Nesta área são utilizadas diversas técnicas clássicas para avaliar determinados medicamentos e estão a ser desenvolvidas outras novas técnicas. Estas últimas revelam-se mais vantajosas comparativamente às clássicas uma vez que apresentam maior eficácia e rigor. Este artigo de revisão apresenta uma descrição simples das principais técnicas disponíveis (clássicas e as mais recentes) para o controlo microbiológico de medicamentos injectáveis podendo ser visto como uma ferramenta prática útil para os profissionais que trabalham ou poderão vir a trabalhar nesta área.
Resumo:
A vancomicina é um antibiótico glicopeptídico activo contra bactérias Gram-positivos. É usada ao nível hospitalar, prinicipalmente para combater infecções por Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (SARM). QUando se administra vancomicina, são várias as situações que requerem a monitorização dos seus seus níveis séricos e o ajuste posológico das dores administradas. O presente artigo tem como objectivo rever os principais conceitos farmacodiâmicos e farmacocinéticos relacionados com este fármaco, realçando-se a importância da sua monitorização na prática clínica.
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A automedicação é uma prática cada vez mais comum em todo o mundo e quando praticada de forma responsável oferece diversos benefícios, nomeadamente uma maior autonomia das populações na gestão da sua saúde. No entanto, o consumo de medicamentos não deve ser banalizado e a orientação e aconselhamento por parte de um profissional de saúde como o farmacêutico será sempre uma mais-valia, na medida em que proporciona uma automedicação responsável, eficaz e segura. O presente trabalho teve como principais objectivos, determinar a prevalência da automedicação nos alunos do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e avaliar os factores associados a esta prática. Nesse sentido, foi desenvolvido um estudo descritivo transversal, com base num questionário aplicado a esta população. Os dados recolhidos foram posteriormente sujeitos a tratamento estatístico através do programa SPSS®. Considerando uma amostra de 138 indivíduos, os resultados mostraram que a prevalência da automedicação foi de 95,7%. Os principais sintomas que motivaram o recurso à automedicação foram os estados gripais e constipações (14,2%), as dores menstruais (11,1%), a tosse/rouquidão (10,2%), cefaleias (9,5%), febre (8.6%), rinorreia e congestão nasal (6,7%) e a rinite alérgica (5,1%). Os medicamentos mais usados, nos últimos dois anos, foram os anti-inflamatórios não esteróides (19,4%), os analgésicos e antipiréticos (19,2%), os descongestionantes nasais (12,8%), os antitússicos e expectorantes (11,8%), os anti-histamínicos (9,5%) e as vitaminas e sais minerais (7,9%). A grande maioria dos inquiridos (89,9%) mostrou-se consciente dos possíveis riscos inerentes à automedicação. Ainda assim, 29% afirmou já se ter automedicado, usando medicamentos sujeitos a receita médica.
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Este estudo analisou as inter-relações que se estabelecem entre resiliência e stresse numa organização de práticas positivas assumidas e outra sem assunção dessas práticas. Abordaram-se as temáticas stresse, resiliência, organizações positivas, coping, percorrendo a sua evolução histórica até à atualidade. Adotou-se uma metodologia de investigação de natureza quantitativa. A amostra final foi constituída por 141 inquéritos validados, com idades entre os 18 e os 65 anos. Avaliaram-se os níveis indicadores fatuais de resiliência, aplicando a Escala de Resiliência de Wagnild e Young (1993), traduzida e adaptada para o português por Pesce, et al. (2005), e avaliaram-se os níveis de stresse aplicando-se o Questionário de Vulnerabilidade ao Stresse (23 QVS) criado por Adriano Vaz-Serra (2000). Os instrumentos apresentaram as qualidades psicométricas exigidas (sensibilidade e fidedignidade), a ER apresentou o coeficiente alfa de Cronbach de 0,777 e a QVS23 de 0,759. Estudou-se a variabilidade do grau de resiliência e da vulnerabilidade ao stresse em função das variáveis (idade, sexo, escolaridade, estado civil, antiguidade na empresa e no posto de trabalho). Os resultados revelam diferenças significativas face à idade, e habilitações literárias na vulnerabilidade ao stresse. A variável estado civil exerce efeito diferencial na resiliência. Concluiu-se que o tipo de práticas não influi na resiliência. Os colaboradores das organizações positivas são menos vulneráveis ao stresse, nomeadamente nas dimensões “Condições de vida adversas” e “Dramatização de Existência”. Não se verificou correlação entre a resiliência e o stresse.
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Nesta monografia pretende-se aprofundar o tema da utilização de infusões de plantas com acção sobre o sistema nervoso central. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% da população mundial utiliza medicamentos à base de plantas como primeira escolha em cuidados de saúde. Tem-se verificado, nas últimas décadas, um aumento da procura dos chamados “produtos naturais” em detrimento dos medicamentos sintéticos, devido, muitas vezes, à ideia errada de que não apresentam efeitos secundários nefastos. As infusões de plantas são a forma de fitoterapia mais popular em todo o Mundo, sendo utilizada há milhares de anos. Existe uma enorme variedade de plantas com actividade biológica e medicinal acessível a qualquer pessoa, o que nem sempre é um ponto positivo, pois os efeitos fisiológicos podem não ser sempre benéficos, além de existir a possibilidade de interacções com medicamentos. Devido às mudanças no estilo de vida das populações, observa-se uma maior prevalência de sintomas como fadiga, ansiedade e, por vezes, depressão moderada, o que leva à procura de soluções caseiras e “naturais” para combater estes problemas. Assim, são abordadas neste trabalho as plantas que, tendo sido já extensamente estudadas, apresentam efeitos benéficos a nível do sistema nervoso, como a valeriana na ansiedade e insónia, o hipericão na depressão moderada, ou o chá como estimulante.
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Os cosméticos sempre estiveram presentes desde os primórdios da Humanidade, existindo actualmente uma enorme panóplia de produtos ao alcance dos consumidores. Desde sempre o homem se preocupou com a sua aparência e para tal utilizou os cosméticos como forma de realçar a sua beleza. Durante o século XIX a área dos cosméticos e da farmácia sofreu uma grande evolução devido à revolução industrial e ao aparecimento de novas tecnologias. No século XIX surgiram pela primeira vez métodos de eliminação de rugas, de embelezamento do rosto e na higiene deu-se importância aos banhos com a criação dos balneários públicos. A crescente procura de beleza levou à criação de produtos cosméticos diversos, alguns dos quais perigosos para a saúde, sendo este um dos pontos a abordar nesta tese. Os cosméticos serão abordados como um bem de luxo num país que vivia em extrema pobreza. Serão abordados outros pontos como a importância de produtos cosméticos estrangeiros e efectuar-se-á uma comparação entre um cosmético actual e um do século XIX. A Farmácia em Portugal sofreu profundas alterações no século XIX. A botica deu lugar à farmácia e a produção de medicamentos que anteriormente era feita artesanalmente, passou a ser feita industrialmente. A extinção das ordens religiosas em Portugal em 1834 foi crucial para o desenvolvimento das farmácias. O encerramento das farmácias dos mosteiros originou uma maior viabilização e abrangência territorial dos estabelecimentos privados. Este foi o momento na história da farmácia em Portugal que levou à formação do associativismo. O avanço da produção científica e da literatura técnico profissional que se verificava por toda a Europa também se repercutiu em Portugal. Como exemplo da Literatura Farmacêutica Portuguesa neste século temos a publicação do Codigo Pharmaceutico lusitano. Com o surgimento da era industrial e consequente aumento dos bens produzidos, aperfeiçoou-se a técnica publicitária que deixou de ser unicamente informativa para ser mais persuasiva e agressiva levando o consumidor a comprar. Com esta tese de mestrado tenta-se demonstrar o impacto da revolução industrial no Farmacêutico em Portugal e avaliar a sua resposta às necessidades de mercado. O profissional de saúde deverá apreender rapidamente conhecimento de modo a não perder a sua identidade.
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A pele é um órgão do corpo humano que apresenta diversas funções, sendo a sua principal característica actuar como barreira protectora. Esta é constituída por três camadas, sendo a mais externa a responsável pela sua principal função. A pele permite a administração de vários medicamentos como anti-inflamatórios, antifúngicos, antivíricos, entre outros, que podem ser utilizados quer a nível tópico (com recurso a cremes, géis, pomadas, etc) ou a nível sistémico, com recurso a sistemas transdérmicos. A via tópica apresenta como principal vantagem evitar o efeito de primeira passagem e melhorar a adesão do doente à terapêutica, no entanto, pode levar à ocorrência de irritações ou alergias na pele e também não permite a administração de fármacos de grandes dimensões. As diferentes formas farmacêuticas, devido às suas características, têm a capacidade de favorecer ou condicionar a permeação dos fármacos ao nível da pele. Existe uma influência directa entre a formulação galénica e as características físico-químicas dos fármacos na permeação percutânea e portanto deve-se analisar ambos os parâmetros no momento das suas escolhas. Existem diversos medicamentos, formas farmacêuticas e sistemas terapêuticos, como é o caso dos lipossomas, micro e nano emulsões, nanoparticulas e microesponjas que são possíveis de utilizar ao nível da pele permitindo assim atingir os melhores objectivos e contornar determinados obstáculos que as formas farmacêuticas convencionais possuem.
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Actualmente, os dispositivos médicos são cada vez mais uma base em que assenta a qualidade de vida na área da saúde, sendo desta forma importante garantir que estes se ajustam à sua função e sejam seguros. Não apresentando qualquer acção a nível farmacológico, metabólico ou imunológico, mecanismo de acção atribuído aos medicamentos, auxiliam directa ou indirectamente o homem no tratamento ou prevenção de doenças e estados de saúde actuando por meios físicos ou mecânicos. Estes podem ser importantes no diagnóstico, prevenção, monitorização, tratamento ou alívio de uma doença ou ferimento; em investigação, substituição, modificação de um processo fisiológico e no controlo da concepção. Tendo um papel tão relevante na saúde dos doentes, é essencial que haja uma supervisão directa por parte dos profissionais de saúde, nomeadamente os farmacêuticos. Hoje em dia, devido ao facto de cada vez mais doentes quererem diagnosticar e controlar as suas próprias condições médicas, o papel do farmacêutico é cada vez mais importante porque está envolvido directamente na sua supervisão e dispensa. Para além disso, o farmacêutico está ligado à aquisição, selecção e fornecimento de numerosos dispositivos médicos que considera mais adequado a cada situação, sendo estes para uso por iniciativa própria ou por outros profissionais de saúde.