37 resultados para Contato de línguas
Resumo:
Este trabalho busca compreender como a interação professor-aluno nas salas de aula de Inglês dos Núcleos de Línguas e Culturas do Estado de Pernambuco da GRE Recife-Sul influencia na aprendizagem dos alunos. Tendo na interação (WUBBELS; LEVY, 1993), aprendizagem (ROCHA, 2007; ALARCÃO, 2001, 2003) e abordagem comunicativa (ALMEIDA FILHO, 1993, 2007; BRUMFIT, 1982, 1994) as bases teóricas. Foram aplicados 158 questionários de interação com o professor (QIP) nos alunos, de quatro diferentes professores (58 alunos do professor 1, 38 do 3, 33 do 2 e 29 do 1), em três escolas da GRE Recife-Sul. Estatisticamente foi encontrada uma baixa significância entre as notas dos alunos e os perfis de comportamento dos professores. Nossa abordagem utilizou o fator quantitativo nota como medida para verificação da aprendizagem dos alunos, relacionando-o ao comportamento do professor na sala de aula.
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Neste artigo o autor homenageia Luís Polanah e a sua visão sociolinguística e antropológica em relação às línguas africanas, ao português e ao galego.
Resumo:
Esta investigação permitiu identificar e analisar o trabalho colaborativo desenvolvido no departamento de línguas de uma escola secundária, avaliar o seu grau de importância para os professores deste departamento, conhecer as condições necessárias para a existência de um clima propício à colaboração e compreender o papel do coordenador enquanto agente propiciador de práticas colaborativas. O estudo permitiu ainda a consciencialização dos professores para a importância da adoção de práticas colaborativas e reflexivas. Adotou-se uma metodologia de investigação-ação, projetada em três fases: Na primeira pretendeu-se saber se e de que modo os professores integram o trabalho colaborativo nas suas práticas. Na segunda fase evoluiu-se para uma intervenção de caráter teórico, em formato de painel, que teve como objetivos, estimular um processo de reflexão suscetível de influenciar as representações dos professores sobre colaboração e conduzir ao desenvolvimento de práticas colaborativas. Na terceira fase, delineou-se e executou-se um programa de intervenção com o objetivo de comprometer os professores num trabalho colaborativo que se torne numa prática diária no seu quotidiano. A informação foi recolhida através de um inquérito por questionário, na primeira e segunda fase, de notas de campo registadas no diário de bordo da investigadora e de entrevistas estruturadas semi-diretivas, na terceira fase. Depois de analisados todos os dados recolhidos, pode-se concluir que os professores reconhecem a importância do trabalho colaborativo, mas existe uma certa acomodação a práticas de ensino individualistas. Desenvolve-se algum trabalho colaborativo balcanizado, sobretudo com colegas da mesma disciplina e do mesmo nível de ensino que se resume, praticamente, à troca de materiais e à planificação conjunta de unidades didáticas. Identificaram-se como condições para a prática de trabalho colaborativo, formação adequada, compatibilidade de horários, tempo disponível nos horários e sobretudo vontade de colaborar. Ao coordenador compete propor pistas de trabalho e zelar para que estejam criadas as condições necessárias para o desenvolvimento de trabalho colaborativo. A entrevista de avaliação no final do programa de intervenção revelou um impacto positivo na evolução das perceções das professoras que aderiram ao projeto, face ao trabalho colaborativo.
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A língua gestual (LG) é a língua natural da pessoa surda, sendo utilizada como forma de expressão e comunicação da comunidade surda de um determinado país. Porém, é de todo impossível escrever estas línguas através de um alfabeto comum como o da Língua Portuguesa (LP). Em 1974, na Dinamarca, Valerie Sutton criou o SignWriting (SW), um sistema de escrita das línguas gestuais, contrariando assim a ideia de que as línguas espaço-visuais não poderiam ter uma representação gráfica. Para o surgimento deste sistema foram fundamentais os estudos pioneiros de William Stokoe que reconheceram o estatuto linguístico das línguas gestuais, atribuindo-lhes propriedades inerentes a uma língua, como por exemplo a arbitrariedade e convencionalidade. Neste trabalho apresentamos o SW, sistema de escrita das línguas gestuais já utilizado noutros países, e questionamos se é exequível e profícua a sua adaptação à língua gestual portuguesa (LGP). Nesse sentido, concretizamos a escrita da LGP com base em áreas vocabulares distintas e presentes no programa curricular do ensino da LGP. Por último, efetivamos tal proposta através de um modelo de ação de formação em SW.
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“Aprender inglês como segunda língua – A importância do Domínio de outras línguas num mundo globalizado” é um trabalho de investigação que visa abordar a importância da aprendizagem da língua inglesa na perspetiva dos alunos no final do 3º Ciclo do Ensino Básico e tendo em conta o mundo globalizado em que vivemos. A metodologia a aplicar é do tipo descritivo. Os sujeitos são 101 alunos do 9º ano de escolaridade do Ensino Básico, pertencentes ao Colégio Vasco da Gama, perfazendo cinco turmas. Para ter acesso às opiniões dos alunos, recorremos à elaboração de questionários estruturados de acordo com os objetivos da investigação. Os questionários foram aplicados em aula com a devida autorização da Direção do Colégio. Procuramos apurar se, de acordo com a legislação europeia que valoriza a aprendizagem de várias línguas como forma de aproximar os vários países da comunidade, nomeadamente de uma língua franca que possa ser o meio de comunicação preferencial no mundo político, económico, social e cultural, os alunos valorizam a aquisição da língua estrangeira e em caso afirmativo, quais as funções e com que objetivos pretendem os alunos atingir a fluência na língua inglesa. No que diz respeito aos resultados obtidos, podemos afirmar que os alunos valorizam o domínio de outras línguas num mundo globalizado, em especial o domínio da língua inglesa visto ser considerada a língua franca internacional que permite a comunicação entre povos de diferentes línguas maternas. Também o enriquecimento cultural e o desenvolvimento da criatividade são fatores apontados pelos alunos como importantes consequências da aquisição de outras línguas.
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Em Portugal tem-se legislado sobre a inclusão social quer das pessoas consideradas com Necessidades Educativas Especiais [NEE] quer da recente heterogeneidade sócio-cultural proveniente da imigração. Mas, para existir inclusão, legislar não é o suficiente. É preciso haver uma outra forma de pensar e sentir por parte do público em geral. Esta reflexão sobre os modelos de inclusão não pode ficar circunscrita aos pensadores e aos académicos. A diferença não pode ser vista como um problema, assimilada e anulada. Pelo contrário, esta deverá ser móbil para o diálogo entre culturas. Precisamos sair do multiculturalismo e entrar num cosmopolitismo aberto a novos valores, outras identidades e à diferença física, cognitiva, cultural, linguística e religiosa, no sentido de se conseguir uma sociedade mais coesa e humana. Só quando existir uma séria sensibilização para a mutação de práticas (porque não basta pensar) que incluam a colaboração multidisciplinar, a família e a comunidade, é que as pessoas em situação de deficiência vão alcançar a sua independência e crescer pessoal, social e até mesmo profissionalmente. Com os estrangeiros acontece exactamente o mesmo. E, concretamente em relação a estes, para além da tolerância, abertura e diálogo social, saber Português é condição sine qua non para que a sua integração seja plena. Por isso é que o curso de Português Para Todos [PPT] constitui uma iniciativa de elevado relevo, no sentido em que garante ao Utilizador Elementar Falante de Outras Línguas [UEFOL] a possibilidade de – comunicar nas várias situações da vida quotidiana, permitir a sua inclusão social e profissional no país de acolhimento e criar uma interculturalidade dinâmica caracterizada pelo estreito relacionamento entre diferentes culturas e valores. No sentido de se conhecer mais sucintamente os motivos que levaram à criação do curso de PPT, em que consiste, a sua organização, a caracterização dos formandos e da entidade formadora, foram aplicados alguns métodos de pesquisa de informações, a saber: pesquisa documental, observação naturalista, entrevista, inquérito e testes de diagnóstico. Os dados obtidos permitiram traçar um caminho para uma intervenção bem sucedida numa escola EB 2,3 do Algarve, divulgando o contributo que o curso de PPT pode dar quer na aprendizagem da Língua Portuguesa [LP] quer na interculturalidade assentes numa dinâmica educativa que ocorra tanto na sala de aula como no seio da comunidade escolar e local.
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Há mais ou menos duas décadas observa-se um aumento significativo e crescente da população idosa do país. É grande a preocupação do poder publico para encontrar uma maneira eficaz de atender a essa nova comunidade, que precisa carinho e atenção diferenciada e que a passos lentos vem conquistando seu espaço em busca de saúde, qualidade de vida e principalmente respeito aos seus direitos e a sua experiência acumulada por toda uma existência. Com o aumento da expectativa de vida, o idoso se transforma em um ser que necessita acompanhar e participar das mudanças; porem, para não se sentir excluído dessa sociedade preconceituosa em que ainda vivemos se faz necessário que o cidadão preserve ou resgate sua autonomia e consiga gerir sua vida, participando ativamente de tudo que diz respeito a si, procurando se adaptar às mudanças do mundo contemporâneo com qualidade de vida e sem muito sofrimento. Sabe-se que a educação continuada é um dos caminhos mais seguros para combate à exclusão social, pois promove e possibilita a participação desse segmento populacional como cidadão produtivo, além de facilitar o resgate da sua dignidade humana, ampliando horizontes e promovendo sua valorização em todos os sentidos. Neste estudo procuramos estar em contato com idosos do grupo “PROGRAMA DA MELHOR IDADE” da cidade de Paraíso do Tocantins e, através desse contato, colhemos informações que nos direcione e oriente a proporcionar uma melhor qualidade de vida, facilitando adaptação às mudanças do mundo contemporâneo, aos freqüentadores que tanto contribuíram para o desenvolvimento e crescimento desta cidade.
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No momento, em que o acordo ortográfico, que inclua todos os falantes da língua portuguesa, está em fase de implementação, continua necessário clarificar a natureza do código oral e do código escrito das línguas em geral. Eles representam duas realidades bem distintas: a oralidade é uma aquisição com suporte biológico, prerrogativa do homem quando mergulhado numa comunidade de falantes; a escrita é uma construção cultural que pretende ultrapassar os limites do tempo e do espaço, características associadas à oralidade, e adicionar à mesma dimensões de elaboração e rigor, e que exige ensino. Não existe nenhuma obrigação para a escrita acompanhar a evolução da fala. São dois códigos distintos na sua essência e nas suas funções, pelo que nada impede que a diferentes falares corresponda um único código escrito.
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Diferentes instituições sociais e o próprio Ministério da Educação reconhecem a heterogeneidade sociocultural e a diversidade linguística da atual população escolar as quais representam uma riqueza singular que implica a criação de condições e estratégias de ensino inovadoras. Com elas se pretende não perder a riqueza multicultural que provém do contacto entre alunos recém-chegados de diferentes contextos e, simultaneamente, apoiá-los na aquisição da língua portuguesa como segunda língua – garantia indispensável para o necessário sucesso escolar. Neste artigo, damos conta do projeto Diversidade Linguística na Escola Portuguesa desenvolvido entre 2003 e 2007 e que teve como objetivo central conhecer o contexto escolar de diversidade linguística. Para tal, iniciámos o projeto por um levantamento das línguas faladas pelos alunos nas escolas de ensino básico situadas na área da grande Lisboa, nos seis primeiros anos de escolaridade. Responderam ao inquérito 410 escolas, frequentadas por 74595 alunos, provenientes de 75 países diferentes A par deste projecto, desenvolvemos também um outro - que está ainda em curso e que terminará em 2012 - intitulado Bilinguismo, aprendizagem do português L2 e sucesso educativo. É um projeto mais centrado no estudo e na proposta de metodologias que tivessem como resultado a aquisição de um domínio satisfatório do português.
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Serão referidas as complexas relações linguísticas que se estabelecem, por um lado entre uma língua exógena — o francês — e as línguas árabe e berbere por outro, nos países do Magrebe. Apesar de reconhecermos a existência de uma identidade será feita uma distinção histórico-geográfica entre a Argélia, Marrocos e Tunísia relativamente aos aspectos linguísticos. Será brevemente explicado o nascimento e a pujança de uma literatura francófona como resultado da política de colonização levada a cabo e que explica certas diferenças nos três países.
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O português é uma língua românica enquanto que o suaíli é uma língua africana Bantu. O estudo contrastivo revela que, nestas línguas, as entidades da construção relativa são: o antecedente, o pronome relativo e a subordinada relativa. Em português, os pronomes relativos colocam-se entre o antecedente e a subordinada relativa, mas usam-se às vezes sem antecedente. Em suaíli, alguns pronomes relativos aparecem entre o antecedente e a subordinada relativa ou utilizam-se sem antecedente, outros incorporam-se no verbo da subordinada relativa como infixos ou pospõem-se a esse verbo como sufixos. No entanto o suaíli apresenta um pronome relativo zero. Os pronomes relativos de ambas as línguas exercem as funções de sujeito, de complemento de objecto e de adjunto adverbial. O antecedente do português e do suaíli coloca-se à esquerda do pronome relativo, e por vezes está ausente na construção relativa. Em português e em suaíli, o verbo da subordinada relativa concorda com o antecedente quando o pronome relativo tem a função de sujeito. Também o pronome relativo do português e do suaíli concordam com o antecedente. Por fim, uma frase relativa do suaíli pode conter duas marcas de concordância. Nesta língua bantu, a concordância relativa faz-se em classe.
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Este texto é um recorte de minha pesquisa de doutorado que teve como questão central: qual o significado da arquitetura escolar na constituição do currículo da educação infantil para os arquitetos, para os professores e para as crianças? Nosso objetivo foi desvelar a relação entre arquitetura e currículo, tomando como hipótese que tanto a arquitetura quanto o currículo não são neutros e podem estimular ou inibir a prática pedagógica das professoras na escola infantil. Para a elucidação dessa questão, desenvolvemos uma pesquisa etnográfica, especificamente em uma escola da cidade de Uberlândia (MG - Brasil). Realizamos, ainda, entrevistas com a equipe multidisciplinar (arquitetos, diretores, professores) da escola e uma pesquisa de campo com registros de observações da aula (Diários de Bordo) das professoras envolvidas na pesquisa. Na análise dos dados as categorias que nos auxiliaram na compreensão da nossa temática foram: espaço facilitador, espaço inibidor, espaço como promoção social, espaço promotor de autonomia, espaço como contato social e de privacidade. Pode-se concluir que a escola tem sua arquitetura construída para a Educação Infantil, o que possibilita diferentes atividades curriculares e concepções de infância no seu cotidiano e que a parceria entre a comunidade escolar e o arquiteto envolvido na construção é importante, como oportunidade de aprendizagem mútua sobre a otimização das relações entre arquitetura e currículo.
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Os missionários portugueses foram os primeiros ocidentais a montarem uma rede de escolas na Índia, onde se ensinou o Grego clássico, o Latim e o Português. Tendo em vista a evangelização, tornou-se importante a tradução de textos das línguas clássicas ocidentais para as vernáculas da região do Malabar. Neste sentido aprenderam as línguas vulgares como as clássicas nas quais os textos sagrados da Índia estavam escritos. O objectivo era conhecerem as fontes teológicas do hinduísmo para melhor refutarem e evangelizarem. Com este procedimento iniciaram as primeiras traduções de textos clássicos do hinduísmo para uma língua ocidental, o Português. Os missionários portugueses de setecentos foram os primeiros ocidentais a iniciarem traduções sistemáticas das línguas orientais vernaculares e clássicas, muito antes dos ingleses, dos alemães e dos franceses as terem feito.
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Este trabalho visa analisar a possibilidade de tradução entre a língua portuguesa europeia e a brasileira. Tendo em vista que a tradução acontece quando as línguas nela envolvidas são consideradas diferentes, apresentamos uma breve análise das diferenças sintáticas da língua portuguesa europeia e brasileira no intuito de mostrarmos a relevância do trabalho tradutório envolvendo as duas. Considerando a intrínseca relação entre língua e cultura, mostramos brevemente a evolução da língua portuguesa a fim de apontar para as diferenças culturais e suas implicações no idioma. Como corpus, utilizamos o livro português Os cus de Judas (2003) com o qual exemplificamos as diferenças analisadas e para o qual, por fim, apresentamos uma proposta de tradução.