13 resultados para Política energética Brasil
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
Diante de uma discusso no consensual a respeito da existncia ou no de um trade-off entre inflao e desemprego (curva de Phillips), esta dissertao analisa a evoluo desta relao na economia brasileira no perodo 1980-2010 atravs de duas anlises diferentes: A primeira uma anlise considerada esttica, realizada com a utilizao de uma regresso linear simples. A segunda consiste em uma anlise dinmica, onde utilizada uma regresso com coeficientes time-varying, com a estimao dos coeficientes sendo realizada com a aplicao do filtro de Kalman. Os resultados economtricos mostraram que a relao entre inflao e desemprego de fato se alterou ao longo do perodo analisado: A curva de Phillips se torna horizontal aps o Plano Real e fica levemente positiva aps o Regime de Metas de Inflao. Sendo assim, este trabalho basicamente se divide em duas partes: A primeira consiste de uma contextualizao terica da relao entre inflao e desemprego e do regime de metas de inflao. A segunda parte traz a anlise economtrica, onde descrita a evoluo do trade-off. Diante dos resultados encontrados, so apresentadas suas possveis causas e realizada uma anlise qualitativa da atual política monetria praticada pelo Banco Central do Brasil.
Resumo:
Em um contexto de ampliao dos lugares pblicos participativos no Brasil h de se considerar expectativas de despertar valores sociopolticos nos estudantes universitrios em seu processo de qualificao cidad e profissional, diante das crticas formao dos administradores. Portanto, este trabalho visa compreender a dinmica da conscincia política dos estudantes da graduao em administrao de uma universidade pblica federal no sudeste do Brasil em sua relao com a participao cidad nos lugares pblicos participativos no estado e municpios. Adota-se o modelo analtico de conscincia política para a compreenso da participao em aes coletivas de Sandoval (2001) como marco terico, associado literatura sobre participao cidad. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujos dados foram coletados atravs de documentos, aplicao de 30 questionrios e 17 entrevistas semiestruturadas, com 30 estudantes universitrios da graduao em administrao matriculados em 2014/1. Os dados foram submetidos anlise de contedo (BARDIN, 2004). Os resultados revelam 12 estudantes que no participam nos lugares pblicos participativos e 18 estudantes que participam em pelo menos um destes lugares. O interesse em exercer a cidadania, melhorar as políticas pblicas, gostar de implicar-se com os assuntos pblicos e defender seus interesses em circunstncias de conflito so as justificativas citadas pelos que participam. Evidenciam-se nos estudantes com participao mais ativa, crenas, valores e expectativas societais, articuladas eficcia política, identidade coletiva, interesses antagnicos, sentimentos de justia e injustia, favorecendo a vontade de agir coletivamente, devido percepo de conexo de seus interesses com as metas e aes coletivas dos movimentos que se envolvem. Os estudantes que no participam desconfiam dos lugares pblicos participativos e demonstram desinteresse pelos assuntos pblicos, embora apontem um desconforto em no participar. Suas crenas, valores e expectativas societais, associadas aos sentimentos de ineficcia política dificultam o desenvolvimento da conscincia política. Conclui-se que estes estudantes possuem uma conscincia política de senso comum, demonstrando valores sociais e polticos inerentes aos modismos presentes na vida cotidiana das pessoas. J os estudantes com participao mais ativa apresentam uma conscincia política de conflito, motivando-os participao nos lugares avaliados como eficazes s suas proposies. Entretanto, o Centro Acadmico Livre de Administrao Honestino Guimares (CALAD), principal lugar de representao e participao dos interesses dos estudantes no curso, encontra-se sem direo e participao nas instncias institucionalizadas na universidade.
Resumo:
O presente trabalho rene os elementos que compem a atual concepo de assistncia social no Brasil, a partir da promulgao da constituio de 1988, quando a assistncia social foi reconhecida pela primeira vez como direito de cidadania e dever legal do Estado, garantido pela Lei Suprema. Nesta lei, a assistncia social pressupunha uma lgica de pleno emprego, destinada, portanto, prioritariamente aos incapazes para o trabalho. No entanto, em um contexto de desemprego estrutural esta passa a ser compreendida em termos de garantias de seguranas, buscando assumir a proteo social daqueles capazes para o trabalho, tendo em vista a deteriorao do mercado de trabalho, restrio de oportunidades e de renda e o crescimento progressivo do desemprego e da informalidade. A ideia central a de que se trata de uma descrio crtica da concepo de assistncia social no Brasil, problematizando cada um de seus argumentos mais explcitos com o intuito de revelar uma intencionalidade vinculada uma perspectiva de Estado. Utilizamos o termo concepo no sentido de conceber, pensar, sentir, entender ou interpretar algo. A assistncia social, na atualidade, responde a um nico processo que rene aspectos histricos, econmicos, polticos, sociais e ideolgicos e neste sentido, representa uma concepo de mundo e um projeto de sociedade, defendido pela classe dominante, pautado pela explorao do trabalho. A atual concepo de assistncia social segue, portanto, uma nova forma de política social a partir da perspectiva de desenvolvimento humano e combate pobreza em que a grande nfase tem sido a de retirar as discusses e a interveno na pobreza do mbito da questo social, alocando-a nos indivduos e em suas incapacidades. A assistncia social ao assumir a responsabilidade ou coresponsabilidade no desenvolvimento de capacidades dos indivduos sinaliza a tendncia de uma nova concepo de bem-estar social.
Resumo:
O objeto de estudo dessa pesquisa a política de segurana pblica brasileira visando compreender o seu percurso ideolgico e poltico no contexto de retomada e da consolidao da democracia no Brasil, aps 21 anos de ditadura militar. Considerando o contexto no qual se verifica a existncia de disputa política em torno da concepo de segurana pblica, o objetivo geral deste trabalho compreender a matriz estruturante da política de segurana pblica no Brasil contemporneo. Seu intuito visa responder pergunta inicial e condutora do interesse que estrutura este trabalho, aqui apresentada nos seguintes termos: a política de segurana pblica no Brasil aps o restabelecimento das eleies diretas para a Presidncia da Repblica est em vias de transio, tendendo a assumir carter democrtico ou a fora da tradio autoritria na cultura política brasileira tem-se garantido a sua continuidade neste campo da interveno estatal? Ancoramos a nossa reflexo nas categorias tericas de dominao, coero e consenso no pensamento clssico de Hobbes, Marx, Weber e Gramsci, extraindo deles os elementos que nos auxiliam no entendimento da política de segurana pblica brasileira. Para o estudo dessa política foi fundamental operarmos uma profunda reviso bibliogrfica, especialmente para entender como a manuteno da ordem foi se desenhando no contexto brasileiro e como historicamente tem prevalecido um modelo de segurana pblica marcado pelo autoritarismo. Entretanto, a partir da redemocratizao brasileira h a emergncia de outro paradigma para a política de segurana pblica, a segurana cidad, propondo, entre outras coisas, a reforma das instituies de segurana pblica e a formao em direitos humanos nas instituies policiais. Para a anlise do paradigma emergente de segurana, buscamos apoio no Programa Nacional dos Direitos Humanos e no Plano Nacional de Segurana Pblica, documentos federais que representam a construo de uma nova intencionalidade para a segurana pblica no Brasil. Finalmente, reconhecemos que, embora haja significativas reformas na segurana pblica, tal política, diante da prevalncia de um paradigma de segurana tradicional com fortes componentes autoritrios, se encontra entre a segurana cidad e a continuidade autoritria.
Resumo:
O debate atual sobre drogas tem sido organizado em torno de discursos cientficos que tendem a configurar a questo ora como problema de segurana pblica (relacionado ao trfico e represso), ora como problema de sade pblica (relacionado represso da demanda por um lado e reduo de danos por outro). O presente texto traz uma reflexo que busca configurar como a política de enfrentamento s drogas no Brasil enseja em suas proposies uma luta entre as lgicas de segurana pblica e de sade pblica expressas no embate entre as duas políticas institudas pelo governo brasileiro no enfrentamento questo a política nacional antidrogas regulamentada em 2003 pela Secretaria Nacional Antidrogas (estrutura criada no governo Fernando Henrique Cardoso FHC - por meio da medida provisria n 1669, de 1998, e modificada no governo Lula para "Política Pblica Sobre Drogas") e a Política de Ateno Integral ao Usurio de lcool e Drogas do Ministrio da Sade (tambm formulada no governo FHC)
Resumo:
Maria Lcia Teixeira Garcia (org.)
Resumo:
Este estudo buscou conhecer as representaes sociais de alunos do ensino mdio acerca da política afirmativa de cotas da UFES. Ao escolher realizar esta investigao cientfica, optei trabalhar com a Teoria das Representaes Sociais (TRS), justamente por se tratar de uma pesquisa de natureza qualitativa, permitindo compreender melhor esse conjunto de saberes sociais cotidianos, explicaes e afirmaes que se originam na vida diria desses alunos. Para coleta e anlise dos dados elegi trabalhar com grupos focais e anlise de contedo, por acreditar que se tratam de tcnicas mais apropriadas pelo tempo hbil destinado a tal propsito e o carter exploratrio dessa investigao. Foram eleitos como campo de pesquisa trs escolas que ofertam o ensino mdio no municpio de Cachoeiro de Itapemirim. Sendo, respectivamente, uma da rede particular, uma estadual e uma federal. Apresentei tambm de forma introdutria os principais conceitos sistematizados por Serge Moscovici que serviram de coordenadas para a formulao da TRS. Em um segundo momento, fao um debate dialogado sobre as relaes raciais no Brasil atravs de autores que tentaram interpretar a realidade de um pas de passado escravista e patriarcal. Como resultado dos dilogos com alunos do ensino mdio, percebi que as representaes sociais desses estudantes esto ancorados a um conjunto de palavras ligadas a ideia de igualdade, mrito, preconceito pelas avessas, medida tapa buraco. Entretanto, alunos favorveis s políticas de cotas utilizaram muito a palavra igualdade no sentido material da existncia (econmico e social). Percebeu-se tambm diferenas significativas no somente de instituio para instituio, como uma diversidade muito grande de concepes dentro de uma mesma instituio de ensino. Exemplo disso foi encontrado no IFES de Cachoeiro de Itapemirim, onde a viso sobre as cotas do primeiro grupo pertencente turma de informtica se aproximou mais das representaes sociais dos alunos da escola particular, enquanto que as concepes do segundo grupo do curso de eletromecnica se conectavam mais com as falas dos alunos de escola pblica.
Resumo:
Este trabalho analisa o Programa de Residncia Multiprofissional em Sade, com objetivo de identificar como o Programa de Residncia Multiprofissional em Sade, desenvolvido pelo Ministrio da Educao e pelo Ministrio da Sade a partir de 2005, tem se constitudo como uma proposta de política de formao profissional para o SUS. Foi realizada pesquisa documental com anlise de contedo que possibilitou configurar a Política Nacional de Gesto da Educao na Sade, na rea de formao do ensino superior, especificamente na ps-graduao, onde se situa a modalidade Residncias Multiprofissionais. As legislaes do Sistema nico de Sade para a formao dessa política determinam diretrizes para a formao na rea da sade baseadas na integrao ensino/Servio. So eixos que se destacam no interior do processo de constituio da política de formao profissional e so as bases dos Programas de Residncia Multiprofissional em Sade. Constatou-se que houve, na primeira metade dos anos 2000, o surgimento de inmeros atores (fruns de residentes, coordenadores e preceptores) que estiveram presentes na luta para estruturao da Comisso Nacional de Residncia Multiprofissional em Sade, tambm presentes na disputa acirrada da composio e da luta pelo reconhecimento das Residncias Multiprofissionais, a partir do ano 2005. H um campo que coloca interesses em confronto e por onde caminha a definio da base legal para institucionalizao do Programa. Polariza-se e ganha fora posicionamentos corporativistas indo contra aos pressupostos do perfil profissional para a sade. Ao mesmo tempo observa-se o esvaziamento das Residncias na ateno bsica e o movimento do Ministrio da Sade e do Ministrio da Educao para implantar as Residncias Multiprofissionais nos Hospitais Universitrios Federais, direcionando especialmente aos servios de alta complexidade. Os riscos podem ser observados na conformao da formao em sade no plano da tarefa do fazer. Frente ao contexto de precarizao do trabalho, fragiliza-se a presena dos residentes para cobrir o dficit de trabalhadores nas instituies de sade, tornando necessrias uma intensa defesa e afirmao dos residentes enquanto profissionais em formao e no profissionais de servio. Diante desse quadro fica a dvida quanto ao papel das Residncias Multiprofissionais nas transformaes do modo de se produzir sade e formao profissional. Por outro lado a observao dos vrios aspectos vinculados residncia tem demonstrado tambm que elas, contraditoriamente, tem sido, ou podem ser, tambm um reduto importante de resistncia sucumbncia dos novos contornos que vm sendo desenhado no prprio SUS. E que apesar desse contexto, elas tm sido importantes como qualificao dos servios e dos profissionais. H um consenso em torno da importncia das presenas dos residentes e dos tutores nos servios, atravs dos seus questionamentos para rompimento com prticas de cunho conservador, pois a presena dos residentes nas equipes multiprofissionais pode assumir esse enfrentamento.
Resumo:
Tem sido publicado e discutido cada vez mais o papel dos Bancos Centrais no sentido de minimizarem os custos da inflao para o conjunto da sociedade. O objetivo deste trabalho investigar se o Banco Central do Brasil implementou no perodo Janeiro de 2005 a Julho de 2012 uma regra de política monetria consistente com a estabilidade de preos, a partir de uma literatura iniciada com o trabalho seminal de Taylor (1993). No primeiro Captulo, ser exposto o conceito de Regras de Política Monetria, iniciando pela Regra de Taylor original e chegando s suas verses atuais. No segundo, que ser dividido em dois tpicos, ser exibida a literatura emprica sobre o assunto: no primeiro tpico, sero apresentadas as evidncias empricas existentes para as experincias internacionais e, no segundo tpico, para a experincia brasileira. No terceiro Captulo, por sua vez, ser feita uma aplicao economtrica sobre a experincia brasileira recente, por meio de estimaes de regresses de Mnimos Quadrados Ordinrios (MQO) para a anlise de curto prazo e de Cointegrao na anlise de longo prazo, atravs da abordagem de Johansen (1991). Alm disto, os resultados encontrados sero interpretados luz da teoria e comparados com as evidncias existentes e apresentadas no Captulo anterior. Grosso modo, os resultados empricos apontam para o fato de que embora no curto prazo a Regra de Taylor expandida possa ser usada para interpretar as relaes entre taxa Selic e inflao observada, no longo prazo h relaes estruturais que s podem ser explicadas por elementos tericos adicionais, tais como os presentes na Curva de Phillips, Curva IS e na abordagem da Paridade Descoberta da Taxa de Juros. Ademais, o trabalho encontra um grau de inrcia da taxa Selic, no curto prazo, superior ao observado em trabalhos anteriores, sugerindo uma elevao do conservadorismo do BCB nos ltimos anos.
Resumo:
Este estudo tem como objetivo discutir a memria histrica do primeiro foco guerrilheiro no Brasil, organizado pelo Movimento Nacional Revolucionrio (MNR), em 1966-1967, com o apoio de Leonel Brizola e de Cuba, na regio do Capara, divisa dos Estados de Minas Gerais e Esprito Santo. Assim, o estudo se prope a analisar o pouco conhecido episdio da formao, do idealismo e do desfecho que envolveu a Guerrilha do Capara, apresentando as memrias dos guerrilheiros (sendo em sua grande maioria ex-militares), dos agentes da represso, dos setores conservadores da sociedade e dos habitantes das comunidades do entorno do atual Parque Nacional do Capara, demonstrando, assim, as diferentes percepes e representaes sobre a referida Guerrilha. Para tanto, ser exposto todo o contexto histrico da poca em questo. Como metodologia, utilizaremos o conceito de memria, que, em suas ramificaes, abranger a histria oral, alm de anlises bibliogrficas, pesquisas em jornais do perodo (A Gazeta, O Globo, Jornal do Brasil, A ltima Hora, Tribuna da Imprensa, Correio da Manh, O Estado de So Paulo, Estado de Minas, O Dirio da Tarde), em revistas (O Cruzeiro, Opinio e Revista Capixaba) e em documentos da Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) dos Arquivos Pblicos dos estados do Esprito Santo e Minas Gerais, e documentos do Servio Nacional de Informao (SNI), do Arquivo Nacional.
Resumo:
Esta dissertao teve como objeto o Ensino Mdio Integrado no Esprito Santo, sua trajetria e implantao a partir do Decreto 5.154/2004. O objetivo principal foi analisar a política do ensino mdio integrado educao profissional tcnica de nvel mdio implementada no Esprito Santo. Investigar a educao pblica pressupe contextualizar a sociedade e as construes sociais que se projetam. O ensino mdio no Brasil, enquanto etapa intermediria entre o ensino fundamental e a educao superior constitui-se de grande complexidade na estruturao de políticas pblicas, no que tange sua expanso qualitativa e quantitativa. Foram estabelecidos os seguintes objetivos especficos: identificar os pressupostos tericos e pedaggicos contidos na Proposta Pedaggica da unidade escolar EEEFM Arnulpho Mattos; analisar a matriz curricular e a proposta pedaggica; relacionar o projeto pedaggico do curso com a prtica educacional relatada nos encontros com os alunos; analisar a organizao escolar e sua gesto política e pedaggica em face da proposta do EMI; relacionar a proposta do EMI, o princpio da politecnia e os relatos dos alunos; mapear a oferta do EMI no estado e o seu investimento financeiro. Nesse cenrio, identificamos a relao entre trabalho e educao que contextualiza a relao da escola com a sociedade no sistema capitalista, em especial no ensino mdio. Assim, nossa hiptese foi que esta política tem dificuldades de alcanar seus objetivos porque sua estrutura material segue a lgica da escola capitalista, assentada na perspectiva da Teoria do Capital Humano. A formao profissional no ensino mdio uma demanda social e histrica da classe trabalhadora, que necessita ingressar mais rpido no mercado de trabalho do que os filhos das elites brasileiras. A metodologia empregada foi uma pesquisa do tipo qualitativa, sendo um estudo de caso da EEEF Arnulpho Mattos. Os procedimentos metodolgicos adotados para a investigao foram: observao, entrevistas semi-estruturadas, a anlise documental, a reviso bibliogrfica e os princpios metodolgicos inscritos na sociologia da experincia (DUBET, 1994). Na articulao desses procedimentos, verificamos que a política do ensino mdio integrado no ES teve, em seu incio, um planejamento de implantao bem estruturado mas interrompido e, posteriormente, caracterizou-se pela descontinuidade das aes. Ademais, constatamos que os alunos ingressam e permanecem no curso sem compreenderem de fato o que significa a formao integrada entre a rea geral e a tcnica/profissional. Nos grupos de discusso percebemos que bastaram alguns encontros para que se pudesse estabelecer uma viso e relao diferenciadas com a experincia social do ensino mdio integrado, principalmente por serem alunos trabalhadores. Acrescentamos s nossas concluses que h iniciativas da escola acerca da integrao entre as disciplinas de formao geral e tcnicas, mas sem apoio ou orientao da unidade gestora, ou seja, a Sedu. A ampliao da oferta do EMI ocorreu no estado sem investimento na formao e valorizao dos professores, sem concurso pblico e sem uma infra-estrutura necessria para a formao de jovens e adultos com capacidade de entender e de interferir no mundo do trabalho.
Resumo:
Este estudo prope-se a analisar o discurso poltico de voz feminina, pela pers-pectiva da Anlise do Discurso (AD) de linha francesa, a partir da escolha de quatro discursos proferidos pela presidente brasileira Dilma Rousseff, utilizan-do-se das contribuies trazidas por Dominique Maingueneau e Patrick Charaudeau. O eixo dessa pesquisa est no exame do ethos discursivo segundo as noes apresentadas pelos dois estudiosos, para a identificao das caractersticas de discurso poltico proferido por enunciador de voz feminina. Dos estudos de Maingueneau, alm da categoria de ethos discursivo, so utilizadas as categorias de interdiscurso e de cenas de enunciao, especialmente as cenografias constitudas nos discursos polticos escolhidos. Das pesquisas semiolingusticas de Charaudeau, privilegiamos as noes de ethos, de carisma e de pathos aplicadas ao discurso poltico, buscando caracterizar a maneira de ser e de dizer do sujeito enunciador, revelada pela patemizao discursiva. Embora os dois pesquisadores tenham propostas terico-metodolgicas basilares diferentes, busca-se encontrar os pontos de complementao de abordagens para a caracterizao do ethos discursivo de voz feminina. Os procedimentos de anlises so precedidos por breve histrico do percurso, da participao e da presena da mulher na política nacional e internacional, principalmente nos sculos XX e XXI, a fim de compor o cenrio histrico-social atual, uma vez que h o fato indito e relevante de uma mulher tornar-se a primeira presidente do Brasil. As principais discusses realizadas neste estudo giram em torno aos macrotemas e microtemas dos discursos selecionados, suas cenografias ali constitudas, destacando as marcas, que influem na caracterizao de ethos, incluindo aquelas propostas por Charaudeau, tais como, de autoridade, de credibilidade, de seriedade e de co-ragem. Associado a esses aspectos que ajudam a caracterizar o ethos, so analisados tambm os elementos constituintes da memria discursiva, articulando-os com as formaes discursivas inerentes aos campos discursivos aos quais pertencem. Por fim, realiza-se uma sntese das anlises empreendidas e conclui-se com o detalhamento da repercusso observada na imagem da mulher na política, discorrendo-se sobre ethos de enunciador de voz feminina em discurso poltico.