102 resultados para Psalms - poor - oppression - social exegesis Theology hope
Resumo:
OBJETIVOS: Comparar as caractersticas demogrficas e as percepes da capacidade para o trabalho, fadiga e condies de trabalho entre trabalhadores de indstrias txteis que estejam em diferentes estgios de responsabilidade social empresarial (RSE). MTODOS: Em estudo transversal, 126 trabalhadores de trs empresas e cinco fbricas responderam a questionrio de caracterizao demogrfica, condies e estilos de vida, a autoavaliaes sobre fadiga, condies de trabalho e capacidade para o trabalho. As empresas foram classificadas em dois grupos de pontuao de indicadores de RSE (o grupo um de menor pontuao e o grupo dois de maior pontuao), com base nas respostas dadas em questionrio especfico. RESULTADOS: No foram encontradas diferenas (p > 0,05) nos resultados de capacidade para o trabalho, fadiga e na maior parte dos dados demogrficos obtidos entre os trabalhadores dos dois grupos. As melhores condies de trabalho, no grupo de maior pontuao (p = 0,008), deveram-se principalmente ao fornecimento de refeies nas fbricas. CONCLUSES: O desenvolvimento e a implementao de projetos de RSE no implicam, necessariamente, em melhores condies de trabalho ou em percepes dos trabalhadores de menor fadiga ou maior capacidade para o trabalho, em relao a empresas que no dispem desses projetos. Por tratar-se de estudo transversal com populao reduzida e como a capacidade para o trabalho pode diminuir com o envelhecimento do trabalhador novos estudos, preferencialmente longitudinais, devero ser realizados, com populaes maiores.
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Este trabalho apresenta, a partir de histrias de vida, caractersticas do processo de "encontro transformador" entre dois moradores de rua e uma professora, que foi "ponto de apoio" positivo em suas vidas. O "encontro transformador" interao entre os seres humanos que possibilita a transformao dos envolvidos, no sentido de despertar suas potencialidades, a retomada do sentido da vida, promovendo-lhes a resilincia, que a capacidade humana de fazer frente s adversidades da vida, super-las e sair delas fortalecidos e, inclusive, transformados. O estudo longitudinal realizado envolveu o resgate de histrias de vida, atravs de entrevistas abertas, fotografias, registros em Dirio de Campo e desenhos feitos pelos sujeitos de observao. Na interpretao dos dados contemplou-se o emprego de conceitos de determinadas teorias de: Psicologia, Geografia, Sociologia, Direito, Cincias da Educao, Complexidade e Sistmica, em dilogo entre diferentes disciplinas. A anlise do fenmeno - em que o morar na rua surgiu como situao existencial excludente - revelou nova configurao nas psiques dos moradores de rua, em movimento de transformao. No fenmeno observado - complexo - desvelou-se a dificuldade dos moradores de rua estudados de se manterem no processo resiliente sem o apoio efetivo da Sociedade Civil e do Estado, a partir de polticas pblicas voltadas para esse tipo de populao. Conclui-se pela importncia dos resultados deste trabalho como contribuio para a ampliao de processos de formao, no s de profissionais que atuam com moradores de rua como de integrantes da sociedade em geral, norteados por uma viso solidria de busca de cidadania para todos.
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Este trabalho problematiza, a partir de uma perspectiva scio-histrica, formas de enfrentamento violncia a que esto submetidos adolescentes e jovens de grupos populares urbanos no Brasil. Considera-se a violncia como um fenmeno complexo de grande relevncia para diversas instncias sociais. A vulnerabilidade daqueles adolescentes e jovens, expressa por inmeros ndices relacionados violncia, tem alcanado patamares alarmantes no nosso pas, num contexto de polticas pblicas que so, em grande parte, insuficientes, fragmentadas e/ou inadequadas. Assim, apresenta-se o relato e a anlise de uma interveno social calcada na educao e na defesa dos direitos decorrentes da cidadania, para adolescentes e jovens vulnerveis socialmente, tomando-se como referncia uma regio composta por bairros pobres e carentes de infra-estrutura social numa cidade mdia do interior do estado de So Paulo. Trabalhou-se em diferentes projetos com aes pautadas na abordagem interdisciplinar, por meio de trs eixos bases: Violncia Escolar; Violncia Urbana; e Violao de Direitos e Comunidade. Os resultados alcanados refletem elaboraes coletivas acerca das aes destinadas aos jovens de grupos populares urbanos e suas alternativas, buscando produzir estratgias de enfrentamento dessas questes em espaos pblicos, desde a instituio escolar historicamente constituda para essa populao, assim como as instituies mais recentes que respondem lgica contraditria e complexa da assistncia ao direito. Cria-se, portanto, subsdios para polticas pblicas cujo impacto se d na direo de promover a diminuio da desigualdade, da discriminao e da violncia a que est sujeita a maioria dos adolescentes e jovens no Brasil.
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Neste trabalho propomos questionar como so construdos e validados os discursos acerca de sexualidade, gnero e identidade sexual, a partir da histria de vida de trs irmos homossexuais nascidos no interior do nordeste brasileiro. Ainda jovens, migraram para a cidade de Diadema - So Paulo, onde se tornaram, no decorrer de alguns anos, travestis e profissionais do sexo. A percepo da homossexualidade foi relatada como parte da infncia, e sentida como uma fora natural. J, as transformaes realizadas sobre o corpo decorrentes da travestilidade, a deciso pela prostituio, a orientao sexual (por homem ou por mulher), e a construo de uma identidade sexual (gay ou travesti), apareceram como instncias dissociadas entre si e relacionadas busca da valorizao pessoal e social diante do estigma atribudo ao gay afeminado, pobre e migrante. A religiosidade afro-brasileira e a gramtica yorub assumiram relevncia para a constituio desta possibilidade identitria.
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O propsito deste artigo apresentar uma discusso sobre a integralidade como um paradigma, uma ideia-referncia, do campo de conhecimento da Sade Pblica. Para isso apresentamos a explorao emprica dos elementos discursivos coletados numa rede de proteo social voltada ao adolescente dos quais deriva parte importante da prtica de agentes de sade. As experincias colhidas em campo a partir da ao dos articuladores da Poltica Municipal de Ateno Criana e ao Adolescente, no Municpio de Suzano-SP, foram analisadas sob o ponto de vista de Gilles Lipovetsky. Essa anlise situou a integralidade como ideia-referncia proposta pelo campo de conhecimento da sade pblica, que questiona e provoca mudanas nas prticas mdicas e de sade inseridas na sociedade contempornea, sobretudo no que se refere ateno psicossocial.
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Riscos e controvrsias na construo social do conceito de alimento saudvel so discutidos, tendo a soja como objeto de estudo. Estudos dos impactos da soja sobre a sade e da sojicultura sobre o meio socioambiental foram revisados para analisar as controvrsias cientficas da pesquisa na rea de soja e sade humana, bem como seu contexto poltico e as repercusses socioambientais da sojicultura. Com base na Sociologia do Conhecimento Cientfico e na Sociologia Ambiental, argumenta-se que a fronteira entre o alimento saudvel e o de risco tnue e vulnervel a diferentes influncias construdas reflexivamente. Destaca-se a importncia de ampliar o conceito de alimento saudvel para o de alimentao saudvel, considerando sua dimenso cultural e socioambiental.
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Objetivos: Avaliar a limitao de atividades e a participao social em indivduos portadores de diabetes melito tipo 2. Mtodos: Foram avaliados 79 pacientes, utilizando-se a escala SALSA (Screening of Activity Limitation and Safety Awareness - Triagem de Limitao de Atividade e Conscincia de Risco), e a escala de Participao, que abrange oito das nove principais reas da vida definidas na Classificao Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Sade (CIF) da OMS. Resultados: A idade mdia dos participantes foi 61,6 9,8 anos, sendo 55,7 por cento do sexo feminino, 68,4 por cento com companheiro(a), 32,9 por cento com renda at 3 salrios mnimos e em 13,9 por cento o diabete influenciou na ocupao. O tempo mdio de doena foi 10,3 8,9 anos. Tratamento de 39,3 por cento dos participantes foi com insulina, 70,9 por cento com medicao oral, 51,9 por cento com dieta e 45,6 por cento com exerccios fsicos. 48,1 por cento apresentavam alguma complicao da doena. A mdia de pontos SALSA foi 26,5 11,6 e houve maior pontuao quando o tempo de doena foi superior a 10 anos. Com a evoluo do diabetes, pode haver necessidade de insulinoterapia, aparecem as complicaes, que podem interferir na ocupao. Estes fatores parecem contribuir para a limitao de atividade. A mdia de pontos na Escala de Participao foi 9,810,9, com maior pontuao quando os entrevistados consideraram sua sade fsica alterada no ltimo ano e faziam uso de insulina. Concluses: A limitao de atividades no diabetes melito tipo 2 se associou ao tempo de doena, com possvel contribuio de fatores que ocorrem com sua evoluo. Auto-avaliao de sade fsica alterada e insulinoterapia se associaram a restrio social
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O trabalho tem como objetivo descrever e avaliar as Cozinhas Comunitrias (CC) apoiadas pelo Ministrio do Desenvolvimento Social (MDS) em funcionamento no Brasil em 2006. Trata-se de estudo transversal que investigou as CC, com projetos contemplados nos editais do MDS realizados entre os anos de 2003 a 2005. Inicialmente foram identificadas as CC em funcionamento e estas CC foram visitadas para a coleta de dados relativos ao atendimento prestado, avaliao da estrutura fsica e das refeies oferecidas. A estrutura fsica foi avaliada por meio de um check-list, baseado nas exigncias da legislao sanitria, e a oferta de refeies foi caracterizada pelos alimentos e preparaes oferecidas pelas CC para determinar o valor nutricional das refeies. A maioria das cozinhas financiadas (60%) estava em fase de implementao no momento da entrevista, entre as cozinhas em funcionamento, a maioria estava localizada nos Estados de Santa Catarina e Paran. Observou-se tambm que cerca de 20% das cozinhas no ofereciam refeies regularmente. Ao realizar a avaliao nutricional das refeies, foi observada uma grande heterogeneidade na oferta de alimentos. Ao avaliar as condies higinico-sanitrias, quase a totalidade das CC foram classificadas como deficientes ou regulares, indicando inadequao na produo de refeies. O Programa das Cozinhas Comunitrias pode exercer importante papel nas polticas de segurana alimentar e nutricional do pas, no entanto, devem ser realizados esforos no sentido de garantir a implantao em comunidades situadas nos Estados menos desenvolvidos, com fixao de nmeros mnimos para atendimento, de parmetros nutricionais e garantia de fornecimento seguro de alimentos
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Objective To assess trends in the prevalence and social distribution of child stunting in Brazil to evaluate the effect of income and basic service redistribution policies implemented in that country in the recent past. Methods The prevalence of stunting (height-for-age z score below \22122 using the Child Growth Standards of the World Health Organization) among children aged less than 5 years was estimated from data collected during national household surveys carried out in Brazil in 1974\201375 (n = 34 409), 1989 (n = 7374), 1996 (n = 4149) and 2006\201307 (n = 4414). Absolute and relative socioeconomic inequality in stunting was measured by means of the slope index and the concentration index of inequality, respectively. Findings Over a 33-year period, we documented a steady decline in the national prevalence of stunting from 37.1 per cent to 7.1 per cent. Prevalence dropped from 59.0 per cent to 11.2 per cent in the poorest quintile and from 12.1 per cent to 3.3 per cent among the wealthiest quintile. The decline was particularly steep in the last 10 years of the period (1996 to 2007), when the gaps between poor and wealthy families with children under 5 were also reduced in terms of purchasing power; access to education, health care and water and sanitation services; and reproductive health indicators.Conclusion In Brazil, socioeconomic development coupled with equity-oriented public policies have been accompanied by marked improvements in living conditions and a substantial decline in child undernutrition, as well as a reduction of the gap in nutritional status between children in the highest and lowest socioeconomic quintiles. Future studies will show whether these gains will be maintained under the current global economic crisis
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OBJETIVO: Estabelecer a evoluo da prevalncia de desnutrio na populao brasileira de crianas menores de cinco anos de idade entre 1996 e 2007 e identificar os principais fatores responsveis por essa evoluo.MTODOS: Os dados analisados procedem de inquritos "Demographic Health Surveys" realizados no Brasil em 1996 e 2006/7 em amostras probabilsticas de cerca de 4 mil crianas menores de cinco anos. A identificao dos fatores responsveis pela variao temporal da prevalncia da desnutrio (altura-para-idade inferior a -2 escores z; padro OMS 2006) considerou mudanas na distribuio de quatro determinantes potenciais do estado nutricional. Modelagem estatstica da associao independente entre determinante e risco de desnutrio em cada inqurito e clculo de fraes atribuveis parciais foram utilizados para avaliar a importncia relativa de cada fator na evoluo da desnutrio infantil. RESULTADOS: A prevalncia da desnutrio foi reduzida em cerca de 50%: de 13,5% (IC 95%: 12,1%;14,8%) em 1996 para 6,8% (5,4%;8,3%) em 2006/7. Dois teros dessa reduo poderiam ser atribudos evoluo favorvel dos quatro fatores estudados: 25,7% ao aumento da escolaridade materna; 21,7% ao crescimento do poder aquisitivo das famlias; 11,6% expanso da assistncia sade e 4,3% melhoria nas condies de saneamento.CONCLUSES: A taxa anual de declnio de 6,3% na proporo de crianas com dficits de altura-para-idade indica que em cerca de mais dez anos a desnutrio infantil poderia deixar de ser um problema de sade pblica no Brasil. A conquista desse resultado depender da manuteno das polticas econmicas e sociais que tm favorecido o aumento do poder aquisitivo dos mais pobres e de investimentos pblicos que permitam completar a universalizao do acesso da populao brasileira aos servios essenciais de educao, sade e saneamento
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OBJETIVOS: Evaluar los factores de riesgo de enfermedades crnicas no transmisibles (ECNT) e identificar las desigualdades sociales relacionadas con su distribucin en la poblacin adulta brasilea.MTODOS: Se estudiaron los factores de riesgo de ECNT (entre ellos el consumo de tabaco, el sobrepeso y la obesidad, el bajo consumo de frutas y vegetales [BCFV], la insuficiente actividad fsica en el tiempo de ocio [IAFTO], el estilo de vida sedentario y el consumo excesivo de alcohol) en una muestra probabilstica de 54369 adultos de 26 capitales estatales de Brasil y el Distrito Federal en 2006. Se utiliz el Sistema de Vigilancia de los Factores Protectores y de Riesgo para Enfermedades Crnicas No Transmisibles por Entrevistas Telefnicas (VIGITEL), un sistema de encuestas telefnicas asistido por computadora, y se calcularon las prevalencias ajustadas por la edad para las tendencias en cuanto al nivel educacional mediante la regresin de Poisson con modelos lineales. RESULTADOS: Los hombres informaron mayor consumo de tabaco, sobrepeso, BCFV, estilo de vida sedentario y consumo excesivo de alcohol que las mujeres, pero menos IAFTO. En los hombres, la educacin se asoci con un mayor sobrepeso y un estilo de vida sedentario, pero con un menor consumo de tabaco, BCFV e IAFTO. En las mujeres, la educacin se asoci con un menor consumo de tabaco, sobrepeso, obesidad, BCFV e IAFTO, pero aument el estilo de vida sedentario CONCLUSIONES: En Brasil, la prevalencia de factores de riesgo para ECNT (excepto IAFTO) es mayor en los hombres que en las mujeres. En ambos sexos, el nivel de educacin influye en la prevalencia de los factores de riesgo para ECNT
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Este artigo versa sobre contribuies da teoria social a um estudo sobre o risco sade humana e ao ambiente, desenvolvido entre 2003 e 2005 em rea urbana contaminada, localizada no bairro Vila Carioca, no sudeste do municpio de So Paulo, Brasil. Resduos perigosos provenientes de processo produtivo do setor qumico, dispostos inadequadamente na localidade ao longo do tempo, resultaram em contaminao ambiental, cujos efeitos representam riscos sade da populao local. A investigao foi realizada com o objetivo de identificar interpretaes sociais sobre o conceito de situao de risco, condizentes com concepes incorporadoras da dimenso social do risco e voltadas melhoria das condies de sade ambiental. Utilizou-se metodologia qualitativa de pesquisa, alicerada na teoria social, e instrumentos variados de coleta de dados. Os resultados apontaram interpretaes sociais diferenciadas sobre o conceito de situao de risco, sugerindo diversidade de concepes entre a populao pesquisada a respeito dos problemas ambientais e de sade que os atingiam. Neste artigo, apresentam-se fundamentos do enfoque do risco, na teoria social e na obra de Ulrick Beck sobre sociedade de risco, a fim de conferir suporte terico interpretao dos dados coletados em campo. Tais contribuies da teoria social, em contraponto com abordagens multidisciplinares e ecossistmicas em sade e ambiente, so discutidas como forma de incorporar a diversidade de interpretaes sociais expressadas pela populao, no sentido de favorecer a inter-relao entre portadores de risco e decises polticas locais sobre a questo do risco, ampliar o escopo dos fenmenos observados e propiciar a busca de melhores condies de sade dos indivduos e da qualidade do seu ambiente
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Este trabalho apresenta, a partir de histrias de vida, caractersticas do processo de "encontro transformador" entre dois moradores de rua e uma professora, que foi "ponto de apoio" positivo em suas vidas. O "encontro transformador" interao entre os seres humanos que possibilita a transformao dos envolvidos, no sentido de despertar suas potencialidades, a retomada do sentido da vida, promovendo-lhes a resilincia, que a capacidade humana de fazer frente s adversidades da vida, super-las e sair delas fortalecidos e, inclusive, transformados. O estudo longitudinal realizado envolveu o resgate de histrias de vida, atravs de entrevistas abertas, fotografias, registros em Dirio de Campo e desenhos feitos pelos sujeitos de observao. Na interpretao dos dados contemplou-se o emprego de conceitos de determinadas teorias de: Psicologia, Geografia, Sociologia, Direito, Cincias da Educao, Complexidade e Sistmica, em dilogo entre diferentes disciplinas. A anlise do fenmeno - em que o morar na rua surgiu como situao existencial excludente - revelou nova configurao nas psiques dos moradores de rua, em movimento de transformao. No fenmeno observado - complexo - desvelou-se a dificuldade dos moradores de rua estudados de se manterem no processo resiliente sem o apoio efetivo da Sociedade Civil e do Estado, a partir de polticas pblicas voltadas para esse tipo de populao. Conclui-se pela importncia dos resultados deste trabalho como contribuio para a ampliao de processos de formao, no s de profissionais que atuam com moradores de rua como de integrantes da sociedade em geral, norteados por uma viso solidria de busca de cidadania para todos
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A Frana passou por conflitos urbanos em seus bairros populares. Incidentes com a polcia marcados pela morte de um morador, geralmente jovem ou adolescente, so seguidos por manifestaes violentas: quebra-quebras, incndios de carros e/ou estabelecimentos pblicos e privados, enfrentamentos com a polcia. Nos conflitos da "banlieue" francesa podem ser percebidos elementos comuns a eventos ingleses e/ou americanos de outras dcadas.OBJETIVO: consiste em identificar a percepo e as representaes de moradores sobre suas condies de vida e sade na Frana.MTODO: pesquisa qualitativa realizada em Les Aubiers, bairro popular de Bordeaux, nos anos de 2002 e 2005. A populao de moradores desse bairro e composta principalmente por imigrantes ou fanceses de origem estrangeira, provenientes de diferentes locais: frica do Norte, frica Sub-Sahariana, Turquia, Portugal , Ilha de Reunio. Os indicadores sociais e econmicos apresentam nveis significativamente mais baixos do que os de outros bairros de Bordeaux, acompanhando as tendncias encontradas nas outras "banlieues". Entre esses indicadores, a taxa de desemprego, principalmente entre jovens, alarmante (40 por cento).RESULTADOS E DISCUSSO: as polticas sociais deveriam ser mais voltadas para os indivduos do que para o territrio, pois este s poder ser transformado pelos primeiros e no o contrrio. Um bairro e uma populao estigmatizados, esto contemplados por uma ampla poltica social. Ainda que passvel de crtica, no se pode ignorar a existncia de esforos sistematicos de integrao, nem a existncia de polticas sociais. Se elas so inadequadas, trata-se de ampliar o espao de discuso para sua reforma. Trata-se de saber qual a disposio das sociedades contemporneas, como um todo, para lutar contra as inequidades e segregaes