42 resultados para População em Situação de Rua
Resumo:
Alta prevalncia de diabetes em população nipo-brasileira de Bauru/SP foi previamente relatada. Visando a complementar a avaliao do risco cardiometablico, este estudo analisou distrbios no perfil lipdico de 1.330 nipo-brasileiros (46% homens) > 30 anos. Definiu-se hipercolesterolemia por nveis de colesterol total > 240 mg/dL; hipertrigliceridemia por valores > 150 mg/dL e HDL-colesterol baixo por valores < 40 mg/dL e < 50 mg/dL para homens e mulheres, respectivamente. A prevalncia desses distrbios foi comparada pelo qui-quadrado, estratificando-se por sexos e categorias glicmicas. As mdias dos lipdeos e lipoprotenas foram comparadas entre sexos pelo teste t de Student. A prevalncia de hipertrigliceridemia foi de 66,0% (IC95%:63,5 - 68,5%), sendo mais comum em homens e aumentando com a piora da categoria glicmica; a trigliceridemia mdia foi 235,7 ± 196,3 mg/dL. A prevalncia de hipercolesterolemia foi 24,4% (IC95%:22,1 - 26,7%); HDL-C baixo foi observado em 43,0% (IC95%:39,4 - 46,6%] das mulheres e 17,5% (IC95%:14,5 - 20,5%) dos homens, porm a razo colesterol total/HDL-C foi menor em mulheres (4,23 ± 0,68 vs. 4,40 ± 0,73; p < 0,001). Em nipo-brasileiros, a hipertrigliceridemia a anormalidade lipdica mais comum, em concordncia com a elevada prevalncia de diabetes. Os homens apresentaram pior perfil lipdico que as mulheres. Sugere-se que hbitos de vida ocidental possam estar deteriorando a sade desses indivduos.
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O ndice de Qualidade da Dieta Revisado um indicador de qualidade da dieta desenvolvido consoante com as recomendaes nutricionais vigentes. Os dados dietticos foram provenientes do estudo de base-populacional, Inqurito de Sade e Alimentao (ISA)-Capital-2003. O ndice contm 12 componentes, sendo nove fundamentados nos grupos de alimentos do Guia Alimentar Brasileiro de 2006, cujas pores dirias so expressas em densidade energtica; dois nutrientes (sdio e gordura saturada); e Gord_AA (calorias provenientes de gordura slida, lcool e acar de adio). O ndice de Qualidade da Dieta Revisado propicia mensurar variados fatores de riscos dietticos para doenas crnicas, permitindo, simultaneamente, avaliar e monitorar a dieta em nvel individual ou populacional.
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OBJETIVO: Estimar o consumo de bebidas alcolicas, identificar as caractersticas sociodemogrficas associadas a este consumo em 2006 e avaliar a tendncia de consumo de 2006 a 2009. MTODOS: Foram avaliados, em 2006, 54.369 adultos residentes nas capitais de estados brasileiros e no Distrito Federal. Considerou-se consumo habitual a ingesto de qualquer quantidade de bebida alcolica nos ltimos 30 dias, e consumo abusivo a ingesto de mais de 5 doses para homens ou mais de 4 doses para mulheres em pelo menos uma ocasio nos ltimos 30 dias. RESULTADOS: O consumo habitual de bebidas alcolicas atingiu 38,1% da população estudada e o de consumo abusivo 16,2%, sendo a frequncia dos dois padres maior em homens do que em mulheres. As variveis associadas ao consumo de bebidas alcolicas foram: idade, unio conjugal e insero no mercado de trabalho em ambos os sexos, e cor de pele para mulheres nos dois padres de consumo; escolaridade associou-se apenas para consumo habitual. CONCLUSO: A tendncia de consumo abusivo de bebidas alcolicas crescente nos dois sexos. Os dados mostram a urgncia de polticas pblicas nacionais voltadas para a preveno do consumo excessivo de bebidas alcolicas, especialmente junto população mais jovem.
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OBJETIVO: Verificar a validade do Questionrio de Freqncia Alimentar para Adolescentes para avaliar o consumo de grupos de alimentos entre escolares de Piracicaba, So Paulo. MTODOS: Participaram do estudo 94 adolescentes, com idade entre 11 e 15 anos, matriculados em uma escola da rede pblica. O consumo alimentar foi avaliado pelo Questionrio de Freqncia Alimentar para Adolescentes (QFAA) e a mdia de dois Recordatrios de 24 horas (R24h) foi utilizada como mtodo de referncia. Os itens alimentares foram classificados em 18 grupos. Foram realizadas anlises descritivas, teste t-Student pareado e de Wilcoxon, coeficientes de correlao de Pearson e de Spearman. Foram tambm utilizadas anlise de quartis e estatstica Kappa ponderado. Os coeficientes de correlao foram corrigidos pela varincia intrapessoal dos R24h, estimada a partir de ANOVA com um fator de classificao. RESULTADOS: No foram verificadas diferenas significativas entre os instrumentos para o arroz, massas, carnes, refrigerantes e sucos artificiais. Os coeficientes de correlao corrigidos pela variabilidade intrapessoal variaram de -0,26 a 0,78. A concordncia de classificao dos indivduos no mesmo quartil de consumo para ambos os mtodos variou de 22% (massas) a 50% (feijo). Para quartis opostos, os grupos que tiveram mais de 10% dos indivduos classificados incorretamente foram massas (19%), carnes (13%) e gorduras (11%). Os valores de Kappa ponderado variaram de - 0,15 (massas) a 0,56 (feijo). O QFAA superestimou o consumo de quase a totalidade dos grupos alimentares e subestimou os grupos dos leos, feijo, carnes e refrigerantes. CONCLUSO: O instrumento apresentou boa validade para feijo, verduras e legumes, leite e derivados, biscoitos recheados e para o arroz.
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OBJETIVO: Descrever mtodos e resultados iniciais do Sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas no Transmissveis por Inqurito Telefnico - VIGITEL implantado no Brasil em 2006. MTODOS: O VIGITEL estudou amostras probabilsticas da população com 18 ou mais anos de idade residente em domiclios conectados rede de telefonia fixa de cada uma das capitais dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal (54.369 indivduos no total, sendo pelo menos 2.000 por cidade). A amostragem foi realizada a partir de cadastros eletrnicos completos das linhas residenciais fixas de cada cidade, envolvendo sorteio de linhas (domiclios) e sorteio de um morador por linha para ser entrevistado. O questionrio aplicado investigou caractersticas demogrficas e socioeconmicas, padro de alimentao e de atividade fsica, consumo de cigarros e de bebidas alcolicas, e peso e altura recordados, entre outros quesitos. Estimativas sobre a freqncia de fatores de risco selecionados, estratificadas por sexo e acompanhadas de Intervalo de Confiana de 95%, foram calculadas para a população adulta de cada cidade empregando-se fatores de ponderao que igualam a composio sociodemogrfica da amostra em cada cidade quela observada no Censo Demogrfico de 2000. Estimativas para o conjunto das cidades empregam fator de ponderao adicional que leva em conta a população de adultos de cada cidade. RESULTADOS: Os cinco fatores de risco selecionados (tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcolicas, excesso de peso, consumo de carnes com excesso de gordura e sedentarismo) tenderam a ser mais freqentes em homens do que em mulheres. Dentre os fatores de proteo, o consumo regular de frutas e hortalias foi mais freqente em mulheres do que em homens, observando-se situação inversa no caso da atividade fsica de lazer. Diferenas substanciais na freqncia dos fatores de risco e proteo foram observadas entre as cidades, com padres de distribuio regional diferenciados por fator. DISCUSSO: O desempenho do sistema, avaliado a partir da qualidade dos cadastros telefnicos e de taxas de resposta e de recusas, mostrou-se adequado e, de modo geral, superior ao encontrado em sistemas equivalentes existentes em pases desenvolvidos. O custo do sistema de R$ 31,15 por entrevista realizada, foi a metade do custo observado no sistema americano de vigilncia de fatores de risco para doenas crnicas por inqurito telefnico e um quinto do custo estimado em inqurito domiciliar tradicional realizado recentemente no Brasil.
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The study objective was to evaluate the feasibility of interviews by cell phone as a complement to interviews by landline to estimate risk and protection factors for chronic non-communicable diseases. Adult cell phone users were evaluated by random digit dialing. Questions asked were: age, sex, education, race, marital status, ownership of landline and cell phones, health condition, weight and height, medical diagnosis of hypertension and diabetes, physical activity, diet, binge drinking and smoking. The estimates were calculated using post-stratification weights. The cell phone interview system showed a reduced capacity to reach elderly and low educated populations. The estimates of the risk and protection factors for chronic non-communicable diseases in cell phone interviews were equal to the estimates obtained by landline phone. Eligibility, success and refusal rates using the cell phone system were lower than those of the landline system, but loss and cost were much higher, suggesting it is unsatisfactory as a complementary method in such a context.
Resumo:
O acesso regular gua potvel e segura tem causado preocupao, principalmente em pases em desenvolvimento e, mais enfaticamente em reas periurbanas, que abrigam a população socialmente excluda. O objetivo deste trabalho abordar questes de acesso gua em regies periurbanas e para tanto foi realizado levantamento bibliogrfico nas bases de dados Pubmed, Medline e SciELO assim como relatrios da OMS, OPAS, IBGE e Ministrio das Cidades. A falta ou a precariedade do acesso gua representa situação de risco que propicia aumento da incidncia de doenas infecciosas agudas e da prevalncia de doenas crnicas. O estabelecimento do grau de acesso gua de qualidade considera fatores como distncia e tempo percorrido at a fonte de gua, volume coletado, demanda atendida e nvel de prioridade de aes de interveno. Na qualidade da gua, consideram-se como fatores de impacto o manuseio - maneira como ocorre a coleta, o transporte, o armazenamento e o uso -, a presena de patgenos nas fontes e as prticas rotineiras da população. A determinao da presena de patgenos nas fontes evidencia o risco sade e a identificao do agente etiolgico indica a origem da contaminao. O caminho para reverter esse cenrio a implementao integrada de polticas pblicas de gesto, que envolvam aes conjuntas e ajustadas nos setores de desenvolvimento urbano, habitao, saneamento e sade e que visem promoo e proteo da sade da população local e ao enfrentamento da complexidade de fatores que evidenciam sua vulnerabilidade.
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Este artigo apresenta reflexes terico-metodolgicas sobre processo de investigao de ps-doutorado que objetivava basicamente construir - na ao - estratgia de "psico-scio-formao" de pessoas envolvidas com a questo do morador de rua; criar e aplicar um recurso metodolgico operacional denominado "conto de encontro transformador". Do ponto de vista terico, sob perspectivas inter e transdisciplinares de produo do conhecimento, essa "pesquisa-ao-formao" baseou-se no encontro dialgico entre os conhecimentos sobre "encontro transformador", "resilincia" e "gape" e construtos tericos da rea da Educao, com nfase no processo de autoformao. O projeto contou com vinte participantes: moradores de rua; trabalhadores de instituies de apoio a moradores de rua; tcnicos das Secretarias de Assistncia Social da Prefeitura de So Paulo e/ou da Secretaria da Sade; e provenientes da Universidade de So Paulo e de outras Universidades do Brasil, Frana e Canad.
Resumo:
Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiolgica da brucelose bovina no Estado de Sergipe. O Estado foi estratificado em dois circuitos produtores. Em cada circuito produtor foram amostradas aleatoriamente cerca de 300 propriedades e, dentro dessas foi escolhido de forma aleatria um nmero pr-estabelecido de animais, dos quais foi obtida uma amostra de sangue. No total foram amostrados 4.757 animais, provenientes de 590 propriedades. Em cada propriedade amostrada foi aplicado um questionrio epidemiolgico para verificar o tipo de explorao da propriedade e as prticas zootcnicas e sanitrias que poderiam estar associadas ao risco de infeco pela doena. O protocolo de testes utilizado foi o da triagem com o teste do antgeno acidificado tamponado e a confirmao dos positivos com o teste do 2-mercaptoetanol. O rebanho foi considerado positivo, se pelo menos um animal foi reagente s duas provas sorolgicas. A prevalncia de focos e a de animais foram: 12,6% [9,2-16,0%] e 3,4% [2,3-4,4%], respectivamente. As prevalncias de focos e de animais infectados para os circuitos pecurios foram: circuito 1, 11,1% [7,9-15,0%] e 2,6% [1,6-3,5%]; circuito 2, 12,9% [9,1-17,6%] e 6,2% [3,0-9,5%]. Os fatores de risco (odds ratio, OR) associados condio de foco foram: assistncia veterinria (OR= 2,89 [1,15-7,23]), tamanho do rebanho ≥30 fmeas adultas (OR= 1,88 [1,07-3,28]) e uso de inseminao artificial (OR= 1,92 [0,84-4,38]).
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Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiolgica da brucelose bovina no Estado de Santa Catarina. O Estado foi estratificado em cinco circuitos produtores. Em cada circuito produtor foram amostradas aleatoriamente cerca de 300 propriedades e, dentro dessas, foi escolhido, de forma aleatria, um nmero pr-estabelecido de animais, dos quais foi obtida uma amostra de sangue. No total foram amostrados 7801 animais, provenientes de 1586 propriedades. O protocolo de testes utilizado foi o da triagem com o teste do antgeno acidificado tamponado e o reteste dos positivos com o do 2-mercaptoetanol. O rebanho foi considerado positivo se pelo menos um animal foi reagente s duas provas sorolgicas. As prevalncias de focos e de animais infectados no Estado foram de 0,32% [0,10-0,69%] e 0,06% [0,0-0,17%], respectivamente. A prevalncia de focos nos circuitos pecurios foram: circuito 1, 0,33% [0,0-0,99%]; circuito 2, 0,33% [0,0-1,0%]; circuito 3, 0,25% [0,0-0,75%]; circuito 4, 0,66% [0,08-1,84%] e circuito 5, 0,33% [0,0-1,0%].
Resumo:
Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiolgica da doena no Estado de Rondnia. O Estado foi estratificado em trs circuitos produtores. Em cada circuito produtor foram amostradas aleatoriamente cerca de 300 propriedades e, dentro dessas, foi escolhido, de forma aleatria, um nmero pr-estabelecido de animais, dos quais foi obtida uma amostra de sangue. No total, foram amostrados 9.717 animais, provenientes de 927 propriedades. Em cada propriedade amostrada foi aplicado um questionrio epidemiolgico para verificar o tipo de explorao e as prticas zootcnicas e sanitrias que poderiam estar associadas ao risco de infeco pela doena. O protocolo de testes utilizado foi o da triagem com o teste do antgeno acidificado tamponado e o reteste dos positivos com o teste do 2-mercaptoetanol. O rebanho foi considerado positivo, se pelo menos um animal foi reagente s duas provas sorolgicas. As prevalncias de focos e de animais infectados do Estado foram de 35,2% [32,1-38,4%] e 6,2% [4,9-7,6%], respectivamente. Os resultados para os circuitos pecurios foram: circuito 1, 41,9% [36,3-47,6%] e 8,3% [5,9-10,8%]; circuito 2, 31,7% [26,5-37,2%] e 5,9% [4,3-7,6%]; circuito 3, 31,9% [26,7-37,4%] e 4,6% [2,5-6,6%]. Os fatores de risco (odds ratio, OR) associados condio de foco foram: histrico de aborto (OR= 1,42 [1,04-1,95]) e explorao de corte (OR= 1,75 [1,30-2,38]).
Resumo:
Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiolgica da brucelose bovina no Estado do Paran. O Estado foi estratificado em sete circuitos produtores ou regies. Em cada circuito foram amostradas aleatoriamente cerca de 300 propriedades e, dentro dessas, foi escolhido de forma aleatria um nmero pr-estabelecido de animais, dos quais foi obtida uma amostra de sangue. No total, foram amostrados 14.857 animais, provenientes de 2.098 propriedades. Em cada propriedade amostrada foi aplicado um questionrio epidemiolgico para verificar o tipo de explorao e as prticas zootcnicas e sanitrias que poderiam estar associadas ao risco de infeco pela doena. O protocolo de testes utilizado foi o da triagem com o teste do antgeno acidificado tamponado e o reteste dos positivos com o teste do 2-mercaptoetanol. O rebanho foi considerado positivo se pelo menos um animal foi reagente s duas provas sorolgicas. Para o Estado, os resultados de prevalncias de focos e de animais infectados foram, respectivamente, de 4,0% [3,2-4,8%] e 1,7% [1,1-2,4%]. Para os circuitos, a prevalncia de focos e a de animais foram, respectivamente: circuito 1, 14,7% [10,9-19,2%] e 2,8% [1,2-4,4%]; circuito 2, 8,8% [5,9-12,6%] e 2,4% [1,0-3,8%]; circuito 3, 3,4% [1,6-6,1%] e 0,85% [0,21-1,5%]; circuito 4, 2,3% [0,94-4,8%] e 0,83% [0,02-1,6%]; circuito 5, 2,3% [0,94-4,7%] e 1,6% [0,06-3,3%]; circuito 6, 0,3% [0-1,9%] e 0,09% [0-0,27%]; circuito 7, 1,0% [0,21-2,9%] e 2,2% [0-6,0%]. Os fatores de risco (odds ratio, OR) associados condio de foco foram: compra de reprodutores (OR= 2,20 [1,42-3,40]) e prtica de aluguel de pasto (OR= 2,45 [1,54-3,90]).
Resumo:
Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiolgica da brucelose bovina no Estado de Mato Grosso do Sul. Foram definidos trs estratos (regies): Pantanal-corte, Planalto-corte e Planalto-leite, este ltimo subdividido em Bolso, Campo Grande e Dourados. Em cada estrato foram amostradas aleatoriamente propriedades e, dentro dessas, foi escolhido, de forma aleatria, um nmero pr-estabelecido de animais, dos quais foi obtida uma amostra de sangue. No total, foram amostrados 14.849 animais, provenientes de 1.004 propriedades. Em cada propriedade amostrada foi aplicado um questionrio epidemiolgico para verificar suas caractersticas e tambm para detectar transtornos reprodutivos que poderiam estar associados infeco bruclica. O teste utilizado foi o do antgeno acidificado tamponado. O rebanho foi considerado positivo se pelo menos um animal foi reagente prova sorolgica. Para o Estado, a prevalncia de focos foi de 41,5% [36,5-44,7%]. As prevalncias de focos e de animais infectados por estrato foram, respectivamente, de: 59,0% [52,8-64,9%] e 12,6% [9,1-17,2%] para o estrato Pantanal-corte, e 40,6% [35,8-45,5%] e 4,5% [2,1-9,0%] para Planalto-corte. No estrato Planalto-leite, a prevalncia de focos foi de 33,1% [28,4-38,1%]. Os fatores de risco (odds ratios, OR) associados condio de foco foram: ter ≥500 vacas (OR = 2,46 [1,81-3,34]), ocorrncia de bezerros fracos (OR = 1,20 [0,87-1,65]) e uso da inseminao artificial (OR = 0,71 [0,50-1,01]).
Resumo:
Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiolgica da brucelose bovina no Estado de Minas Gerais. O Estado foi estratificado em sete circuitos produtores. Em cada circuito foram amostradas aleatoriamente cerca de 300 propriedades e, dentro dessas, foi escolhido, de forma aleatria, um nmero pr-estabelecido de animais, dos quais foi obtida uma amostra de sangue. No total, foram amostrados 20.643 animais, provenientes de 2.204 propriedades. Em cada propriedade visitada aplicou-se um questionrio epidemiolgico para verificar o tipo de explorao e as prticas zootcnicas e sanitrias que poderiam estar associadas ao risco de infeco pela doena. O protocolo de testes utilizado foi o da triagem com o teste do antgeno acidificado tamponado e a confirmao dos positivos com o teste do 2-mercaptoetanol. O rebanho foi considerado positivo, se pelo menos um animal foi reagente s duas provas sorolgicas. As prevalncias de focos e de animais infectados do Estado foram de 6,0% [5,0-7,1%] e 1,1% [0,78-1,4%], respectivamente. Os resultados para os circuitos pecurios da prevalncia de focos e de animais foram: circuito 1, 4,7% [2,7-7,7%] e 0,82% [0,06-1,6%]; circuito 2, 7,2% [4,6-10,6%] e 1,2% [0,53-1,8%]; circuito 3, 6,8% [4,3-10,0%] e 1,5% [0,47-2,4%]; circuito 4, 6,5% [4,1-9,8%] e 1,1% [0,39-1,7%]; circuito 5, 3,8% [2,0-6,5%] e 0,40% [0,11-0,69%]; circuito 6, 6,2% [3,8-9,6%] e 0,66% [0,29-1,0%]; circuito 7, 11,0% [7,7-15,0%] e 1,7% [0,92-2,6%], respectivamente. Os fatores de risco (odds ratio, OR) associados condio de foco foram: compra de reprodutores (OR = 1,66 [1,13-2,44]), ocorrncia de aborto nos ltimos 12 meses (OR = 1,81 [1,26-2,60]) e presena de cervdeos na propriedade (OR = 1,56 [1,08-2,27]). A vacinao contra brucelose foi identificada como fator protetor (OR = 0,38 [0,19-0,79]). Concluiu-se que o programa obrigatrio de vacinao de bezerras, iniciado na dcada de 1990, est sendo eficaz ao reduzir a prevalncia em todo o Estado e em todos os sistemas de produo animal. As autoridades sanitrias devem priorizar o controle da compra de animais para reproduo, que no apresentem garantias sanitrias e incorporar essa medida s aes de educativas.
Resumo:
Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiolgica da brucelose no Estado de Gois. O Estado foi estratificado em trs circuitos produtores. Em cada circuito foram amostradas aleatoriamente 300 propriedades e, dentro dessas, foi escolhido de forma aleatria um nmero pr-estabelecido de animais, dos quais foi obtida uma amostra de sangue. No total, foram amostrados 10.744 animais, provenientes de 900 propriedades. Em cada propriedade visitada aplicou-se um questionrio epidemiolgico para verificar o tipo de explorao e as prticas de criao e sanitrias que poderiam estar associadas ao risco de infeco pela doena. O protocolo de testes utilizado foi o da triagem com o teste do antgeno acidificado tamponado e a confirmao dos positivos com o teste do 2-mercaptoetanol. O rebanho foi considerado positivo quando pelo menos um animal foi reagente s duas provas sorolgicas. No estrato 1, a prevalncia foi de 7,7% [4,7-10,7%] para propriedades, e de 1,4% [0,99-1,7%] para animais. No estrato 2, foi de 19,5% [15,0-24,0%] para propriedades e de 2,6% [2,0-3,1%] para animais. No estrato 3, foi de 21,4% [16,7-26,1] para propriedades e 4,3% [3,7-5,0%] para animais. A prevalncia obtida para o Estado foi de 17,5% [14,9-20,2%] para propriedades e de 3,0% [2,7-3,3%] para animais. Os fatores de risco (odds ratio, OR) associados condio de foco, segundo a anlise multivariada, foram: compra de reprodutores a comerciantes de gado (OR = 2,06 [1,12-3,52]), ocorrncia de abortos nos ltimos 12 meses (OR = 5,83 [3,86-8,8]) e prtica de vacinao contra brucelose (OR = 2,07 [1,38-3,09]). Tanto a ocorrncia de aborto quanto a vacinao so, neste caso, consequncia da presena de brucelose no rebanho.