23 resultados para PRIMATES - ALIMENTOS
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a fidedignidade das informações sobre dados nutricionais declarados em rótulos de alimentos comercializados. MÉTODOS: Foram avaliados 153 alimentos industrializados habitualmente consumidos por crianças e adolescentes, comercializados no município de São Paulo (SP) entre os anos de 2001 e 2005. Os teores de nutrientes informados pelos rótulos foram confrontados com os resultados obtidos por métodos analíticos (físico-químicos) oficiais, considerando a variabilidade de 20% tolerada pela legislação vigente, para aprovar ou condenar as amostras. Foram calculadas médias, desvios-padrão e intervalos com 95% de confiança para os nutrientes analisados, assim como a distribuição da freqüência percentual de amostras condenadas. RESULTADOS: Todos os produtos salgados analisados apresentaram inconformidades relativamente ao conteúdo de fibra alimentar, sódio ou de gorduras saturadas. Os produtos doces apresentaram variação de zero a 36% de condenação relativamente ao teor de fibra alimentar. Mais da metade (52%) dos biscoitos recheados foram condenados quanto à quantidade de gorduras saturadas. Os nutrientes implicados com a obesidade e suas complicações para a saúde foram aqueles que apresentaram maiores proporções de inconformidade. A falta de fidedignidade das informações de rótulos nas amostras analisadas viola as disposições da Resolução da Diretoria Colegiada 360/03 da ANVISA e os direitos garantidos pela lei de Segurança Alimentar e Nutricional e pelo Código de Defesa do Consumidor. CONCLUSÕES: Foram encontrados altos índices de não conformidade dos dados nutricionais nos rótulos de alimentos destinados ao público adolescente e infantil, indicando a urgência de ações de fiscalização e de outras medidas de rotulagem nutricional
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a influência da renda familiar e do preço de alimentos sobre a participação de frutas e hortaliças dentre os alimentos adquiridos pelas famílias brasileiras. MÉTODOS: Foram utilizados dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, com amostra probabilística de 48.470 domicílios brasileiros entre 2002 e 2003. A participação de frutas e hortaliças no total de aquisições de alimentos foi expressa como percentual do total de calorias adquiridas e como calorias provenientes desses alimentos ajustadas para o total de calorias adquirido. Empregaram-se técnicas de análise de regressão múltipla para estimação de coeficientes de elasticidade, controlando-se variáveis sociodemográficas e preço dos demais alimentos. RESULTADOS: Observou-se aumento da participação de frutas e hortaliças no total de aquisições de alimentos com a diminuição de seu próprio preço ou com o aumento da renda. A diminuição do preço de frutas e hortaliças em 1 por cento aumentaria sua participação em 0,79 por cento do total calórico; o aumento de 1 por cento na renda familiar aumentaria essa participação no total calórico em 0,27 por cento. O efeito da renda tendeu a ser menor nos estratos de maior renda. CONCLUSÕES: A redução do preço de frutas e hortaliças, tanto pelo apoio à cadeia de produção dos alimentos quanto por medidas fiscais, é um promissor instrumento de política pública capaz de aumentar a participação desses alimentos na dieta brasileira
Resumo:
Este estudo teve por objetivo avaliar a participação relativa dos grupos de alimentos no Valor Energético Total (VET) para as famílias rurais e urbanas das Regiões Nordeste e Sudeste, de acordo com o rendimento mensal familiar. Foram utilizadas as informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre julho de 2002 e junho de 2003. Os recursos do software Statistical Analysis System foram utilizados para as análises. Quanto à participação dos distintos grupos alimentares no VET, destaca-se a reduzida contribuição energética das frutas e hortaliças, bem como a elevada participação do grupo de açúcares e doces, evidenciadas para a totalidade das famílias analisadas. Foi notória a influência exercida pela localização dos domicílios, especialmente o estrato geográfico, bem como pelos rendimentos familiares, sobre a alimentação da população das Regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.
Resumo:
O código Sanitário Municipal de Alimentos, Decreto Municipal nº 25.544, de 14 de março de 1988, regulamentou a fiscalização sanitária de g~eneros alimentícios no varejo até 26 de novembro de 2002, data em que entrou em vigor a Lei Estadual nC 10.083, de 23 de setembro de 1998, Código Sanitário do estado de São Paulo, utilizado pelos serviços municipais de vigilância, em caráter temporário, até a promulgação do atual Código Sanitário do Município de São Paulo nº 13.735, em 9 de janeiro de 2004. Este código regulamenta todos os serviços e produtos de interesse da saúde, inclusive a produção e distribuição de alimentos e água para consumo humano. Por meio do estudo dos diferentes códigos vigentes no município e de legislações esparsas, foi possível identificar as nmudanças ocorridas na legislação e nos procedimentos administrativos da vigilância sanitária do varejo de alimentos no Município de São Paulo. Concluiu-se que o Código Sanitário do Município de São Paulo é uma legislação completa e atualizada, com previsão legal de utilização de regulamentos técnicos modernos de forma combinada, especialmente os que tratam da produção e distribuição de alimentos, com ênfase nas Boas Práticas de Fabricação (BPFs)
Resumo:
O objetivo do estudo foi analisar os temas relacionados à área de vigilância sanitária de alimentos abordados em pesquisas científicas de cursos de pós-graduação, com potencial de aplicação no serviço. O total de 337 teses e dissertações apresentadas à Universidade de São Paulo entre os anos de 1993 e 2007 foi analisado. Os resultados mostraram que as pesquisas desenvolvidas nas universidades têm potencial para aplicação em vigilância sanitária, sobretudo no sentido de orientar os profissionais da área em práticas atualizadas
Resumo:
In this study, we provide phylogenetic and biogeographic evidence that the Trypanosomo cruzi lineages T. cruzi I (TCI) and T. cruzi IIa (TCIIa) circulate amongst non-human primates in Brazilian Amazonia, and are transmitted by Rhodnius species in overlapping arboreal transmission cycles, sporadically infecting humans. TO presented higher prevalence rates, and no lineages other than TCI and TCIIa were found in this study in wild monkeys and Rhodnius from the Amazonian region. We characterised TO and TCIIa from wild primates (16 TO and five TCIIa), Rhodnius spp, (13 TCI and nine TCIIa), and humans with Chagas disease associated with oral transmission (14 TO and five TCIIa) in Brazilian Amazonia. To our knowledge, TCIIa had not been associated with wild monkeys until now. Polymorphisms of ssrDNA, cytochrome b gene sequences and randomly amplified polymorphic DNA (RAPD) patterns clearly separated TCIIa from TCIIb-e and TCI lineages, and disclosed small intra-lineage polymorphisms amongst isolates from Amazonia. These data are important in understanding the complexity of the transmission cycles, genetic structure, and evolutionary history of T cruzi populations circulating in Amazonia, and they contribute to both the unravelling of human infection routes and the pathological peculiarities of Chagas disease in this region. (C) 2008 Australian Society for Parasitology Inc. Published by Elsevier Ltd. All rights reserved.
Resumo:
We characterized four Brazilian trypanosomes isolated from domestic rats and three from captive nonhuman primates that were morphologically similar to T. lewisi, a considered non-pathogenic species restricted to rodents and transmitted by fleas, despite its potential pathogenicity for infants. These isolates were identified as T. lewisi by barcoding using V7V8 SSU rDNA sequences. In inferred phylogenetic trees, all isolates clustered tightly with reference T. lewisi and T. lewisi-like trypanosomes from Europe, Asia and Africa and despite their high sequence conservation formed a homogeneous clade separate from other species of the subgenus T. (Herpetosoma). With the aim of clearly resolving the relationships between the Brazilian isolates from domestic rats and primates, we compared sequences from more polymorphic ITS rDNA. Results corroborated that isolates from Brazilian rats and monkeys were indeed of the same species and quite close to T. lewisi isolates of humans and rats from different geographical regions. Morphology of the monkey isolates and their behaviour in culture and in experimentally infected rats were also compatible with T. lewisi. However, infection with T. lewisi is rare among monkeys. We have examined more than 200 free-ranging and 160 captive monkeys and found only three infected individuals among the monkeys held in captivity. The findings of this work suggest that proximity of monkeys and infected rats and their exposure to infected fleas may be responsible for the host switching of T. Iewisi from their natural rodent species to primates. This and previous studies reporting T. lewisi in humans suggest that this trypanosome can cause sporadic and opportunistic fleaborne infection in primates. (C) 2010 Elsevier B.V. All rights reserved.