25 resultados para Arma de fogo, controle
Resumo:
A participação social no Brasil evoluiu de movimento operário e de sindicatos, culminando na institucionalização através de Conselhos. Na área da saúde, foi legalizada pela Lei 8142/90. O objetivo deste estudo é conhecer a prática do controle social exercida em Conselhos de Unidades e sua influência nas políticas de saúde do município de Campo Grande, MS. Foram feitos cinco estudos de caso, tendo como fonte principal as atas de reuniões e como referencial de análise um documento do Ilpes/Claps (1975). Os Conselhos organizam-se em plenário, com coordenador, secretário, composição hoje paritária, representatividade reduzida e periodicidade mensal. O processo decisório contempla principalmente elementos técnico-administrativos e técnico-operacionais. No período 1998-2002, o controle social fortaleceu-se por encaminhamentos mais concretos, mas a capacidade de deliberação precisa ser fortalecida por uma capacitação que inclua elementos técnicos, políticos e administrativos, representatividade, fortalecimento da cidadania, divulgação intensa das atividades dos Conselhos, inclusive na mídia, maior mobilização social e articulação entre os vários Conselhos e instâncias municipais que fazem interface com o setor de saúde.
Resumo:
Este artigo apresenta a experiência de implantação de um sistema de gestão em Saúde do Trabalhador implantado na Superintendencia de Controle de Endemias (SUCEN), no período de 1998 a 2002, que operava na atividade de controle químico de vetores no Estado de São Paulo. OBJETIVO: Descrever o sistema de gestão participativa, as ações desenvolvidas e os principais resultados alcançados. MÉTODO: Relato da experiência vivenciada pela equipe usando abordagem qualitativa, análise de documentos e apresentação de dados quantitativos. RESULTADOS: Foram eleitas 11 Comissões de Saúde e Trabalho (COMSAT's) que em conjunto com a equipe técnica iniciaram a identificação dos riscos e de propostas para prevenção e controle dos riscos no trabalho. O mapeamento de riscos resultou em 650 recomendações, 45,7% das quais foram executadas. Foram identificadas como doenças relacionadas ao trabalho: reações alérgicas aos pesticidas, lesões por esforços repetitivos, distúrbios auditivos e patologias de coluna vertebral. Participaram dos cursos básicos de saúde do trabalhador 1.003 servidores (76,3% do total de servidores), sendo que 90,8% dos participantes os consideraram ótimos ou bons. CONCLUSÕES: O sistema de gerenciamento participativo coloca em prática os princípios de gestão democrática do Sistema Único de Saúde (SUS); incorpora, por meio do mapeamento de riscos, o saber do trabalhador; inclui os trabalhadores como sujeitos do processo de negociação e mudanças; pratica o direito à informação. As COMSAT's revelaram-se espaços adequados para a negociação das melhorias nas condições de trabalho. A aprovação do sistema de gestão culminou na validação legal por meio de um acordo tripartite assinado em março de 2002.
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As fêmeas bovinas, por sua importância na transmissão e na manutenção da brucelose, constituíram o alvo dos inquéritos do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal. Com base em informações obtidas em unidades federativas onde foram realizados inquéritos sorológicos e observadas prevalências de animais acima de 2%, elaborou-se um modelo para simular a dinâmica da brucelose em rebanhos bovinos formados exclusivamente por fêmeas, analisando o efeito de estratégias de vacinação. Para baixa cobertura vacinal, da ordem de 30%, o tempo para reduzir a prevalência a 2%, valor adotado como referência, pode ser longo, aproximando-se do dobro do tempo necessário para uma cobertura mais alta, de 90%. De acordo com o modelo, o tempo para reduzir a prevalência a 1% ou 2%, que permitam passar à fase de erradicação, pode chegar a uma década. Recomenda-se a intensificação do esforço para a vacinação de fêmeas, procurando atingir alta cobertura vacinal.
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Formas químicas de controle de mosquitos vetores são ineficazes, levando ao desenvolvimento de novas estratégias. Assim, foi realizada revisão das estratégias de controle genético de populações de mosquitos vetores baseada na técnica do inseto estéril. Uma delas consiste na liberação de machos esterilizados por radiação, a outra, na integração de um gene letal dominante associado a um promotor específico de fêmeas imaturas. Entre as vantagens sobre outras técnicas biológicas e químicas de controle de vetores estão: alta especificidade, não prejudicial ao meio ambiente, baixo custo de produção e alta eficácia. O uso desta técnica de modificação genética pode vir a ser uma importante ferramenta do manejo integrado de vetores
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Investigou-se a associação entre padrões de dieta e câncer oral, como parte de um estudo multicêntrico latino-americano caso-controle de base hospitalar e incluiu 210 casos incidentes e 251 controles. Dados de consumo alimentar foram coletados por Questionário de Freqüência de Consumo Alimentar (QFCA). Análise fatorial identificou padrões alimentares, que foram categorizados em tercis. Calculou-se odds ratio (OR) com intervalo de 95 por cento de confiança (IC95 por cento ) por regressão logística múltipla não condicional. Os padrões "prudente", caracterizado em maioria por frutas e vegetais, e o padrão tradicional, por arroz e feijão, apresentaram associação inversa com o câncer oral para o mais elevado tercil, respectivamente: OR = 0,44; IC95 por cento : 0,25-0,75, valor de p de tendência (ptend) = 0,03; OR = 0,53; IC95 por cento : 0,30-0,93, ptend = 0,06. O padrão "lanches" não foi associado ao câncer oral. Além da proteção ao câncer oral conferida por dieta rica em vegetais e frutas, nossos dados sugerem que a dieta "tradicional" brasileira contendo em sua maioria arroz e feijão pode oferecer proteção ao câncer oral
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A ação da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo na luta contra o tabagismo teve início em 1975, quando a instituição participou da III Conferência Mundial de Fumo e Saúde, realizada em New York (EUA). Depois de três décadas de trabalho ininterrupto, ela recebeu, em 2008, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o selo prata de certificação de ambiente livre do tabaco. Nesse espaço de tempo, ao lado de um trabalho educativo, realizado corpo a corpo com docentes, funcionários e alunos, foram realizadas pesquisas, treinamentos e desenvolvido toda uma programação orientada pelo Ministério da Saúde / Instituto Nacional do Câncer. Foram também produzidas inúmeras monografias de mestrado, teses de doutorado e de livre docência, tendo como tema o tabagismo do ponto de vista educativo, social, médico e sanitário. Este artigo pretendeu fazer o relato dessa trajetória
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Fogo selvagem (FS) is mediated by pathogenic, predominantly IgG4, anti-desmoglein 1 (Dsg1) autoantibodies and is endemic in Limao Verde, Brazil. IgG and IgG subclass autoantibodies were tested in a sample of 214 FS patients and 261 healthy controls by Dsg1 ELISA. For model selection, the sample was randomly divided into training (50%), validation (25%), and test (25%) sets. Using the training and validation sets, IgG4 was chosen as the best predictor of FS, with index values above 6.43 classified as FS. Using the test set, IgG4 has sensitivity of 92% (95% confidence interval (95% CI): 82-95%), specificity of 97% (95% CI: 89-100%), and area under the curve of 0.97 ( 95% CI: 0.94-1.00). The IgG4 positive predictive value (PPV) in Limao Verde (3% FS prevalence) was 49%. The sensitivity, specificity, and PPV of IgG anti-Dsg1 were 87, 91, and 23%, respectively. The IgG4-based classifier was validated by testing 11 FS patients before and after clinical disease and 60 Japanese pemphigus foliaceus patients. It classified 21 of 96 normal individuals from a Limao Verde cohort as having FS serology. On the basis of its PPV, half of the 21 individuals may currently have preclinical FS and could develop clinical disease in the future. Identifying individuals during preclinical FS will enhance our ability to identify the etiological agent(s) triggering FS.
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Fogo selvagern (FS) and pemphigus foliaceus (PF) possess pathogenic IgG anti-desmoglein 1-(Dsg1) autoantibodies. Although PF occurs sporadically, FS is endemic in Limao Verde (LV), Brazil (3.4% prevalence). IgM anti-Dsg1 were detected in 58% FS LV patients (n=31), 19% of FS patients from Hospital-Campo Grande (n=57), 19% from Hospital-Goiania (n=42), 12% from Hospital-Sao Paulo (n=56), 10% of PF patients from United States (n=20), and 0% of PF patients from Japan (n=20). Pemphigus vulgaris (n=40, USA and Japan), bullous pemphigoid (n=40, USA), and healthy donors (n=55, USA) showed negligible percentages of positive sera. High percentages of positive IgM anti-Dsg1 were found in healthy donors from four rural Amerindian populations (42% of 243) as compared with urban donors (14% of 81; P<0.001). More than 50% of healthy donors from LV (n=99, age 5-20 years) possess IgM anti-Dsg1 across ages, whereas IgG-anti-Dsg1 was detected in 2.9% (age 5-10 years), 7.3% (age 11-15 years), and 29% of donors above age 16. IgM anti-Dsg1 epitopes are Ca2+ and carbohydrate-independent. We propose that IgM anti-Dsg1 are common in FS patients in their native environment and uncommon in other pemphigus phenotypes and in FS patients who migrate to urban hospitals. Recurrent environmental antigenic exposure may lead to IgM and IgG responses that trigger TS.
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Pemphigus foliaceus is a life threatening skin disease that is associated with autoimmunity to desmoglein, a skin protein involved in the adhesion of keratinocytes. This disease is endemic in certain areas of South America, suggesting the mediation of environmental factors triggering autoimmunity. Among the possible environmental factors, exposure to bites of black flies, in particular Simulittm nigrimanum has been suggested. In this work, we describe the sialotranscriptome of adult female S. nigrimanum flies. It reveals the complexity of the salivary potion of this insect, comprised by over 70 distinct genes within over 30 protein families, including several novel families, even when compared with the previously described sialotranscriptome of the autogenous black fly, S. vitiation. The uncovering of this sialotranscriptome provides a platform for testing pemphigus patient sera against recombinant salivary proteins from S. nigrimanum and for the discovery of novel pharmacologically active compounds.