3 resultados para metáforas

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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Além de alguns estudos lexicais, não existe em Portugal nenhuma tradição de análise linguística da imprensa. Entre os aspectos que oferecem especial interesse, incluem-se os títulos das notícias, em parte porque propõem uma gramática diferente da da norma discursiva, mas também devido aos jogos linguísticos, nomeadamente o emprego de linguagem metafórica, a que os redactores recorrem para incentivar a leitura dos textos. O trabalho em curso debruça-se sobre os vários níveis da realização linguística deste tipo textual, partindo de um corpus informatizado de 2.060 títulos de notícia portugueses com linguagem metafórica. Assim, no nível sintáctico, interessou-nos estudar a configuração sintáctica do título e os constituintes que nele correspondem ao veículo metafórico. No nível semântico, identificámos, seguindo um enquadramento teórico subordinado à teoria dos espaços múltiplos de Fauconnier e Turner, as metáforas conceptuais presentes no corpus. No nível fonológico, foi feito um estudo sobre padrões sonoros de aliteração, rima e jogos de palavras concomitantes com a linguagem metafórica do título. O nível gráfico debruçou-se sobre os diversos processos de destacar graficamente o veículo metafórico e suas consequências na descodificação da mensagem. Finalmente, no nível intertextual, apresentou-se uma pesquisa sobre as relações internas do título com outros componentes do co-texto noticioso e as relações externas com textos mais ou menos distantes, mas culturalmente partilhados. Os resultados da pesquisa revelaram os processos através dos quais a linguagem metafórica no título de imprensa permite a verbalização de conceitos, a condensação de significados e motiva à leitura do texto.

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As últimas décadas do séc. XX assistiram a um crescente protagonismo do Design de Informação que, desde então, tem sofrido inúmeras formas e designações, num processo de afirmação e auto descoberta. A proliferação de dados disponíveis deu ao design e em particular a este ramo do desenho para a compreensão, uma visibilidade crescente e a responsabilidade de encontrar, a partir da informação, novos meios para a construção de sentido. Do design à engenharia informática, são várias as disciplinas que convergem hoje nesse desígnio ainda que sob diferentes modelos e ferramentas. Esta convergência promove uma comparação entre modelos, que tendem a ser tanto mais valorizados quanto mais objectivas as representações. De Playfair a Bertin, as representações gráficas dos últimos duzentos anos têm-se situado no âmbito de disciplinas como a Economia, Sociologia ou a Gestão, explorando metáforas funcionais com vista à evidência da tradução numérica. O Design, enquanto mediador cultural e através do Desenho, tende a acrescentar ao mesmo exercício uma dimensão narrativa ou ilustrativa, convocando a própria existência do autor na interpretação dos mesmos dados numéricos. Com esta investigação, novos processos de semiose se oferecem, associando à objectividade dos dados quantitativos, a subjectividade da cultura formulada a partir do indivíduo enquanto intérprete. Na procura do conhecimento, reconhece-se assim que o desenho da informação ganha competências pela mediação da experiência, religando ética, técnica e estética.

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Neste projeto educativo pretende-se investigar e indicar as correntes e perspetivas atuais sobre o ensino-aprendizagem do canto a crianças, com destaque àquelas com idades aproximadamente entre os 8 e os 12 anos, bem como as estratégias a utilizar e conteúdos a lecionar. Faz-se neste trabalho um levantamento da realidade portuguesa em que se comprova a disseminação do ensino-aprendizagem do canto, principalmente a partir do 2º ciclo do ensino básico. Regista-se ainda que várias escolas oferecem já esta opção para alunos da Iniciação musical. Neste contexto destaca-se a importância do caráter lúdico do ensino de crianças e propõem-se uma abordagem lúdico-didática a partir da utilização de um conjunto de episódios narrativos criados pelo autor deste trabalho para facilitar a introdução ao canto por via de atividades a realizar anteriormente ao treino da voz cantada, a que se chamou As vozes da quinta. Estes foram construídos a partir de recomendações conhecidas após contacto com bibliografia dedicada a este tema, destacando-se autores como Phillips (2014), Williams (2012) e Mizener (2008), entre outros. As analogias assumem aqui papel extremamente relevante, destacando-se a utilização de gestos corporais, metáforas e imagens como forma de trabalhar e melhorar as competências fundamentais para o desenvolvimento vocal e performativo dos alunos a partir da interpretação dos episódios narrativos, em que porão em prática as suas capacidades dramáticas e comunicativas, tendo em vista o desenvolvimento das componentes essenciais ao desenvolvimento de um cantor: postura, respiração, fonação, ressonância, dicção-articulação e expressão. Os exercícios propostos assumir-se-ão, através das referidas analogias, como jogos, que estimularão uma prática mais motivada e significativa e que corroborarão na melhoria do desempenho das crianças nas várias competências mencionadas.