7 resultados para Dor Crônica Diagnóstico

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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A dor uma experincia perceptualmente complexa, influenciada por um conjunto variado de fatores biolgicos e tambm psicossociais. A sua vivncia varia de pessoa para pessoa, havendo diferentes nveis de impacto no funcionamento emocional, interpessoal, motivacional e fsico. A dor sexual, mais conhecida por dispareunia e vaginismo, uma problemtica de natureza habitualmente crnica que afeta muitas mulheres. Apesar de ser um importante alvo de estudo nas ltimas dcadas, e apesar do impacto que tem nas vidas de muitas mulheres, ainda uma temtica pouco abordada junto dos profissionais de sade, sendo igualmente difcil a determinao da sua causa e respetivo tratamento. A sua concetualizao tem sido um dos principais alvos de discusso entre investigadores e clnicos, havendo quem defenda que a mesma deve ser considerada, ou como uma perturbao de dor, ou como uma disfuno sexual. Contudo, mesmo com um crescimento significativo da literatura, no existem ainda dados que clarifiquem o papel que determinadas variveis psicossociais exercem no desenvolvimento e manuteno da dor sexual e que forma estas aproximam, ou distanciam, este quadro clnico da dor crnica e de outras disfunes sexuais. Neste contexto, o objetivo do presente estudo consistiu em avaliar a influncia do Mindfulness, do afeto-trao, dos pensamentos automticos, das crenas sexuais, da perceo, vigilncia e catastrofizao face dor, da perceo da resposta do outro significativo dor, da autoestima, da autoestima sexual, do ajustamento didico e do funcionamento sexual em mulheres com dor sexual, comparando-as com trs grupos especficos: mulheres com dor crnica, mulheres com outras dificuldades sexuais e mulheres da populao geral, sem nenhuma destas dificuldades. Por outro lado, foi avaliada a capacidade preditiva de cada uma destas variveis psicossociais na intensidade da dor em mulheres que sofrem de dor sexual e dor crnica. Um total de 1233 mulheres colaboraram no presente estudo: 371 mulheres com dor sexual, 245 mulheres com dor crnica, 94 mulheres com disfuno sexual e 523 mulheres da populao geral. As participantes responderam a um conjunto de questionrios que foram disponibilizados atravs de um link online e que avaliaram cada uma das dimenses em estudo. Os resultados mostraram que as mulheres com dor sexual e disfuno sexual apresentaram uma menor capacidade para ser mindful, mais pensamentos automticos negativos de fracasso/desistncia, uma maior escassez de pensamentos erticos, uma menor autoestima e autoestima sexual e uma menor qualidade do ajustamento didico e funcionamento sexual, quando comparadas com as mulheres com dor crnica e da populao geral. Por outro lado, as mulheres com dor sexual e dor crnica apresentaram maiores nveis de perceo, vigilncia e catastrofizao face dor, quando comparadas com as mulheres com disfuno sexual e da populao geral. Ao nvel da perceo da reposta do outro significativo, as mulheres com dor sexual apresentaram significativamente uma menor perceo de respostas solcitas que as mulheres com dor crnica e da populao geral. No foram encontradas diferenas entre os grupos ao nvel do afeto-trao e crenas sexuais disfuncionais. No que diz respeito intensidade da dor nas mulheres com dor sexual, emergiram como preditores significativos os pensamentos de fracasso, as crenas sexuais de desejo sexual como pecado, a magnificao e o desnimo face dor, a ateno dor, a perceo de resposta de punio do outro significativo, o ajustamento didico, a autoestima e a autoestima sexual. Em relao ao grupo com dor crnica, surgiram como preditores significativos o afeto negativo, o desnimo face dor, a ateno dor e a perceo de resposta de punio do outro significativo. Uma anlise conjunta de todos estes preditores para cada um dos grupos, demonstrou que a perceo da resposta de punio da parte de outro significativo se constituiu como o melhor preditor da intensidade da dor nas mulheres com dor sexual, enquanto que o desnimo face dor se mostrou como o mais significativo nas mulheres com dor crnica. De uma forma geral, os resultados demonstraram a importncia das diferentes variveis psicossociais na vivncia da dor sexual e na respetiva intensidade da dor. Revelaram ainda que a dor sexual apresenta aspetos em comum, quer com a dor crnica, principalmente ao nvel da relao com a dor, quer com outras disfunes sexuais, nomeadamente em termos cognitivos e relacionais. O presente estudo vem assim reforar a ideia de que este um quadro clnico multidimensional e complexo, trazendo consigo importantes implicaes ao nvel da sua concetualizao, avaliao e tratamento.

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Enquadramento: A prevalncia da dor cervical crnica em adolescentes est a aumentar. Estudos recentes tm comprovado a eficcia de programas de educao com base na neurofisiologia da dor e exerccio na diminuio da dor, incapacidade, medo e ansiedade associados dor crnica. Contudo, apesar deste tipo de programas apresentar resultados promissores em adultos, a sua aplicao e efetividade em populaes mais jovens tem sido pouco estudada. Objetivos: Avaliar a efetividade de um programa de educao com base na neurofisiologia da dor associado a exerccios na dor cervical crnica em adolescentes na 1) frequncia e intensidade da dor, 2) incapacidade associada, 3) capacidade de resistncia dos msculos flexores e extensores profundos da cervical e estabilizadores da omoplata, 4) ansiedade e 5) catastrofizao. Mtodos: Um total de 43 adolescentes com idade entre os 15 e os 18 anos da Escola Secundria Dr. Joo Carlos Celestino Gomes participaram neste estudo. Foram avaliadas a intensidade, durao e frequncia da dor cervical, a incapacidade associada e a resistncia dos msculos flexores e extensores profundos da cervical e estabilizadores da omoplata atravs dos testes dos flexores e extensores profundos e estabilizadores da omoplata, respetivamente. Foram tambm avaliados os nveis de ansiedade, catastrofizao e perceo de mudana atravs do Inventrio de Ansiedade Estado-Trao, da Escala de Catastrofizao da Dor e da Escala de Perceo Global de Mudana. Resultados: O nmero de participantes a referir dor na semana que precedeu a avaliao no grupo experimental reduziu em 28,5%. Verificou-se uma interao significativa entre o momento de avaliao (antes da interveno vs aps a interveno) e o grupo (experimental vs. controlo) para as variveis resistncia dos flexores profundos e catastrofizao e um efeito do momento e do grupo (mas no uma interao) para a dor, incapacidade, resistncia dos msculos extensores e estabilizadores da omoplata e ansiedade trao (p<0.05). Dos 21 participantes do grupo experimental, 85,7% referiu mudanas significativas na Escala de Perceo Global de Mudana. Concluso: A educao em neurofisiologia da dor uma interveno que poder ser utilizada em adolescentes com dor crnica, com resultados significativos na reduo da dor, melhoria da resistncia muscular dos msculos flexores e extensores profundos da cervical e estabilizadores da omoplata e diminuio da catastrofizao.

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Contextualizao: Recentemente tem-se verificado um aumento do nmero de estudos que relacionam conceitos da personalidade, tais como os Esquemas Mal-adaptativos Precoces (EMP), com a psicopatologia e com outras condies, tais como a obesidade, a dor crnica e o comportamento sexual agressivo. No entanto, a investigao acerca da relao entre os problemas de sono e os EMP encontra-se ainda numa fase inicial. Objetivos: Os objetivos do presente estudo foram investigar uma potencial relao entre os EMP e a m qualidade de sono em estudantes do ensino superior e observar que EMP apresentavam associaes de maior magnitude com a qualidade de sono nesta populao especfica. Mtodos: Estudantes de diversas universidades e institutos de ensino superior de Portugal foram convidados a responder a uma verso online dos questionrios Escala Bsica de Sintomas de Insnia e Qualidade de Sono (BaSIQS) e Questionrio de Esquemas de Young (YSQ-S3). A partir da amostra total obtida de estudantes do ensino superior de nacionalidade portuguesa (N = 1253) foi selecionada uma primeira subamostra (n1 = 409), usando como critrios de incluso a idade (entre os 18 e os 25 anos) e as pontuaes extremas de qualidade de sono da BaSIQS (m versus boa qualidade de sono). A partir da n1 extraiu-se uma segunda subamostra de participantes (n2 = 249), com caractersticas de um estudante tpico do ensino superior (estatuto de aluno ordinrio, solteiro, sem filhos, sem problemas de sade, no medicado). Para estudar a relao entre os EMP, medidos pelo YSQ-S3, e a qualidade de sono foi aplicada uma MANOVA (Anlise de Varincia Multivariada) para cada um dos cinco domnios esquemticos (Distanciamento e Rejeio, Autonomia e Desempenho Deteriorados, Limites Deteriorados, Influncia dos Outros e Vigilncia Excessiva e Inibio), para ambas as subamostras (n1 e n2). Resultados: No que diz respeito n2, os estudantes com m qualidade de sono apresentaram nveis significativamente mais elevados dos EMP Abandono/ Instabilidade, Desconfiana/ Abuso, Isolamento Social/ Alienao (Domnio Distanciamento e Rejeio), Vulnerabilidade ao Mal e Doena (Domnio Autonomia e Desempenho Deteriorados), Grandiosidade/ Limites Indefinidos (Domnio Limites Deteriorados), Autossacrifcio (Domnio Influncia dos Outros) e Negativismo/ Pessimismo (Domnio Vigilncia Excessiva e Inibio). Concluses: Estes dados mostram que os EMP esto associados m qualidade de sono. No entanto, so necessrios estudos adicionais para melhor compreender esta relao e a sua implicao na prtica clnica.

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O envelhecimento populacional uma realidade mundial que altera a sociedade de forma complexa, implicando a necessidade de criao de estratgias de adaptao a esta realidade. A populao idosa portuguesa apresenta tambm um aumento exponencial, e este fenmeno est frequentemente associado perda de capacidades e dependncia e ao aumento da incidncia de patologias crnicas, como por exemplo as lceras crnicas nos membros inferiores. Esta realidade verifica-se atravs de uma maior procura de cuidados de sade e tambm no aumento dos encargos para a famlia e segurana social. Assim, a aquisio de conhecimentos sobre as implicaes da lcera crnica nos membros inferiores permite, aos profissionais de sade, melhorar a prestao de cuidados s pessoas idosas, possibilitando a gesto eficaz de recursos e a melhoria da qualidade de vida dos utentes. Neste contexto, emergiu o nosso estudo que tem como objetivo conhecer as principais implicaes da presena de uma lcera crnica, nos membros inferiores, no quotidiano de pessoas idosas. A metodologia utilizada foi qualitativa, com um tipo de estudo exploratrio-descritivo, em que foram realizadas 16 entrevistas a pessoas idosas portadoras de lcera crnica nos membros inferiores e posteriormente analisadas as narraes de vivncias ou experincias significativas dos participantes, utilizando as etapas metodolgicas da anlise de contedo segundo Bardin (2011). Os resultados encontrados foram includos em trs reas temticas: Sentimentos e preocupaes vividos com o aparecimento e desenvolvimento da lcera crnica, Alteraes no quotidiano das pessoas idosas com lcera crnica e a Rede de apoio da pessoa idosa com lcera crnica. A primeira rea temtica demostrou que as pessoas idosas apresentam sentimentos negativos de tristeza e dor em relao s suas vivncias com a lcera crnica, e receios futuros relacionados com a incerteza da evoluo da lcera, verificando-se alguma ambivalncia entre a esperana e o desespero. As alteraes no quotidiano verificaram-se na mobilidade fsica prejudicada, na interferncia em atividades de vida diria e atravs da necessidade de tratamento. Na mobilidade fsica prejudicada foi o caminhar o mais mencionado pelos participantes e na interferncia em atividades de vida diria foram as atividades domsticas, sociais e de lazer. A terceira rea temtica incluiu a rede de apoio da pessoa idosa com lcera crnica identificando a famlia, a instituio e o convivente significativo como o principal apoio dos participantes. A famlia apresentou um papel de destaque, atravs do apoio prestado pelo cnjuge e pelos filhos. A realizao deste estudo proporcionou conhecer melhor a realidade das pessoas idosas com lceras crnicas nos membros inferiores, os seus sentimentos, dificuldades e/ou incapacidades, permitindo aos profissionais de sade aumentar os conhecimentos e elaborar estratgias para auxiliar no seu dia-a-dia, ambicionando-se uma melhoria na prestao de cuidados s pessoas idosas, famlias e sociedade.

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Este trabalho procura averiguar o impacte das doenas crnicas no ajustamento psicolgico das crianas, tendo em conta diferentes tipos de doenas, as suas caractersticas e a perceo dos pais acerca das mesmas. Para alm disso procura perceber a perceo dos pais e dos profissionais de sade em relao importncia atribuda ao brincar em contexto hospitalar. A amostra constituda por 176 crianas, dos 3 aos 10 anos, distribudas por quatro grupos: crianas com asma, crianas com cancro, crianas com patologia uro-nefrolgica e crianas sem doena. A recolha de dados teve lugar nas salas de espera de consulta externa de Pediatria do Hospital Infante D. Pedro e de Oncologia Mdica do Hospital Peditrico de Coimbra. Este estudo recorreu a metodologia quantitativa e qualitativa. Desta forma os instrumentos utilizados foram a Escala de Observao do Brincar (POS), alguns itens do Revised Illness Perception Questionnaire (IPQ-R), o Questionrio de Capacidades e de Dificuldades (SDQ) e a entrevista semi-estruturada. O ajustamento psicolgico foi avaliado atravs de questionrios aplicados aos pais mas tambm atravs da observao direta do brincar da criana, colmatando assim uma das principais lacunas nesta rea o acesso a uma nica fonte de informao e forma de avaliao. A anlise dos resultados permitiu perceber que no existe uma relao linear entre o ajustamento psicolgico das crianas e a presena de uma doena crnica e que a avaliao do ajustamento da criana atravs da observao direta do brincar nem sempre coincidente com a perspetiva dos pais acerca desse ajustamento. Tanto os pais como os profissionais de sade reconhecem ainda inmeras vantagens na utilizao do brincar em crianas com doena crnica.

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Alzheimers disease is a chronic progressive neurodegenerative disease and is the most common form of dementia (estimated 5060% of all cases), associated with loss of memory (in particular episodic memory), cognitive decline, and behavioural and physical disability, ultimately leading to death. Alzheimers disease is a complex disease, mostly occurring sporadically with no apparent inheritance and being the age the main risk factor. The production and accumulation of amyloid-beta peptide in the central nervous system is a key event in the development of Alzheimers disease. This project is devoted to the synthesis of amyloid-beta ligands, fluorophores and blood brain barrier-transporters for diagnosis and therapy of Alzheimers disease. Different amyloid-beta ligands will be synthesized and their ability to interact with amyloid-beta plaques will be studied with nuclear magnetic resonance techniques and a process of lead optimization will be performed. Many natural and synthetic compounds able to interact as amyloid-beta ligands have been identified. Among them, a set of small molecules in which aromatic moieties seem to play a key role to inhibit amyloid-beta aggregation, in particular heteroaromatic polycyclic compounds such as tetracyclines. Nevertheless tetracyclines suffer from chemical instability, low water solubility and possess, in this contest, undesired anti-bacterial activity. In order to overcome these limitations, one of our goals is to synthesize tetracyclines analogues bearing a polycyclic structure with improved chemical stability and water solubility, possibly lacking antibacterial activity but conserving the ability to interact with amyloid-beta peptides. Known tetracyclines have in common a fourth cycle without an aromatic character and with different functionalisations. We aim to synthesize derivatives in which this cycle is represented by a sugar moiety, thus bearing different derivatisable positions or create derivatives in which we will increase or decrease the number of fused rings. In order to generate a potential drug-tool candidate, these molecules should also possess the correct chemical-physical characteristics. The glycidic moiety, not being directly involved in the binding, it assures further possible derivatizations, such as conjugation to others molecular entities (nanoparticles, polymeric supports, etc.), and functionalization with chemical groups able to modulate the hydro/lipophilicity. In order to be useful such compounds should perform their action within the brain, therefore they have to be able to cross the blood brain barrier, and to be somehow detected for diagnostic purposes.

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Pretende-se, neste estudo, proceder a uma anlise comparada dos romances Ilha Teresa (2011), de Richard Zimler, e Lullabies for Little Criminals (2006), de Heather ONeill, situados no domnio da crossover fiction, dadas as semelhanas existentes ao nvel da perspectiva narrativa, centrada no universo adolescente, e dos processos de crescimento e de construo da identidade, marcados por conflitos e problemas, propondo um universo individual e/ou social de cariz disfrico. A anlise pretender dar conta de uma tendncia da fico no exclusiva do romance juvenil (SILVA, 2012) ou mesmo do universo crossover (BECKETT, 2009; FALCONER, 2009), mas extensvel literatura dita institucionalizada, ao mesmo tempo em que permitir identificar estratgias narrativas especficas dessa produo. O apagamento de fronteiras entre destinatrios previstos, muitas vezes de inteno autoral, cada vez mais frequente, abre consideravelmente as possibilidades de leitura dos textos, ora interpretados numa certa linha de reproduo da realidade contempornea, buscando o reconhecimento e a identificao dos leitores jovens com os universos recriados e a linguagem, ora permitindo a interseo de uma leitura crtica, questionadora, interrogando o mundo e as experincias que ele proporciona, como a habitualmente realizada pelos adultos.