3 resultados para Criatividade nível académico
em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal
Resumo:
Atualmente vivemos numa era em que a publicidade nos rodeia através de várias formas e onde as empresas esforçam-se cada vez mais para tornar eficaz a mensagem que pretendem passar. O uso de métodos convencionais, como a televisão, rádio, ou até outdoors, está a tornar-se pouco eficaz. Em muito pouco tempo, nos últimos vinte anos, a Internet mudou a nossa forma de viver, sendo até comparado ao Renascimento e à Revolução Industrial. As gerações mais recentes nasceram rodeadas deste “boom” publicitário, o que as tornou imunes. De forma a contornar este problema, surge Levinson em 1989 onde apresenta uma forma de minimizar este efeito e ao mesmo tempo proporcionar a que pequenas empresas tenham capacidade de competir com as maiores (Levinson, 2007). Assim, o marketing de guerrilha caracteriza-se por estar normalmente associado a implementações de baixo custo, que por vezes são irrepetíveis, pois conseguem alcançar um impacto “wow” significativo junto do grande público (Oliveira & Ferreira, 2013). O presente estudo contribui para a literatura do marketing de guerrilha existente, realizando assim uma compilação acerca do desenvolvimento desta temática até aos dias de hoje. De forma a perceber quais são os fatores que influenciam o uso do marketing de guerrilha pelas empresas portuguesas, foram inquiridas 140 empresas de todo o país, através de um questionário com base no estudo desenvolvido por Overbeek (2012). Através desta investigação exploratória, numa área ainda pouco explorada em Portugal, até à data, em especial a nível académico, “verificou-se que existe uma grande procura por este tipo de ferramentas não convencionais, tanto que, verificou-se que 86,4% da amostra já presenciou uma ação de guerrilha, no entanto apenas 36,4% admite já ter implementado na sua empresa, o que levanta a questão do porquê de uma taxa tão reduzida de utilização deste tipo de abordagem não convencional (Almeida & Au-Yong-Oliveira, 2015, p.1). A explicação poderá estar ligada à grande aversão à incerteza que existe em Portugal (Hofstede, 2001), e ao receio da mudança e da experimentação de novos produtos em Portugal (Steenkamp et al., 1999). Fatores que não irão mudar durante décadas, dado o tempo que demora a mudar culturas nacionais (Hofstede, 2001). Verifica-se também que na amostra das 140 empresas se destacam pessoas formadas (ao grau de licenciatura e mestrado) em Marketing (18,7% da amostra), Design (15,7%), Gestão (10,4%) e Tecnologias da Informação e Comunicação (7,9%). Pode-se concluir que são as quatro áreas fundamentais, ou pelo menos a necessidade existe em ter conhecimento nestas quatro áreas atualmente. Devido à [pequena] dimensão das empresas, um colaborador que tenha estas quatro competências tem uma vantagem competitiva face aos restantes, no que toca a hard skills.
Resumo:
Na medida em que os produtos e os processos de criação são cada vez mais mediados digitalmente, existe uma reflexão recente acerca da relação entre as imagens e as ferramentas usadas para a sua produção. A relação natural e estreita entre a dimensão conceptual e a dimensão física abre a discussão ao nível da semântica e dos processos da projetação e manipulação das imagens, nas quais estão naturalmente incluídas as ferramentas CAD. Tendo o desenho um papel inequívoco e fundamental no exercício da projetação e da modelação 3D é pertinente perceber a relação e a articulação entre estas duas ferramentas. Reconhecendo o desenho como uma ferramenta de domínio físico capaz de expressar o pensamento que opera a transformação de concepções abstratas em concepções concretas, reconhecê-lo refletido na dimensão virtual através de um software CAD 3D não é trivial, já que este, na generalidade, é processado através de um pensamento cujo contexto é distante da materialidade. Metodologicamente, abordaremos esta questão procurando a verificação da hipótese através de uma proposta de exercício prático que procura avaliar o efeito que as imagens analógicas poderão ter sobre o reconhecimento e operatividade da ferramenta Blender num enquadramento académico. Pretende-se, pois, perceber como o desenho analógico pode integrar o processo de modelação 3D e qual a relação que mantém com quem elas opera. A articulação do desenho com as ferramentas de produção de design, especificamente CAD 3D, permitirá compreender na especialidade a articulação entre ferramentas de diferentes naturezas tanto no processo da projetação quanto na criação de artefactos visuais. Assim como poderá lançar a discussão acerca das estratégias pedagógicas de ensino do desenho e do 3D num curso de Design.
Resumo:
Os estudos empíricos sobre a humildade na área dos estudos organizacionais são ainda escassos, com também os estudos sobre a humildade na liderança. Este trabalho contribui para enriquecer a literatura sobre o tema, através do estudo de como a humildade dos líderes prevê a criatividade da equipa através do efeito mediador da segurança psicológica e capital psicológico. A amostra é constituída por 73 equipas / líderes, de 40 organizações que operam em vários setores. Os líderes (n = 73) descreveram a sua própria humildade, o seu narcisismo (como variável de controlo) e a criatividade da equipa. Os membros da equipa (n = 341) descreveram a humildade do líder, a segurança psicológica e o capital psicológico da equipa. Foi adotada uma análise ao nível da equipa e os resultados individuais agregados ao nível da equipa. Os resultados sugerem que (a) a humildade do líder descrita pelos membros da equipa prevê a criatividade da equipa e (b) essa relação é mediada pela segurança psicológica e capital psicológico. Líderes mais humildes levam as suas equipas a se sentirem psicologicamente mais seguras, o que induz ao desenvolvimento de um maior capital psicologico da equipa e, desta forma, tornarem-se mais criativas.