2 resultados para school behaviour problems

em B-Digital - Universidade Fernando Pessoa - Portugal


Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Desde há alguns anos a esta parte, muito se tem discutido a temática do Bullying nas atuais sociedades modernas e industrializadas. Com o avanço da técnica e do conhecimento científico, só recentemente se lhe dá a devida atenção, dado os danos que pode causar a médio e longo prazo em todos os intervenientes nesse fenómeno de exteriorização da violência. Embora se tenham desenhado múltiplas estratégias para a sua explicação e combate, continua a ser um tema muito atual, pois embora pesem os modelos de intervenção de certa forma já padronizados, há sempre a necessidade de os adaptar ao contexto de cada caso. Desta forma este tema continua e continuará a ser alvo de estudo e aprofundamento. Neste trabalho, analisaremos toda a temática do Bullying, desde a sua conceptualização, passando pela sua etiologia, fatores de risco, intervenientes, bem como o seu diagnóstico, combate e prevenção. Partindo da premissa de que este tema envolve uma série de variáveis que vão para além dos problemas comportamentais e/ou da indisciplina, tais como variáveis culturais, sociofamiliares, escolares, pessoais/psicológicas e psicopatológicas, é nesta ultima variável que iremos focar mais especificamente o nosso trabalho, nomeadamente no estabelecimento de uma correlação entre o Bullying e a Perturbação de Défice de Atenção e Hiperatividade. Nos alunos mais jovens, o défice de atenção com hiperatividade, a depressão bem como a ansiedade, são problemas paralelos ao Bullying. Dado o facto de as crianças com estas caraterísticas serem mais vulneráveis à violência, pois têm dificuldades de integração no seio escolar e/ou no grupo de pares, podemos afirmar desde já e com bastante veemência que estas pertencem a um grupo com um enorme fator de risco para se envolver em comportamentos relacionados com o Bulliyng em toda a sua abrangência.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O medo e a ansiedade dentária são importantes fatores condicionantes do tratamento dentário. Ao interferirem na condição psicológica do paciente, condicionam o seu comportamento na consulta e a atitude que apresentam em relação aos cuidados de saúde oral. Os pacientes ansiosos, medrosos ou fóbicos adiam a consulta de medicina dentária, evitam os tratamentos e só recorrem ao médico dentista quando surgem os sintomas dolorosos. Este adiar dos procedimentos dentários resultará num agravamento dos problemas de saúde oral, e em maiores necessidades de tratamento, tratamento esse que será mais intensivo, mais invasivo e potencialmente mais traumático, levando a um reforço do medo e da ansiedade dentária já existente. As crianças, pela menor maturidade psico-emocional têm menor capacidade de lidar com as suas emoções perante diversos acontecimentos, nomeadamente, em contexto médico-dentário. Tornam-se assim mais suscetíveis ao desenvolvimento de medo e ansiedade dentária, e exibindo, com alguma frequência, comportamentos negativos na consulta, que dificultam a adequada prestação de cuidados de saúde oral. Existem ainda outros fatores etiológicos predisponentes e desencadeantes de ansiedade dentária na criança e que condicionam o seu comportamento na consulta (idade, género, faixa etária, número de consultas anteriores, entre outros). Objetivo: Neste trabalho pretendeu-se avaliar os fatores determinantes do comportamento infantil na consulta de medicina dentária da Unidade de Saúde da Ilha Terceira, em crianças com idades entre os 4 e os 16 anos. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo observacional transversal onde se pretendeu avaliar a ansiedade dentária da criança antes da consulta dentária através da Facial Image Scale (FIS); avaliar a ansiedade dentária dos acompanhantes através da. Corah Dental Anxiety Scale, Revised (DAS-R). e o comportamento das crianças durante o tratamento dentário usando a Escala de Frankl. O estudo decorreu de 30 de Abril a 8 de Maio na Unidade de Saúde da Ilha Terceira, Região Autónoma dos Açores, tendo sido observadas 53 crianças de idades compreendidas entre os 4 e os 16 anos. Resultados: Numa amostra de 53 crianças, verificou-se que 11,3% das crianças apresentavam ansiedade dentária antes da consulta dentária, que os pais eram mais ansiosos que as crianças, 49,1% apresentavam ansiedade dentária e que a percentagem de crianças com um comportamento negativo durante a consulta médico-dentária foi muito baixa, correspondendo a 1,9%. Verificou-se que a ansiedade dentária parental não interfere com a ansiedade dentária da criança, quando comparadas, ao contrário do que alguns estudos sugerem. Não houve relação entre a ansiedade dentária da criança e o género, idade, número de vezes que veio ao médico dentista ou estatuto social. Conclusão: Neste estudo pôde-se concluir que as crianças que frequentaram a consulta de medicina dentária da Unidade de Saúde da Ilha Terceira entre 30 de Abril a 8 de Maio apresentaram baixa prevalência de ansiedade dentária e elevada prevalência de comportamento positivo na consulta. Já os seus pais ou acompanhantes apresentaram uma prevalência de ansiedade dentária parental elevada. Conhecer os fatores que condicionam o comportamento infantil na consulta dentária como a ansiedade dentária da criança e a ansiedade dentária parental e medi-los antes da consulta poderá ajudar a equipa dentária na abordagem comportamental da criança durante os tratamentos dentários. Envolver a comunidade escolar e a população infantil em ações de promoção da saúde oral, promovendo rastreios dos problemas orais nas escolas, e consultas dentárias de acompanhamento logo desde muito jovens, poderá ter um efeito benéfico na diminuição da ansiedade dentária nas crianças e no desenvolvimento de comportamentos positivos nas consultas.