5 resultados para parentais
em B-Digital - Universidade Fernando Pessoa - Portugal
Resumo:
A Formação Parental, enquanto medida de intervenção socioeducativa, tem sido um alvo de interesse gradual, quer a nível internacional, quer a nível nacional. As profundas mudanças ocorridas, na esfera social e familiar, são agentes que têm vindo a promover o desenvolvimento de iniciativas de intervenção neste domínio. A consciência dos desafios que acarretam o desempenho das funções parentais nos dias de hoje, tem sido um incentivo na procura de respostas e auxílio aos intervenientes neste difícil processo de educar. Também o contributo teórico da Psicologia, nomeadamente nas áreas de estudo sobre a Formação Parental, a família, os estilos parentais, o envolvimento parental, e a sua pertinência para o desenvolvimento e equilíbrio infanto-juvenil, têm vindo e estimular o crescente investimento nesta área de intervenção. O presente estudo teve por objetivo construir, implementar e avaliar a eficácia de um programa de Promoção de Práticas Educativas Parentais. Neste estudo participaram 4 cuidadores (3 do sexo feminino e 1 um do sexo masculino), todos eles residentes no meio urbano (n=4), casados (n=4) e com uma média de idades de aproximadamente 42 anos (M=42,25), variando entre os 40 e os 45 anos. A maioria tem o 12º ano (n=3, 75%), apenas 1 (25%), possui habilitações superiores ao nível de licenciatura. Os dados foram recolhidos através de um Questionário Sociodemográfico e do Questionário de Práticas Parentais (Versão Portuguesa de M. Gaspar & P. Santos de 2008, revisto em 2013). No que respeita aos resultados obtidos, existem algumas modificações positivas na promoção de competências parentais ajustada, recorrendo à utilização de estratégias de disciplina positiva em todos os sujeitos, depois da intervenção. Referente as outras variáveis, nomeadamente, os diferentes estilos de disciplina, promoção do autoconhecimento enquanto pessoas e pais, fomentar a autoestima atendendo a aspetos pessoas e parentais, incentivar o bem-estar subjetivo/felicidade dos participantes com relevância na parentalidade não houve ocorrência de alterações positivas.
Resumo:
Introdução: A doença cárie é uma das mais comum em crianças de idade pré-escolar, e desenvolve-se logo após a erupção dentária. Na literatura está descrito que para o aparecimento e desenvolvimento desta lesão é necessário a presença de um hospedeiro susceptível, microflora cariogénica, a dieta e o tempo. No entanto, a Cárie Precoce da Infância Grave não é uma lesão de progressão normal, e sim rompante e afecta crianças, até aos três anos de idade. Os hábitos que a família tem, em especial a mãe, são responsáveis pela transmissão de bactérias que podem influenciar o aparecimento de lesões de cáries nas crianças. Simples actos como o testar a temperatura da comida antes de dar à criança, limpar a chupeta com a boca e a partilha de utensílios podem aumentar o risco de Cárie Precoce da Infância. Através de uma revisão de literatura, pretende-se explorar a influência parental no aparecimento desta doença e saber se existe fundamentos para preocupação e assim efectuar uma mais adequada prevenção junto dos pais ou encarregados de educação. Metodologia: Nesta revisão narrativa de literatura fez-se a pesquisa nas bases de dados electrónicas PubMed e SciELO; recorreu-se aos repositórios bibliográficos das universidades; páginas institucionais e referências bibliográficas de artigos; livros de Medicina Dentária Preventiva e de Odontopediatria. Discussão: Os hábitos parentais como o provar ou testar a comida das crianças antes da alimentação e a partilha de talheres durante as refeições são considerados factores de risco para o aumento dos níveis de bactérias, como o Streptococcus mutans. Em relação aos hábitos como limpar a chupeta com a boca, o contacto físico intrafamiliar e dos pais beijarem os filhos há pouca evidência científica e é necessário fazer estudos mais conclusivos nestas áreas. Conclusão: Com esta revisão de literatura foi possível identificar quais os hábitos parentais que aumentam o risco dos filhos desenvolverem Cárie Precoce da Infância Grave.
Resumo:
Muitos são os investigadores e estudiosos que, em todas as partes do mundo, se têm debruçado sobre a relação Escola–Família–Comunidade, tentando perceber os preditores que justificam, por exemplo, a indisciplina ou o (in)sucesso na sala de aula. Movidos pela curiosidade de 25 anos a trabalhar no sistema educativo, quisemos perceber o papel da mulher no que à educação formal dos filhos diz respeito. Empiricamente sabíamos que normalmente à mãe cabe mais esta tarefa de ser a Encarregada de Educação dos seus descendentes e quisemos perceber porquê. Que características concorrem para que a ela seja entregue esta “missão”? Igualmente quisemos saber se esta “missão” era solitária ou se o seu cônjuge coopera e de que forma. De uma parte teórica baseada na literatura existente através da qual procurámos perceber o(s) papel(éis) da mulher anterior e posteriormente ao 25 de abril de 1974 e da lenta integração legal dos Encarregados de Educação nas escolas, partimos para um trabalho de investigação assente nos alunos do AENelas e respetivos Encarregados de Educação. Colaboraram connosco 44 Encarregados de Educação de alunos do 9.º ano que, através das suas respostas, permitiram perceber que os novos tempos são, teoricamente, de partilha, porém, na prática, é ao elemento feminino da família que compete a assunção do cargo de Encarregado de Educação. Os respondentes inclinam-se (nas suas respostas) para a disponibilidade de tempo, contudo, coincidência ou não, a maioria trabalha e a minoria, quer de Encarregados quer de Encarregadas de Educação, tem habilitações literárias inferiores ao seu cônjuge ou companheira(o). Há aspetos incontornáveis que não deixam dúvidas: a função de EE é “vitalícia” e marcadamente “feminina”.
Resumo:
A Formação Parental poderá ser a chave para o sucesso de muitas famílias, principalmente para aquelas que se encontram menos preparadas para este novo papel, que é ser mãe ou pai, sobretudo quando ainda são jovens. Desta forma, o presente estudo tem como objetivos identificar quais as necessidades de formação de mães com filhos com idades compreendidas entre os 3 e 6 anos apoiadas pelo Centro da Mãe do Funchal; aplicar um programa de formação parental adequado às necessidades das mães; avaliar a evolução das competências e estilos parentais e comparar os resultados com outros estudos. Como já supramencionado, este estudo desenvolveu-se no Centro de Mãe do Funchal, Instituição Particular de Solidariedade Social, que tem como objetivo apoiar e/ou acolher grávidas adolescentes e jovens mães, com os seus filhos, em situação de risco. As participantes do estudo foram três assistentes sociais, uma psicóloga e seis jovens mães de crianças em idade pré-escolar, apoiadas pelo Centro de Mãe. A identificação das necessidades de formação das mães foi concretizada recorrendo a entrevistas semiestruturadas. Posteriormente, procedemos à adaptação de um programa de formação parental, baseando-o no programa “Escola de Mães” do estudo de Bernardo (2013). Após as alterações necessárias ao programa de formação parental, este foi aplicado às mães. Com o objetivo de avaliar a evolução das competências e estilos parentais, foi efetuada também uma entrevista antes e após a frequência da formação parental. De forma a consubstanciar esta avaliação foram utilizados três instrumentos validados para a população portuguesa, designadamente o Questionário de Estilos Parentais – Pais adaptado de Parental Authority Questionnaire PAQ, de Buri (1991, cit in Pires et al.,2011), a Escala de Estima de Si - S.E.R.T.H.U.A.L. adaptado de Tap et al., (2009) e a Escala de Autoeficácia Parental de Brites (2010). As alterações do estilo parental praticado antes e após a frequência do programa indicam que o Programa de formação parental teve um impacto positivo junto da maioria das participantes neste estudo. É de realçar ainda a evolução das competências parentais das mães, manifestadas na sua autoestima e na relação com os seus filhos.
Resumo:
O experimento da parentalidade vai ser sempre único, seja o primeiro filho ou não, a experiência vai reger-se pela individualidade de cada criança e também pelas experiências vividas pelos pais. Deste modo, muitas vezes os pais não se sentem preparados, ou encontram dificuldades e inseguranças nesta tarefa. De acordo com Santos e Morais (s/data) a falta de preparação e as inseguranças que os levam a cometer erros na parentalidade podem advir de falta de experiência própria, ou então das falhas nos métodos e técnicas. Contudo, o papel dos pais é fundamental para o desenvolvimento da criança, tal como a família. A parentalidade pode ser encarada pelo adulto como sendo um desafio, e como sendo o mais exigente, sendo assim, também o que lhe irá proporcionar mais satisfação. Este desafio vai carecer que o adulto se aplique psicologicamente, fisicamente e intelectualmente. Ao viver a parentalidade, cada pai/mãe, vai experienciar o seu papel de diversas formas e deste modo, os pais vão avaliar o seu próprio desempenho, permitindo que estes se sintam mais ou menos competentes. Ao avaliar as suas competências e falhas como pais, permite que haja um bom ajuste ao papel parental e permite uma abertura a práticas parentais positivas. Os recentes problemas económicos que atravessam o país, têm vindo a constituir-se como um fator de mudanças na família. Neste contexto, diversas instituições de apoio comunitário, propõem-se a um acompanhamento e intervenção a nível parental e familiar. Deste modo, o presente estudo debruçou-se em compreender as necessidades das famílias acompanhadas em contexto social e comunitário numa IPSS, de forma a possibilitar um planeamento de uma intervenção mais adequada e eficaz, que lhes permita uma melhoria da qualidade da vida familiar. Pretende-se assim, dar resposta a determinadas questões como: Qual o estilo parental mais evidente nos agregados familiares; Quais os principais problemas familiares; quais as maiores dúvidas dos pais/tutores; Qual o modelo de intervenção em Educação parental mais apropriado; qual o nível de intervenção e finalmente que tipo de intervenção será a mais adequada.