4 resultados para Traveler consultations

em B-Digital - Universidade Fernando Pessoa - Portugal


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Introdução: Uma grande parte de todas as consultas de medicina dentária realizadas em Portugal ocorre em prestadores de natureza privada, consequentemente a acessibilidade, principalmente entre os estatutos socioeconomicamente mais desfavorecido é dificultada. As crianças e os jovens são um grupo especial da população que necessita de particular atenção e proteção por parte dos serviços governamentais, investir na sua saúde e no seu bem‐estar garante ganhos de saúde ao longo das suas vidas. Tendo isto em conta, foi criado o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral (PNPSO). Os objetivos principais deste programa consistem na redução da incidência de doenças orais, melhoria dos conhecimentos e comportamentos sobre saúde oral e a promoção da equidade na prestação de cuidados de saúde oral. Desta forma são emitidos cheques-dentista para determinados grupos populacionais, sendo eles crianças e jovens com idade inferior a 16 anos, gravidas a ser seguidas no SNS, beneficiários do complemento solidário para idosos, portadores de Sida/VIH, e consultas no âmbito da prevenção do cancro oral. Participantes e Métodos: Realizou-se um estudo observacional transversal onde a população em análise foi constituída pelos responsáveis dos alunos de 10 e 13 anos abrangidos pelo PNPSO que no ano letivo 2013/2014 frequentaram o Colégio de Vizela e o Instituto Silva Monteiro. A recolha de dados foi feita através de um inquérito realizado por escrito com questões relativas à utilização dos documentos no âmbito do PNPSO. Em ambas as situações esteve presente o consentimento informado e garantiu-se a total confidencialidade dos dados. Os dados recolhidos neste estudo foram submetidos a uma análise estatística recorrendo ao software IBM SPSS Statistics v22. Resultados: Na população analisada quando questionados “O seu educando já tinha tido alguma consulta de medicina dentária?” 88,5% responderam “sim”, desses a maioria referiu que o médico dentista onde essas consultas foram realizadas estava incluído no programa (81,5%). Uma grande parte dos inquiridos referiu a escola como fator que lhes deu a conhecer o programa (sendo que 90,2% incluíram essa opção nas suas respostas). Quando questionados se fizeram tratamentos fora do programa 54,9% responderam que não. Em relação à utilização do(s) cheque(s)-dentista a que tiveram direito, 86,1% dos beneficiários referiu ter utilizado, desses, 67,6% mencionou a conclusão dos tratamentos com as consultas no âmbito do programa. Quando questionados o que os levou a escolher o consultório onde os tratamentos incluídos no PNPSO foram realizados, 57,9% do total de respostas foram para o “conhecimento prévio do médico dentista”. Na opinião de grande parte dos inquiridos (97,5%), o cheque-dentista é um incentivo para cuidados de saúde oral. No futuro, 99,2% dos beneficiários referiram que irão realizar os tratamentos a que tenham direito com o PNPSO. Conclusão: Com este estudo foi possível observar que grande parte dos beneficiários analisados utilizou o(s) cheque(s)-dentista a que tiveram direito. É possível observar que a maioria dos utentes referiram ter beneficiado com o programa, e afirmam que este constitui um meio de promoção e prevenção de doenças orais futuras e um incentivo para os cuidados de saúde oral. O processo de divulgação do PNPSO foi na sua maioria realizado pelas escolas, em que ambas se revelaram competentes a dar a conhecer o programa aos beneficiários.

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O medo e a ansiedade dentária são importantes fatores condicionantes do tratamento dentário. Ao interferirem na condição psicológica do paciente, condicionam o seu comportamento na consulta e a atitude que apresentam em relação aos cuidados de saúde oral. Os pacientes ansiosos, medrosos ou fóbicos adiam a consulta de medicina dentária, evitam os tratamentos e só recorrem ao médico dentista quando surgem os sintomas dolorosos. Este adiar dos procedimentos dentários resultará num agravamento dos problemas de saúde oral, e em maiores necessidades de tratamento, tratamento esse que será mais intensivo, mais invasivo e potencialmente mais traumático, levando a um reforço do medo e da ansiedade dentária já existente. As crianças, pela menor maturidade psico-emocional têm menor capacidade de lidar com as suas emoções perante diversos acontecimentos, nomeadamente, em contexto médico-dentário. Tornam-se assim mais suscetíveis ao desenvolvimento de medo e ansiedade dentária, e exibindo, com alguma frequência, comportamentos negativos na consulta, que dificultam a adequada prestação de cuidados de saúde oral. Existem ainda outros fatores etiológicos predisponentes e desencadeantes de ansiedade dentária na criança e que condicionam o seu comportamento na consulta (idade, género, faixa etária, número de consultas anteriores, entre outros). Objetivo: Neste trabalho pretendeu-se avaliar os fatores determinantes do comportamento infantil na consulta de medicina dentária da Unidade de Saúde da Ilha Terceira, em crianças com idades entre os 4 e os 16 anos. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo observacional transversal onde se pretendeu avaliar a ansiedade dentária da criança antes da consulta dentária através da Facial Image Scale (FIS); avaliar a ansiedade dentária dos acompanhantes através da. Corah Dental Anxiety Scale, Revised (DAS-R). e o comportamento das crianças durante o tratamento dentário usando a Escala de Frankl. O estudo decorreu de 30 de Abril a 8 de Maio na Unidade de Saúde da Ilha Terceira, Região Autónoma dos Açores, tendo sido observadas 53 crianças de idades compreendidas entre os 4 e os 16 anos. Resultados: Numa amostra de 53 crianças, verificou-se que 11,3% das crianças apresentavam ansiedade dentária antes da consulta dentária, que os pais eram mais ansiosos que as crianças, 49,1% apresentavam ansiedade dentária e que a percentagem de crianças com um comportamento negativo durante a consulta médico-dentária foi muito baixa, correspondendo a 1,9%. Verificou-se que a ansiedade dentária parental não interfere com a ansiedade dentária da criança, quando comparadas, ao contrário do que alguns estudos sugerem. Não houve relação entre a ansiedade dentária da criança e o género, idade, número de vezes que veio ao médico dentista ou estatuto social. Conclusão: Neste estudo pôde-se concluir que as crianças que frequentaram a consulta de medicina dentária da Unidade de Saúde da Ilha Terceira entre 30 de Abril a 8 de Maio apresentaram baixa prevalência de ansiedade dentária e elevada prevalência de comportamento positivo na consulta. Já os seus pais ou acompanhantes apresentaram uma prevalência de ansiedade dentária parental elevada. Conhecer os fatores que condicionam o comportamento infantil na consulta dentária como a ansiedade dentária da criança e a ansiedade dentária parental e medi-los antes da consulta poderá ajudar a equipa dentária na abordagem comportamental da criança durante os tratamentos dentários. Envolver a comunidade escolar e a população infantil em ações de promoção da saúde oral, promovendo rastreios dos problemas orais nas escolas, e consultas dentárias de acompanhamento logo desde muito jovens, poderá ter um efeito benéfico na diminuição da ansiedade dentária nas crianças e no desenvolvimento de comportamentos positivos nas consultas.

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Os profissionais de Saúde Oral, nomeadamente os Médicos Dentistas, têm vindo a enfrentar variados riscos decorrentes da sua atividade profissional. Apesar de haver um esforço constante no sentido de melhorar os equipamentos e materiais dentários, através dos avanços tecnológicos, estes não conseguiram, ainda, colmatar significativamente os problemas Músculo-Esqueléticos dos Médicos Dentistas. Este tipo de problemas surge enquanto estudantes, durante a prática clínica, muitas vezes devido às condições de trabalho, à inexperiência inerente, mas, principalmente, devido às postura e aos hábitos de trabalho errados que adquirem e que, consequentemente, persistem ao longo da sua vida profissional. A presente dissertação, aliada a uma vasta literatura relacionada, pretende alertar os profissionais de Saúde Oral, com foco nos Médicos Dentistas, para as patologias decorrentes das posturas erradas no exercício da Medicina Dentária, denominadas de Desordens Músculo-Esqueléticas relacionadas com o Trabalho, identificando-as, assim como aos fatores de risco que influenciam o seu aparecimento. A elaboração desta dissertação, pretende, ainda, propor exercícios de Ginástica Laboral a realizar entre consultas, como estratégia de prevenção para o surgimento de Lesões MúsculoEsqueléticas Relacionadas com o Trabalho nos Médicos Dentistas e alertar para a importância da Ergonomia na conceção de um Consultório Dentário. Para a presente revisão bibliográfica, foi realizada uma pesquisa bibliográfica com recurso a livros e artigos publicados em revistas, e que foram consultados nas Bibliotecas da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto e da Universidade Fernando Pessoa. Procedeu-se à pesquisa por recurso aos motores de busca na internet, tais como, PubMed, Scielo, B-On e Medline, utilizando as seguintes palavras-chave, em conjunto ou individualmente: “Lesões por esforços repetitivos”; “Lesões Músculo-Esqueléticas”; “Ergonomia”; “Prevenção”; “Fatores de Risco”; “Ginástica Laboral”; “Work related musculoskeletal disorders”; “Dentistry”; “Ergonomics”; “Pain”; “Prevention”; “Risk factors”. Foram selecionados artigos entre 1987 e 2015, com relevância para o presente trabalho de dissertação de Mestrado, escritos em Português e Inglês. Desta forma, a pesquisa bibliográfica permitiu verificar a prevalência de Lesões Músculo-Esqueléticas Relacionadas com o Trabalho, no âmbito da Medicina Dentária, assim como os fatores de risco associados ao seu aparecimento. Foram ainda tecidas algumas recomendações de forma a contribuir para o bem-estar dos Médicos Dentistas, elucidando-os para a necessidade de adotar posturas corretas e usando a Ergonomia como base para a organização e conceção de um Consultório Dentário. Recorreu-se, ainda, à ilustração de um programa de Ginástica Laboral, através de dois cartazes elucidativos, com o objetivo de prevenir, corrigir e compensar este tipo de patologias do Médico Dentista, desde a sua prática clínica. Após a elaboração desta dissertação, acredita-se ser de extrema importância a aplicação de diretrizes ergonómicas na conceção de um Consultório Dentário, na organização de tarefas, no procedimento clínico, na adoção de posturas, no posto de trabalho, na localização do equipamento e na escolha dos instrumentos. Este método, para além de minimizar o risco do aparecimento de doenças profissionais, também simplifica tarefas, proporciona a correta comunicação entre o Médico Dentista e o assistente e melhora a qualidade e produtividade laboral, através da redução da fadiga física e mental e do aumento da confiança e bem-estar dos Médicos Dentistas.

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A Amelogénese Imperfeita é uma anomalia hereditária que interfere no desenvolvimento do esmalte, pode variar em seu grau de intensidade, podendo afetar o esmalte tanto na sua qualidade, quanto na sua quantidade e em ambas as dentições. Existem pelo menos catorze subtipos diferentes de amelogénese imperfeita, sendo as do tipo hipoplásico, hipomaturado, hipocalcificado e hipoplásico ou hipomaturado com taurodontia segundo o seu fenótipo e quinze subtipos, segundo o seu modo de transmissão. Segundo a literatura, os pacientes com amelogénese imperfeita, independentemente do subtipo presente, apresentam complicações orais semelhantes: estética dentária comprometida, sensibilidade dentária e diminuição da dimensão vertical de oclusão. O tratamento destes pacientes assume um papel relevante, na medida em que requer cuidados especiais, já que esta doença acarreta, por norma, problemas psicológicos e interfere com o autoestima do individuo. É notória, atualmente, uma oferta variada de opções reabilitadoras ao dispor do Médico Dentista, que ajudarão o mesmo a restabelecer a estética e função. Os tratamentos são variados e por vezes complexos, podem ser desenvolvidos de forma conservadora ou invasiva. Contudo, a escolha do melhor tratamento será consequência da gravidade da patologia e de fatores inerentes ao próprio paciente. Neste estudo, abordamos as facetas, como uma alternativa reabilitadora, que com o avanço e melhorias na área da Dentisteria Estética, nomeadamente no que diz respeito à adesão à dentina, parecem ser uma opção credível. Assim, o objetivo desta dissertação é demonstrar e elucidar a reabilitação dos defeitos associados a esta doença com a utilização de facetas diretas e indiretas. Foram efetuadas pesquisas e consulta de livros, monografias, dissertações, artigos em base de dados como o Pubmed/Medline, para que conseguíssemos realizar uma discussão sobre o mesmo tema e desta forma encontrar uma adequada resposta a todas as nossas inquietações sobre esta questão.