5 resultados para Limas Endodônticas
em B-Digital - Universidade Fernando Pessoa - Portugal
Resumo:
A Endodontia é uma área em constante evolução. Consideráveis desenvolvimentos nos materiais e técnicas têm sido essenciais para o melhoramento dos resultados nos tratamentos realizados. É exemplo disso mesmo a constituição dos instrumentos Endodônticos primordiais, construídos em cordas de piano, com evolução para aço de carbono, material este que sofria corrosão provocado pelo cloro presente no hipoclorito de sódio. O aço de carbono evoluiu para aço inoxidável e deste as limas endodônticas passaram a ser feitas em níquel-titânio, conferindo-lhes melhor flexibilidade e efeito de memória de forma. Mesmo com todas estas melhorias significativas, fraturas de instrumentos e erros durante a instrumentação continuam a acontecer e com eles veio a necessidade da pesquisa de possíveis melhorias da constituição das limas em NiTi. Como resultado surgiram ligas como o M-wire, fase-R e CM-wire, criadas a partir de tratamentos térmicos, que trouxeram às limas Endodônticas maior flexibilidade e resistência à fratura que os instrumentos feitos em NiTi convencional. A mais recente evolução das limas Ni-Ti, desenvolvida pela Coltene Whaldent (Allstätten, Suiça), são as limas Hyflex EDM, limas para canais radiculares de 5ª geração. O seu processo de fabrico por eletroerosão cria uma superfície única fazendo com que estas limas sejam mais duras e resistam mais à quebra, aliado à sua alta flexibilidade. É possível assim reduzir o número de limas para a limpeza e modelagem dos canais durante os tratamentos endodônticos sem comprometer a preservação da anatomia dos canais. As limas Hyflex EDM possuem, tal como as limas Hyflex CM, o efeito de controle de memória (CM), o que confere propriedades muito similares entre os dois sistemas.
Resumo:
As infeções endodônticas envolvem a invasão e multiplicação de microrganismos na polpa dentária e tecidos periapicais sendo responsáveis por dois tipos de patologias: as patologias pulpares e as patologias periapicais. Relativamente às patologias pulpares destacam-se a pulpite reversível, a pulpite irreversível e a necrose pulpar. Quanto às patologias periapicais, destacam-se o abcesso apical agudo, o abcesso apical crónico, a periodontite apical aguda, a periodontite apical crónica, o granuloma perirradicular e o quisto perirradicular. As doenças pulpares e periapicais apresentam manifestações clínicas diferentes que, em conjunto com os sinais e sintomas manifestados pelo paciente permitem diagnosticar o tipo de infeção endodôntica. As infeções endodônticas estão associadas a uma elevada diversidade de bactérias, sendo frequentemente intituladas de infeções endodônticas polimicrobianas. Sabe-se que os microrganismos são a causa principal das doenças pulpares e periapicais e, por esse motivo, o objetivo principal do Tratamento Endodôntico consiste na eliminação dos microrganismos e prevenção da re-infeção. O tratamento das infeções endodônticas baseia-se na preparação químico-mecânica do sistema de canais radiculares – instrumentação e irrigação – seguida da obturação e culminando com a restauração definitiva ou tratamento reabilitador. Este trabalho tem como objetivos adquirir um conhecimento mais amplo relativamente aos tipos de infeções endodônticas, à realização dos diversos diagnósticos e, principalmente, às várias opções de tratamento, disponíveis na área da Endodontia. Para tal foi realizada uma pesquisa bibliográfica baseada em artigos científicos, publicados nas bases de dados PubMed, Scielo e Science Direct bem como em alguns livros relacionados com o tema.
Resumo:
O tratamento endodôntico é um procedimento comum em medicina dentária, tradicionalmente é realizado em múltiplas sessões, com medicação intracanalar entre sessões, para reduzir ou eliminar os microrganismos e os seus produtos antes da obturação, mas o conceito de tratamento numa sessão não é novo e nos últimos anos tem sido mais incorporado na prática clínica. O uso de técnicas endodônticas e equipamentos contemporâneos têm revolucionado os procedimentos endodônticos de modo a que seja possível a realização do tratamento endodôntico em uma única sessão, não só por aumentarem a taxa de sucesso do tratamento endodôntico, mas também por reduzirem o tempo necessário para o tratamento. A realização do tratamento numa única sessão tem vindo a ganhar aceitação como sendo o melhor tratamento na maioria dos casos, sendo que alguns endodontistas acreditam que existem poucos casos que não possam ser tratados com sucesso em uma única sessão. Dada a tendência para uma sociedade cada vez com um ritmo mais acelerado, este tipo de tratamento tem-se tornado o tratamento de eleição e habitualmente o tipo de tratamento preferido pelos pacientes Este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão sobre o debate da realização do tratamento endodôntico em uma ou múltiplas sessões, avaliando todas as vantagens e desvantagens da realização do tratamento endodôntico numa sessão, comparativamente ao tratamento endodôntico em múltiplas sessões, bem como as suas indicações e contraindicações, de modo a proporcionar ao médico dentista uma informação atualizada desta abordagem clínica.
Resumo:
Introdução: Em Portugal a realidade actual, clínica e financeira do exercício da Medicina Dentária é bem distinta da do final do séc. XX devido à pletora de Médicos Dentistas e à baixa de honorários por acto Médico registada nos últimos anos. Objectivos: Este trabalho teve como objectivo perceber um pouco sobre os detalhes a ter em consideração aquando da abertura de uma clínica centrada na realização de tratamentos na área da Endodontia, e como publicitá-la de forma legal e apelativa. Pretende-se depois também estimar o custo mínimo para a realização de tratamentos Endodonticos com diferentes equipamentos e comparar a eficácia entre tratamentos usando ferramentas diferentes. Materiais e Métodos: Foram usadas como fontes de pesquisa para o presente trabalho bases de dados como a PubMed, B-On e Cochrane Library. Foi também usado o Google. Para pesquisa no PubMed foram usados vários descritores MeSH, como “Commerce”, “Dentistry”, “Endodontics”, “Management” e “Marketing”. Foram também usadas diversas palavras-chave no PubMed e nos outros motores de pesquisa, como “Anesthesia”, “Dental Office”, “Files”, “Irrigation”, “Magnification”, “Microscope”, “Obturation Systems” e “Rotatory Systems”. As pesquisas foram filtradas para serem apresentados apenas resultados entre 2011 e 2016, sendo este filtro retirado só quando não eram encontrados resultados satisfatórios ou relevantes para os temas discutidos no trabalho. Foram obtidos 3927 artigos e seleccionados 24. A inclusão destes artigos foi feita tendo em conta as suas fontes bibliográficas e a qualidade dos estudos a que se reportavam. Foram excluídos artigos que se reportavam a estudos muito antigos ou a tecnologias ultrapassadas, como sistemas de limas antigos. Conclusões: As novas tecnologias usadas para tratamento Endodontico, apesar de dispendiosas, melhoram muito o atendimento ao paciente.
Resumo:
Na prática clínica, a diversidade de instrumentos manuais, rotatórios ou reciprocantes, dificulta a seleção do sistema a aplicar no retratamento dentário não cirúrgico. O presente trabalho teve como objetivo comparar diferentes instrumentos quanto a diferentes parâmetros: capacidade de remoção de Gutta-Percha (GP), extrusão apical de detritos, fratura de instrumentos, e ocorrência de iatrogenias. Neste trabalho foram utilizadas 111 publicações posteriores a 2011, obtidas via PubMed e Science Direct. A análise da bibliografia indica que, independentemente do sistema, não é possível remover todo o material obturador das paredes radiculares, sendo esta tarefa dificultada em canais curvos e na área apical. Verifica-se que a remoção de GP melhora no sentido: limas H, ProTaper, e Mtwo. O sistema Reciproc foi associado a melhores desempenhos e a menores tempo de trabalho, do que os sistemas de rotação contínua. Nenhum dos instrumentos analisados é capaz de evitar a extrusão apical de detritos na totalidade. Apesar de resultados dispares, a maioria dos estudos assume que o sistema Reciproc provoca menor extrusão apical de detritos. Em Endodontia, as duas principais causas da fratura de instrumentos são a fadiga cíclica e a torsão. A maioria dos estudos concordam que o movimento reciprocante, como o do Reciproc, aumenta a resistência à fractura e a resistência à torsão, mantendo a anatomia original do canal. Relativamente à produção de perfurações e fracturas radiculares, a superioridade dos instrumentos NiTi relativamente às limas manuais não foi clara. De acordo com a literatura, o sistema Reciproc, constituído por liga de NiTi M-Wire, está associado a menos eventos iatrogénicos. Finalmente, conclui-se que futuros estudos seriam benéficos para esclarecer o potencial dos diferentes sistemas estudados.