2 resultados para In vitro methods
em B-Digital - Universidade Fernando Pessoa - Portugal
Resumo:
Introdução: O adequado selamento do sistema de canais radiculatres (SCR) obtido através da obturação, evita a infiltração de micro-organismos entre as paredes do canal radicular e o material obturador, reduzindo a possibilidade de insucesso do tratamento endodôntico (TE). A falta de selamento coronal, o atraso da colocação da restauração permanente, a fratura da restauração coronal, assim como uma espessura inadequada da restauração provisória, inferior a 4mm, podem, entre outros factores, ser predisponentes para a recontaminação do SCR obturado. Sendo o selamento da entrada do SCR uma importante etapa do TE, neste estudo pretendeu-se avaliar diferentes materiais para tal procedimento, avaliando qual o material que proporciona menor infiltração. Materiais e métodos: Neste estudo foram utilizados 70 dentes humanos monocanalares, que foram divididos aleatoriamente em 6 grupos. Grupo I (15 dentes) foram selados com ionómero de vidro modificado por resina (Ionoseal - VOCO®), Grupo II (15 dentes) foram selados com ionómero de vidro modicifado por resina (GC Fuji II LC- GA America®), Grupo III (15 dentes) foram selados por um compósito fluído (GrandioSO Heavy Flow - VOCO®), Grupo IV (15 dentes) foram selados por um compósito nanohíbrido (GrandioSO - VOCO®). O Grupo V (5 dentes) e o Grupo VI (5 dentes) foram usados como controlo negativo e positivo, respectivamente. Os dentes foram submetidos a termociclagem de 500 ciclos, de 60 segundos de duração cada um, com variações de temperatura de 5°C - 55°C. Em seguida, foram imersos em corante azul de metileno a 2% para avaliação da infiltração dos materiais. Resultados: Em geral, Ionoseal® demonstrou maior infiltração de corante que os outros materiais, e quando comparado com os demais grupos a diferença foi significativa. Porem entre os grupos 1, 2 e 3 não houve diferença estatística significante. Conclusões: LC Fuji II®, GrandioSo® Nano partícula Flow e GrandioSo® Nano partícula podem ser usados como barreira intracanalar.
Resumo:
Introdução: A extrusão apical detritos (EAD) consequência indesejável da instrumentação canalar pode ser associada a dor/edema, podendo atrasar a cicatrização periapical. O nosso trabalho teve como objectivo avaliar e quantificar a EAD em canais instrumentados por sistemas de instrumentação rotatória contínua e reciprocante. Materiais e Métodos: 80 dentes monocanalares sem tratamento endodôntico prévio foram aleatoriamente divididos em 4 grupos (n=20): One Shape® Protaper® NEXT, Hyflex® EDM e WaveOne® Gold. Um tubo de Eppendorf (TdE) foi pesado antecipadamente numa balança analítica de precisão e com um dente inserido foi montado num dispositivo modificado, similar ao método descrito por Myers & Montgomery. Os canais foram instrumentados e irrigados com água destilada. Os dentes instrumentados foram removidos dos TdE e estes preenchidos com água destilada até perfazer 1,5ml, incubados a 70ºC durante cinco dias sendo pesados novamente, calculando a diferença entre o peso inicial e final determinando o peso dos detritos. Os dados foram analisados estatisticamente utilizando o IBM SPSS Statistics 22, considerando α=0,05. Efetuaram-se testes Kruskal-Wallis e post-hoc com ajustamento do ρ-value pelo método Dunn-Bonferroni. Resultados: Houve EAD em todas as técnicas de instrumentação. A análise estatística mostrou haver diferenças significativas na EAD entre as técnicas utilizadas (α=0,002). Entre as técnicas WaveOne® Gold e One Shape® (α=0,003), WaveOne® Gold e Protaper® NEXT (α=0,023) e WaveOne® Gold e Hyflex® EDM (α=0,028). Conclusões: A técnica One Shape® apresentou menor EAD e a técnica WaveOne® Gold com movimento reciprocante constitui maior fator de risco tendo apresentado maior EAD. Os resultados deste estudo indicam que os profissionais devem estar cientes para a EAD que pode ocorrer com cada instrumento, o que poderá servir de base para a selecção de um instrumento particular. Implicações clínicas: A escolha do sistema de instrumentação canalar influencia a extrusão de detritos. Fontes de financiamento: Agradecimentos as empresas; Micro-Mega, França, COLTÉNE e Dentsply Maillefer, Suíça.