2 resultados para Correlation analysis

em B-Digital - Universidade Fernando Pessoa - Portugal


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A terapia analítico-comportamental infantil, embasada pelos pressupostos do Behaviorismo Radical e pelos princípios da Análise do Comportamento, é caracterizada por atendimento da criança em consultório e orientação de pais. Estudos têm apontado dificuldades encontradas pelos psicólogos em relação aos resultados clínicos no que se refere à generalização de ganhos terapêuticos. Apesar das investigações concluírem que os programas de intervenção com pais têm apresentado resultados satisfatórios, a prática clínica relata problemas em relação à generalização, principalmente quando avaliados ao longo do tempo. A presente pesquisa teve como objetivo compreender o processo de orientação de pais a partir de relações de elementos descritos pela literatura como influentes no processo de generalização de ganhos terapêuticos. Foi aplicado questionário, construído pela autora e sua orientadora a partir da bibliografia de referência da área estudada, com análise de especialistas e análise cognitiva dos itens (aplicação a 5 indivíduos com características semelhantes às dos nossos participantes), em 38 pais de crianças atendidas por psicólogos analistas do comportamento na cidade de Fortaleza-Ce, Brasil. Os dados foram avaliados a partir de uma análise descritiva (Tendência Central e Dispersão). Os itens do questionário foram classificados em nove categorias que foram compreendidas a partir da análise de correlação de Spearman por meio do programa estatístico SPSS. Os resultados constataram correlações positivas e significativas entre o processo de generalização e as categorias estudadas (Relação terapêutica; Ocorrência da orientação de pais; Ocorrência da generalização - Percepção dos pais; Treino de habilidades sociais para pais; Dinâmica familiar - Dificuldades no contexto familiar; Dinâmica familiar - Participação do cônjuge nos processos de orientação/generalização; Estabelecimento de regras funcionais pelos pais; Dificuldades pessoais dos pais), indicando que o psicólogo precisa avaliar e intervir nestas variáveis com o objetivo de contribuir para melhores efeitos no processo terapêutico.

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Estudos recentes apontam para a necessidade de explorar o processo psicoterapêutico, na perspetiva do cliente e do terapeuta. Apesar da importância reconhecida do estudo dos mecanismos de transformação terapêutica, existe uma lacuna na investigação no que respeita à associação entre a autoeficácia dos terapeutas e a aliança terapêutica. Com efeito, o objetivo principal do presente estudo foi analisar de que forma a perceção de autoeficácia do terapeuta se relaciona com o modo como o cliente perceciona a aliança terapêutica. Participaram neste estudo 128 participantes, distribuídos por 32 terapeutas e 96 clientes, numa proporção de três clientes para cada terapeuta. A autoeficácia dos terapeutas foi avaliada através do Counselor Activity Self-Efficacy Scales (CASES-G) e a aliança terapêutica percecionada pelos clientes através do Inventário de Aliança Terapêutica (IAT; versão C reduzida). O resultados revelaram que os terapeutas percecionaram-se como eficazes em relação ao processo psicoterapêutico e que os clientes reportaram uma forte aliança terapêutica. As análises de correlação indicaram que a subescala “gestão de sessão” do CASES-G se associou negativamente à subescala “tarefas” do IAT. Estes dados sugerem que um terapeuta mais confiante na sua capacidade para desempenhar competências técnicas específicas no que respeita à gestão da sessão, poderá ter mais dificuldade em investir no cliente e no processo psicoterapêutico, o que se poderá traduzir numa menor sincronia entre ambos e num indicador de perda da qualidade da aliança terapêutica.