12 resultados para meninos e meninas de rua

em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo


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Resultado de levantamento exaustivo - que localizou 71 estudos - das teses e das dissertações produzidas no Brasil, entre 1993 e 2007, sobre as diferenças de desempenho escolar entre os sexos, este artigo enfoca 21 trabalhos cujos achados nos pareceram mais relevantes. São pesquisas predominantemente qualitativas e que abordam, principalmente, as séries iniciais do Ensino Fundamental de escolas públicas em diferentes regiões do País, tanto em áreas urbanas como rurais. Permitem afirmar alguma homogeneidade na cultura escolar, em especial nessas séries, no que tange às opiniões das professoras, reafirmando diferenças de comportamento entre meninos e meninas e atribuindo essas diferenças à socialização familiar. São escassas as pesquisas que incorporam as falas das crianças e escassos os estudos sobre as camadas médias. Do ponto de vista teórico, poucas pesquisas articulam o gênero a outros determinantes sociais e raras demonstram uma apreensão complexa das relações de gênero no campo simbólico, para além da interação homem- mulher.

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OBJETIVO: Analisar a efetividade da estimulabilidade como prova complementar ao diagnóstico do transtorno fonológico (TF) e descrever o desempenho de crianças com ausência de sons no inventário fonético quanto a sons ausentes estimuláveis, gravidade, gênero, idade e ocorrência de diferentes processos fonológicos. MÉTODOS: Participaram 130 crianças de ambos os gêneros, entre 5 anos e 10 anos e 10 meses de idade, distribuídas em dois grupos: Grupo Pesquisa (GP), composto por 55 crianças com TF; e Grupo Controle (GC), composto por 75 crianças sem alterações fonoaudiológicas. A partir da aplicação da prova de Fonologia, foi calculada a gravidade do TF por meio do Percentual de Consoantes Corretas-Revisada (PCC-R) e verificado o inventário fonético. Para cada som ausente do inventário foi aplicada a estimulabilidade em imitação de palavras. O GP foi dividido em GP1 (27 crianças que apresentaram sons ausentes) e GP2 (28 crianças com inventário completo). RESULTADOS: Nenhuma criança do GC apresentou som ausente no inventário e no GP1 49% apresentaram sons ausentes. Houve ausência da maioria dos sons da língua. As médias do PCC-R foram menores no GP1, indicando maior gravidade. No GP1, 22 crianças foram estimuláveis e cinco não o foram a qualquer som. Houve associação entre os processos fonológicos mais ocorrentes no TF e a necessidade de avaliação da estimulabilidade, o que indica que a dificuldade em produzir os sons ausentes reflete dificuldade de representação fonológica. A estimulabilidade sofre influência da idade, mas não do gênero. CONCLUSÃO: A prova de estimulabilidade é efetiva para identificar dentre crianças com sons ausentes do inventário, aquelas que são estimuláveis. Tais crianças com TF, que apresentam sons ausentes do inventário, são mais graves uma vez que os valores do PCC-R são mais baixos. As crianças com sons ausentes são estimuláveis em sua maioria, e podem não ser estimuláveis para sons com estrutura silábica ou gesto articulatório complexos. A dificuldade em produzir os sons ausentes reflete dificuldade de representação fonológica. A produção motora da fala demonstrou receber influência da maturação de forma semelhante entre meninos e meninas.

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Objetivo O objetivo deste estudo foi analisar a associação entre o processo maturacional, a insatisfação corporal e o comportamento alimentar inadequado, de acordo com o sexo, em jovens atletas. Métodos Participaram da pesquisa 580 indivíduos, de ambos os sexos, pertencentes a diferentes modalidades esportivas. Foram avaliados a maturação sexual, a maturação somática, a insatisfação corporal e o comportamento alimentar inadequado, por meio dos Critérios de Tanner, banco de Lohman, Body Shape Questionnaire e Eating Attitudes Test, respectivamente. O percentual de gordura foi estimado pela medição das dobras cutâneas, e a aferição de peso e de estatura foi utilizada para calcular o índice de massa corporal. Realizaram-se modelo Univariado de Covariância, regressão logística binária e regressão linear múltipla para análise dos dados. Resultados Os resultados demonstraram diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) na insatisfação corporal entre os estágios maturacionais. Além disso, os meninos pré-púberes e púberes apresentaram maior probabilidade de insatisfação corporal em relação aos atletas pós-púberes (p<0,05), e o modelo de regressão logística mostrou associação entre os estágios maturacionais e o comportamento alimentar inadequado apenas no sexo masculino (p<0,05). Nas meninas, o processo maturacional explicou em 9% e 7% a variância da insatisfação corporal (p<0,05) e comportamento alimentar inadequado (p<0,05), respectivamente.

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Introduction: This retrospective cephalometric study analyzed the influence of intentional ankylosis of deciduous canines in patients with Class III malocclusion and anterior crossbite, in the deciduous and early mixed dentition stages, treated by orthopedic maxillary expansion followed by maxillary protraction. Methods: Lateral cephalograms of 40 patients were used, divided in 2 groups paired for age and gender. The Ankylosis Group was composed of 20 patients (10 boys and 10 girls) treated with induced ankylosis and presenting initial and final mean ages of 7 years 4 months and 8 years 3 months, respectively, with a mean period of maxillary protraction of 11 months. The Control Group comprised 20 patients (10 boys and 10 girls) treated without induced ankylosis, with initial and final mean ages of 7 years 8 months and 8 years 7 months, respectively, with a mean period of maxillary protraction of 11 months. Two-way analysis of variance and covariance analysis were applied to compare the initial and final cephalometric variables and the treatment changes between groups. Results: According to the results, the variables evidencing the significant treatment changes between groups confirmed that the intentional ankylosis enhanced the sagittal response of the apical bases (Pg-NPerp) and increased the facial convexity angles (NAP and ANB). Conclusions: The protocol involving intentional ankylosis of deciduous canines enhanced the sagittal response of the apical bases.

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OBJETIVO: Analisar a prevalência e o perfil de vulnerabilidade ao HIV de moradores de rua. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra não probabilística de 1.405 moradores de rua usuários de instituições de acolhimento de São Paulo, SP, de 2006 a 2007. Foi realizado teste anti-HIV e aplicado questionário estruturado. O perfil de vulnerabilidade foi analisado pela frequência do uso do preservativo, considerando mais vulneráveis os que referiram o uso nunca ou às vezes. Foram utilizadas regressões logística e multinomial para estimar as medidas de efeito e intervalos de 95% de confiança. RESULTADOS: Houve predominância do sexo masculino (85,6%), média de 40,9 anos, ter cursado o ensino fundamental (72,0%) e cor não branca (71,5%). A prática homo/bissexual foi referida por 15,7% e a parceria ocasional por 62,0%. O número médio de parcerias em um ano foi de 5,4 e mais da metade (55,7%) referiu uso de drogas na vida, dos quais 25,7% relataram uso frequente. No total, 39,6% mencionaram ter tido uma doença sexualmente transmissível e 38,3% relataram o uso do preservativo em todas as relações sexuais. A prevalência do HIV foi de 4,9% (17,4% dos quais apresentaram também sorologia positiva para sífilis). Pouco mais da metade (55,4%) tinha acesso a ações de prevenção. A maior prevalência do HIV esteve associada a ser mais jovem (OR 18 a 29 anos = 4,0 [IC95% 1,54;10,46]), história de doença sexualmente transmissível (OR = 3,3 [IC95% 1,87;5,73]); prática homossexual (OR = 3,0 [IC95% 1,28;6,92]) e à presença de sífilis (OR = 2,4 [IC95% 1,13;4,93]). O grupo de maior vulnerabilidade foi caracterizado por ser mulher, jovem, ter prática homossexual, número reduzido de parcerias, parceria fixa, uso de drogas e álcool e não ter acesso a ações de prevenção e apoio social. CONCLUSÕES: O impacto da epidemia entre moradores de rua é elevado, refletindo um ciclo que conjuga exclusão, vulnerabilidade social e acesso limitado à prevenção.

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OBJETIVO: Identificar a influência de variáveis antropométricas sobre a insatisfação corporal (IC) e o comportamento alimentar inadequado (CAI) em atletas adolescentes competitivos. MÉTODOS: Participaram 580 jovens (464 meninos e 116 meninas) com idades entre 10 e 19 anos, de ambos os sexos. Aplicou-se o Body Shape Questionnaire para mensurar a IC. Utilizou-se o Eating Attitudes Test para avaliar CAI. Foram aferidas dobras cutâneas para estimar o percentual de gordura (%G). Mensuraram-se peso e estatura para calcular o IMC. RESULTADOS: Os resultados evidenciaram que a IC no sexo feminino foi modulada apenas pelo %G, ao contrário do sexo masculino, em que IMC e %G, juntos, explicaram parte de sua variância (p < 0,05). O CAI no sexo masculino foi pouco influenciado pelo %G. CONCLUSÃO: Pode-se concluir que o %G foi a única variável que influenciou a IC em ambos os sexos. Ademais, os CAI em jovens atletas parecem não ser influenciados pelas características antropométricas mensuradas neste estudo.

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Tendo como alegoria de análise das temporalidades da infância uma edição atual da clássica história Os três porquinhos, articulada com os dados coletados em minha pesquisa de doutorado sobre as relações etárias entre crianças pequenas em uma instituição de educação infantil pública, proponho a reflexão sobre a construção social das idades da infância no capitalismo em contraponto com as capacidades de sociabilidade e de produção das culturas infantis pelas meninas e meninos, menores e maiores no coletivo educativo.

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OBJETIVO: Estimar a prevalência de excesso de peso e os fatores associados à sua ocorrência em adolescentes da rede de ensino público da cidade de Piracicaba, São Paulo. MÉTODOS: Estudo transversal de 269 adolescentes de ambos os sexos, com idades entre dez a 14 anos. Foram aplicados questionários para obtenção do consumo alimentar, maturação sexual, nível de atividade física e características demográficas. Para a análise estatística utilizou-se a regressão logística univariada e múltipla. RESULTADOS: A prevalência de excesso de peso foi de 35,7% entre os meninos e 26,2%, entre as meninas. Os fatores associados foram observados somente entre as meninas, mostrando-se protetor ao excesso de peso o 2º tercil de consumo de carboidrato (OR ajustada 0,28) e a fase de aceleração/pico do crescimento (OR ajustada 0,37). CONCLUSÕES: A prevalência de excesso de peso nos adolescentes é preocupante. A fase de aceleração/pico do crescimento e o alto consumo de carboidrato foram relacionados como fatores protetores para o excesso de peso entre as meninas. Sugere-se ainda que este último fator seja analisado com cautela, dado que tal associação não foi observada em outros estudos.

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OBJETIVO: Descrever o perfil das notificações em crianças e adolescentes no Estado de São Paulo em 2009 e analisar possíveis fatores associados. MÉTODOS: Foram analisadas 4.085 notificações em menores de 15 anos, registradas no Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA); um teste de regressão logística foi utilizado. RESULTADOS: O sexo feminino foi 61,4% do total. A faixa etária mais frequente entre as meninas foi a de 10 a 14 anos (38,8%) e entre os meninos foi < 5 anos (35,8%). A violência física representou 43,3% dos casos em meninos e a sexual 41,7% em meninas. Os principais autores das agressões foram os pais (43,8% do total) e conhecidos (29,4%). Agressores homens representaram 72,0%. A residência foi o local de ocorrência de 72,9% dos casos; violência de repetição foi referida em 51,4% das notificações. Diferenças encontradas entre os casos de violência física e sexual: a) violência física - maioria meninos (50,9%), pais como autores (48,4%) e mulheres como autoras (42,8%); b) violência sexual - maioria meninas (77,2%), conhecidos como autores (48,4%) e homens como autores (96,1%). Variáveis associadas à violência física: sexo masculino (OR: 2,22), idade 10-14 anos (OR: 1,68) e pais como autores (OR: 2,50). A violência sexual foi associada ao sexo feminino (OR: 2,84), idade 5-9 anos (OR: 1,66) e desconhecidos como autores (OR: 1,53). CONCLUSÃO: As políticas públicas deveriam garantir o direito de toda criança ter uma vida saudável e livre de violência. A análise das notificações é importante instrumento para estabelecer estratégias de prevenção.

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O "monopólio da cozinha", histórica e culturalmente, é atribuído às mulheres, mães. Para cuidar da família, elas elegem alimentos, compram, cozinham e os servem. Sustentam a comensalidade. Em contextos de HIV/Aids, onde há perda da mãe, as filhas tornam-se responsáveis por esses cuidados. O que pensam as meninas do papel de cuidadoras com o qual, prematuramente, deparam-se? O que dizem seus irmãos sobre isso? Realizamos entrevistas semidirigidas com 14 jovens órfãos. Os dados foram analisados pela proposta de Mills (2009). As jovens não demonstram insatisfação por executarem novas tarefas, mas deploram o fato de impedirem o estudo e a vida além-casa. Seus irmãos entendem a lida da cozinha como coisa de mulher e, por isso, dificilmente colaboram. Essas jovens necessitam de cuidados direcionados à situação vulnerável em que vivem. As políticas de Saúde Pública poderiam pleitear macroestruturas que atuassem sobre essa demanda.

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Pesquisas em contextos Africanos nas quais se estuda o desempenho motor de crianças através do método alométrica são escassas. O estudo teve como objetivo averiguar a variabilidade da aptidão funcional de crianças e jovens rurais Moçambicanos por meio do contraste entre expoentes alométricos teóricos e empíricos. Foram medidas a altura e o peso, e avaliada a aptidão funcional com base em testes selecionados das baterias AAHPERD, EUROFIT e Fitnessgram. Foi considerada a equação alométrica fundamental, Y=aXb. Para além das estatísticas descritivas habituais, recorreu-se à ANOVA fatorial para determinar o efeito da idade e do sexo nas variáveis somáticas e funcionais. Aplicou-se uma extensão do modelo alométrico a partir da ANCOVA após transformação logarítmica das variáveis de interesse. Os valores médios de altura e peso aumentam em função da idade, interagindo significativamente com idade e sexo. Constatou-se um efeito da idade nas provas físicas, com maiores médias dos meninos. Os coeficientes alométricos encontrados são distintos dos esperados teoricamente, sendo maiores nas meninas do que nos meninos em quase todas as provas. Pode-se concluir que existe um dimorfismo sexual nas diferenças de médias na aptidão funcional ao longo da idade. Os expoentes empíricos encontrados, em ambos os sexos, são antagônicos aos esperados teoricamente, salientando ausência do pressuposto da similaridade geométrica. Nas meninas, os expoentes alométricos são, em todas as provas, maiores do que dos meninos.

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