68 resultados para Transtornos de Deglutição

em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo


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OBJETIVO: Levantar artigos científicos internacionais sobre a fisiologia da deglutição de alimentos nas consistências néctar, mel, pudim, pastosa heterogênea, semissólida e sólida, nas fases oral e faríngea. MÉTODOS: Trata-se de estudo de revisão qualitativa da literatura. Para a seleção dos artigos, foi utilizada a base de dados PubMed com emprego dos descritores "Swallowing and consistency", "Swallowing and solid" e "Swallowing and pasty", limitando-se a pesquisas publicadas no idioma inglês, entre os anos de 2005 e 2010, realizadas com seres humanos maiores de 18 anos. A metodologia empregada envolveu formulação da pergunta, localização e seleção dos estudos, e avaliação crítica dos artigos, conforme os preceitos do Cochrane Handbook. RESULTADOS: Foram identificados 211 estudos, dos quais 18 foram analisados, pois permitiam acesso ao texto completo e eram diretamente relacionados ao tema. CONCLUSÃO: Os estudos apresentam metodologia pouco uniforme, não havendo padronização, principalmente quanto aos métodos de avaliação. Em geral, as pesquisas foram realizadas com sujeitos saudáveis ou remeteram a um tipo de patologia, sem utilização de casos-controle. A heterogeneidade dos estudos possibilita que diferentes grupos de patologias sejam avaliados, porém, a variabilidade metodológica dificulta a definição e generalização dos padrões encontrados. Sendo assim, não é possível evidenciar dados que embasem a prática clínica fonoaudiológica no que diz respeito à fisiologia normal ou alterada da deglutição de diferentes consistências alimentares, tanto para sujeitos normais quanto para os acometidos por alguma desordem.

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O objetivo da presente revisão de literatura foi analisar artigos científicos internacionais publicados sobre a fisiologia da deglutição de alimentos líquidos nas fases oral e faríngea. A metodologia empregada envolveu a formulação da pergunta; localização e seleção dos estudos; avaliação crítica dos artigos; conforme os preceitos do Cochrane Handbook. Foram identificados 185 artigos, dos quais se excluiu 141 por não relacionarem-se diretamente ao tema e analisou-se 29 estudos. As pesquisas estão fortemente relacionadas às formas de identificação de disfagia e não as características proporcionadas pela deglutição de diferentes consistências. Quanto à metodologia empregada nos artigos analisados observa-se que na maioria dos estudos não há grupo-controle. Os grupos estudados são heterogêneos, principalmente quando considerando indivíduos com alterações neurológicas, além disso, não há pareamento de idade na maioria dos estudos. Dessa forma, os achados desta revisão demonstram que há dificuldade na aplicabilidade clínica dos achados científicos, dificultando a prática baseada evidências.

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OBJETIVO: Analisar os componentes do sinal acústico da deglutição com o auxílio de software específico. MÉTODOS: Foram avaliados 14 indivíduos saudáveis com idades variando entre 20 e 50 anos (média de 31±10 anos). A coleta de dados consistiu da captura simultânea do áudio da deglutição, por meio de um microfone, associado ao registro da imagem videofluoroscópica da deglutição. A identificação dos componentes de som e a quantificação dos tempos foram analisados posteriormente com o auxílio de software específico que possibilitou a análise simultânea entre a onda acústica e a imagem videofluoroscópica. RESULTADOS: Foram identificados três componentes de som (burst) na maioria das deglutições avaliadas. O primeiro burst apresentou tempo médio de 87,3 milissegundos (ms) para água e 78,2 para substância pastosa. O segundo burst retornou um tempo médio de 112,9 ms para água e 85,5 para consistência pastosa. O intervalo médio entre o primeiro e segundo burst foi 82,1 ms (água) e 95,3 ms (consistência pastosa), e entre o segundo e terceiro foi 339,8 ms e 322,0 ms, respectivamente para água e consistência pastosa. CONCLUSÃO: O software permitiu a visualização de três componentes do som durante a deglutição de indivíduos saudáveis e mostrou que o sinal da deglutição em indivíduos normais é altamente variável.

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CONTEXT: Stroke is a frequent cause of dysphagia. OBJECTIVE: To evaluate in a tertiary care hospital the prevalence of swallowing dysfunction in stroke patients, to analyze factors associated with the dysfunction and to relate swallowing dysfunction to mortality 3 months after the stroke. METHODS: Clinical evaluation of deglutition was performed in 212 consecutive patients with a medical and radiologic diagnosis of stroke. The occurrence of death was determined 3 months after the stroke. RESULTS: It was observed that 63% of the patients had swallowing dysfunction. The variables gender and specific location of the lesion were not associated with the presence or absence of swallowing dysfunction. The patients with swallowing dysfunction had more frequently a previous stroke, had a stroke in the left hemisphere, motor and/or sensitivity alterations, difficulty in oral comprehension, alteration of oral expression, alteration of the level of consciousness, complications such as fever and pneumonia, high indexes on the Rankin scale, and low indexes on the Barthel scale. These patients had a higher mortality rate. CONCLUSIONS: Swallowing evaluation should be done in all patients with stroke, since swallowing dysfunction is associated with complications and an increased risk of death.

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CONTEXT: Esophageal dysphagia is the sensation that the ingested material has a slow transit or blockage in its normal passage to the stomach. It is not always associated with motility or transit alterations. OBJECTIVES: To evaluate in normal volunteers the possibility of perception of bolus transit through the esophagus after swallows of liquid and solid boluses, the differences in esophageal contraction and transit with these boluses, and the association of transit perception with alteration of esophageal contraction and/or transit. METHODS: The investigation included 11 asymptomatic volunteers, 4 men and 7 women aged 19-58 years. The subjects were evaluated in the sitting position. They performed swallows of the same volume of liquid (isotonic drink) and solid (macaroni) boluses in a random order and in duplicate. After each swallow they were asked about the sensation of bolus passage through the esophagus. Contractions and transit were evaluated simultaneously by solid state manometry and impedance. RESULTS: Perception of bolus transit occurred only with the solid bolus. The amplitude and area under the curve of contractions were higher with swallows of the solid bolus than with swallows of the liquid bolus. The difference was more evident in swallows with no perception of transit (n = 12) than in swallows with perception (n = 10). The total bolus transit time was longer for the solid bolus than for the liquid bolus only with swallows followed by no perception of transit. CONCLUSION: The results suggest that the perception of esophageal transit may be the consequence of inadequate adaptation of esophageal transit and contraction to the characteristics of the swallowed bolus.

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INTRODUÇÃO: Instrumento eficiente para medição da disfagia, facilmente reprodutível e estatisticamente consistente, deveria fornecer dados mais consistentes sobre os resultados e acompanhamento de doenças com disfagia. As propostas existentes mostram ampla cobertura na avaliação do sintoma disfágico. OBJETIVOS: Analisar as escalas de disfagia disponíveis sugerindo as que permitem avaliação mais objetiva e estatisticamente consistente, e não apenas ferramenta de mensuração, e sugerir as que melhor quantificam o sintoma e úteis para seguimento dos pacientes. MÉTODO: Foram pesquisados os seguintes descritores no Pubmed: "disfagia", "escala", "index", "score". Dez artigos foram selecionados entre 1995 e 2012 com propostas de escalas para a disfagia. RESULTADOS: A maioria das escalas não atingiram os requisitos para serem classificadas como ferramenta completa na avaliação de qualquer disfagia. Muitas são específicas para uma única doença, e poucas com maior abrangência, não têm consistência estatística. Para disfagia orofaríngea (cervical), as escalas FOIS e ASHA são citadas com mais frequência. Na disfagia motora (cervical), a de Zaninotto e Youssef têm aplicabilidade prática, mas ambas necessitam de validação estatística. A de Zaninotto parece ser mais precisa por incluir mais variáveis (disfagia, dor no peito e azia). As escalas que cobrem as duas formas de disfagia (ASHA e DHI) são bem diferentes em seus objetivos. A DHI é escala publicada recentemente examina os dois tipos de disfagia e tem validação estatística bem estruturada. Importante passo no futuro seria testar essa nova proposta com amostra mais expressiva e representativa, provavelmente consagrando esse novo instrumento de avaliação. CONCLUSÃO: As escalas mais frequentes de disfagia relatadas nos últimos 17 anos têm propósito e estruturas diferentes. As escalas FOIS e ASHA são muitas vezes utilizadas para a avaliação da disfagia orofaringeana (região cervical), ambas focadas em terapia nutricional. Para a avaliação motora baixa, a escala de Zaninotto e Youssef tem aplicação prática, e a DHI parece representar a ferramenta mais promissora na avaliação global da disfagia.

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OBJETIVO: Analisar a concordância entre distintas escalas para grau de comprometimento em disfagia orofaríngea neurogênica. MÉTODOS: Foi realizado estudo clínico transversal. Participaram 200 indivíduos com disfagia orofaríngea neurogênica, 108 do gênero masculino e 92 do gênero feminino, com idades de 3 meses a 91 anos. Foram aplicadas quatro escalas para classificar o grau de comprometimento da disfagia orofaríngea, sendo duas escalas clínicas e duas videofluoroscópicas. Análises estatísticas foram realizadas para verificar a concordância entre as escalas clínicas e objetivas. RESULTADOS: Os resultados mostraram concordância muito boa entre as escalas clínicas estudadas (Kappa=0,92) e concordância moderada entre as escalas objetivas (Kappa=0,52). CONCLUSÃO: Embora a concordância entre as escalas clínicas tenha sido muito boa e entre as escalas objetivas tenha sido moderada, ainda é necessária ampla discussão e possível revisão dos parâmetros que definem o grau de comprometimento da disfagia orofaríngea em pacientes neurológicos.

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Background: The anomalous experiences are often an explanatory challenge for psychiatry and psychology about how and why they occur, in addition to signaling gaps in knowledge about human psychological functioning, as hallucinations in non-clinical populations. Objective: It aims to investigate possible psychopathological dimensions of Brazilian samples of persons who claim distinctively contemporary anomalous experiences. Methods: It was used the Mini International Neuropsychiatric Interview, detailed version (MINI PLUS) and the nine diagnostic criteria for the distinction between spiritual experiences and mental disorders with religious content developed by Menezes Junior and Moreira-Almeida. Results: There was evidence that the experiences are typically healthy, although there are indicators of pre-morbid characteristics in the childhood and adolescence of the protagonists of the more complex experiments. There is profitable intersections with healthy squizotype profile, which is still poorly understood. Discussion: The absence of formal mental disorders does not exhaust the possible relations between contemporary anomalous experiences and the mental health field, but reveals complexities that characterize the everyday culture. Martins LB, Zangari W / Rev Psiq Clin. 2012; 39(6): 198-202

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OBJETIVO: Avaliar a insatisfação corporal, a prática de dietas e os comportamentos de risco para transtornos alimentares em uma amostra de mães residentes no município de Santos. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, de base populacional, com 453 mães de filhos com até 10 anos de idade. As mães responderam ao Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26), à Escala de Figuras de Stunkard e a uma questão sobre a prática atual de dietas. RESULTADOS: Das mães, 29,9% apresentaram escore positivo para os comportamentos de risco para transtornos alimentares e 21,8% estavam fazendo dieta para emagrecer no momento da entrevista. No tocante à imagem corporal, 17,5% das mães estavam satisfeitas com o seu tamanho corporal, 71,5% gostariam de diminuir seu tamanho corporal e 11,0% gostariam de aumentá-lo. Os comportamentos de risco para transtornos alimentares foram mais frequentes nas mães insatisfeitas com seus tamanhos corporais (p < 0,0001). CONCLUSÃO: A maioria das mães investigadas estava insatisfeita com os seus tamanhos corporais. A frequência de mães que praticavam dietas ou tinham comportamentos de risco para transtornos alimentares foi similar ou superior aos demais estudos nacionais, conduzidos, em sua maioria, com populações consideradas de risco, como meninas adolescentes e jovens universitárias.

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CONTEXTO: As experiências anômalas se constituem em desafio explicativo para a psiquiatria e para a psicologia a respeito de como e por que ocorrem. Podem indicar aspectos desconhecidos do funcionamento psicológico humano, por exemplo, alucinações em populações não clínicas. OBJETIVO: Investigar amostras brasileiras de pessoas que alegam experiências anômalas caracteristicamente contemporâneas quanto a dimensões psicopatológicas. MÉTODOS: Comparando grupos experimentais e controle, foram utilizados o instrumento diagnóstico Mini International Neuropsychiatric Interview, versão detalhada (MINI PLUS), e os nove critérios diagnósticos para distinção entre experiências espirituais e transtornos mentais de conteúdo religioso elaborados por Menezes Júnior e Moreira-Almeida. RESULTADOS: Houve evidência de que as experiências são tipicamente saudáveis, embora haja indicadores de características pré-mórbidas na infância e na adolescência dos protagonistas das experiências mais complexas. Além disso, encontrou-se certa correlação com o perfil "esquizotípico saudável", que ainda é pouco compreendido. CONCLUSÃO: Apesar de não terem sido encontradas evidências de transtornos mentais nas amostras investigadas, foram discutidos alguns temas que tocam nas complexas relações entre as experiências investidas e a cultura em que emergem.

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O discurso biomédico com foco no diagnóstico frequentemente tem sido utilizado como recurso exclusivo para informar a assistência aos familiares de pessoas diagnosticadas com anorexia nervosa e bulimia nervosa. Este estudo buscou compreender como essas famílias constroem justificativas para participação em um grupo de apoio no contexto de tratamento dos transtornos alimentares. Uma sessão desse grupo, que abordava a temática de nosso interesse, foi analisada com apoio do discurso construcionista social. A análise empreendida destacou os sentidos coproduzidos sobre a ausência de alguns familiares no grupo, a diminuição de frequência de participação dos pais, a função desse grupo no tratamento, a periodicidade ideal de participação da família e a possibilidade de familiares e coordenadores do grupo coconstruírem o espaço conversacional.

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O objetivo deste estudo foi empreender uma análise crítica acerca do conhecimento científico produzido sobre a utilização das psicoterapias como estratégia de tratamento dos transtornos alimentares. A partir de buscas nas bases PsycINFO, PePSIC e SciELO, no período entre 1999 e 2011, foram recuperados 35 artigos, categorizados em: psicoterapias breves, grupais, psicodinâmicas, complementares, bem como psicoterapias aliadas a outros tratamentos, como o psicofarmacológico. As abordagens mais frequentemente mencionadas foram psicodinâmicas e cognitivo-comportamentais. A modalidade de atendimento predominante foi a grupal. Ainda que preconizando o uso combinado de diversas estratégias, a literatura é unânime em destacar a importância das psicoterapias no tratamento. A análise crítica evidenciou necessidade de leituras que transcendam a mera identificação de técnicas psicoterápicas consideradas mais eficazes para o tratamento dos transtornos alimentares. Deve-se considerar o contexto mais amplo no qual os tratamentos são propostos, bem como promover um diálogo aberto entre enfoques teóricos, valorizando a pluralidade de saberes e a psicoterapia como prática em permanente transformação.

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Transtornos alimentares constituem relações problemáticas com a alimentação e a imagem de si. Seu tratamento deve contemplar múltiplas estratégias, inclusive a abordagem grupal. Este estudo teve como objetivos desenvolver reflexões sobre a grupoterapia com pessoas com transtornos alimentares atendidas em serviço especializado e investigar a dinâmica psicológica dos pacientes atendidos, a partir de ressonâncias contratransferenciais. Foram analisados registros de observação anotados em diário de campo ao longo de 21 encontros grupais consecutivos. O material foi submetido à análise de conteúdo na modalidade temática. Os resultados foram estruturados em três eixos temáticos: vivências impactantes mobilizadas no contato com os pacientes; demanda de ajuda dos pacientes para encontrarem as palavras perdidas, como via de acesso à representabilidade dos afetos elididos do espaço mental pela operação de desafetação; sentimentos contratransferenciais vivenciados pelo pesquisador. Foram discutidas as implicações para o tratamento, visando à busca de estratégias capazes de proporcionar um ambiente terapêutico que facilite a integração psicossomática.