24 resultados para Santos (SP) Prefeito (1989-1992 : Telma de Souza)

em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo


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Analysis of thermohaline properties and currents sampled at an anchor station in the Piacaguera Channel (Santos Estuary) in the austral winter was made in terms of tidal (neap and spring tidal cycles) and non-tidal conditions, with the objective to characterize the stratification, circulation and salt transport due to the fortnightly tidal modulation. Classical methods of observational data analysis of hourly and nearly synoptic observations and analytical simulations of nearly steady-state salinity and longitudinal velocity profiles were used. During the neap tidal cycle the flood (v<0) and ebb (v>0) velocities varied in the range of -0.20 m/s to 0.30 m/s associated with a small salinity variation from surface to bottom (26.4 psu to 30.7 psu). In the spring tidal cycle the velocities increased and varied in the range of -0.40 m/s to 0.45 m/s, but the salinity stratification remained almost unaltered. The steady-state salinity and velocity profiles simulated with an analytical model presented good agreement (Skill near 1.0), in comparison with the observational profiles. During the transitional fortnightly tidal modulation period there was no changes in the channel classification (type 2a - partially mixed and weakly stratified), because the potential energy rate was to low to enhance the halocline erosion. These results, associated with the high water column vertical stability (RiL > 20) and the low estuarine Richardson number (RiE = 1.6), lead to the conclusions: i) the driving mechanism for the estuary circulation and mixing was mainly balanced by the fresh water discharge and the tidal forcing associated with the baroclinic component of the gradient pressure force; ii) there was no changes in the thermohaline and circulation characteristics due to the forthnigtly tidal modulation; and iii) the nearly steady-state of the vertical salinity and velocity profiles were well simulated with a theoretical classical analytical model.

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Analysis of thermohaline properties and currents sampled at an anchor station in the Piaçaguera Channel (Santos Estuary) in the austral winter was made in terms of tidal (neap and spring tidal cycles) and non-tidal conditions, with the objective to characterize the stratification, circulation and salt transport due to the fortnightly tidal modulation. Classical methods of observational data analysis of hourly and nearly synoptic observations and analytical simulations of nearly steady-state salinity and longitudinal velocity profiles were used. During the neap tidal cycle the flood (v<0) and ebb (v>0) velocities varied in the range of -0.20 m/s to 0.30 m/s associated with a small salinity variation from surface to bottom (26.4 psu to 30.7 psu). In the spring tidal cycle the velocities increased and varied in the range of -0.40 m/s to 0.45 m/s, but the salinity stratification remained almost unaltered. The steady-state salinity and velocity profiles simulated with an analytical model presented good agreement (Skill near 1.0), in comparison with the observational profiles. During the transitional fortnightly tidal modulation period there was no changes in the channel classification (type 2a - partially mixed and weakly stratified), because the potential energy rate was to low to enhance the halocline erosion. These results, associated with the high water column vertical stability (RiL >20) and the low estuarine Richardson number (RiE=1.6), lead to the conclusions: i) the driving mechanism for the estuary circulation and mixing was mainly balanced by the fresh water discharge and the tidal forcing associated with the baroclinic component of the gradient pressure force; ii) there was no changes in the thermohaline and circulation characteristics due to the forthnigtly tidal modulation; and iii) the nearly steady-state of the vertical salinity and velocity profiles were well simulated with a theoretical classical analytical model.

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O Porto de Santos, inaugurado oficialmente em fevereiro de 1892, é o principal porto brasileiro e o maior da América Latina, responsável por cerca de um quarto da movimentação da balança comercial do país e mais de 60 milhões de toneladas de cargas diversas. Impactos na área decorrem da grande quantidade de embarcações e necessidade de dragagens periódicas, além da existência de uma extensa ocupação desordenada de suas margens e da presença de um complexo de indústrias e usinas na região. A qualidade do sedimento do Canal do Porto foi avaliada por meio de testes de toxicidade (agudo e crônico), de análises químicas (metais e hidrocarbonetos) e da estrutura da comunidade bentônica. O sedimento foi coletado em agosto de 2012 com pegador de fundo de 0,05m2 (3 réplicas para bentos) ao longo do Canal. Foram determinados 10 pontos de coleta para as análises químicas e de toxicidade, sendo 3 pontos para a análise da macrofauna bentônica (início, meio e fim do Canal). A distância entre o primeiro e o último ponto foi de 16 km. A avaliação conjunta dos resultados indicou um impacto maior na região mais interna do Canal. Na parte mais próxima ao complexo industrial de Cubatão foram observadas as maiores concentrações de metais e hidrocarbonetos, associadas a baixos valores de diversidade e riqueza, além de uma alta densidade do gastrópodo Heleobia australis. No centro do Canal do Porto, houve uma maior contribuição de indicadores de esgoto, presença de hidrocarbonetos e metais em concentrações relativamente altas, valores extremamente baixos de densidade, diversidade e riqueza da macrofauna bentônica, menor sobrevivência do anfípodo Tiburonella viscana (toxicidade aguda) e baixa taxa de eclosão de ovos do copépodo Nitokra sp (toxicidade crônica). Esse ponto encontra-se próximo a uma grande quantidade de habitações precárias, cujo esgoto é lançado diretamente no Canal.

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A Baía de Santos, localizada na Baixada Santista, porção central do litoral do Estado de São Paulo é local importante para a economia do país devido à presença do polo industrial de Cubatão, do Porto de Santos, do grande potencial turístico existente e dos recursos pesqueiros e naturais proporcionados pelos manguezais que ali ocorrem. A presença marcante de atividades antrópicas na região acarreta o aporte constante de contaminantes. Ambientes costeiros marinhos, localizados próximos a grandes centros urbanos e industriais, normalmente estão sujeitos à contaminação por compostos orgânicos.

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O cisto ósseo traumático é uma entidade patológica caracterizada pela presença de uma cavidade óssea assintomática desprovida de revestimento epitelial, sendo raramente encontrado nos maxilares. OBJETIVO: Descrever as características clínico-cirúrgicas e radiográficas dos cistos ósseos traumáticos. MATERIAL E MÉTODO: Estudo de caráter retrospectivo dos pacientes diagnosticados com cisto ósseo traumático em um serviço de patologia oral no período de 1992 a 2007. Informações referentes às características clínicas, radiográficas e cirúrgicas foram coletadas. RESULTADOS: Vinte e seis casos de cisto ósseo traumático foram diagnosticados no período de 15 anos, 17 pertencentes ao sexo masculino e 09 ao sexo feminino. A maioria dos pacientes afetados pertencia às duas primeiras décadas de vida, não relatava sintomatologia dolorosa, bem como história de trauma na região da lesão. O padrão multilocular foi observado em apenas sete casos, dando às lesões uma aparência radiográfica tumoral. A presença de ar no interior da cavidade patológica foi relatada em aproximadamente 70% dos casos, sendo rara a presença de conteúdo serossanguíneo e seroso. CONCLUSÃO: A maior prevalência de casos em pacientes jovens, a infrequente história de trauma e o pequeno número de lesões com conteúdo serossanguíneo refletem a necessidade de se discutir a real patogênese do cisto ósseo traumático.

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O estuário Santista (SP) é uma das áreas mais impactadas do litoral paulista. A industrialização e a urbanização ocorridas no litoral central do estado de São Paulo, ao longo dos últimos 70 anos, acarretou significativas mudanças na dinâmica sedimentar do estuário e da baía de Santos, sem que se conheça o real impacto destas modificações na sequência sedimentar depositada na plataforma continental interna adjacente.

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Study objectives: The purpose of the present study was to evaluate the relationship between sleep duration and dietary habits in elderly obese patients treated at an institute of cardiology. Methods: The fifty-eight volunteers were elderly patients with obesity (classified as obese according to BMI) of both genders, between 60 and 80 years of age. All participants were subjected to assessments of food intake, anthropometry, level of physical activity, and duration of sleep. Results: The men had significantly greater weight, height, and waist circumference than women. Sleep durations were correlated with dietary nutrient compositions only in men. We found a negative association between short sleep and protein intake (r = -0.43; p = 0.02), short sleep and monounsaturated fatty acids intake (r = -0.40; p = 0.03), and short sleep and cholesterol dietary intake (r = -0.50; p = 0.01). Conclusions: We conclude that mainly in men, volunteers that had short sleep duration showed a preference for high energy-density as fatty food, at least in part, may explain the relationship between short sleep duration and the development of metabolic abnormalities.

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Evaluation of the assimilation pathway and depuration time of a given pollutant by aquatic species is important to understand the dynamics of this substance in the biota, and to search for potential ecological indicators. In the present study, the uptake pathway and depuration time and rate of the pollutant tributyltin (TBT) were investigated in the omnivorous hermit crab (Clibanarius vittatus). The assimilation and uptake pathway were investigated using hermit crabs collected in an area free of TBT. The crabs were held in the laboratory for 45 days, under one of four treatments: procedural control (PC) - water and food without TBT; T1 - water with and food without TBT; 12 - water without and food with Tiff; and 13 water and food with TBT. To determine the depuration time, the crabs were collected in a contaminated area, maintained in the laboratory with clean water, and removed every 15 days for 120 days. The concentrations of TBT and DBT (dibutyltin) were determined by chromatographic analysis. The TBT was taken up by the crabs mainly via food, and the presence of DBT in crab tissues was hypothesized to result from internal TBT degradation. TBT (as well as DBT) was depurated rapidly by C. vittatus. After approximately 30 days, the initial concentration of 111 +/- 36 ng Sn g(-1) w. w. decreased to 3 +/- 3 ng Sn g(-1) w. w., and after 75 days the TBT concentration was below the detection limit. The same pattern was recorded for DBT, which showed a higher deputation rate than TBT. The rapid TBT and DBT deputation is useful information, since C. vittatus and possibly other hermit crabs may be used as indicators of recent or recycled environmental contamination.

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In vitro evaluation of alkaloidal fractions of twigs, barks and leaves from two Unonopsis species, Unonopsis guatterioides R.E. Fr. and Unonopsis duckei R.E. Fr., Annonaceae, against promastigote forms of Leishmania amazonensis revealed these species as sources of substances with promising leishmanicidal potential. All alkaloidal fractions from twigs, barks and leaves of U. guatterioides were classified as highly active, with IC50 1.07, 1.90, and 2.79 mg/mL, respectively. Only the alkaloidal fraction from the twigs of U. duckei was classified as inactive.

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Aliquat 336, a liquid hydrophobic material, was used at different concentrations (0.5-3.0%, w/v) as an additive in the preparation of encapsulated lipase from Bacillus sp. ITP-001 on sol-gel silica matrices using tetraethoxysilane (TEOS) as the precursor. The resulting hydrophobic matrices and immobilized lipases were characterized with regard to specific surface area (BET method), adsorption-desorption isotherms, pore volume (Vp) and size (dp) by nitrogen adsorption (BJH method) and scanning electron microscopy (SEM). The catalytic activities and the corresponding coupling yields were assayed in the hydrolysis of olive oil. In comparison with pure silica matrices, the immobilization process in the presence of Aliquat 336 decreased the values for specific surface area and increased the values for pore specific volume (Vp) and mean pore diameter (dp). This behavior may be related to the partial adsorption of the enzyme on the external surface of the hydrophobic matrix as indicated by scanning electron microscopy. Aliquat 336 concentrations in the range from 0.5 to 1.5% (w/v) provided immobilized derivatives with higher coupling yields and better substrate affinity. The highest coupling yield (Y-A = 71%) was obtained for the immobilized enzyme prepared in the presence of 1.5% Aliquat which gave the following morphological properties: specific surface area = 183 m(2)/g, pore specific volume (Vp) = 0.36 cc/g and mean pore diameter (dp)= 91 angstrom. (c) 2012 Elsevier B.V. All rights reserved.

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Este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento ecológico rápido da ictiofauna demersal, com ocorrência de pelágicos, e do ictioplâncton na região do Arquipélago dos Alcatrazes, São Sebastião (SP - Brasil), na Estação Ecológica Tupinambás. Foram realizadas 15 estações oceanográficas entre os dias 26 e 29 de setembro de 2011, a bordo do N/Pq. Soloncy Moura, do ICMBio. As amostras de ictiofauna foram coletadas com rede de arrasto de fundo com portas e para a coleta de ictioplâncton utilizou-se arrasto oblíquo com rede bongô. Os elasmobrânquios capturados foram pesados e medidos a bordo, sendo devolvidos vivos ao local de captura. Com relação à ictiofauna, foram registradas a ocorrência de 68 espécies, pertencentes a 32 famílias de actinopterígios e cinco de elasmobrânquios. Ctenosciaena gracilicirrhus, Pagrus pagrus, Prionotus punctatus, Porichthys porosissimus, Dactilopterus volitans, Stephanolepis hispidus e Cyclichthys spinosus representaram 81 % dos organismos coletados. Dentre as espécies capturadas, 42 % são de ocorrência comum, tanto ao litoral central (Santos) como às plataformas interna e média do estado de São Paulo. 25 % das espécies já haviam sido registradas em um levantamento, realizado em 1989. Observou-se a ocorrência de Rhinobatos sp., cujos exemplares não foram identificados por se tratar de juvenis de pequeno porte. Em relação ao ictioplâncton, foram identificadas seis famílias de actinopterígios. Sciaenidae e Engraulidae representaram 74 % de um total de 41 larvas. Também foram encontrados 203 ovos, sendo 64 % concentrados principalmente nas estações mais costeiras ou próximas das ilhas, localizadas entre o continente e a Ilha de São Sebastião e a de Alcatrazes. Foram também encontradas paralarvas de Loliginidae e Argonautidae. Este trabalho representou um levantamento rápido, no qual já se observa a importância da região, devido à alta diversidade de espécies e abundância de larvas, além da ocorrência de espécies ameaçadas de extinção.

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Little is known about the ability of methanogens to grow and produce methane in estuarine environments. In this study, traditional methods for cultivating strictly anaerobic microorganisms were combined with Fluorescence in situ hybridization (FISH) technique to enrich and identify methanogenic Archaea cultures occurring in highly polluted sediments of tropical Santos-So Vicente Estuary (So Paulo, Brazil). Sediment samples were enriched at 30A degrees C under strict anaerobic and halophilic conditions, using a basal medium containing 2% of sodium chloride and amended with glucose, methanol, and sodium salts of acetate, formate and lactate. High methanogenic activity was detected, as evidenced by the biogas containing 11.5 mmol of methane at 20 days of incubation time and methane yield of 0.138-mmol CH(4)/g organic matter/g volatile suspense solids. Cells of methanogenic Archaea were selected by serial dilution in medium amended separately with sodium acetate, sodium formate, or methanol. FISH analysis revealed the presence of Methanobacteriaceae and Methanosarcina sp. cells.

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The present work is focused on the study of a seasonal anthropogenic influence on the beach of Itamambuca (Ubatuba, SP, Brazil) carried out using Atherinella brasiliensis as biomonitor. In total 84 fish were caught between July 2004 and February 2005 in different locations at the beach and inside the Itamambuca river. The fish were pooled according to catch and their musculature was analyzed by Particle-Induced X-ray Emission (PIXE) and Rutherford Backscattering (RBS) techniques. While the concentration of light (matrix) elements like C and O were obtained using the RBS technique, major (Na, Mg, P, S, Cl, K and Ca) and trace (Si, Al, Ti, Cr, Mn, Fe, Ni, Cu, Zn, As, Se, Br and Sr) elements were measured by PIXE. The results show that differences were observed for several elemental concentrations of fish tissue between high season (spring-summer) and low season (winter-fall), indicating that increased human activity in the beach during high season may have some impact on the beach ecosystem. The role of the water salinity in the results is also discussed. (C) 2009 Elsevier B.V. All rights reserved.

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Este trabalho resume os dados de florística e fitossociologia de 11, das 14 parcelas de 1 ha, alocadas ao longo do gradiente altitudinal da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. As parcelas começam na cota 10 m (Floresta de Restinga da Praia da Fazenda, município de Ubatuba) e estão distribuídas até a cota 1100 m (Floresta Ombrófila Densa Montana da Trilha do rio Itamambuca, município de São Luis do Paraitinga) abrangendo os Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Na Restinga o solo é Neossolo Quartzarênico francamente arenoso, enquanto que na encosta o solo é um Cambisolo Háplico Distrófico argilo-arenoso, sendo que todas as parcelas apresentaram solo ácido (pH 3 – 4) com alta diluição de nutrientes e alta saturação de alumínio. Na Restinga e no sopé da encosta o clima é Tropical/Subtropical Úmido (Af/Cfa), sem estação seca, com precipitação média anual superior a 2.200 mm e temperatura média anual de 22 °C. Subindo a encosta mantêm-se a média de precipitação, mas há um gradativo resfriamento, de forma que a 1.100 m o clima é Subtropical Úmido (Cfa/Cfb), sem estação seca, com temperatura média anual de 17 °C. Destaca-se ainda que, quase diariamente, a parte superior da encosta, geralmente acima de 400 m, é coberta por uma densa neblina. Nas 14 parcelas foram marcados, medidos e amostrados 21.733 indivíduos com DAP ≥ 4,8 cm, incluindo árvores, palmeiras e fetos arborescentes. O número médio de indivíduos amostrados nas 14 parcelas foi de 1.264 ind.ha–1 (± 218 EP de 95%). Dentro dos parâmetros considerados predominaram as árvores (71% FOD Montana a 90% na Restinga), seguidas de palmeiras (10% na Restinga a 25% na FOD Montana) e fetos arborescentes (0% na Restinga a 4% na FOD Montana). Neste aspecto destaca-se a FOD Terras Baixas Exploradas com apenas 1,8% de palmeiras e surpreendentes 10% de fetos arborescentes. O dossel é irregular, com altura variando de 7 a 9 m, raramente as árvores emergentes chegam a 18 m, e a irregularidade do dossel permite a entrada de luz suficiente para o desenvolvimento de centenas de espécies epífitas. Com exceção da FOD Montana, onde o número de mortos foi superior a 5% dos indivíduos amostrados, nas demais fitofisionomias este valor ficou abaixo de 2,5%. Nas 11 parcelas onde foi realizado o estudo florístico foram encontradas 562 espécies distribuídas em 195 gêneros e 68 famílias. Apenas sete espécies – Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), Calyptranthes lucida Mart. ex DC. e Marlierea tomentosa Cambess (ambas Myrtaceae), Guapira opposita (Vell.) Reitz (Nyctaginaceae), Cupania oblongifolia Mart. (Sapindaceae) e as Urticaceae Cecropia glaziovii Snethl. e Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini – ocorreram da Floresta de Restinga à FOD Montana, enquanto outras 12 espécies só não ocorreram na Floresta de Restinga. As famílias com o maior número de espécies são Myrtaceae (133 spp), Fabaceae (47 spp), 125 Fitossociologia em parcelas permanentes de Mata Atlântica http://www.biotaneotropica.org.br/v12n1/pt/abstract?article+bn01812012012 http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 12, no. 1 Introdução A Mata Atlântica sensu lato (Joly et al. 1999) é a segunda maior floresta tropical do continente americano (Tabarelli et al. 2005). A maior parte dos Sistemas de Classificação da vegetação brasileira reconhece que no Domínio Atlântico (sensu Ab’Saber 1977) esse bioma pode ser dividido em dois grandes grupos: a Floresta Ombrófila Densa, típica da região costeira e das escarpas serranas com alta pluviosidade (Mata Atlântica – MA – sensu stricto), e a Floresta Estacional Semidecidual, que ocorre no interior, onde a pluviosidade, além de menor, é sazonal. Na região costeira podem ocorrer também Manguezais (Schaeffer-Novelli 2000), ao longo da foz de rios de médio e grande porte, e as Restingas (Scarano 2009), crescendo sobre a planície costeira do quaternário. No topo das montanhas, geralmente acima de 1500 m, estão os Campos de Altitude (Ribeiro & Freitas 2010). Em 2002, a Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o INPE (Instituto..., 2002) realizaram um levantamento que indica que há apenas 7,6% da cobertura original da Mata Atlântica (s.l.). Mais recentemente Ribeiro et al. (2009) refinaram a estimativa incluindo fragmentos menores, que não haviam sido contabilizados, e concluíram que resta algo entre 11,4 e 16% da área original. Mesmo com esta fragmentação, o mosaico da Floresta Atlântica brasileira possui um dos maiores níveis de endemismos do mundo (Myers et al. 2000) e cerca da metade desses remanescentes de grande extensão estão protegidos na forma de Unidades de Conservação (Galindo & Câmara 2005). Entre os dois centros de endemismo reconhecidos para a MA (Fiaschi & Pirani 2009), o bloco das regiões sudeste/sul é o que conserva elementos da porção sul de Gondwana (Sanmartin & Ronquist 2004), tido como a formação florestal mais antiga do Brasil (Colombo & Joly 2010). Segundo Hirota (2003), parte dos remanescentes de MA está no estado de São Paulo, onde cerca de 80% de sua área era coberta por florestas (Victor 1977) genericamente enquadradas como Mata Atlântica “sensu lato” (Joly et al. 1999). Dados de Kronka et al. (2005) mostram que no estado restam apenas 12% de área de mata e menos do que 5% são efetivamente florestas nativas pouco antropizadas. Nos 500 anos de fragmentação e degradação das formações naturais, foram poupadas apenas as regiões serranas, principalmente a fachada da Serra do Mar, por serem impróprias para práticas agrícolas. Usando o sistema fisionômico-ecológico de classificação da vegetação brasileira adotado pelo IBGE (Veloso et al. 1991), a Floresta Ombrófila Densa, na área de domínio da Mata Atlântica, foi subdividida em quatro faciações ordenadas segundo a hierarquia topográfica, que refletem fisionomias de acordo com as variações das faixas altimétricas e latitudinais. No estado de São Paulo, na latitude entre 16 e 24 °S temos: 1) Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas - 5 a 50 m de altitude; 2) Floresta Ombrófila Densa Submontana – no sopé da Serra do Mar, com cotas de altitude variando entre 50 e 500 m; 3) Floresta Ombrófila Densa Montana – recobrindo a encosta da Serra do Mar propriamente dita, em altitudes que variam de 500 a 1.200 m; 4) Floresta Ombrófila Densa Altimontana – ocorrendo no topo da Serra do Mar, acima dos limites estabelecidos para a formação montana, onde a vegetação praticamente deixa de ser arbórea, pois predominam os campos de altitude. Nas últimas três décadas muita informação vem sendo acumulada sobre a composição florística e a estrutura do estrato arbóreo dos remanescentes florestais do estado, conforme mostram as revisões de Oliveira-Filho & Fontes (2000) e Scudeller et al. (2001). Em florestas tropicais este tipo de informação, assim como dados sobre a riqueza de espécies, reflete não só fatores evolutivos e biogeográficos, como também o histórico de perturbação, natural ou antrópica, das respectivas áreas (Gentry 1992, Hubbell & Foster 1986). A síntese dessas informações tem permitido a definição de unidades fitogeográficas com diferentes padrões de riqueza de espécies e apontam para uma diferenciação, entre as florestas paulistas, no sentido leste/oeste (Salis et al. 1995, Torres et al. 1997, Santos et al. 1998). Segundo Bakker et al. (1996) um método adequado para acompanhar e avaliar as mudanças na composição das espécies e dinâmica da floresta ao longo do tempo é por meio de parcelas permanentes (em inglês Permanent Sample Plots –PSPs). Essa metodologia tem sido amplamente utilizada em estudos de longa duração em florestas tropicais, pois permite avaliar a composição e a estrutura florestal e monitorar sua mudança no tempo (Dallmeier 1992, Condit 1995, Sheil 1995, Malhi et al. 2002, Lewis et al. 2004). Permite avaliar também as consequências para a floresta de problemas como o aquecimento global e a poluição atmosférica (Bakker et al. 1996). No Brasil os projetos/programas que utilizam a metodologia de Parcelas Permanentes tiveram origem, praticamente, com o Projeto Rubiaceae (49) e Lauraceae (49) ao longo de todo gradiente da FOD e Monimiaceae (21) especificamente nas parcelas da FOD Montana. Em termos de número de indivíduos as famílias mais importantes foram Arecaceae, Rubiaceae, Myrtaceae, Sapotaceae, Lauraceae e na FOD Montana, Monimiaceae. Somente na parcela F, onde ocorreu exploração de madeira entre 1960 e 1985, a abundância de palmeiras foi substituída pelas Cyatheaceae. O gradiente estudado apresenta um pico da diversidade e riqueza nas altitudes intermediárias (300 a 400 m) ao longo da encosta (índice de Shannon-Weiner - H’ - variando de 3,96 a 4,48 nats.indivíduo–1). Diversas explicações para este resultado são apresentadas neste trabalho, incluindo o fato dessas altitudes estarem nos limites das expansões e retrações das diferentes fitofisionomias da FOD Atlântica durante as flutuações climáticas do Pleistoceno. Os dados aqui apresentados demonstram a extraordinária riqueza de espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, reforçando a importância de sua conservação ao longo de todo o gradiente altitudinal. A diversidade desta floresta justifica também o investimento de longo prazo, através de parcelas permanentes, para compreender sua dinâmica e funcionamento, bem como monitorar o impacto das mudanças climáticas nessa vegetação.