21 resultados para Politica de saude mental - Brasil
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
Infants born to HIV-infected mothers are at high risk of becoming infected during gestation or the breastfeeding period. A search is thus warranted for vaccine formulations that will prevent mother-to-child HIV transmission. The LAMP/gag DNA chimeric vaccine encodes the HIV-1 p55gag fused to the lysosome-associated membrane protein-1 (LAMP-1) and has been shown to enhance anti-Gag antibody (Ab) and cellular immune responses in adult and neonatal mice; such a vaccine represents a new concept in antigen presentation. In this study, we evaluated the effect of LAMP/gag DNA immunization on neonates either before conception or during pregnancy. LAMP/gag immunization of BALB/c mice before conception by the intradermal route led to the transfer of anti-Gag IgG1 Ab through the placenta and via breastfeeding. Furthermore, there were an increased percentage of CD4+ CD25+ Foxp3+ T cells in the spleens of neonates. When offspring were immunized with LAMP/gag DNA, the anti-Gag Ab response and the Gag-specific IFN-gamma-secreting cells were decreased. Inhibition of anti-Gag Ab production and cellular responses were not observed six months after immunization, indicating that maternal immunization did not interfere with the long-lasting memory response in offspring. Injection of purified IgG in conjunction with LAMP/gag DNA immunization decreased humoral and cytotoxic T-cell responses. LAMP/gag DNA immunization by intradermal injection prior to conception promoted the transfer of Ab, leading to a diminished response to Gag without interfering with the development of anti-Gag T- and B-cell memory. Finally, we assessed responses after one intravenous injection of LAMP/gag DNA during the last five days of pregnancy. The intravenous injection led to in utero immunization. In conclusion, DNA vaccine enconding LAMP-1 with Gag and other HIV-1 antigens should be considered in the development of a protective vaccine for the maternal/fetal and newborn periods.
Resumo:
O objetivo do estudo é descrever e analisar as articulações que se realizam entre as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSI), tendo em vista as ações voltadas à saúde mental de crianças e adolescentes. Foram realizadas entrevistas semidirigidas com gerentes de cinco CAPSI e 13 Unidades Básicas de Saúde com ESF, de 5 regiões distintas no Município de São Paulo, Brasil, que foram transcritas e analisadas mediante perspectiva hermenêutica. A articulação entre as equipes da ESF e CAPSI se dá prioritariamente por encaminhamento de casos, apoio matricial ou parceria para casos considerados pertinentes ao CAPSI. Falta de recursos humanos, cobrança por produtividade e ausência de capacitação dos profissionais da ESF para trabalhar com saúde mental foram mencionadas como obstáculos para a efetiva articulação entre os serviços. A lógica do encaminhamento e da desresponsabilização, bem como a hegemonia do modelo biomédico e a consequente fragmentação dos cuidados se mostram vigentes no cotidiano dos serviços.
Resumo:
This work analyses the mental health policy-making activity of the Brazilian National Health Agency (ANS), responsible for controlling health insurance companies. Three points are discussed: a) the framework of an economic and private health assistance regulatory activity, b) the ANS and its regulation activity and c) the rules produced by ANS in the mental health care field. It was concluded that, despite advances like the legal obligation to ensure medical treatment to all the diseases listed in ICD-10, the inclusion of suicidal patient damage and self-inflicted damage care, care provided by a multiprofessional team, the increase in the number of sessions with a psychologist, with an occupational therapist and of psychotherapy sessions, and mental health day hospitals included as part of the services offered, the authors identified specific regulatory gaps in this area. Some issues that ANS has to solve so that it can really play its institutional role of defending the public interest in the private health system are: the regulation of co-participation and franchise mechanisms, the increasing co-participation as a limitation of psychiatric hospitalization, and the limited number of crisis intervention psychotherapy sessions.
Resumo:
O objetivo foi analisar os atendimentos por queimaduras em serviços de emergência, e fatores associados. Estudo transversal de 761 atendimentos coletados pelo Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes em 2009. A maioria foi do sexo masculino (58,6%); adultos de 30 a 49 anos (23,1%) e crianças de 0 a 9 anos (23%). A residência foi o local de ocorrência mais frequente (62,1%), especialmente para crianças e mulheres; em seguida comércio, serviços, indústria e construção (19,1%), especialmente entre homens de 20 a 49 anos. Queimaduras no trabalho foram 29,1% do total. Uso de álcool chegou a 5,1%. Agentes causadores em todas as idades: substância quente (43,6%) e fogo/chama (24,2%); na faixa produtiva: substâncias químicas. As queimaduras entre 0 e 14 anos foram associadas com residência, substância e objeto quente e internação hospitalar; entre os de 15 a 49 anos associaram-se com fogo/chama e choque elétrico, via pública e alta da emergência. Estratégias de prevenção para crianças e trabalhadores devem ser implantadas.
Resumo:
Changes in mental health care in the city of Fortaleza (Northeastern Brazil) have a recent historical and political process. Compared to other municipalities of the State of Ceara, which in the early 1990s were already pioneers in the process, Fortaleza has not implemented the changes due to the interests of psychiatric hospitals, of psychiatric outpatient clinics of the public network, and because of the difficulty in managing the new mental health devices and equipment present in Primary Care. In the municipality, the reorganization of mental health actions and services has required that the Primary Care Network faces the challenge of assisting mental health problems with the implementation of Matrix Support. In light of this context, we aimed to evaluate Matrix Support in mental health in Primary Care Units and to identify achievements and limitations in the Primary Care Units with Matrix Support. This study used a qualitative approach and was carried out by means of a case study. We interviewed twelve professionals from the Family Health Teams of four Units with implemented Matrix Support. The analysis of the information reveals that access, decision making, participation and the challenges of implementing Matrix Support are elements that are, in a dialectic way, weak and strong in the reorganization of services and practices. The presence of Matrix Support in Primary Care highlights the proposal of dealing with mental health within the network in the municipality. The process has not ended. Mobilization, awareness-raising and qualification of Primary Care have to be enhanced constantly, but implementation has enabled, to the service and professionals, greater acceptance of mental health in Primary Care.
Resumo:
Based on a study conducted in Ribeirao Preto, SP, Brazil in extra-hospital mental health services that addressed the organization of these services, therapeutic projects and the inclusion of psychosocial rehabilitation in health actions available, a theoretical-critical reflection concerning the development process of the therapeutic projects by the services' teams is presented. The qualitative study was conducted in an outpatient clinic and a Psychosocial Care Center. Data were collected through semi-structured interviews and focal groups. Data analysis was based on the hermeneutic dialectic philosophy of Jurgen Habermas according to the techniques of reconstruction and interpretation. Data analysis revealed that professionals have difficulty developing and managing therapeutic projects. Health actions are made available without being concretely supported by a proposal guiding the service's practical activities. The therapeutic projects are referred by professionals as the result of guidelines provided by management levels or technical orientations inherent to each profession but not as an activity that represents a philosophy of work of the health team. When the therapeutic project is focused on as a type of consensus that results from a communicative action directed to a mutual and intersubjective understanding among the members of the mental health extra-hospital team, the difficulties of the services' team dialogically organizing themselves to collectively construct the therapeutic project is evidenced.
Resumo:
No Brasil, a mortalidade por homicídios persiste como importante problema de saúde pública, principalmente entre homens adultos jovens. O objetivo do presente estudo foi analisar o risco de morte por homicídios entre homens de 20-39 anos de idade e sua associação com características sociodemográficas dos municípios brasileiros. Foi realizado estudo ecológico, tendo como unidades de análise todos os municípios do País. Foram estudadas as tendências temporais entre 1999-2010 e as associações do desfecho com indicadores dos municípios em análise transversal referente ao quatriênio 2007-2010. Entre os quatriênios 1999-2002 e 2007-2010, houve aumento das taxas medianas de mortalidade por homicídios entre homens de 20-39 anos, de 22,7 para 35,5 por 100 mil habitantes. No quatriênio 2007-2010, os riscos de homicídios foram estatisticamente superiores (p<0,001) nos municípios de maior porte populacional, maior taxa de fecundidade, baixa proporção de alfabetizados, maior desigualdade aferida pela renda 20/40 e maior urbanização. Para a proporção da população de baixa renda e renda média per capita, as associações indicam excessos nas estimativas de risco de homicídios nos municípios com valores intermediários desses indicadores. Os achados podem auxiliar na focalização de políticas públicas.
Resumo:
Background: Stigmatization is an important issue in the treatment and course of schizophrenia. The maintenance of stigmatizing attitudes may be related to socio-cultural factors. Objectives: To compare stigmatizing attitudes of mental health professionals in the culturally diverse countries Brazil and Switzerland. Methods: We analyzed data of two broad stigmatization surveys from Switzerland and Brazil by focusing on the social distance and attitudes of mental health professionals towards the acceptance of side effects of psychopharmacological treatment. Results: Swiss mental health professionals showed significantly higher levels of social distance than their Brazilian counterparts. There was also a weak effect of age as well as an interaction effect between origin and age. With respect to the acceptance of side effects, the effect of origin was rather weak. With the exception of drug dependence, Swiss professionals' acceptance of long-lasting side effects was significantly higher than for their counterparts in Brazil. Discussion: The strong association between origin and social distance may be related to the socio-cultural background of the mental health professionals. In comparison with Switzerland, Brazil is very heterogeneous in terms of ethnicity and socio-economic structure. The distinct acceptance of side effects may additionally be related to the more sophisticated medicaments (i.e. new generation of antipsychotic drugs) commonly used in Switzerland. Hengartner MP, et al. / Rev Psiq Clin. 2012;39(4):115-21
Resumo:
Objective: The aim of this study was to assess re-hospitalization rates of individuals with psychosis and bipolar disorder and to study determinants of readmission. Methods: Prospective observational study, conducted in Sao Paulo, Brazil. One hundred-sixty-nine individuals with bipolar and psychotic disorder in need of hospitalization in the public mental health system were followed for 12 months after discharge. Their families were contacted by telephone and interviews were conducted at 1, 2, 6 and 12 months post-discharge to evaluate readmission rates and factors related. Results: One-year re-hospitalization rate was of 42.6%. Physical restraint during hospital stay was a risk factor (OR = 5.4-10.5) for readmission in most models. Not attending consultations after discharge was related to the 12-month point readmission (OR = 8.5, 95% CI 2.3-31.2) and to the survival model (OR = 3.2, 95% CI 1.5-7.2). Number of previous admissions was a risk factor for the survival model (OR = 6.6-11.9). Family's agreement with permanent hospitalization of individuals with mental illness was the predictor associated to readmission in all models (OR = 3.5-10.9) and resulted in shorter survival time to readmission; those readmitted were stereotyped as dangerous and unhealthy. Conclusions: Family's stigma towards mental illness might contribute to the increase in readmission rates of their relatives with psychiatric disorders. More studies should be conducted to depict mechanisms by which stigma increases re-hospitalization rates.
Resumo:
Compreender as características e a magnitude das causas externas (acidentes e violência) em crianças de 0 a 9 anos de idade torna-se cada vez mais importante em Saúde Pública. O objetivo do presente artigo foi analisar os atendimentos de emergência por causas externas em crianças. Utilizaram-se dados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes em Serviços Sentinelas de Urgência e Emergência (Inquérito VIVA), realizado em 74 serviços de urgência do Distrito Federal e 23 capitais no ano 2009. Analisaram-se dados de 7.123 crianças: 6.897 (96,7%) vítimas de acidentes e 226 (3,3%) de violência. Em comparação às vítimas de violência, os atendimentos por acidentes foram mais frequentes entre crianças de 2 a 5 anos, de pele branca e ocorridos no domicílio (p < 0,05). Dentre os acidentes, as quedas e queimaduras predominaram no grupo de 0 a 1 ano, enquanto os acidentes de transporte foram mais frequentes no grupo de 6 a 9 anos (p < 0,001). Quanto às violências, atendimentos por negligência e agressão física predominaram, respectivamente, nos grupos extremos de faixa etária, sendo um familiar identificado como agressor (p < 0,001). Informações sobre ocorrência de causas externas em crianças podem apoiar políticas de promoção da saúde, além de orientar profissionais de saúde, educadores e famílias na prevenção destas causas.
Resumo:
A ocupação do espaço geográfico é determinada historicamente pelo modelo socioeconômico e pelo dinamismo de suas relações sociais, políticas e ideológicas. O objetivo deste trabalho é avaliar a distribuição espacial e o efeito de indicadores socioeconômicos no adoecimento e morte por câncer de boca e orofaríngeo no Município de São Paulo, Brasil, no período de 1997 a 2008. Os dados foram coletados no Registro de Câncer de Base Populacional e no Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade - PRO-AIM e georreferenciados pelos softwares Terraview e GeoDa. O referencial teórico para avaliação dos resultados foi baseado na teoria de Milton Santos. As taxas de incidência apresentaram um índice de autocorrelação Global de Moran de 0,226 e as taxas de mortalidade de 0,337. A Incidência de câncer de boca e orofaríngeo não apresenta um padrão espacial bem definido no Município de São Paulo, mas é bastante desigual no que se refere à Mortalidade, concentrando as suas menores taxas na área central, mais rica e economicamente menos desigual.
Resumo:
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Anestesiologistas são os mais representados em serviços de atendimento a médicos com transtornos por uso de substâncias psicoativas. O objetivo deste trabalho é apresentar um estudo descritivo sobre o perfil clínico e sociodemográfico de uma amostra de anestesiologistas dependentes químicos atendidos em um serviço de referência, bem como elencar comorbidades psiquiátricas, drogas frequentemente utilizadas e repercussões psicossociais e profissionais do consumo. MÉTODO: Realizou-se estudo transversal, prospectivo, tendo sido aplicadas entrevistas estruturadas para diagnóstico de transtornos mentais e transtornos por uso de substâncias psicoativas, com base na Classificação Internacional de Doenças - Versão 10 - e questionário sócio-ocupacional, aplicados por dois pesquisadores treinados. RESULTADOS: Cinquenta e sete anestesiologistas foram entrevistados, em sua maioria do sexo masculino (77,2%), idade média de 36,1 anos (DP = 8,5). Observou-se uma alta prevalência de uso de opioides (59,6%), benzodiazepínicos (35,1%) e álcool (35,1%). Usuários de opioides procuraram tratamento mais precocemente comparado aos não usuários desta substância e, geralmente, sob influência da pressão de colegas ou do conselho regional de medicina. O uso de drogas como automedicação foi elevado dentro deste subgrupo. CONCLUSÕES: Anestesiologistas podem apresentar um perfil distinto de risco de uso de opioides. O padrão de início de consumo, associado aos anos de residência médica ou aos primeiros anos da prática médica, reforça a hipótese de dependência de opioides como problema ocupacional entre anestesiologistas.
Resumo:
O presente estudo trata das políticas de saúde mental conduzidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, no cenário da assistência dispensada pelos planos privados de assistência à saúde. Dessa forma, analisa o modelo de regulação econômica e assistencial do setor suplementar, a forma de atuação da ANS como organismo regulador e o tratamento dispensado à assistência à saúde mental nos normativos emanados pela Agência. Concluiu-se que, apesar de avanços como a obrigatoriedade de cobertura para todas as doenças listadas na CID-10, a inclusão do tratamento das tentativas de suicídio e das lesões autoinfligidas, o atendimento por uma equipe multiprofissional, a ampliação do número de sessões com psicólogo, com terapeuta ocupacional e de psicoterapia, e a inclusão do hospital-dia na rede credenciada da operadora, a assistência à saúde mental ainda é pouco normatizada pelos regramentos vigentes no sistema de atenção à saúde suplementar, existindo muitas lacunas a serem preenchidas. A regulamentação dos mecanismos de coparticipação e franquia, a coparticipação crescente como limitador da internação psiquiátrica sem o repensar em uma rede substitutiva e a limitação do número de sessões de psicoterapia de crise são alguns dos desafios colocados para a ANS, no sentido de que esta cumpra realmente o seu papel institucional de promoção da defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde.
Resumo:
As mudanças na atenção à saúde mental no município de Fortaleza têm um processo histórico e político recente, comparada a outros municípios cearenses, que no início dos anos 1990 já se lançavam pioneiros no processo. Fortaleza não implementou as mudanças devido aos interesses dos hospitais psiquiátricos, ambulatórios de psiquiatria da rede pública e dificuldade de gestão dos novos dispositivos e equipamentos de saúde mental presentes na Atenção Básica (AB). No município, a reorganização das ações e serviços de saúde mental tem exigido da Rede Básica o enfrentamento do desafio de atender aos problemas de saúde mental com a implementação do Apoio Matricial (ApM). Mediante o contexto, buscou-se avaliar o ApM em saúde mental em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e identificar alcances e limites nas Unidades Básicas de Saúde com ApM. O presente estudo utilizou uma abordagem qualitativa, tipo estudo de caso. Foram entrevistados doze profissionais das Equipes de Saúde da Família de quatro UBS com apoio matricial implantado. A análise das informações revela que o acesso, a tomada de decisão, a participação e os desafios da implementação do ApM são elementos que se apresentam de forma dialética frágeis e fortes na reorganização dos serviços e das práticas. A presença do ApM na AB ressalta a proposta de trabalhar saúde mental em rede no município. O processo não está findo. Mobilização, sensibilização e capacitação da AB precisam ser incrementadas constantemente, mas a implementação tem possibilitado, ao serviço e aos profissionais, maior aceitação da saúde mental na AB.
Resumo:
O artigo descreve o processo de criação do Curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Ele apresenta o projeto político pedagógico e os referenciais teóricos que suportam a formação de obstetrizes, a resistência ou os movimentos que se opõem à formação e ao registro desses profissionais, os desafios que precisam ser superados e, finalmente, as perspectivas nas quais as obstetrizes podem contribuir não só para melhorar a qualidade dos cuidados em saúde, como também para diminuir as taxas de morbidade e mortalidade materna e perinatal e de cesarianas desnecessárias no país.